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Pandemônio (romance)

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Pandemônio
Pandemonium
Autor(es) Lauren Oliver
Idioma Português
País Estados Unidos
Assunto Literatura Estrangeira-Romance
Gênero Distopia
Romance
Série Trilogia Delírio
Editora HarperCollins
Formato Impresso
Lançamento 28 de fevereiro de 2012 (original)
Páginas 383 (original)
Edição brasileira
Tradução Regiane Winarski
Editora Intrínseca
Lançamento 2013
Páginas 304
ISBN 9788580573138

Pandemônio é um romance distópico escrito por Lauren Oliver e o segundo livro da trilogia Delirium.[1] O romance foi publicado primeiramente em 28 de fevereiro de 2012 pela editora HarperTeen nos EUA, e no Brasil em 2013. A história segue a protagonista e sua exploração na Selva fora da comunidade murada onde foi criada.[2] O livro foi precedido por uma novela intitulada Hana e sucedido por Réquiem, o romance final da série.

Alex e eu estamos deitados em um cobertor no quintal do número 37 da rua Brooks. As árvores parecem maiores e mais escuras que de costume. As folhas estão quase pretas, tão entrelaçadas que encobrem o céu. — Acho que não foi um bom dia para um piquenique — diz Alex, e só então percebo que, é claro, não foi mesmo: não comemos nada da comida que trouxemos.

Aos nossos pés, no cobertor, tem uma cesta cheia de frutas quase estragadas, cobertas por formiguinhas pretas. — Por que não? — pergunto.

Estamos olhando para a teia de folhas lá em cima, compacta como uma parede. — Porque está nevando.

Alex ri, e mais uma vez percebo que ele tem razão: está nevando, grandes flocos cinzentos girando à nossa volta. Também está muito frio. Minha respiração forma nuvens no ar, e colo meu corpo no dele, tentando me aquecer. — Alex, me dê seu braço — digo, mas ele não responde. Tento me encaixar no espaço entre seu braço e o peito, mas o corpo dele está rígido, não mexe. — Alex — insisto. — Ei, estou com frio. — Estou com frio — repete ele mecanicamente, mal movendo os lábios.

A boca está azulada e rachada. Ele fita as folhas sem piscar. — Olhe para mim — peço, mas ele não vira a cabeça, não pisca não se mexe. Uma histeria começa a surgir dentro de mim, uma voz aguda que diz tem algo errado, algo errado, e eu me sentamos e colocamos a mão no peito dele, frio como gelo. — Alex — digo, e depois solto um grito breve: — Alex! — Lena Morgan Jones! Desperto de repente, em meio a um coro de risadinhas abafadas. A Sra. Fierstein, professora de biologia do terceiro ano no Quincy Edwards, um colégio para meninas situado no Brooklyn, Setor 5, Distrito 17, está me encarando. É a terceira vez que durmo na aula dela esta semana. — Já que você parece achar a Criação da Ordem Natural tão exaustiva — diz ela —, que tal um passeio à sala do diretor, para despertar? — Não! — disparo, mais alto do que pretendia, e provoco uma nova onda de risadinhas entre as garotas. Vim estudar no Edwards após as férias de inverno, há pouco mais de dois meses apenas, e já fui eleita a Esquisita Número Um. As pessoas me evitam como se eu tivesse alguma doença: como se eu tivesse a doença. Se elas soubessem… — Este é seu último aviso, Srta. Jones — adverte a Sra. Fierstein. — Está me entendendo? — Não vai se repetir. — Tento parecer obediente e arrependida.

Procuro afastar a lembrança do pesadelo, os pensamentos sobre Alex, sobre Hana e sobre meu antigo colégio, fora, fora, fora, como Graúna me ensinou a fazer. Aquela vida de antes morreu.

A Sra. Fierstein me encara uma última vez (para me intimidar, suponho) e se vira novamente para o quadro, retomando a aula sobre a energia divina dos elétrons. A Lena antiga teria pavor de uma professora como Fierstein.

Ela é velha, má e parece ter nascido do cruzamento de um sapo com um pit bull. É uma daquelas pessoas que fazem a cura parecer redundante: não dá para imaginar que ela algum dia fosse capaz de amar, mesmo sem a intervenção. Mas a Lena de antes também morreu.

Eu a enterrei. Deixei-a do outro lado de uma cerca, atrás de uma parede de fumaça e chamas.

A recepção crítica para o romance foi principalmente positivo,[3][4] com Kirkus Reviews e School Library Journal dando-lhe comentários otimistas.[5][6] The Independent deu uma avaliação positiva à maioria, afirmando que, embora Oliver "seja adepta contadora de histórias, ocasionalmente, corajosa", "a história foi pouco cansativa".[7]

Referências

  1. «'Pandemonium' by Lauren Oliver». Boston Globe. 1 de abril de 2012. Consultado em 30 de abril de 2013 
  2. «'Delirium' Author Lauren Oliver Talks Sequel 'Pandemonium'». MTV Hollywood Crush. Consultado em 30 de abril de 2013 
  3. «Review: Pandemonium». Booklist. Consultado em 30 de abril de 2013 
  4. Adams, Lauren (outono de 2012). «Oliver, Lauren: Pandemonium.(Brief article)(Book review)(Young adult review)». The Horn Book Guide. 23 (2): 109 
  5. «Review: Pandemonium». School Library Journal. Consultado em 30 de abril de 2013 
  6. «Review: Pandemonium». Kirkus Reviews. Consultado em 30 de abril de 2013 
  7. Kidd, James (11 de março de 2012). «Pandemonium, By Lauren Oliver». London: Independent. Consultado em 30 de abril de 2013 

Ligações externas

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