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Plinio Corrêa de Oliveira: diferenças entre revisões

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===Fundação da TFP===
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Em 1960 fundou a [[Sociedade Brasileira de Defesa da Tradição Família e Propriedade]], que é mais conhecida pela abreviação de TFP. Em 1980, o Conselho Nacional da TFP declarou-o presidente vitalício da mesma.
Em 1960 fundou a [[Sociedade Brasileira de Defesa da Tradição Família e Propriedade]], que é mais conhecida pela abreviação de TFP. Em 1980, o Conselho Nacional da TFP declarou-o presidente vitalício da mesma.
A FTP é considerada mundialmente como uma organização ultradireitista, facista, inclusive sendo banida pela justiça em vários países. No Brasil também sofre com embaraços com a justiça, inclusive não mais pode usar a sigla FTP. A partir da morte de seu fundador, ocorreram algumas discindências e varias tentativas de reunificação, exitindo hoje os grupos como a Associação dos Fundadores e Arautos do Evangelio que disputam o domínio da organização.


==Publicações==
==Publicações==

Revisão das 03h20min de 15 de dezembro de 2008

Plínio Correia de Oliveira (São Paulo, 13 de dezembro de 19083 de outubro de 1995) foi um político de ação, escritor, pensador, e historiador brasileiro, fundador da organização Tradição, Família e Propriedade (TFP) de inspiração católica.

Iniciou sua vida pública em 1933 e atuando como líder católico, especialmente nas Congregações Marianas, foi um dos expoentes do pensamento católico conservador do século XX no Brasil.

Por meio da TFP procurou combater o comunismo e o progressismo religioso. Defendeu a monarquia, a ditadura militar e escreveu diversas obras dentre as quais Em defesa da Ação Católica, Revolução e Contra-Revolução e Nobreza e Elites Tradicionais Análogas.

Faleceu em 1995, deixando a TFP sem líder, o que resultou na fragmentação da instituição em diversos grupos independentes, entre os quais Arautos do Evangelho, Aliança de Fátima e Fundadores da TFP, entre outros.

Biografia

Plinio Correia de Oliveira descendia de famílias tradicionais dos estados de Pernambuco - de onde procedia seu pai, o advogado João Paulo Correia de Oliveira - e de São Paulo - de onde era originária a família de sua mãe, Lucília Ribeiro dos Santos.

Fez os estudos secundários no Colégio São Luís, de São Paulo, e diplomou-se no ano de 1930, em Ciências Jurídicas e Sociais na famosa Faculdade de Direito da mesma cidade.

Congregação Mariana

Em 1928 ingressou no movimento de jovens das Congregações Marianas de São Paulo. Logo tornou-se o principal líder deste movimento em todo o Brasil, destacando-se pelos seus dotes de orador, conferencista , escritor e homem de ação.

Assembléia Federal Constituinte

Em 1933 participou ativamente da organização da Liga Eleitoral Católica (LEC), pela qual foi eleito deputado a Assembléia Federal Constituinte, tendo sido o deputado federal mais jovem e mais votado de todo o país.

Atuou naquela legislatura à partir de 1934, como um dos maiores defensores da introdução dos princípios católicos na Constituição que se elaborava então.

Magistério

Cessado seu mandato em 1937, dedicou-se ao magistério universitário. Assumiu a Cátedra de História da Civilização no Colégio Universitário da Faculdade de Direito de de São Paulo e, mais tarde, tornou-se professor catedrático de História Moderna e Contemporânea nas Faculdades de Filosofia, Ciências e Letras, São Bento, Sedes Sapientia e da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.

Ação Católica

Foi o primeiro presidente da Junta Arquidiocesana da Ação Católica de São Paulo bem como diretor do Semanário católico "Legionário", por um período de doze anos (1935/1947), o qual ocupou um lugar de destaque na imprensa católica do Brasil.

Nesses anos, Plínio Corrêa de Oliveira destacou-se na reacção contra os ideais e a prática dos fascistas[1]. Em 1939, no primeiro número do ano do Legionário, Plinio Corrêa de Oliveira fez uma surpreendente previsão: "enquanto se vão delimitando todos os campos de batalha, vai-se desenvolvendo um processo cada vez mais claro: o da fusão doutrinária do nazismo com o comunismo. A nosso ver, o ano de 1939 assistirá à consumação desta fusão"[2]. Em Agosto de 1939, foi anunciado o pacto Ribbentrop-Molotov, no qual a URSS e a Alemanha nazista faziam a partilha da Polónia.

Fundação da TFP

Em 1960 fundou a Sociedade Brasileira de Defesa da Tradição Família e Propriedade, que é mais conhecida pela abreviação de TFP. Em 1980, o Conselho Nacional da TFP declarou-o presidente vitalício da mesma. A FTP é considerada mundialmente como uma organização ultradireitista, facista, inclusive sendo banida pela justiça em vários países. No Brasil também sofre com embaraços com a justiça, inclusive não mais pode usar a sigla FTP. A partir da morte de seu fundador, ocorreram algumas discindências e varias tentativas de reunificação, exitindo hoje os grupos como a Associação dos Fundadores e Arautos do Evangelio que disputam o domínio da organização.

Publicações

A obra publicada de Plinio compõem-se de um acervo de mais de 2.500 títulos, entre livros e artigos de jornais e revistas.

Com a fundação da revista mensal "Catolicismo" em 1951 tornou-se o principal colaborador desta.

Colaborou ainda, entre os anos de 1968 e 1990, com o Jornal diário Folha de S. Paulo, para o qual escreveu dezenas de artigos.

Autor de quatorze livros, a maior parte dessas obras transpôs as fronteiras nacionais tendo sido editadas em diversos idiomas tais como espanhol, francês, inglês, italiano, alemão, polonês, húngaro e vietnamita.

Obras

  • "Em Defesa da Ação Católica" - publicado em 1943 (duas edições)
  • "Via Sacra" - publicada em 1951 (28 edições)
  • "Revolução e Contra-Revolução" - publicado em 1959 (26 edições)
  • "Reforma Agrária - Questão de Consciência" - publicado em 1960 (dez edições)
  • "Acordo como Regime Comunista: Para a Igreja, esperança ou Autodemolição?" - publicado em 1963 (77 edições)
  • "Declaração do Morro Alto" - publicado em 1964 (três edições)
  • "Baldeação Ideológica Inadvertida e Diálogo" - publicado em 1965 (vinte edições)
  • "A Igreja ante a escalada da Ameaça Comunista-Apelo aos Bispos Silenciosos" - publicado em 1976 (quatro edições)
  • "Tribalismo Indígena, Ideal Comuno-Missionário para o Brasil no Século XXI" - publicado em 1977 (nove edições)
  • "Sou Católico: Posso ser Contra a Reforma Agrária?" - publicado em 1981 (quatro edições)
  • "O Socialismo Autogestionário: em vista do comunismo, barreira ou cabeça-de-ponte?" - publicado em 1981 (178 edições em 53 países)
  • "As CEBs...das quais muito se fala, pouco se conhece - A TFP as descreve como são" - publicado em 1982 (seis edições)
  • "A Propriedade Privada e a Livre Iniciativa, no Tufão Agro-Reformista" - publicado em 1985 (duas edições)
  • "Guerreiros da Virgem - A Réplica da Autenticidade / A TFP Sem Segredos" - publicado em 1985 (uma edição)
  • "No Brasil,a Reforma Agrária leva a Miséria ao Campo e à Cidade - A TFP Informa, Analisa e Alerta" - publicado em 1986 (cinco edições)
  • "Projeto de Constituição Angustia o País" - publicado em 1987 (4 edições)
  • "Nobreza e Elites Tradicionais Análogas nas Alocuções de Pio XII ao Patriciado e à Nobreza Romana"- publicado em 1993 (onze edições).

Referências

  1. Plínio Corrêa de Oliveira, "Mussolini" in O Legionário, nº 241, 25 de Abril de 1937; idem, "Mussolini e o nazismo", in O Legionário, nº 296, 15 de Maio de 1938; Roberto de Mattei, O cruzado do século XX - Plínio Corrêa de Oliveira, Porto, Livraria Civilização Editora, 1997, pp. 88- 95. ISBN: 972-26-1433-9.
  2. Plínio Corrêa de Oliveira, "Entre o passado e o futuro" in O Legionário, nº329, 4 de Janeiro de 1939

Ligações externas

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