Palazzo Massimo Istoriato

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Vista do palácio. A coluna em primeiro plano era parte do antigo Odeão de Domiciano, sobre o qual o complexo do palácio foi construído.

Palazzo Massimo Istoriato é um palácio localizado no rione Parione, em Roma, e que faz parte do mesmo complexo no qual estão o Palazzo Massimo alle Colonne e o Palazzo Massimo di Pirro, no fundo e de frente para a Piazza dei Massimi.

História e descrição[editar | editar código-fonte]

O complexo inteiro foi construído sobre as ruínas do Odeão de Domiciano e é dele que provém a coluna monolítica, recuperada em 1938, reerguida em 1950[1] e localizada no centro da Piazza dei Massimi, uma praça curiosamente tranquila imediatamente ao lado da Piazza Navona.

O palácio é o mais antigo dos palácios da família Massimo e foi construído com base num projeto de Baldassarre Peruzzi no final do século XV[2]. Danificado pelos lansquenetes durante o saque de Roma de 1527, o palácio foi parcialmente reconstruído em 1530 por Giovanni Mangone, um pupilo de Antonio da Sangallo, o Jovem. Seu nome, por um curto período apenas Palazzo Istoriato, é uma referência à decoração de sua fachada com afrescos monocromáticos (grisailles) que contam histórias mitológicas e bíblicas, provavelmente pintados por Daniele da Volterra no século XVI para celebrar as núpcias de Angelo Massimo com Antonietta Planca Incoronati[3].

A fachada se apresenta em três pisos com janelas emolduradas com arquitrave no térreo, no qual está também um belo portal renascentista e duas portas para animais com arcos rebaixados em mármore nos quais estão inscritos "CAMILLIS MAXIMUS" (primeira) e "RESTITUIT AD MDCCCLXXVII" (segunda). Esta fachada foi reformada em 1877 pelo pintor Luigi Fontana e muitas outras vezes no século XX[2].

Com sua fachada aparentemente excêntrica, o palácio é um remanescente de uma antiga vizinhança medieval e renascentistas demolida quando foram abertas as modernas vias Corso Vittorio Emanuele — sobre o qual se projeta hoje o Palazzo Massimo alle Colonne — e o Corso Rinascimento depois da Unificação da Itália.

O piso térreo abrigou antigamente uma das primeiras tipografias de Roma, abertura por dois tipógrafos alemães, Conrad Schweynheym e Arnold Pannartz[4]. Provenientes de Subiaco, a setenta quilômetros de Roma, onde operaram entre 1465 e 1467, foram convidados a ficar ali pela família Massimo. A tipografia iniciou suas atividades publicando, no próprio ano de 1467, a "Cidade de Deus", de Santo Agostinho[5], como recorda uma lápide comemorativa das reformas de Camillo Massimo entre os dois portões. Em seis anos de atividade, foram publicados cerca de 12 475 volumes[6].

Referências

  1. Guida d'Italia Roma (em inglês) 8ª ed. Milão: Touring Club Italiano. 1993. p. 207 
  2. a b «Piazza de' Massimi» (em italiano). Roma Segreta 
  3. «Palazzo Massimi alle Colonne» (em inglês). Rome Art Lover 
  4. Lozzi Bonaventura, Maria Antonietta (1996). A piedi nella Roma rinascimentale e barocca (em italiano). 7. [S.l.]: Edizioni Iter. p. 74 
  5. Rendina, Claudio (2003). Le strade di Roma (em italiano). [S.l.]: Paradisi 
  6. Maes, Costantino (1885). Curiosità romane (em italiano). Roma: [s.n.]