Pai Paulino
Pai Paulino, de seu nome Paulino José da Conceição (Brasil, 1798 - Lisboa, 12 de março de 1869) foi um liberto brasileiro, cego de um olho, um grande defensor dos direitos dos negros, toureiro amador, caiador no Rossio e gaiteiro nas procissões.[1]
Vida
[editar | editar código-fonte]Pai Paulino chegou a Portugal vindo do Brasil com as tropas liberais que desembarcaram no Mindelo. Pertencia à Brigada da Marinha, tendo a sua bravura sido condecorada.[2] Em 1834, já em Lisboa, era uma figura pitoresca da cidade, presença desejada nas touradas do Campo de Sant'Ana. Os seus serviços de caiador podiam ser contratados no Rossio, onde era possível encontrá-lo. Muito católico, era gaiteiro na procissão do Corpo de Deus.[2] Como acontecia com todos os negros, foi enterrado numa vala do cemitério do Alto de São João.[1]
Rafael Bordalo Pinheiro fez um busto de Pai Paulino em barro vidrado (1894).[1]
Referências
- ↑ a b c Isabel Castro Henriques; Pedro Pereira Leite (2013). Lisboa, cidade africana: Percursos e Lugares de Memória da Presença Africana. Séculos XV – XXI (PDF). Lisboa: Edição: Marca d’ Água: Publicações e Projetos. p. 22. ISBN 978-972-8750-17-6. Consultado em 12 de outubro de 2017
- ↑ a b Isabel Castro Henriques (2011). Os Africanos em Portugal: História e Memória. Séculos XV-XXI (PDF). Lisboa: Mercadod e Letras Editores Lda. p. 49. ISBN 978-989-20-2780-7. Consultado em 12 de outubro de 2017