Rocha peralcalina

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Sienito, uma rocha peralcalina.

Rocha peralcalina é a designação dada em geoquímica e petrologia às rochas ígneas que apresentam na sua composição uma baixa concentração de alumínio (Al) de tal forma que o somatório das concentrações de sódio (Na) e potássio (K) estejam em excesso em relação ao necessário para permitir a formação de feldspatos. A presença de aegerina (piroxena sódica) e riebeckita (anfíbola sódica) são indicadores da existência de peralcalinidade.[1] A presença de rochas peralcalinas é considerada um sinal seguro da existência de vulcanicidade associada a uma bacia de rifte continental.

Descrição[editar | editar código-fonte]

Em petrologia e geoquímica são consideradas como peralcalinas (inglês: peralkaline) as rochas ígneas, os magmas ou as lavas cujo conteúdo molar em óxido de alumínio seja inferior ao somatório dos óxidos de potássio e de sódio. Como consequência, as rochas peralcalinas são consideradas subsaturadas em alumina.

Por definição, considera-se que existe peralcalinidade quando o índice de peralcalinidade é menor do que 1, sendo este índice definido como:

Al2O3 / [Na2O + K2O] < 1

O índice acima é avaliado considerando as quantidades molares de cada um dos óxidos considerados.

As rochas nas quais este índice é maior do que 1, mas nas quais a proporção de óxido de alumínio em relação ao somatório dos óxidos de sódio, de potássio e de cálcio seja menor do que 1, são chamados rochas metaluminosas.[2] Nessas rochas verificam-se as seguintes relações em termos de concentrações molares:

Al2O3 / [Na2O + K2O + CaO] < 1

Al2O3 / [Na2O + K2O] > 1

As rochas em que não exista proporcionalmente mais alumina do que sódio, potássio e óxido de cálcio em conjunto, são referidas como rochas peraluminosas.[2] Nessas rochas verifica-se a seguinte relação molar:

Al2O3 / [Na2O + K2O + CaO] > 1

As rochas peralcalinas são por vezes subdivididas em comendíticas, relativamente menos pobres em alumínio, e panteleríticas, relativamente pobres em alumínio.

A pequena quantidade de alumínio nas rochas peralcalinas reflecte-se na respectiva mineralogia. Assim, em rochas peralcalinas pobres em alumínio, os membros finais das séries de minerais máficos incluem a aegirina (um membro final das piroxenas pobres em Al), riebeckite, richterite e aenigmatite (todos os três membros membros finais da série das anfíbolas pobres em alumínio). Porque há pouco cálcio nas rochas peralcalinas, formam-se plagioclases, especialmente albite (plagioclase de sódio).[3][4]

Notas

  1. «Classification of Igneous Rocks». Consultado em 8 de fevereiro de 2016. Arquivado do original em 4 de março de 2016 
  2. a b Zie Best (2003), pp 34-35; McBirney (2007), pp 463-464
  3. (em inglês)Best, M.G.; 2003: Igneous and Metamorphic Petrology, Blackwell Publishing (2nd ed.), ISBN 978-1-4051-0588-0.
  4. (em inglês)McBirney, A.R.; 2007: Igneous Petrology, Jones & Bartlett (3rd ed.), ISBN 0-7637-3448-9.
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