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Herrmann Rudolf Wendroth: Mapa da Província de São Pedro do Rio Grande do Sul em 1852.
Herrmann Rudolf Wendroth: Mapa da Província de São Pedro do Rio Grande do Sul em 1852.

A história do Rio Grande do Sul, o estado mais ao sul do Brasil, inicia com a chegada do homem à região cerca de 11 mil anos atrás, mas suas mudanças mais dramáticas ocorreram nos últimos cinco séculos, depois do descobrimento do Brasil. Esse percurso mais recente transcorreu em meio a diversos conflitos armados, externos e internos, alguns de grande violência. Guilhermino César dizia que essa história "é um dos capítulos mais recentes da história brasileira", e justificadamente, pois quando no Nordeste já se cantavam missas polifônicas este estado ainda era ocupado por um punhado de povoados e estâncias de gado portuguesas no centro-litoral, e o sul-sudeste era uma "terra de ninguém" onde frequentemente incursionavam tropas espanholas mandadas por Buenos Aires, defendendo os interesses da Coroa Espanhola, o proprietário legal da área nessa época. Mas essencialmente o Rio Grande do Sul até o fim do século XVIII era uma região virgem habitada por povos indígenas. Os únicos focos importantes de civilização e cultura européias em todo o território até esta altura eram um brilhante grupo de reduções jesuítas fundado no noroeste, destacando-se entre elas os Sete Povos das Missões. Entretanto, sendo de criação espanhola, até há pouco tempo as Missões eram vistas como que sendo um capítulo à parte, e tanto mais por não terem deixado descendência cultural direta significativa, mas em anos recentes vêm sendo assimiladas à historiografia integrada do estado.