Saltar para o conteúdo

Portugal: diferenças entre revisões

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
EmausBot (discussão | contribs)
m Bot: Adicionando: st:Portugal
texto trocado por 'gHQEAWTYAHAA'
Etiqueta: Remoção considerável de conteúdo
Linha 1: Linha 1:
gHQEAWTYAHAA
{{geocoordenadas|38_42_44_N_09_09_11_W_type:country_region:PT|38º 43' N 09º 09' O}}
{{ver desambig}}
{{Info/País|
|nome_nativo = Portugal
|nome_longo_convencional = ''República Portuguesa''
|imagem_bandeira = Flag of Portugal.svg
|nome_pt = Portugal
|imagem_brasão = Coat of arms of Portugal.svg
|descrição_bandeira = Bandeira de Portugal
|descrição_brasão = Selo da República Portuguesa
|leg_bandeira = [[Bandeira de Portugal|Bandeira]]
|leg_brasão = [[Brasão de armas de Portugal|Brasão de armas]]
|lema = ''não tem''
|hino = ''[[A Portuguesa]]'' {{não imprimir|[[Ficheiro:A Portuguesa.ogg|noicon|center]]}}
|localização = EU-Portugal.svg
|localização_legenda = Localização de Portugal (em verde)<br />No [[Europa continental|continente europeu]] (em cinzento e verde-claro)<br />Na [[União Europeia]] (em verde-claro)
|mapa = Pt-ra.jpg
|fronteira = [[Espanha]]
|gentílico = ''[[Portugueses|português, portuguesa]]''
|capital = [[Lisboa]]<br /><small>{{coor dm|38|42|N|09|10|O}}</small>
|latitude = <!-- 38º 42' -->
|longitude = <!-- 09º 10' -->
|maior_cidade = [[Lisboa]]<br /><small>(Pop. 2004: 564 657)</small><ref>{{Citar web | titulo =UMA POPULAÇÃO QUE SE URBANIZA, Uma avaliação recente - Cidades, 2004 | url= http://www.igeo.pt/atlas/Cap2/Cap2d_2.html | acessomesdia =[[20 de Abril]]| acessoano= [[2010]] | publicado = Instituto Geográfico Português}}</ref><br />Área Metropolitana <small>(Pop. 2006: 2 465 233)</small>
|língua_oficial = [[Língua portuguesa|Português]]<ref>A língua oficial da República Portuguesa é o português (parágrafo 3 do artigo 11.° da ''Constituição da República Portuguesa''). São ainda reconhecidas e protegidas oficialmente: o [[mirandês]], no concelho de [[Miranda do Douro]] ([http://dre.pt/pdf1sdip/1999/01/024A00/05740574.PDF Lei n.º 7/99, de 29 de Janeiro de 1999]), e a [[Língua Gestual Portuguesa|língua gestual portuguesa]] (Artigo 74.º, parágrafo 2, alínea h), da ''Constituição da República Portuguesa'' – revisão de 1997).</ref>
|outras_línguas1 = [[mirandês]]
|tipo_governo = [[República]] [[democracia parlamentar|parlamentar]]
|título_líder1 = [[Presidente da República Portuguesa|Presidente]]
|nome_líder1 = [[Aníbal Cavaco Silva]]
|título_líder2 = [[Anexo:Lista de primeiros-ministros de Portugal|Primeiro-Ministro]]
|nome_líder2 = [[José Sócrates]]
|evento_tipo = [[Condado Portucalense|Formação]]
|evento_nota = [[1093]] [[Depois de Cristo|d.C.]]
|evento1 = [[Independência de Portugal|Independência]]²
|evento_data1 = [[1139]]
|evento2 = [[Tratado de Zamora|Reconhecida]]
|evento_data2 = [[1143]]
|data_entrada_UE = [[1 de Janeiro]] de [[1986]]
|Orago = [[Imaculada Conceição]]
|fuso_horário = [[Horário da Europa Ocidental|WET]]³
|diferença_UCT = 0
|diferença_UCT_verão = +1
|fuso_horário_DST = [[Horário de Verão da Europa Ocidental|WEST]]
|DST_nota = <sup><small>4</small></sup>
|área_total = 92 090<ref>{{citar web | url= https://www.cia.gov/library/publications/the-world-factbook/geos/po.html | título= Portugal | autor= CIA - The World Factbook | acessodata= 9 de dezembro de 2009}}</ref>
|área_pos = 109
|água_pc = 0,48
|área_urbana =
|área_urbana_pos =
|população_estimada_ano = [[2009]]
|população_estimada = 10 637 713<ref>{{citar web|url=http://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_indicadores&indOcorrCod=0000611&selTab=tab0 |título=População estimada em 2009 |autor=INE |acessodata=5 de Julho de 2010}}</ref>
|população_estimada_pos = 75
|população_censo_ano = de [[2001]]
|população_censo = 10 356 117<ref>{{citar web|url=http://www.ine.pt/portal/page/portal/PORTAL_INE/bddXplorer?indOcorrCod=0000972&Contexto=bd&selTab=tab2|titulo=INE|acessodata=6 de Outubro de 2008}}</ref> hab.
|população_urbana_pos =
|população_urbana =
|demog_densidade = 115,3
|densidade_pos = 87
|PIB_PPC_ano = [[2009]]
|PIB_total = {{tooltip|233,4 mil milhões|233 400 000 000}}[[Escalas curta e longa|*]]<ref name="CIA- The World FactBook">[https://www.cia.gov/library/publications/the-world-factbook/geos/po.html CIA- The World FactBook.]</ref>
|PIB_pos = 34
|PIB_per_capita = 21 800 [[USD]]<ref name="CIA- The World FactBook"/>
|PIB_per_capita_pos = 31
|IDH_ano = [[2007]]
|IDH = [[Ficheiro:Green_Arrow_Up.svg|10px]] 0,909<ref>[[Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento|PNUD]], ''http://www.pnud.org.br/pobreza_desigualdade/reportagens/index.php?id01=3324&lay=pde'', 5 de Outubro de 2009</ref>
|IDH_pos = 34
|IDH_categoria = {{MuitoElevado}}
|Gini = [[Ficheiro:Red_Arrow_Up.svg|10px]] 38,5<ref>{{Citar web|url=https://www.cia.gov/library/publications/the-world-factbook/fields/2172.html|título=CIA World Factbook|acessodata=[[19 de Junho]] de [[2010]]}}</ref>
|Gini_ano = [[2007]]
|Gini_categoria = [[Coeficiente de Gini|<span style="color:Orange;">médio</span>]]
|esp_vida = 78,1
|esp_vida_pos = 39
|mort_infantil = 3,3
|mort_infantil_pos = 26
|alfabetização = 94,9
|alfabetização_pos = 68
|moeda = [[Euro]]<ref>Antes de 2002: [[Escudo português|Escudo]]</ref>
|moeda_ISO = EUR
|clima = [[Clima temperado|Temperado Mediterrânico (Portugal Continental e Madeira) <br /> e Temperado Oceânico (Açores)]]
|código_país = PRT
|tld = [[.pt]] <ref>Em [[Macau]], até à entrega à [[República Popular da China|China]], também .mo. Em [[Timor-Leste]], até à independência em [[2002]], também .tp.</ref>
|código_telef = 351
|website_governo = [http://www.portugal.gov.pt/ www.portugal.gov.pt]
|organizações = [[União Europeia|UE]], [[Organização do Tratado do Atlântico Norte|NATO]], [[Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico|OCDE]], [[OEI]], [[União Latina]], [[Comunidade dos Países de Língua Portuguesa|CPLP]]
|preposição = de
|rodapé = ¹ O [[Presidente da República Portuguesa|Presidente da República]] é o chefe supremo das Forças Armadas (Marinha, Exército e Força Aérea), representa o país internacionalmente e promulga as leis para o [[Diário da República]].<br />² O conceito actual de [[declaração de independência]] não existia na altura. Nem o de reconhecimento. Portugal foi reconhecido como um reino com o seu próprio Rei.<br />³ Nos [[Açores]] o fuso horário é [[UTC-1]], sendo o [[Hora de Verão|horário de Verão]] [[UTC+0|UTC(0)]].<br /><sup><small>4</small></sup>O [[Horário de Verão]] em Portugal foi adoptado desde [[1916]], sendo que desde então não houve Horário de Verão em 14 [[ano]]s. O período de vigência foi bastante variado até [[1997]], quando o [[Parlamento Europeu]] uniformizou o [[Horário de verão na Europa|Horário de Verão na Europa]]. Actualmente, o [[Horário de Verão]] em Portugal verifica-se a partir do último [[Domingo]] de [[Março]] até ao último [[Domingo]] de [[Outubro]] e corresponde ao [[Horário de Verão da Europa Ocidental]].<ref>Portugal passou a ter o [[Horário da Europa Central]] e o [[Horário de Verão da Europa Central]] em [[1992]], mas regressou à [[Horário da Europa Ocidental|Hora da Europa Ocidental]] em [[1996]], concluindo que o anterior horário poderia criar distúrbios nos hábitos de [[sono]] das [[criança]]s, ao não estar escuro pelas 22h00 ou 22h30 nas noites de [[Verão]], com repercussões no desempenho escolar, e que as companhias de seguro reportavam um elevado número de acidentes.</ref>
}}
'''Portugal''', oficialmente '''República Portuguesa''',<ref>{{citar web|url=http://www.portugal.gov.pt/pt/GC18/Portugal/Pages/Portugal.aspx|titulo=Portugal - Nome oficial da Nação|acessodata=[[18 de Abril]] de [[2010]]}}</ref><ref>Em [[Língua mirandesa|mirandês]]: '''''Pertual''''' e '''''República Pertuesa'''''.</ref> é um país localizado no sudoeste da [[Europa]], cujo território se situa na zona ocidental da [[Península Ibérica]] e em arquipélagos no [[Oceano Atlântico|Atlântico]] Norte. Possui uma área total de 92 090&nbsp;km²,<ref>{{citar web|url=http://www.indexmundi.com/portugal/area.html|titulo=Área de Portugal|acessodata=6 de Outubro de 2008}}</ref> e é a [[nação]] mais ocidental do continente europeu. O território português é delimitado a Norte e a Leste por [[Espanha]] e a Sul e Oeste pelo [[Oceano Atlântico]], e compreende a parte continental e as regiões autónomas: os arquipélagos dos [[Açores]] e da [[Madeira (Portugal)|Madeira]].

O território correspondente ao actual Portugal foi continuamente ocupado desde a [[Pré-história da Península Ibérica|Pré-História]]. Em 29 a.C. era habitado por [[Povos ibéricos pré-romanos|vários povos]], como os [[Lusitanos]], quando foi integrado no [[Império Romano]] como a província da [[Lusitânia]], influenciando fortemente a cultura, nomeadamente a [[língua portuguesa]], na maior parte originada no [[latim]]. Após a queda do [[Império Romano]], estabeleceram-se aí [[Migrações dos povos bárbaros|povos germânicos]] como os [[Visigodos]] e [[Suevos]], e no [[século VIII]] seria [[Al-Andalus|ocupado por árabes]].

Durante a [[reconquista]] cristã foi formado o [[Condado Portucalense]], primeiro como parte do [[Reino da Galiza]] e depois integrado no [[Reino de Leão]]. Com o estabelecimento do [[Reino de Portugal]] em 1139, cuja [[Independência de Portugal|independência]] foi reconhecida em [[1143]], e a [[Fronteira Espanha-Portugal|estabilização das fronteiras]] em [[1249]], Portugal reclama o título de mais antigo [[estado-nação]] europeu.<ref>Herculano, Alexandre, [http://books.google.pt/books?id=rb0GAAAAQAAJ&printsec=frontcover&dq=Portugal&cd=2#v=onepage&q=Le%C3%A3o&f=false "História de Portugal, Volume"], p. 391, Volume 3 Herculano, Alexandre, 1853</ref>

Durante os séculos [[Século XV|XV]] e [[Século XVI|XVI]], os portugueses foram pioneiros na [[Era dos Descobrimentos|exploração marítima]], estabelecendo o primeiro [[Império português|império colonial]] de amplitude global, com possessões em [[África]], na [[Ásia]] e na [[América do Sul]], tornando-se uma potência mundial económica, política e militar.<ref>Duraria desde a conquista de [[Ceuta]] em 1415 até à cessação da administração de [[Macau]], em 1999. Ver para uma análise numa perspectiva global Russel-Wood, A. J. R. The Portuguese Empire, 1415–1808: A World on the Move. Baltimore, The Johns Hopkins University Press, 1998.</ref> Em [[1580]], [[Crise de sucessão de 1580|após uma crise de sucessão]], foi unido a Espanha na chamada [[União Ibérica]] que duraria até [[1640]]. Após a [[Guerra da Restauração]] foi [[Restauração da Independência|restabelecida a independência]] sob a nova [[dinastia de Bragança]], com a separação das duas coroas e impérios. O [[Sismo de Lisboa de 1755|terramoto de 1755 em Lisboa]], as invasões [[Guerra Fantástica|espanhola]] e [[Guerra Peninsular|francesas]], a [[Independência do Brasil|perda da sua maior possessão territorial ultramarina]], o [[Brasil colonial|Brasil]], seguidos da [[Guerra Civil Portuguesa (1828-1834)|guerra civil]], resultaram no desmembramento da estabilidade política e [[Economia de Portugal|económica]], reduzindo o estatuto de Portugal como potência global no [[século XIX]].

Após a [[Proclamação da República Portuguesa|queda da monarquia]], em [[1910]] foi a proclamada a [[República]], iniciando o actual sistema de governo. A instável [[Primeira República Portuguesa|Primeira República]] foi sucedida por uma [[ditadura]] sob o nome de [[Estado Novo]]. Na segunda metade do [[século XX]], na sequência da [[Guerra Colonial Portuguesa|guerra colonial portuguesa]] e do [[golpe de estado]] da [[revolução dos cravos]] em 1974, a ditadura foi deposta e estabelecida a [[democracia parlamentar]], com todos os territórios ultramarinos a obter a sua independência, nomeadamente [[África Ocidental Portuguesa|Angola]] e [[África Oriental Portuguesa|Moçambique]] em África; o último território ultramarino, [[Macau]], seria entregue à [[China]] em [[1999]].

Portugal é hoje um [[país desenvolvido]],<ref>{{citar web|url=https://www.cia.gov/library/publications/the-world-factbook/appendix/appendix-b.html|titulo=Appendix B – International Organizations and Groups: developed countries (DCs)|acessodata=6 de Outubro de 2008}}, CIA – The World Factbook – Appendix B, [[The World Factbook]]</ref> economicamente próspero, social e politicamente estável e com [[Índice de Desenvolvimento Humano]] muito elevado. Encontra-se entre os 20 países do mundo com melhor [[qualidade de vida]],<ref>{{citar web|url=http://www.economist.com/media/pdf/QUALITY_OF_LIFE.pdf|titulo=Quality-of-life Survey|acessodata=6 de Outubro de 2008}}, [[The Economist]]</ref> apesar de o seu [[Renda per capita|PIB per capita]] ser o menor entre os países da [[Europa Ocidental]]. É membro das [[Nações Unidas]] e da [[União Europeia]] (na altura da sua adesão em 1986, [[Comunidade Económica Europeia|CEE]]), e membro-fundador da [[Organização do Tratado do Atlântico Norte|NATO]], da [[OCDE]], da [[Zona Euro]] (da União Europeia) e da [[CPLP]]. Participa em diversas missões de manutenção de paz das Nações Unidas. Portugal é também um estado-membro do [[Acordo de Schengen|Espaço Schengen]].

== Etimologia ==
O nome ''Portugal'' apareceu entre os anos 930 a 950 da [[Era Cristã]], sendo no final do [[século X]] que o nome começou a usar-se com mais frequência. [[Fernando I de Leão e Castela|Fernando ''Magno'']] denominou oficialmente o território de Portugal, quando em 1067 o deu ao seu filho D. [[Garcia II da Galiza|Garcia]], que se intitulou rei do mesmo nome.<ref name="reis-rainhas 23">{{citar livro|autor=Sousa, Manuel|título=Reis e Rainhas de Portugal|editora=SporPress|local=[[Mem Martins]]|ano=[[2000]]|páginas=23|id=ISBN 972-97256-9-1}}</ref> No [[século V]], durante o reinado dos [[Suevos]], [[Idácio de Chaves]] já escrevia sobre um local chamado ''Portucale'', para onde fugiu Requiário:

{{cquote|''[[Requiário I|Rechiarius]] ad locum qui Portucale appellatur, profugus regi [[Teodorico II|Theudorico]] captivus adducitur: quo in custodiam redacto, caeteris qui de priore certamine superfuerant, tradentibus se Suevis, aliquantis nihilominus interfectis, regnum destructum et finitum est Suevorum''<ref>{{citar web|url=http://www.thelatinlibrary.com/hydatiuschronicon.html|titulo=Crónica de Idácio de Chaves|lingua=[[Latim]]|acessodata=5 de Outubro de 2008}}</ref>
(''Requiário fugitivo ao lugar ao qual chamam Portucale, foi levado como prisioneiro ao rei Teodorico. Foi posto sob custódia, enquanto o resto dos suevos sobreviventes à anterior batalha se renderam – apesar de alguns terem morrido –; desta maneira o reino dos Suevos foi destruído e acabado.'')}}

''Cale'', a actual [[Vila Nova de Gaia]], já era conhecida por ''Portucale'' no tempo dos [[Godos]].<ref name="reis-rainhas 23" />
Num diploma de 841, surge por incidente, a primeira menção da província ''portugalense''. [[Afonso II das Astúrias]], ampliando a jurisdição espiritual do [[Bispo]] de [[Lugo (Espanha)|Lugo]], diz:
{{cquote|''Totius galleciae, seu Portugalensi Provintiae summun suscipiat Praesulatum''<ref name="reis-rainhas 24">Sousa, Manuel; ''Reis e Rainhas de Portugal''; editora SporPress; [[Mem Martins]], ano [[2000]]; página 24.</ref> (''Que ele tome o governo supremo de toda a província da Galiza e de Portugal.'')}}

Mas há quem afirme que ''Portugal'' deriva de ''Portogatelo'', nome dado por um chefe oriundo da [[Grécia]] chamado [[Catelo]], ao desembarcar e se estabelecer junto do actual [[Porto]].<ref>{{citar livro|título=Europa Portuguesa|volume=Tomo I, capítulo 6|páginas=104}}</ref> A primeira vez que o nome de Portugal aparece como elemento de raiz [[heráldica]], é numa carta de doação da [[Igreja de São Bartolomeu de Campelo]] por D. [[Afonso Henriques]] em 1129.<ref name="reis-rainhas 23">{{citar livro|autor=Sousa, Manuel|título=Reis e Rainhas de Portugal|editora=SporPress|local=[[Mem Martins]]|ano=[[2000]]|páginas=24|id=ISBN 972-97256-9-1}}</ref>

== História ==
{{Ver artigo principal|[[História de Portugal]]}}

=== Primeiros povos ===
{{Ver artigos principais|[[Povos ibéricos pré-romanos]], [[Invasão romana da Península Ibérica|Romanização]], [[Lusitânia]], [[Invasões bárbaras da Península Ibérica|Invasões bárbaras]] e [[invasão muçulmana da Península Ibérica|árabe]]}}
A [[pré-história]] de Portugal é partilhada com a da [[Península Ibérica]]. A região foi povoada por pré-celtas e celtas, dando origem a povos como os [[Galaicos]], [[Lusitanos]], [[Celtas]] e [[Cinetes]], visitada pelos [[fenícios]]<ref>{{citar livro|autor=Barreira, Aníbal; Moreira, Mendes|título=Rumos da História|editora=Edições ASA|local=[[Porto]]|ano=[[2003]]|páginas=38 e 39|id=ISBN 972-41-2899-7}}</ref> e [[cartagineses]], e os [[romanos]] incorporaram-na no seu [[Império Romano|Império]] (como [[Lusitânia]], depois de 45 a.C.),<ref>{{citar livro|autor=Barreira, Aníbal; Moreira, Mendes|título=Rumos da História|editora=Edições ASA|local=[[Porto]]|ano=[[2003]]|páginas=63 a 79|id=ISBN 972-41-2899-7}}</ref> invadida posteriormente pelos [[Suevos]], [[Vândalos]], [[Alanos]],[[Búrios]] e [[Visigodos]], e conquistada pelos [[mouros]] que trouxeram os [[saqaliba]]. Em 868, durante a [[Reconquista]], foi formado o [[Condado Portucalense]].<ref>{{citar livro|autor=Barreira, Aníbal; Moreira, Mendes|título=Rumos da História|editora=Edições ASA|local=[[Porto]]|ano=[[2003]]|páginas=116 a 127|id=ISBN 972-41-2899-7}}</ref>

=== Formação e consolidação do reino ===
{{Ver artigos principais|[[Condado Portucalense]], [[Independência de Portugal]]}}
Muito antes de Portugal conseguir a sua independência, já tinha havido algumas tentativas de alcançar uma autonomia mais alargada, e até mesmo a independência, por parte dos condes que governavam as terras do [[Reino da Galiza|Condado da Galiza]] e de [[Portucale]]. Para terminar com esse clima independentista da nobreza local em relação ao domínio leonês, o Rei [[Afonso VI de Leão e Castela|Afonso VI]] entregou o governo do [[Reino da Galiza|Condado da Galiza]] (que nessa altura incluía ''as terras de Portucale'') ao Conde [[Raimundo de Borgonha]]. Após muitos fracassos militares de D. Raimundo contra os [[mouros]], [[Afonso VI de Leão e Castela|Afonso VI]] decidiu dar em 1096 ao primo deste, o [[Henrique de Borgonha, conde de Portucale|Conde D. Henrique]], o governo das terras mais a sul do [[reino da Galiza|Condado da Galiza]], fundando assim o [[Condado Portucalense]]. Com o governo do [[Conde D. Henrique]], o Condado Portucalense conheceu não só uma política militar mais eficaz na luta contra os [[mouros]], como também uma política independentista mais activa. Só após a sua morte, quando o seu filho [[Afonso I de Portugal|D. Afonso Henriques]] subiu ao poder, Portugal conseguiu a sua independência com a assinatura em 1143 do [[Tratado de Zamora]], ao mesmo tempo que conquistou localidades importantes como [[Santarém (Portugal)|Santarém]], [[Lisboa]], [[Palmela]] e [[Évora]] aos [[mouros]].<ref>{{citar livro|autor=Sousa, Manuel|título=Reis e Rainhas de Portugal|editora=SporPress|local=[[Mem Martins]]|ano=[[2000]]|páginas=31 a 35|id=ISBN 972-97256-9-1}}</ref>

Com a consolidação de Portugal a primeira casa real foi a casa de Borgonha, que ocupou o lugar dos conde Nuno Mendes II.

Terminada a [[Reconquista]] do território português em 1249, a independência do novo reino viria a ser posta em causa várias vezes por [[Reino de Castela|Castela]]. Primeiro, na sequência da [[Crise de 1383-1385|crise de sucessão]] de [[Fernando I de Portugal|D. Fernando I]], que culminou na [[Batalha de Aljubarrota]], em 1385.<ref>{{citar livro|autor=Sousa, Manuel|título=Reis e Rainhas de Portugal|editora=SporPress|local=[[Mem Martins]]|ano=[[2000]]|páginas=57 a 65|id=ISBN 972-97256-9-1}}</ref>

=== Os descobrimentos e a Dinastia Filipina ===
{{Ver artigos principais|[[Descobrimentos portugueses]], [[Império Português]]}}

[[Ficheiro:Descobrimentos e explorações portuguesesV2.png|thumb|300px|Descobrimentos portugueses de 1415-1543, principais rotas no [[Oceano Índico]] (azul), territórios portugueses no reinado de [[João III de Portugal|D. João III]] (verde).]]

Com o fim da guerra, Portugal deu início ao processo de exploração e expansão conhecido por [[Descobrimentos portugueses|Descobrimentos]], entre cujas figuras cimeiras destacam o [[infante D. Henrique]], ''o Navegador'', e o Rei [[João II de Portugal|D. João II]]. [[Ceuta]] foi conquistada em 1415. O [[cabo Bojador]] foi dobrado por [[Gil Eanes]] em 1434, e a exploração da costa africana prosseguiu até que [[Bartolomeu Dias]], já em 1488, comprovou a comunicação entre os oceanos [[Atlântico]] e [[Índico]] dobrando o [[cabo da Boa Esperança]].<ref>{{citar livro|autor=Mattoso, António; Henriques, Antonino|título=História Geral e Pátria|volume=II volume: Idade Moderna e Contemporânea|editora=Bertrand, Lda.|local=[[Lisboa]]|ano=[[1965]]|páginas=13 a 19}}</ref> Em rápida sucessão, descobriram-se rotas e terras na [[Terra Nova|América do Norte]], na [[Descoberta do Brasil|América do Sul]], e no [[Descoberta do caminho marítimo para a Índia|Oriente]], na sua maioria durante o reinado de [[Manuel I de Portugal|D. Manuel I]], ''o Venturoso''. Foi a expansão no Oriente, sobretudo graças às conquistas de [[Afonso de Albuquerque]] que, durante a primeira metade do século XVI, concentrou quase todos os esforços dos portugueses, muito embora já em 1530 [[João III de Portugal|D. João III]] tivesse iniciado a colonização do [[Brasil]].<ref>{{citar livro|autor=Mattoso, António; Henriques, Antonino|título=História Geral e Pátria|volume=II volume: Idade Moderna e Contemporânea|editora=Bertrand, Lda.|local=[[Lisboa]]|ano=[[1965]]|páginas=21 a 33}}</ref>

O país teve o seu ''século de ouro'' durante este período. Porém, na [[batalha de Alcácer-Quibir]] (1578), o jovem rei [[Sebastião de Portugal|D. Sebastião]] e parte da nobreza portuguesa pereceram. Sobe ao trono o [[Henrique I de Portugal|Rei-Cardeal D. Henrique]], que morre dois anos depois, abrindo a [[Crise de sucessão de 1580]]: esta resolve-se com a chamada [[União Ibérica|monarquia dualista]], em que Portugal e Espanha mantendo coroas separadas eram regidas pelo mesmo rei, também chamada [[União Ibérica]], com a subida ao trono português de [[Filipe II de Espanha]], o primeiro de três reis espanhóis ([[Dinastia Filipina]]).<ref>{{citar livro|autor=Mattoso, António; Henriques, Antonino|título=História Geral e Pátria|volume=II volume: Idade Moderna e Contemporânea|editora=Bertrand, Lda.|local=[[Lisboa]]|ano=[[1965]]|páginas=98 a 103}}</ref> Privado de uma política externa independente, e envolvido na guerra travada por Espanha com a [[Guerra Luso-Neerlandesa|Holanda]], Portugal sofreu grandes reveses no império, resultando na perda do monopólio do comércio no Índico.

Esse domínio foi terminado a [[1 de Dezembro]] de [[1640]] pela nobreza nacional que, após ter vencido a guarda real num repentino golpe-de-estado, depôs a condessa governadora de Portugal, coroando [[João IV de Portugal|D. João IV]] como Rei de Portugal.<ref>{{citar livro|autor=Mattoso, António; Henriques, Antonino|título=História Geral e Pátria|volume=II volume: Idade Moderna e Contemporânea|editora=Bertrand, Lda.|local=[[Lisboa]]|ano=[[1965]]|páginas=124 a 129}}</ref>

=== Restauração, absolutismo e liberalismo ===
{{Ver artigos principais|[[Restauração da Independência]], [[Terramoto de 1755]]}}
[[Ficheiro:Joao IV proclaimed king.jpg|thumb|left|Aclamação de [[D. João IV]], ''o Restaurador''.]]

Após a restauração da [[independência de Portugal]], seguiu-se uma guerra com [[Espanha]] que terminaria apenas em [[1668]], com a assinatura de um [[Tratado de Lisboa (1668)|tratado de paz]] em que Espanha reconhecia em definitivo a restauração de Portugal.<ref>{{citar livro|autor=Sousa, Manuel|título=Reis e Rainhas de Portugal|editora=SporPress|local=[[Mem Martins]]|ano=[[2000]]|páginas=117 a 122|id=ISBN 972-97256-9-1}}</ref>

O final do [[século XVII]] e a primeira metade do [[século XVIII]] assistiram ao florescimento da [[História da mineração do Brasil|exploração mineira do Brasil]], onde se descobriram ouro e pedras preciosas que fizeram da corte de [[João V de Portugal|D. João V]] uma das mais opulentas da Europa. Estas riquezas serviam frequentemente para pagar produtos importados, maioritariamente de Inglaterra (por exemplo, quase não existia indústria têxtil no reino e todos os tecidos eram importados de Inglaterra). O comércio externo baseava-se na indústria do vinho e o desenvolvimento económico do reino foi impulsionado, já no reinado de [[José I de Portugal|D. José]], pelos esforços do [[Marquês de Pombal]], ministro entre 1750 e 1777, para inverter a situação com grandes reformas mercantilistas. Foi neste reinado que um [[Terramoto de 1755|violento sismo]] devastou Lisboa e o Algarve, a [[1 de Novembro]] de [[1755]].<ref>{{citar livro|autor=Mattoso, António; Henriques, Antonino|título=História Geral e Pátria|volume=II volume: Idade Moderna e Contemporânea|editora=Bertrand, Lda.|local=[[Lisboa]]|ano=[[1965]]|páginas=134 a 139}}</ref>

[[Ficheiro:Portugal Império total.png|thumb|right|300px|Mapa anacrónico do [[Império Português]] ([[1415]]–[[1999]]).<br /> Em vermelho - Possessões;<br /> Em cor-de-rosa - Explorações, áreas de influência económica sobre supremacia;<br /> Em azul - Explorações marítimas, rotas e áreas de influência.<br /> Teoria da descoberta portuguesa da [[Austrália]] não está assinalada.]]
No ano de 1795 o Barão D. Antonio Borgonha e Mendes reividica o trono de Portugal, alegando que o titulo de monarca portugues pertencia a sua familia, que havia sido exilada em Roma no ano de 1269.
Após um grande dialogo entre as duas casas reais o pricipe D. João VI concede ao Barão o titulo e o comando da requião de Santarem.
Por não quebrar a aliança com a [[Inglaterra]] e recusar-se a aderir ao [[Bloqueio Continental]], Portugal foi [[Guerra Peninsular|invadido]] pelos exércitos [[Napoleão Bonaparte|napoleónicos]] em [[1807]]. A [[Transferência da corte portuguesa para o Brasil (1808-1821)|Corte e a família real portuguesa refugiaram-se no Brasil]], e a capital deslocou-se para o [[Rio de Janeiro]], onde permaneceria até [[1821]], quando [[João VI de Portugal|D. João VI]], desde 1816 rei do ''[[Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves]]'', regressou a Lisboa para jurar a primeira [[Constituição Portuguesa|Constituição]]. No ano seguinte, o seu filho [[Pedro IV de Portugal|D. Pedro IV]] era proclamado imperador do Brasil.<ref>{{citar livro|autor=Mattoso, António; Henriques, Antonino|título=História Geral e Pátria|volume=II volume: Idade Moderna e Contemporânea|editora=Bertrand, Lda.|local=[[Lisboa]]|ano=[[1965]]|páginas=207 a 209}}</ref>

Portugal viveu, no restante [[século XIX]], períodos de enorme perturbação política e social (a [[Guerras Liberais|guerra civil]] e repetidas revoltas e pronunciamentos militares, como a [[Revolução de Setembro]], a [[Maria da Fonte]], a [[Patuleia]], etc.) e só com o Acto Adicional à [[Carta Constitucional|Carta]], de 1852, foi possível a acalmia política e o início da política de fomento protagonizada por [[Fontes Pereira de Melo]].<ref>{{citar livro|autor=Mattoso, António; Henriques, Antonino|título=História Geral e Pátria|volume=II volume: Idade Moderna e Contemporânea|editora=Bertrand, Lda.|local=[[Lisboa]]|ano=[[1965]]|páginas=218 a 224}}</ref> No final do século XIX, as ambições coloniais portuguesas chocam com as inglesas, o que está na origem do [[Ultimato britânico de 1890|Ultimato]] de 1890.<ref>{{citar livro|autor=Mattoso, António; Henriques, Antonino|título=História Geral e Pátria|volume=II volume: Idade Moderna e Contemporânea|editora=Bertrand, Lda.|local=[[Lisboa]]|ano=[[1965]]|páginas=279 a 284}}</ref> A cedência às exigências britânicas e os crescentes problemas económicos lançam a monarquia num descrédito crescente, e [[Carlos I de Portugal|D. Carlos]] e o príncipe herdeiro [[Luís Filipe, Príncipe Real de Portugal|D. Luís Filipe]] são assassinados em [[1 de Fevereiro]] de [[1908]]. A monarquia ainda esteve no poder durante mais dois anos, chefiada por [[Manuel II de Portugal|Manuel II]], mas viria a ser abolida em [[5 de Outubro]] de [[1910]], implantando-se a República.

=== República, Estado Novo e Democracia ===
{{Ver artigos principais|[[Implantação da República Portuguesa]], [[Estado Novo (Portugal)|Estado Novo]], [[Revolução dos Cravos]]}}

[[Ficheiro:Hastear da bandeira portuguesa.jpg|thumb|esquerda|Hastear da bandeira portuguesa, durante a sua participação na [[I Guerra Mundial]].]]

A República é pouco depois instaurada, em [[Implantação da República Portuguesa|5 de Outubro de 1910]], e o jovem rei [[Manuel II de Portugal|D. Manuel II]] parte para o exílio em Inglaterra.<ref>{{citar livro|autor=Sousa, Manuel|título=Reis e Rainhas de Portugal|editora=SporPress|local=[[Mem Martins]]|ano=[[2000]]|páginas=157 a 158|id=ISBN 972-97256-9-1}}</ref> Após vários anos de instabilidade política, com lutas de trabalhadores, tumultos, levantamentos, homicídios políticos e crises financeiras (problemas que a participação na [[I Guerra Mundial]] contribuiu para aprofundar), o [[Exército Português|Exército]] tomou o poder, em 1926. O regime militar nomeou [[ministro das Finanças]] [[António de Oliveira Salazar]] (1928), professor da [[Universidade de Coimbra]], que pouco depois foi nomeado [[Lista de primeiros-ministros de Portugal|Presidente do Conselho de Ministros]] (1932).

Ao mesmo tempo que restaurou as finanças, instituiu o [[Estado Novo (Portugal)|Estado Novo]], regime autoritário de corporativismo de Estado, com partido único e sindicatos estatais, com afinidades bem marcadas com o [[fascismo]] pelo menos até 1945.<ref>{{citar livro|autor=Mattoso, António; Henriques, Antonino|título=História Geral e Pátria|volume=II volume: Idade Moderna e Contemporânea|editora=Bertrand, Lda.|local=[[Lisboa]]|ano=[[1965]]|páginas=304 a 305}}</ref> Em 1968, afastado do poder por doença, sucedeu-lhe [[Marcelo Caetano]].

A recusa do regime em [[Descolonização|descolonizar]] as [[Província ultramarina|províncias ultramarinas]] resultou no início da [[Guerra colonial portuguesa|guerra colonial]], primeiro em [[Angola]] (1961) e em seguida na [[Guiné-Bissau]] (1963) e em [[Moçambique]] (1964). Apesar das críticas de alguns dos mais antigos oficiais do Exército, entre os quais o general [[António de Spínola]], o governo parecia determinado em continuar esta política.<ref name="ptgc">{{citar livro|autor=vários autores|título=História 9|editora=Porto Editora|local=[[Porto]]|ano=[[2004]]|páginas=166|id=ISBN 972-0-31405-2}}</ref> Com o seu livro ''[[Portugal e o Futuro]]'', em que defendia a insustentabilidade de uma solução militar nas [[Guerra colonial portuguesa|guerras do Ultramar]], Spínola seria destituído, o que agravou o crescente mal-estar entre os jovens oficiais do Exército, os quais, no dia [[Revolução dos Cravos|25 Abril de 1974]] desencadearam um golpe de estado.<ref>{{citar livro|autor=vários autores|título=História 9|editora=Porto Editora|local=[[Porto]]|ano=[[2004]]|páginas=168 e 172|id=ISBN 972-0-31405-2}}</ref>

A este sucedeu-se um período de confronto político muito aceso entre forças sociais e políticas, designado como [[Processo Revolucionário em Curso]], com especial ênfase durante o [[Verão]] de [[1975]], a que se chamou [[Verão Quente]], no qual o país esteve prestes a cair num novo período de ditadura, desta vez de orientação comunista. Neste período Portugal [[Descolonização portuguesa da África|concede a independência]] de todas as suas antigas colónias em África.<ref>{{citar livro|autor=vários autores|título=História 9|editora=Porto Editora|local=[[Porto]]|ano=[[2004]]|páginas=168 e 174|id=ISBN 972-0-31405-2}}</ref>

[[Ficheiro:Tratado de Lisboa 13 12 2007 (08).jpg|thumb|right|"Foto de Família" na cerimónia de assinatura do [[Tratado de Lisboa (2007)|Tratado de Lisboa]].]]

A [[25 de Novembro]] de [[1975]] diversos sectores da esquerda radical (essencialmente pára-quedistas e polícia militar na Região Militar de Lisboa), provocados pelas notícias, levam a cabo uma tentativa de golpe de estado, que no entanto não tem nenhuma liderança clara. O [[Grupo dos Nove]] reage pondo em prática um plano militar de resposta, liderado por [[António Ramalho Eanes]]. Este triunfa e no ano seguinte consolida-se a [[democracia]]. O próprio Ramalho Eanes é no ano seguinte o primeiro Presidente da República eleito por sufrágio universal. Aprova-se uma [[Constituição Portuguesa|Constituição democrática]] e estabelecem-se os poderes políticos locais (autarquias) e governos autónomos regionais nos [[Região Autónoma dos Açores|Açores]] e [[Região Autónoma da Madeira|Madeira]].<ref>{{citar livro|autor=vários autores|título=História 9|editora=Porto Editora|local=[[Porto]]|ano=[[2004]]|páginas=174|id=ISBN 972-0-31405-2}}</ref>

Entre as décadas de 1940-60, Portugal foi membro co-fundador da [[Organização do Tratado do Atlântico Norte|NATO]], [[OCDE]] e [[EFTA]], saindo desta última em 1986, para aderir à [[União Europeia]].<ref>{{citar livro|autor=vários autores|título=História 9|editora=Porto Editora|local=[[Porto]]|ano=[[2004]]|páginas=176|id=ISBN 972-0-31405-2}}</ref> Em 1999, Portugal aderiu à [[Zona Euro]],<ref>{{citar web |url=http://www.ecb.europa.eu/home/html/index.en.html |titulo=Banco Central Europeu |acessodata=18 de Outubro de 2008}}</ref> e ainda nesse ano, entregou a soberania de [[Macau]] à [[República Popular da China]].<ref>{{citar web |url=http://www.fd.ul.pt/Portals/0/Docs/Institutos/ICJ/LusCommune/AscensaoJoseOliveira3.pdf|titulo=A legislação de Macau no termo da administração portuguesa |acessodata=18 de Outubro de 2008}}</ref> Desde a sua adesão à União Europeia, o país presidiu o [[Conselho Europeu]] por três vezes, a última das quais em 2007, recebendo a cerimónia de assinatura do [[Tratado de Lisboa (2007)|Tratado de Lisboa]].<ref name="pue">{{citar web |url=http://www.eu2007.pt/UE/vPT/Presidencia_Conselho/A_Presidencia/default_.htm |titulo=A Presidência portuguesa da União Europeia |acessodata=[[19 de Abril]] de [[2010]]}}</ref>

== Geografia ==
{{Ver artigo principal|[[Geografia de Portugal]]}}
[[Ficheiro:Portugal topographic map-pt.png|thumb|left|[[Carta topográfica]] e da administração de Portugal.]]

Situado no extremo sudoeste da Europa, Portugal Continental faz fronteira apenas com um outro país, [[Espanha]]. O território é dividido no continente pelo rio principal, o [[Rio Tejo|Tejo]]. A norte, a paisagem é montanhosa nas zonas do interior com planaltos, intercalados por áreas que permitem o desenvolvimento da agricultura. A sul, até ao Algarve, o relevo é caracterizado por planícies, sendo as serras esporádicas. Outros rios principais são o [[Rio Douro|Douro]], o [[Rio Minho|Minho]] e o [[Rio Guadiana|Guadiana]], que tal como o Tejo nascem em Espanha. Outro rio importante, o [[Rio Mondego|Mondego]], nasce na [[Serra da Estrela]] (a montanha mais alta de Portugal Continental – 1993 m de [[altitude]] máxima, e a 2.ª mais alta de Portugal - apenas atrás da [[Montanha do Pico]], nos [[Açores]]).<ref>{{citar livro|autor=Vários autores|título=Enciclopédia Geográfica|editora=Selecções do Reader's Digest|local=[[Lisboa]]|ano=[[1987]]|páginas=257}}</ref>

[[Ficheiro:Azoren (14).jpg|thumb|[[Ilha do Pico]], [[Açores]]: o ponto mais alto de Portugal.]]

As ilhas dos [[Açores]] estão localizadas no [[rifte]] médio do Oceano Atlântico; algumas das ilhas tiveram actividade vulcânica recente: [[Ilha de São Miguel|São Miguel]] em 1563, e [[Vulcão dos Capelinhos|Capelinhos]] em 1957, que aumentou a área ocidental da [[Ilha do Faial]].<ref>{{citar livro|autor=Vários autores|título=Enciclopédia Geográfica|editora=Selecções do Reader's Digest|local=[[Lisboa]]|ano=[[1987]]|páginas=264}}</ref> O [[Banco D. João de Castro]] é um grande vulcão submarino que se situa entre as ilhas [[Ilha Terceira|Terceira]] e São Miguel e está 14 m abaixo da superfície do mar. Entrou em erupção em 1720 e formou uma ilha, que permaneceu acima da tona de água durante vários anos. Uma nova ilha poderá surgir num futuro não muito distante. O ponto mais alto de Portugal é a [[Montanha do Pico]] na [[Ilha do Pico]], um [[vulcão]] que atinge 2351 [[Metro|m]] de altitude.<ref>{{citar livro|autor=Vários autores|título=Enciclopédia Geográfica|editora=Selecções do Reader's Digest|local=[[Lisboa]]|ano=[[1987]]|páginas=554}}</ref>

As ilhas da [[Região Autónoma da Madeira|Madeira]], ao contrário dos Açores que se situam na área do [[rifte]] médio do Oceano Atlântico, estão situadas no interior da [[placa africana]] e a sua formação deve-se à actividade de um [[ponto quente]] não relacionado com a [[tectónica de placas|circulação tectónica]]. Esta situação de estabilidade e localização no interior da [[placa tectónica]] leva a que este seja o território do país menos sujeito a [[sismo]]s. A última erupção vulcânica de que há evidência ocorreu há cerca de 6000 anos, na [[ilha da Madeira]], manifestando-se actualmente o vulcanismo de forma indirecta, através da libertação de gases vulcânicos profundos e águas quentes e gaseificadas descobertas aquando da abertura de [[túnel|túneis]] rodoviários e galerias de captação de água no interior da ilha principal. O ponto mais alto do território é o [[Pico Ruivo]] com 1862 m de altitude.<ref>{{citar livro|autor=Vários autores|título=Enciclopédia Geográfica|editora=Selecções do Reader's Digest|local=[[Lisboa]]|ano=[[1987]]|páginas=439}}</ref>

A costa portuguesa é extensa: tem 1230&nbsp;km em Portugal continental, 667&nbsp;km nos Açores, 250&nbsp;km na Madeira onde se incluem também as Ilhas Desertas, as Ilhas Selvagens e a Ilha do Porto Santo. A costa formou belas praias, com variedade entre falésias e areais. Na [[Ilha do Porto Santo]] uma formação de dunas de origem orgânica (ao contrário da origem mineral da costa portuguesa continental) com cerca de 9&nbsp;km é um ponto turístico muito apreciado internacionalmente. Uma característica importante na costa portuguesa é a [[Ria de Aveiro]], estuário do [[rio Vouga]], perto da cidade de [[Aveiro]], com 45&nbsp;km de comprimento e um máximo de 11&nbsp;km de largura, rica em peixe e aves marinhas. Existem quatro canais, e entre estes várias ilhas e ilhotas, e é onde quatro rios encontram o oceano.<ref>{{citar livro|autor=Vários autores|título=Enciclopédia Geográfica|editora=Selecções do Reader's Digest|local=[[Lisboa]]|ano=[[1987]]|páginas=82}}</ref> Com a formação de cordões litorais definiu-se uma laguna, vista como um dos elementos hidrográficos mais marcantes da costa portuguesa. Portugal possuiu uma das maiores [[Zona Económica Exclusiva|zonas económicas exclusivas]] (ZEE) da Europa, cobrindo cerca de 1 683 000&nbsp;km².<ref name="ReferenceA">{{citar livro|autor=Rodrigues, Arinda|título=Novas Viagens – Actividades Económicas|editora=Texto Editora|edição=1.ª edição|local=[[Lisboa]]|ano=[[2004]]|páginas=35|id=ISBN 972-47-2246-5}}</ref>

=== Clima ===

[[Ficheiro:Lagoa das Furnas, ilha de São Miguel, Arquipélago dos Açores, Portugal.JPG|thumb|right|180px|[[Lagoa das Furnas]] - uma [[lagoa]] numa [[caldeira vulcânica]] na [[ilha de São Miguel]], nos [[Açores]].]]
[[Ficheiro:Alentejo oak on wheat field.jpg|thumb|left|180px|[[Sobreiro]] num campo de [[trigo]], uma imagem típica da região do [[Alentejo]].]]
[[Ficheiro:Algarve-1.jpg|thumb|180px|left|[[Praia da Marinha]], uma imagem típica da região do [[Algarve]].]]
[[Ficheiro:Serra da Estrela II Portugal.jpg|thumb|right|180px|[[Estância de Esqui Vodafone|Estância de esqui]] na [[Serra da Estrela]], o ponto mais alto de Portugal continental.]]
[[Ficheiro:Pico-HortaFaial.jpg|thumb|left|180px|O [[Montanha do Pico]], na [[ilha do Pico]], nos [[Açores]], é o ponto mais alto de Portugal.]]
[[Ficheiro:Régua Douro 4.JPG|thumb|right|180px|A paisagem típica do [[Douro (sub-região)|Vale do Douro]].]]
[[Ficheiro:Pico-das-Torres.jpg|thumb|left|180px|Visão do [[Pico das Torres]], na [[ilha da Madeira]].]]
[[Ficheiro:Roca farol.JPG|thumb|right|180px|[[Cabo da Roca]], o ponto mais ocidental da [[Europa]] continental.]]

Portugal tem um [[clima mediterrânico]], ''Csa'' no [[sul]] e ''Csb'' no [[norte]], de acordo com a [[classificação climática de Köppen-Geiger]].<ref name="IM">{{citar web|url=http://www.meteo.pt/pt/areaeducativa/otempo.eoclima/clima.pt/index.html|titulo=Clima de Portugal Continental|autor=[[Instituto de Meteorologia]]|data=[[1961]]-[[1990]]|publicado=[[Instituto de Meteorologia]] > Área Educativa > [[Geografia de Portugal#Clima|Clima em Portugal]]|acessodata=[[21 de Abril]] de [[2010]]}}</ref> Portugal é um dos países [[Europa|europeus]] mais amenos: a temperatura média anual em Portugal continental varia dos 13 [[Grau Celsius|°C]] no interior norte montanhoso até 18 [[Grau Celsius|°C]] no [[sul]], na [[Rio Guadiana|bacia do Guadiana]].<ref name="IM"/> Os [[Verão|Verões]] são amenos nas terras altas do [[Região do Norte (Portugal)|norte]] do país e na região litorânea do extremo [[Região do Norte (Portugal)|norte]] e do [[Região do Centro (Portugal)|centro]]. O [[Outono]] e o [[Inverno]] são tipicamente ventosos, [[Estação das chuvas|chuvosos]] e frescos, sendo mais frios nos distritos do norte e central do país, nos quais ocorrem temperaturas negativas durante os meses mais frios. No entanto, nas cidades mais ao [[sul]] de Portugal, as temperaturas só muito ocasionalmente descem abaixo dos 0 [[Grau Celsius|°C]], ficando-se pelos 5 [[Grau Celsius|°C]] na maioria dos casos.<ref name="autogenerated2004">{{citar livro|autor=Rodrigues, Arinda|título=Novas Viagens – O Meio Natural|editora=Texto Editora|edição=1.ª edição|local=[[Lisboa]]|ano=[[2004]]|páginas=32 e 32a|id=ISBN 972-47-2357-7}}</ref>

Normalmente, os meses de [[Primavera]] e [[Verão]] são ensolarados e as temperaturas são altas durante os meses secos de [[Julho]] e [[Agosto]], podendo ocasionalmente passar dos 40 [[Grau Celsius|°C]] em boa parte do país, em dias extremos,<ref name="PorVirt">{{citar web|url=http://www.portugal-virtual.net/portuguese/general/climate.htm|titulo=Clima de Portugal|autor=Portugal Virtual|data=|publicado=Portugal - Clima|acessodata=[[21 de Abril]] de [[2010]]}}</ref> e com maior frequência no interior do [[Alentejo]].<ref>{{citar web|url=http://programas.rtp.pt/noticias/?headline=20&visual=9&tm=8&t=Temperaturas-atingem-os-40-no-Alentejo.rtp&article=270928|titulo=Temperaturas atingem os 40º no Alentejo|autor=[[RTP]]|data=[[13 de Agosto]] de [[2009]] 21:35:45|publicado=País - Temperaturas atingem os 40º no [[Alentejo]] - [[RTP]] Noticias, Vídeo|acessodata=[[21 de Abril]] de [[2010]]}}</ref> No Verão as temperaturas podem mesmo subir até aos 50 [[Grau Celsius|°C]] como está documentado num estudo climatológico realizado recentemente, por exemplo no [[Parque Arqueológico do Vale do Côa]], no [[Douro (subregião)|vale do Douro]]. Em algumas regiões, como nas bacias do [[Rio Tejo|Tejo]] e do [[Rio Douro|Douro]], as temperaturas médias anuais podem chegar a atingir os 20 [[Grau Celsius|°C]].

O maior valor da temperatura máxima do ar de 50,5 [[Grau Celsius|°C]] foi registada em [[Riodades]], [[São João da Pesqueira]].<ref>{{citar web|url=http://www.dandantheweatherman.com/wortrivaug.html|titulo=World Weather Trivia Page - August|autor=World Weather Trivia Page|data=|publicado=Dan, Dan the Weatherman's World Weather Trivia Page|acessodata=[[22 de Abril]] de [[2010]]|língua=inglês}}</ref> A precipitação total anual média varia de pouco mais de 3000 [[milímetro|mm]] nas montanhas do norte a menos de 600 [[milímetro|mm]] em zonas do sul do [[Alentejo]].<ref name="IM"/> O país tem à volta de 2500–3200 horas de sol por ano, e uma média de 4–6 horas no [[Inverno]] e 10–12 horas no [[Verão]], com valores superiores no [[sudeste]] e inferiores no [[noroeste]].<ref name="PorVirt"/><ref>{{citar web|url=http://www.igeo.pt/atlas/Cap1/Cap1d_1.html|titulo=CLIMA E SUAS INFLUÊNCIAS — Elementos climáticos|autor=Raquel Soeiro de Brito - [[Instituto Geográfico Português]]|data=|publicado=Atlas de Portugal|acessodata=[[21 de Abril]] de [[2010]]}}</ref>

A [[neve]] ocorre regularmente em quatro distritos no [[Região do Norte (Portugal)|norte]] do país ([[Distrito da Guarda|Guarda]], [[Distrito de Bragança|Bragança]], [[Distrito de Vila Real|Vila Real]] e [[Distrito de Viseu|Viseu]]) e diminui a sua ocorrência em direcção ao [[sul]], até se tornar inexistente na maior parte do [[Algarve]]. No [[Inverno]], temperaturas inferiores a -10 [[Grau Celsius|°C]] e [[nevão|nevões]] ocorrem com alguma frequência em pontos restritos, tais como a [[Serra da Estrela]], a [[Serra do Gerês]] e a [[Serra de Montesinho]], podendo [[Neve|nevar]] de [[Outubro]] a [[Maio]] nestes locais.<ref name="autogenerated2004"/>

Os arquipélagos da [[Madeira]] e [[Açores]] têm uma faixa mais estreita de temperatura, com temperaturas médias anuais que excedem os 20 [[Grau Celsius|°C]], de acordo com o [[Instituto de Meteorologia]], na costa sul da [[ilha da Madeira]].<ref>{{citar web|url=http://www1.ci.uc.pt/iej/alunos/1998-99/madeira/madeira/vegetao.htm|titulo=Vegetação da Madeira|autor=[[Universidade de Coimbra]]|data=[[1999]]|publicado=[[Ilha da Madeira|Madeira]] — Vegetação|acessodata=[[21 de Abril]] de [[2010]]}}</ref> A [[precipitação (meteorologia)|precipitação]] total anual média no território continental varia de pouco mais do que 3000 [[milímetro|mm]] nas montanhas do [[Região do Norte (Portugal)|norte]], até menos de 300 [[milímetro|mm]] na região do vale do [[Rio Massueime|Massueime]], próxima de [[Vila Nova de Foz Côa]] na bacia hidrográfica do [[rio Douro|Douro]]. Na [[Montanha do Pico]], nos [[Açores]], fica o local mais chuvoso de Portugal, atingindo os 6250 [[milímetro|mm]] num ano, de acordo com o IM ([[Instituto de Meteorologia]]).<ref>{{citar web|url=http://www.climaat.angra.uac.pt/documentos/PDF/Seminario_Eco-Escola.pdf|titulo=Validação do modelo para a precipitação anual na ilha do Pico|autor=Universidade de Angra do Heroísmo|data=[[27 de Janeiro]] de [[2006]]|publicado=O clima, a diferenciação climática, e o património ambiental e cultural das ilhas dos Açores (pág. 36)|acessodata=[[21 de Abril]] de [[2010]]}}</ref>

As ilhas dos [[Açores]] situam-se na [[dorsal meso-atlântica]] ao passo que as ilhas da [[Região Autónoma da Madeira]] foram formadas pela actividade de um [[ponto quente]], de forma semelhante às ilhas do [[Havai]]. Algumas ilhas tiveram recentemente [[Vulcão|actividade vulcânica]], a mais conhecida, ocorreu em [[1957]].<ref>{{citar web|url=http://tv1.rtp.pt/noticias/?article=50325&visual=3&layout=10|titulo=Erupção do Vulcão dos Capelinhos foi há {{idade|1957|9|27}} anos|autor=[[Lusa (agência de notícias)|LUSA]] - Agência de Notícias de Portugal, S.A., [[RTP]]|data=[[27 de Setembro]] de [[2007]]|publicado=Erupção do Vulcão dos Capelinhos foi há 50 anos|acessodata=[[21 de Abril]] de [[2010]]}}</ref><ref>{{citar web|url=http://www.tvi24.iol.pt/sociedade/vulcao-acores-turismo-capelinhos-ilhas-oceano-atlantico/969539-4071.html|titulo=Açores: vulcões podem acordar|autor=Redacção da [[TVI]]|data=[[7 de Julho]] de [[2008]]|publicado=Especialista diz que a população não está preparada para uma [[Vulcão|erupção]]|acessodata=[[21 de Abril]] de [[2010]]}}</ref> Tanto as ilhas dos Açores como a da [[Madeira]] têm um [[clima temperado]], mas existem diferenças entre as ilhas, principalmente devido a diferenças na [[temperatura]] e [[Precipitação (meteorologia)|precipitação]].

As ilhas dos [[Açores]] não têm meses secos no [[Verão]], logicamente um [[clima temperado marítimo]] em que segundo [[Classificação climática de Köppen-Geiger|Köppen-Geiger]] (''Cfb'') há uma ausência de meses secos no [[Verão]].<ref name="Info">{{citar web|url=http://www.infopedia.pt/$portugal|titulo=Infopédia - Geografia - Portugal|autor=Infopédia, [[Porto Editora]]|data=|publicado=Infopédia - Enciclopédia e Dicionários - Geografia - Portugal|acessodata=[[21 de Abril]] de [[2010]]}}</ref> Na vertente norte da [[ilha da Madeira]] apresenta-se um [[clima oceânico]], enquanto que a [[Ilha da Madeira|vertente sul]] tem um [[clima mediterrânico]], com maior humidade do que num [[clima mediterrânico]] típico, mas com menos humidade do que na [[Ilha da Madeira|vertente norte da ilha]].<ref name="Info"/> As [[Ilhas Selvagens]], que se incluem no arquipélago da [[Madeira]], têm um [[clima desértico]] (''BWh'') com uma [[Precipitação (meteorologia)|precipitação]] total anual média de cerca de apenas 150 [[milímetro|mm]] (5,9 [[Polegada|pol.]]). As temperaturas médias à superfície do [[mar]] nestes arquipélagos variam dos 16 [[Grau Celsius|°C]]—18 [[Grau Celsius|°C]], no [[Inverno]], aos 23 [[Grau Celsius|°C]]—24 [[Grau Celsius|°C]], no [[Verão]], atingindo ocasionalmente os 26 [[Grau Celsius|°C]].<ref>{{citar web|url=http://www.visitportugal.com/NR/exeres/11B4D7E1-4C99-4E6F-994F-9AC52BB124F7,frameless.htm|titulo=Clima de Portugal|autor=Visit Portugal|data=|publicado=Visit Portugal — Clima|acessodata=[[21 de Abril]] de [[2010]]}}</ref><ref>{{citar web|url=http://www.azoresweb.com/clima.html|titulo=Clima dos Açores|autor=Azores Web|data=|publicado=Clima dos Açores|acessodata=[[21 de Abril]] de [[2010]]}}</ref>
<!--
A [[sul]] dos [[Açores]], existe uma zona oceânica, dentro do [[Zona Económica Exclusiva de Portugal|território marítimo português]] que tem o único [[clima tropical]] (tipo ''As'' segundo Koppen-Geiger) conhecido na [[Europa]], devido à influência da [[Corrente do Golfo]] nesta região. Aqui as temperaturas da água do mar excedem os 20 [[Grau Celsius|°C]] mesmo no pico do [[Inverno]] (Fonte [[AEMET]]).{{verificar credibiblidade}}{{carece de fontes}} -->

=== Fauna e Flora ===
{{anexo|[[Anexo:Lista de anfíbios de Portugal|Anfíbios]], [[Anexo:Lista de aves de Portugal|aves]] e [[Anexo:Lista de répteis de Portugal|répteis de Portugal]]}}
[[Ficheiro:Montezinho 7.jpg|thumb|[[Parque Natural de Montesinho]], no nordeste português.]]
[[Anexo:Áreas protegidas de Portugal|As áreas protegidas de Portugal]] incluem um [[parque nacional]],<ref>{{Cite web | title = Parque Nacional - ICNB | accessdate = 2010-10-05 | url = http://portal.icnb.pt/ICNPortal/vPT2007/O+ICNB/%C3%81reas+Protegidas/Parque+Nacional/ }}</ref> treze [[Parque natural|parques naturais]] (o mais recente criado em 2005),<ref>{{Cite web | title = Parques Naturais - ICNB | accessdate = 2010-10-05 | url = http://portal.icnb.pt/ICNPortal/vPT2007/O+ICNB/%C3%81reas+Protegidas/Parques+Naturais/ }}</ref> nove [[Reserva florestal|reservas naturais]],<ref>{{Cite web | title = Reservas Naturais - ICNB | accessdate = 2010-10-05 | url = http://portal.icnb.pt/ICNPortal/vPT2007/O+ICNB/%C3%81reas+Protegidas/Reservas+Naturais/ }}</ref> cinco [[Monumento natural|monumentos naturais]],<ref>{{Cite web | title = Monumentos Naturais - ICNB | accessdate = 2010-10-05 | url = http://portal.icnb.pt/ICNPortal/vPT2007/O+ICNB/%C3%81reas+Protegidas/Monumentos+Naturais/ }}</ref> e seis [[Paisagem protegida|paisagens protegidas]],<ref>{{Cite web | title = Paisagens Protegidas - ICNB | accessdate = 2010-10-05 | url = http://portal.icnb.pt/ICNPortal/vPT2007/O+ICNB/%C3%81reas+Protegidas/Paisagens+Protegidas/ }}</ref> que vão desde o [[Parque Nacional da Peneda-Gerês]] ao [[Parque Natural da Serra da Estrela]]. Em 2005, a Área de Paisagem Protegida do Litoral de Esposende, foi promovida a [[Parque Natural do Litoral Norte|Parque Natural]] para "a conservação do cordão litoral e dos seus elementos naturais físicos, estéticos e paisagísticos."<ref>{{Cite web
| title = Porque foi classificado - ICNB
| accessdate = 2010-10-05
| url = http://portal.icnb.pt/ICNPortal/vPT2007-AP-LitoralNorte/O+Parque/Porque+foi+classificado/
}}</ref>

O clima e a diversidade geográfica moldaram a flora portuguesa. No que diz respeito às [[Florestas da Península Ibérica|florestas portuguesas]] estão muito difundidos, por razões económicas, o pinheiro (especialmente as espécies ''[[Pinus pinaster]]'' e ''[[Pinus pinea]]''), o castanheiro (''[[Castanea sativa]]''), o sobreiro (''[[Quercus suber]]''), a azinheira (''[[Quercus ilex]]''), o carvalho português (''[[Quercus faginea]]'') e o eucalipto (''[[Eucalyptus globulus]]'').

A fauna de [[mamífero]]s é muito variada e inclui a [[raposa]], [[texugo]], [[lince ibérico]], [[lobo ibérico]], [[cabra selvagem]] (''Capra pyrenaica''), o gato selvagem (''[[Felis silvestris]]''), a [[lebre]], a [[doninha]], o [[sacarrabos]], [[gineta]], e ocasionalmente [[urso pardo]] (perto do [[Rio Minho]], perto da [[Parque Natural da Peneda-Gerês|Peneda-Gerês]])<ref>{{Cite web | title = {+} Urso-pardo | accessdate = 2010-10-05 | url = http://www.bicharada.net/animais/animais.php?aid=163 }}</ref> e muitos outros. Portugal é um lugar de paragem importante para [[Migração de aves|aves migratórias]] que se deslocam entre a Europa e África, em lugares como o [[Cabo de São Vicente]] ou a [[Serra de Monchique]], onde podem ser vistos milhares de pássaros que voam a partir da [[Europa]] para [[África]] no [[Outono]] ou no sentido oposto na [[Primavera]]. Portugal tem cerca de [[Lista de aves de Portugal|600 espécies de aves]], entre as quais 235 nidificantes<ref>{{Cite web | title = Atlas_aves - ICNB | accessdate = 2010-10-05 | url = http://portal.icnb.pt/ICNPortal/vPT2007/O+ICNB/Estudos+e+Projectos/Atlas_aves.htm }}</ref> e quase todos os anos há novos registos. As ilhas dos [[Açores]] e da [[Região Autónoma da Madeira|Madeira]] têm algumas espécies de origem americana, europeia e africana, enquanto o continente regista espécies de aves de origem europeia e africana.
[[Ficheiro:Chameleo.jpg|left|thumb|[[Camaleão]] da região do [[Algarve]].]]
Portugal tem mais de 100 espécies de peixes de água doce que variam desde o bagre gigante europeu ([[Parque Natural do Tejo Internacional]]) a pequenas espécies endémicas que vivem apenas em pequenos lagos (Zona Oeste, por exemplo). Algumas destas espécies raras e específicas estão altamente ameaçadas devido à perda de habitat, poluição e secas.
As águas marinhas portuguesas são umas das mais ricas em biodiversidade do mundo. As espécies marinhas são na ordem dos milhares e incluem a [[sardinha]] (''Sardina pilchardus''), o [[atum]] e a [[cavala]] do Atlântico. A [[bioluminescência]] marinha está muito bem representada (em espectros de diferentes cores e formas), com fenómenos interessantes, como o [[plâncton]] brilhante, que é possível observar em algumas praias. Em Portugal também é possível observar o fenómeno de [[ressurgência]], especialmente na costa oeste, que torna o mar extremamente rico em nutrientes e biodiversidade.

== Demografia ==
{{Ver artigo principal|[[Demografia de Portugal]]}}
{{População de Portugal}}

Os dados sobre a composição genética dos [[Portugueses]] apontam para a sua fraca diferenciação interna e base essencialmente [[Europa|continental europeia]] [[Paleolítico|paleolítica]]<ref>[http://www.nature.com/ejhg/journal/v12/n10/full/5201225a.html Carlos Flores et al. (2004), ''Reduced genetic structure of the Iberian peninsula revealed by Y-chromosome analysis: implications for population demography'', European Journal of Human Genetics (2004) 12, 855–863.]</ref> É certo que houve processos démicos no [[Mesolítico]] (provável ligação ao [[Norte de África]]) e [[Neolítico]] (criando alguma ligação com o [[Médio Oriente]], mas bastante menos do que noutras zonas da Europa), tal como as migrações das [[Idade do Cobre|Idades do Cobre]], [[Idade do Bronze|Bronze]] e [[Idade do Ferro|Ferro]] contribuíram para a [[Indo-europeus|indo-europeização]] da [[Península Ibérica]] (essencialmente uma «[[Celtas|celtização]]»), sem apagar o forte carácter [[Mar Mediterrâneo|mediterrânico]], particularmente a sul e leste. A [[romanização]], as invasões [[Germanos|germânicas]], o domínio [[Islão|islâmico]] [[Mouros|mouro]], a presença [[Judeus em Portugal|judaica]] e a [[Escravidão|escravatura]] [[África subsariana|subsariana]] terão tido igualmente o seu impacto e a sua contribuição démica. Podem mesmo listar-se todos os povos historicamente mais importantes que por Portugal passaram e/ou ficaram: as culturas pré-[[Línguas indo-européias|indo-europeias]] da [[Península Ibérica|Ibéria]] (como [[Tartessos]] e outras anteriores) e seus descendentes (como os [[cónios]], posteriormente «celtizados»); os [[Língua proto-céltica|protoceltas]] e [[celtas]] (tais como os [[lusitanos]], [[Galaicos|gallaici]], [[Célticos|celtici]]); alguns poucos [[Fenícia|fenícios]] e [[Cartago|cartagineses]]; [[Roma Antiga|Romanos]]; [[Suevos]], [[búrios]] e [[visigodos]], bem como alguns poucos [[vândalos]] e [[alanos]]; alguns poucos [[Império Bizantino|bizantinos]]; [[Berberes]] com alguns [[árabes]] e ''[[saqaliba]]'' (escravos [[eslavos]]); [[Judeu]]s [[sefardita]]s; [[África subsariana|Africanos subsarianos]]; fluxos menos maciços de migrantes [[Europa|europeus]] (particularmente da [[Europa Ocidental]]). Todos estes processos populacionais terão deixado a sua marca, ora mais forte, ora só vestigial. Mas a base genética da população relativamente homogénea<ref>De facto, a presente população portuguesa apresenta características que não só a marcam como uma população ibérica paleolítica, mas também como uma população, conjuntamente com os bascos, relativamente isolada de grandes influências mediterrânicas, bem como com um nível de especificidades tais que apontam para um [[Efeito fundador]] ("The Portuguese have a characteristic unique among world populations: a high frequency of HLA-A25-B18-DR15 and A26-B38-DR13, which may reflect a still detectable founder effect coming from ancient Portuguese"). Ver [http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/9382919?ordinalpos=1&itool=EntrezSystem2.PEntrez.Pubmed.Pubmed_ResultsPanel.Pubmed_RVDocSum A. Arnaiz-Villena et al. (1997), ''Relatedness among Basques, Portuguese, Spaniards, and Algerians studied by HLA allelic frequencies and haplotypes'', Immunogenetics, 47(1):37-43.]</ref> do território português, como do resto da Península Ibérica, mantém-se a mesma nos últimos quarenta milénios: os primeiros [[Homo sapiens|seres humanos modernos]] a entrar na Europa Ocidental, os [[caçadores-recolectores]] do [[Paleolítico]].

A população portuguesa é composta por 16,4% com idade compreendida entre os 0 e os 14 anos, 66,2% entre os 15 e os 64 anos e 17,4% com mais de 65 anos. A esperança média de vida é de 78,04 anos. Em termos de alfabetização, 93,3% sabem ler e escrever, tendo a taxa de analfabetismo vindo a descer ao longo dos anos.<ref>Censos, 2001, INE, 2002.</ref> O crescimento populacional situa-se nos 0,305%, nascendo 10,45 por cada mil habitantes e falecendo 10,62 por cada mil habitantes, o que faz com que a população não esteja a ser renovada, contribuindo para este facto a taxa de fertilidade que se situa nos 1,49.<ref>[https://www.cia.gov/library/publications/the-world-factbook/geos/po.html Dados sobre a população portuguesa]</ref> Portugal é um dos países com mais baixa [[taxa de mortalidade infantil]] (5 por mil) no mundo.<ref>{{citar web|url=http://www.unicef.org/health/files/The_State_of_the_Worlds_Children_2008.pdf|titulo=UNICEF – The State of the Worlds Children 2008|acessodata=6 de Outubro de 2008}}</ref>

[[Ficheiro:Portugal-demography.png|thumb|200px|left|Evolução da população portuguesa entre 1961–2003 (número de habitantes em milhares; fonte [[FAO]], 2005).]]
Apesar de Portugal ser um país desenvolvido, ainda existe população sem acesso a água canalizada e electricidade, embora em número bastante reduzido.<ref>Indicadores de Conforto das Família – 1997, INE, 2002.</ref> O saneamento básico ainda não abrange todo o território, sendo a região do Alentejo e de Lisboa e Vale do Tejo onde existe um maior número de população com acesso. Actualmente, ainda existe um grande número de habitações com fossa séptica, apesar de algumas não terem qualquer saneamento.<ref>Indicadores de Conforto das Família, INE, 2002.</ref> O acesso à saúde é garantido a toda a população, sendo o acesso aos medicamentos garantido a 95 – 100% da população.<ref>Relatório de Desenvolvimento Humano de 2002, ONU</ref>

Vivem em Portugal perto de 550 mil imigrantes, o que representa aproximadamente 5% da população portuguesa, sendo a maioria oriunda do [[Brasil]] (66 700), seguida da [[Ucrânia]] (65 800) e de [[Cabo Verde]] (64 300), entre outros, tais como [[Moldávia]], [[Roménia]], [[Guiné-Bissau]], [[Angola]], [[Timor-Leste]], [[Moçambique]], [[São Tomé e Príncipe]] e [[Rússia]].

=== Principais cidades ===
{{Cidades mais populosas de Portugal}}
[[Lisboa]] (cerca de 500&nbsp;000 habitantes – 3 milhões de habitantes na [[Região de Lisboa]]) é a capital desde o século XII, a maior cidade do país, principal pólo económico, detendo o principal porto marítimo e aeroporto portugueses e é a cidade mais rica de Portugal com um [[PIB]] ''per capita'' superior ao da média da [[União Europeia]]. Outras cidades importantes são as do [[Porto]], (cerca de 240&nbsp;000 habitantes – 1,5 milhões no [[Grande Porto]]) a segunda maior cidade e centro económico, [[Aveiro]] (por vezes denominada a "Veneza portuguesa"), [[Braga]] (Cidade dos Arcebispos), [[Chaves (Portugal)|Chaves]] (cidade histórica e milenar), [[Coimbra]] (com a mais antiga universidade do país), [[Guimarães]] (Cidade berço), [[Évora]] (Cidade-Museu), [[Setúbal]] (terceiro maior porto), [[Portimão]] (3º porto de cruzeiros e sede do AIA) [[Faro]] e [[Viseu (Portugal)|Viseu]]. Na [[área metropolitana de Lisboa]] existem cidades com grande [[densidade populacional]] como [[Agualva-Cacém]] e [[Queluz (Sintra)|Queluz]] (concelho de [[Sintra]]), [[Amadora]] , [[Almada]], [[Amora]], [[Seixal]], [[Barreiro]], [[Montijo]] e [[Odivelas]]. Na [[área metropolitana do Porto]] os concelhos mais povoados são [[Vila Nova de Gaia]], [[Maia]], [[Matosinhos]] e [[Gondomar]]. Na [[Região Autónoma da Madeira]] a principal cidade é o [[Funchal]]. Na [[Região Autónoma dos Açores]] existem três cidades principais – [[Ponta Delgada]], na ilha de São Miguel, [[Angra do Heroísmo]] na ilha Terceira e [[Horta]] na ilha do Faial.

=== Línguas ===
{{Ver artigos principais|[[Língua portuguesa]], [[Língua mirandesa]], [[Português europeu]]}}

[[Ficheiro:Linguistic map Southwestern Europe.gif|thumb|direita|250px|[[Mapa]] [[Cronologia|cronológico]] mostrando o desenvolvimento do português.]]
[[Ficheiro:Map-Lusophone World-en.png|thumb|direita|250px|[[Comunidade dos Países de Língua Portuguesa|Mundo Lusófono]].]]

A língua oficial da República Portuguesa é o português,<ref>Artigo 11.º, parágrafo 3, da ''Constituição da República Portuguesa''.</ref> adoptado em 1290 por decreto do rei D. Dinis. Com mais de 210 milhões<ref>{{citar web|url=http://www.bibliomonde.com/donnee/portugal-les-langues-180.html|titulo=Língua Portuguesa|lingua=[[língua francesa|francês]]|acessodata=6 de Outubro de 2008}}</ref> de falantes nativos, é a quinta língua mais falada no mundo e a terceira mais falada no [[mundo ocidental]]. Idioma oficial de Portugal e do [[Brasil]], e idioma oficial, em conjunto com outros idiomas, de [[Angola]], [[Cabo Verde]], [[Guiné-Bissau]], [[Macau]], [[Moçambique]], [[São Tomé e Príncipe]], [[Timor-Leste]], e [[Guiné-Equatorial]] sendo falada na antiga [[Índia Portuguesa]] ([[Goa]], [[Damão]], [[Diu]] e [[Dadrá e Nagar-Aveli]]), além de ter também estatuto oficial na [[União Europeia]], na [[União de Nações Sul-Americanas]] e na [[União Africana]].

São ainda reconhecidas e protegidas oficialmente:
* a [[Língua Gestual Portuguesa|língua gestual portuguesa]]<ref>Artigo 74.º, parágrafo 2, alínea h), da ''Constituição da República Portuguesa'' – revisão de 1997.</ref>
* o [[mirandês]], protegida oficialmente no concelho de [[Miranda do Douro]],<ref>{{citar web|url=http://dre.pt/pdf1sdip/1999/01/024A00/05740574.PDF|titulo=Lei n.º 7/99 de 29 de Janeiro de 1999|acessodata=6 de Outubro de 2008}}</ref> com origem no [[asturo-leonês]], ensinada como segunda língua facultativa em escolas do concelho de [[Miranda do Douro]] e parte do concelho de [[Vimioso]]. O seu uso, no entanto, é bastante restrito, estando em curso acções que garantam os direitos linguísticos à sua comunidade falante.

A língua portuguesa é uma [[língua românica]] (do grupo [[Línguas latinas da Península Ibérica|ibero-românico]]), tal como o [[língua castelhana|castelhano]], [[língua catalã|catalão]], [[língua italiana|italiano]], [[língua francesa|francês]], [[língua romena|romeno]], [[Língua romanche|reto-romanche]] ([[Suíça]]), e outros.

O português é conhecido como ''a língua de Camões'' (por causa de [[Luís de Camões]], autor de [[Os Lusíadas]]), ''a última flor do Lácio'', expressão usada no [[soneto]] ''Língua Portuguesa''<ref>{{citar web|url=http://www.ruadapoesia.com/content/view/125/47/|titulo=Soneto ''Língua Portuguesa''|acessodata=6 de Outubro de 2008}}</ref> de [[Olavo Bilac]] ou ainda ''a doce língua'' por [[Miguel de Cervantes]].

=== Grupos étnicos ===
Uma das críticas comuns aos dados sobre os recenseamentos, relaciona-se com a aparente deficiente cobertura dos grupos étnicos. Não se trata de uma deficiente recolha de dados. Faz parte da política do [[Instituto Nacional de Estatística]] não incluir a distinção de raça ou etnia, havendo unicamente a recolha de dados sobre a nacionalidade.<ref>{{citar web|url=http://docs.google.com/gview?a=v&q=cache:eWBdb5oOhEwJ:censos.ine.pt/ngt_server/attachfileu.jsp%3Flook_parentBoui%3D63889505%26att_display%3Dn%26att_download%3Dy+censos+grupos+%C3%A9tnicos+portugal&hl=pt-BR&gl=pt |titulo=Programa da Comunicação - Censos de 2001 - INE |acessodata=1 de Setembro de 2009}}</ref><ref>{{citar web|url=http://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_faqs&FAQSpagenumber=29&xlang=pt |titulo=Perguntas frequentes - INE |acessodata=1 de Setembro de 2009}}</ref> Os dados relativos a 2004 do número de habitantes estrangeiros encontram-se na tabela abaixo.<ref>{{citar web|url=http://www.oi.acidi.gov.pt/docs/iest/Estatisticas_GEE_2005.pdf |titulo=Estatísticas da Imigração |acessodata=1 de Setembro de 2009}}</ref>

<center>
{| class="wikitable" style="margin:auto;" size="12"
|-
! Outros países da <br />[[União Europeia]]
! Outros países do <br />Leste Europeu
! Restante [[Europa]]
! [[Brasil]]
! Restantes países lusófonos<br /><small>(sem Timor-Leste)</small>
! Restante [[África]]
! Restante [[América]]
! [[China]]
! Restante [[Ásia]]
! [[Oceânia]]
! Apátridas
! Nacionalidade <br />desconhecida
! Total
|-
| <center> 74&nbsp;542
| <center> 4&nbsp;908
| <center> 4&nbsp;409
| <center> 28&nbsp;956
| <center> 116&nbsp;055
| <center> 7&nbsp;038
| <center> 16&nbsp;205
| <center> 5&nbsp;306
| <center> 7&nbsp;104
| <center> 553
| <center> 273
| <center> 12
| 265&nbsp;361
|}
</center>

=== Religião ===
{{artigo principal|[[Religião em Portugal]]}}
[[Ficheiro:Basilica Fatima.jpg|left|thumb|350px|O [[Santuário de Fátima]], em Portugal, é também chamado «O altar do Mundo» pela sua projecção mundial entre os crentes católicos.]]

A maioria dos Portugueses (cerca de 84,5% da população total – segundo os resultados oficiais dos [[censo demográfico|censos]] 2001), inscrevem-se numa tradição [[Catolicismo|católica]].<ref>{{citar web|url=https://www.cia.gov/library/publications/the-world-factbook/geos/po.html|titulo=Sobre a religião em Portugal|acessodata=6 de Outubro de 2008}}</ref> A prática dominical do [[Catolicismo]] segundo um estudo da própria [[Igreja Católica]] (também de 2001) é realizada por 1 933 677 católicos praticantes (18,7% da população total) e o número de [[Comunhão|comungantes]] é de 1 065 036 (10,3% da população total). Cerca de metade dos [[casamento]]s realizados são casamentos católicos, os quais produzem automaticamente efeitos civis. O casamento entre pessoas do mesmo sexo assim como o [[divórcio]] são permitidos, conforme estabelecido no [[Código Civil]] (por mútuo consentimento ou por requerimento no tribunal por um dos cônjuges no caso do divórcio) apesar de o [[Direito Canónico|Direito Matrimonial Canónico]] não prever estas figuras, tal como o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Existem vinte dioceses em Portugal, agrupadas em três províncias eclesiásticas: [[Arquidiocese de Braga|Braga]], [[Patriarcado de Lisboa|Lisboa]] e [[Arquidiocese de Évora|Évora]].

O [[protestantismo]] em Portugal possui várias denominações actuantes maioritariamente de cultos com inspiração [[Igreja evangélica|evangélica]] [[neopentecostal]] (ex: [[Assembleias de Deus em Portugal]] e [[Igreja Maná]]) ou de imigração brasileira (ex: [[Igreja Universal do Reino de Deus]]).

[[Ficheiro:CristoreiPortugal.jpg|thumb|right|O [[Cristo-Rei]], é um dos símbolos mais significativos da fé predominante em Portugal.]]

As [[Testemunhas de Jeová]] contam com perto de 50 000 praticantes em Portugal, distribuídos por cerca de 650 congregações, sendo que os simpatizantes alcançam um número similar. Mais de 95 000 pessoas assistiram em 2007 à sua principal celebração, a [[Comemoração da Morte de Cristo]]. A religião está presente no país desde 1925, tendo sido proscrita oficialmente entre 1961 e 1974, período em que operou na [[clandestinidade]]. Em Dezembro de 1974, a Associação das Testemunhas de Jeová foi legalmente reconhecida, tendo hoje a sua sede em [[Alcabideche]]. Portugal é um dos 236 países onde esta denominação religiosa se encontra actualmente activa.

A comunidade [[judaísmo|judaica]] em Portugal conseguiu manter-se até à actualidade, não obstante a ordem de expulsão dos [[Judeu]]s a [[5 de Dezembro]] de [[1496]] por decreto do [[Manuel I de Portugal|Rei D. Manuel I]], obrigando muitos a escolher entre conversões forçadas ou a efectiva expulsão do país, ou à prisão e consequentes penas decretadas pela [[Inquisição]] portuguesa, que, precisamente por este motivo acabou por ser uma das mais activas na Europa. A forma como o culto se desenvolveu na vila raiana de [[Belmonte (Portugal)|Belmonte]] é um dos exemplos de perseverança dos [[judeu]]s como unidade em Portugal. Em 1506, em Lisboa, dá-se um [[Pogrom de Lisboa de 1506|massacre de Judeus]] em que perderam a vida entre 2 000 e 4 000 pessoas, um dos mais violentos na época, a nível europeu.

Existem ainda minorias [[Islão|islâmicas]] (15 000 pessoas)<ref>{{citar web|url=http://www.routard.com/guide/portugal/281/traditions.htm|titulo=15 000 fiéis à confissão muçulmana|acessodata=6 de Outubro de 2008}}</ref> e [[hinduísmo|hindus]], com base, na sua maioria, em descendentes de [[imigrante]]s, bem como alguns focos pontuais (alguns apenas a nível regional) de [[budismo|budistas]], [[gnosticismo|gnósticos]] e [[espiritismo|espíritas]].

A [[Constituição Portuguesa]] garante [[liberdade religiosa]] total e a [[igualdade]] entre religiões,<ref>Artigo 13.º, parágrafo 2, da ''Constituição da República Portuguesa'': "Ninguém pode ser privilegiado, beneficiado, prejudicado, privado de qualquer direito ou isento de qualquer dever em razão de ascendência, sexo, raça, língua, território de origem, religião, convicções políticas ou ideológicas, instrução, situação económica, condição social ou orientação sexual"; e artigo 41.º sobre a liberdade de consciência, de religião e de culto.</ref> apesar da [[Concordata]] que privilegia a Igreja Católica,<ref>{{citar livro|edição=Edição especial do [[Correio da Manhã (Portugal)|Correio da Manhã]]|título=Os Papas – De São Pedro a João Paulo II|volume=Fascículo XI, "Leão XIII lança doutrina social da Igreja"|páginas=250|ano=[[2005]]}}</ref> em várias dimensões da vida social, pelo que é comum, em algumas cerimónias oficiais públicas como inaugurações de edifícios ou eventos oficiais de Estado, haver a presença de um representante da Igreja Católica. No entanto, a posição religiosa dos políticos eleitos é normalmente considerada irrelevante pelos eleitores. A exemplo disso, dois dos últimos Presidentes da República ([[Mário Soares]] e [[Jorge Sampaio]]) eram pessoas assumidamente [[laicismo|laicas]].

== Política ==
{{Artigo principal|[[Política de Portugal]]}}
[[Ficheiro:Josesocrates2006.jpg|thumb|left|Actual [[primeiro-ministro]] de Portugal, [[José Sócrates]].]]

Em Portugal, a principal lei é a [[Constituição da República Portuguesa|Constituição]], datada de [[1976]], e que regula todas as outras. Outras leis relevantes são o [[Código Civil Português|Código Civil]] (1966), o [[Código Penal Português|Código Penal]] (1982), o Código Comercial (1888), o Código de Processo Civil (1961), o Código de Processo Penal e o Código do Trabalho. Todas estas leis têm sofrido revisões desde a sua publicação original.<ref name="pol">{{citar web |url=http://www.lusoafrica.net/v2/index.php?option=com_content&view=article&id=131&Itemid=139 |titulo=Política de Portugal |acessodata=15 de Outubro de 2008}}</ref>

Existem quatro Órgãos de Soberania: o [[Presidente da República]] (Chefe de Estado – poder moderador, com algum poder executivo), a [[Assembleia da República (Portugal)|Assembleia da República]] (Parlamento – poder legislativo), o [[Governo da República Portuguesa|Governo]] (poder executivo) e os [[Tribunais]] (poder judicial). Vigora no país um regime [[Semipresidencialismo|semipresidencialista]], que ao longo das várias revisões constitucionais vem retirando poder ao Presidente da República.<ref name="pol"/>

O Presidente da República é o [[Chefe de Estado]] e é eleito por [[sufrágio universal]] para um mandato de cinco anos, exercendo uma tripla função: de fiscalização, sobre a actividade do Governo, de comando, como Comandante Supremo das Forças Armadas (Exército, Armada, Força Aérea, Guarda Nacional Republicana), e de representação formal do Estado português no exterior. Reside oficialmente no [[Palácio de Belém]], em Lisboa.<ref name="pol"/>

[[Ficheiro:Parlamento April 2009-1a.jpg|thumb|300px|right|Fachada do edifício da [[Assembleia da República (Portugal)|Assembleia da República]].]]

A Assembleia da República, que reúne em Lisboa, no [[Palácio de São Bento]], é eleita para um mandato de quatro anos. Neste momento conta com 230 deputados, eleitos em 22 círculos plurinominais em listas de [[Partido político|partidos]].<ref name="pol"/>

O Governo é chefiado pelo [[Primeiro-Ministro]], que é por regra o líder do partido mais votado em cada eleição legislativa, e é convidado, nessa forma, pelo Presidente da República para formar governo. É o Primeiro-Ministro quem nomeia os restantes [[ministro]]s.<ref name="pol"/> Reside oficialmente na Residência Oficial do Primeiro-Ministro,<ref>{{citar web|url=http://www.portugal.gov.pt/pt/GC18/PrimeiroMinistro/ResidenciaOficial/Pages/ResidenciaOficial.aspx|titulo=Residência Oficial do Primeiro-Ministro|acessodata=18 de Abril de 2010}}</ref> próximo do Palácio de São Bento, em Lisboa.

[[Ficheiro:Cavaco Silva 2007.jpg|thumb|left|150px|[[Aníbal Cavaco Silva]], actual [[Presidente da República Portuguesa]].]]

Os [[Tribunal|Tribunais]] administram a [[justiça]] em nome do povo, defendendo os direitos e interesses dos cidadãos, impedindo a violação da legalidade democrática e dirimindo os conflitos de interesses que ocorram entre diversas entidades. Segundo a Constituição existem as seguintes categorias de tribunais: [[Tribunal Constitucional de Portugal|Tribunal Constitucional]], que tem a competência interpretar a Constituição e fiscalizar a conformidade das leis com a mesma; o [[Supremo Tribunal de Justiça de Portugal|Supremo Tribunal de Justiça]] e os tribunais judiciais de [[primeira instância]] ([[Comarca|Tribunais de Comarca]]) e de segunda instância ([[Tribunal da Relação|Tribunais da Relação]]); o [[Supremo Tribunal Administrativo]] e os tribunais administrativos e fiscais de primeira e segunda instância ([[Direito administrativo|Tribunais Centrais Administrativos]]); e o [[Tribunal de Contas de Portugal|Tribunal de Contas]].<ref name="pol"/>

Desde 1975, o panorama político português tem sido dominado por dois partidos: o [[Partido Socialista (Portugal)|Partido Socialista]] (PS) e o [[Partido Social Democrata (Portugal)|Partido Social Democrata]] (PSD). Estes partidos têm dividido as tarefas de governar e administrar a maioria das autarquias, praticamente desde a instauração da democracia. No entanto, partidos como o [[Partido Comunista Português]] (PCP), que detém ainda a presidência de autarquias e uma grande influência junto do movimento sindical ou o [[CDS - Partido Popular]] (CDS-PP) (que já governou o país em coligação com o PS e com o PSD) são também importantes no xadrez político. Para além destes, têm assento no Parlamento o [[Bloco de Esquerda (Portugal)|Bloco de Esquerda]] (B.E.) e o [[Partido Ecologista "Os Verdes"]] (PEV).<ref name="pol"/>

=== Relações externas ===
{{Artigo principal|[[Política externa de Portugal]]}}
{{Anexo|[[Anexo:Missões diplomáticas de Portugal|Missões diplomáticas de Portugal]]}}
[[Ficheiro:Portuguese embassy map.png|right|thumb|250px|Em azul, os [[Anexo:Missões diplomáticas de Portugal|países com embaixadas portuguesas]].]]
A política externa de Portugal está ligada ao seu papel histórico como figura proeminente da [[Era dos Descobrimentos]] e detentor do extinto [[Império Português]]. Portugal é um membro fundador da [[Organização do Tratado do Atlântico Norte|NATO]] (1949), [[OCDE]] (1961) e da [[EFTA]] (1960); deixando este último em 1986 para aderir à [[União Europeia]].<ref>{{citar web |url=http://www.mne.gov.pt/mne/pt/infopolitica/ue/ |titulo=Portugal e a União Europeia |acessodata=18 de Outubro de 2008}}</ref> e fundador da primeira [[Agência Internacional para as Energias Renováveis]] ([[IRENA]]).<ref>Irena.org [http://www.irena.org/milestone/foundStatement.aspx?mnu=smt IRENA | Milestones | Founding Conference Statements]</ref> Em 25 de Junho de 1992, Portugal tornou-se um [[Acordo de Schengen|Estado-Membro do Espaço Schengen]], e em 1996, co-fundou a [[Comunidade dos Países de Língua Portuguesa]] (CPLP).<ref name="cplp">{{citar web |url=http://www.mne.gov.pt/mne/pt/infopolitica/portugues/ |titulo=Promoção da língua portuguesa |acessodata=18 de Outubro de 2008}}</ref>

Portugal tem beneficiado significativamente da [[União Europeia]], e é um proponente da integração europeia. Esteve na presidência do [[Conselho Europeu]] por três vezes (em [[1996]], [[2000]] e [[2007]]), tendo todas elas sido bem sucedidas. Portugal aproveitou as suas presidências para lançar um diálogo entre a UE e [[África]], tornar a economia europeia mais dinâmica e competitiva e, na última presidência, constituir e assinar, em conjunto com os restantes Estados-membros, o [[Tratado de Lisboa (2007)|Tratado Reformador]].<ref name="pue"/>

Portugal foi um membro fundador da [[Organização do Tratado do Atlântico Norte|NATO]]; é um membro activo da aliança ao, por exemplo, contribuir proporcionalmente com grandes contingentes nas forças da paz nos [[Balcãs]]. Portugal propôs a criação da [[Comunidade dos Países de Língua Portuguesa]] (CPLP) para melhorar os seus laços com os outros países falantes da [[língua portuguesa]].<ref name="cplp"/> Adicionalmente, tem participado, juntamente com a Espanha numa série de [[Conferência Ibero-Americana|cimeiras Ibero-Americanas]]. Portugal advogou firmemente a independência de [[Timor-Leste]], uma antiga província ultramarina, enviando tropas e dinheiro para Timor-Leste, em estreita colaboração com os [[Estados Unidos]], aliados [[Ásia|asiáticos]] e a [[ONU]].<ref name="ponu">{{citar web |url=http://www.missionofportugal.org/mop/index.php?option=com_content&view=article&id=74&Itemid=28 |titulo=Portugal nas Nações Unidas |acessodata=18 de Outubro de 2008}}</ref>

Possui uma amizade e aliança através de um tratado celebrado com o [[Brasil]], além da História que une os dois países. Portugal detém a [[Aliança Luso-Britânica|aliança mais antiga do mundo]], que foi celebrada com a [[Inglaterra]] (à qual sucedeu o [[Reino Unido]]) e se mantém até aos dias de hoje.<ref>{{citar web |url=http://www.mne.gov.pt/mne/pt/infopolitica/polexternas/bilaterais/ |titulo=Relações bilaterais de Portugal |acessodata=18 de Outubro de 2008}}</ref>

O único litígio internacional diz respeito ao município de [[Olivença]]. Português desde 1297, o município de Olivença foi cedido à Espanha no âmbito do [[Tratado de Badajoz]], em 1801, após a [[Guerra das Laranjas]]. Portugal alegou que lhe pertencia, em 1815, no âmbito do [[Tratado de Viena]]. No entanto, as relações diplomáticas bilaterais entre os dois países vizinhos são cordiais, bem como no âmbito da União Europeia.<ref>{{citar web|url=https://www.cia.gov/library/publications/the-world-factbook/geos/po.html#Issues|titulo=Sobre os litígios internacionais de Portugal|acessodata=6 de Outubro de 2008}}</ref>

=== Forças militares e policiais ===
{{Artigos principais|[[Forças Armadas Portuguesas]] e [[História militar de Portugal]]}}
[[Ficheiro:PoA Chaimite V-200 convoy DF-SD-04-08002.JPEG|left|thumb|[[Chaimite (veículo blindado)|Chaimites]] em missão de paz pela [[ONU]], na [[Bósnia e Herzegovina]].]]
As forças armadas têm três ramos: [[Exército Português|Exército]], [[Marinha Portuguesa|Marinha]] e [[Força Aérea Portuguesa|Força Aérea]].<ref>{{citar web|url=http://www.mdn.gov.pt/mdn/pt/|titulo=Ministério da Defesa|acessodata=6 de Outubro de 2008}}</ref> Os militares de Portugal servem, sobretudo, como uma auto-defesa vigorosa cuja missão é proteger a integridade territorial do país, e fornecer [[Ajuda humanitária|assistência humanitária]] e de segurança no país e no estrangeiro.<ref>{{citar web |url=http://www.mdn.gov.pt/mdn/pt/Defesa/politica/ |titulo=Política da Defesa Nacional |acessodata=18 de Outubro de 2008}}</ref> Desde o início da [[década de 2000]], o [[serviço militar obrigatório]] já não é praticado.<ref>{{citar web |url=http://www.mdn.gov.pt/mdn/pt/Recrutamento/legis/ |titulo=Legislação relativa ao recrutamento para o serviço militar |acessodata=18 de Outubro de 2008}}</ref> A idade para o recrutamento voluntário é fixada nos 18 anos.<ref>{{citar web |url=http://www.mdn.gov.pt/mdn/pt/Recrutamento/ |titulo=Recrutamento para o serviço militar |acessodata=18 de Outubro de 2008}}</ref> No século XX, Portugal esteve envolvido em duas grandes intervenções militares: a [[Primeira Guerra Mundial]] e a [[Guerra Colonial Portuguesa]] (1961–1974).<ref name="ptgc"/>

Portugal tem participado em missões de manutenção da paz em [[Timor-Leste]], [[Bósnia e Herzegovina]], [[Kosovo]], [[Afeganistão]], [[Iraque]] (Nasiriyah), e no sul do [[Líbano]]. Portugal possui uma Brigada de Reacção Rápida e Tropa de Centro de Operações Especiais.<ref name="ponu"/>

A segurança da população está a cargo da [[Guarda Nacional Republicana]] (GNR) e da [[Polícia de Segurança Pública]] (PSP).<ref>{{citar web|url=http://www.gnr.pt/|titulo=GNR – Guarda Nacional Republicana|acessodata=6 de Outubro de 2008}}</ref><ref>{{citar web|url=http://www.psp.pt/|titulo=PSP – Polícia de Segurança Pública|acessodata=6 de Outubro de 2008}}</ref> Para além destas, Portugal possui a [[Polícia Judiciária]] (PJ),<ref>{{citar web|url=http://www.policiajudiciaria.pt/|titulo=PJ – Polícia Judiciária|acessodata=6 de Outubro de 2008}}</ref> que é o principal [[Polícia|órgão policial]] de investigação criminal do país, vocacionado para o combate à grande criminalidade, nomeadamente ao crime organizado, terrorismo, tráfico de estupefacientes, corrupção e criminalidade económica e financeira. A Polícia Judiciária está integrada no [[Ministério da Justiça (Portugal)|Ministério da Justiça]], actuando sob orientação do [[Ministério Público de Portugal|Ministério Público]].

== Subdivisões ==
{{Ver artigo principal|[[Subdivisões de Portugal]]}}
As principais divisões administrativas de Portugal são os 18 [[Distritos de Portugal|distritos]] no continente e as duas [[Região Autónoma de Portugal|Regiões Autónomas]] dos Açores e Madeira, que se subdividem em 308 [[Lista de municípios portugueses|concelhos]] e 4257 [[Lista de freguesias portuguesas|freguesias]].<ref>{{citar web|url=http://portugal.veraki.pt/index.php|titulo=Portugal no Veraki|acessodata=7 de Outubro de 2008}}</ref> Os [[distrito]]s, permanecem como a mais relevante subdivisão do país, servindo de base para uma série de utilizações administrativas, como por exemplo, os [[círculo eleitoral|círculos eleitorais]].

Antes de 1976, os dois arquipélagos atlânticos estavam também integrados na estrutura geral dos distritos portugueses embora com uma estrutura administrativa diferenciada, contida no Estatuto dos Distritos Autónomos das Ilhas Adjacentes,<ref>Decreto-Lei n.º 36453, de 4 de Agosto de 1947</ref> que se traduzia na existência de Juntas Gerais com competências próprias. Havia três distritos autónomos nos Açores e um na Madeira:
* Açores — o [[Distrito de Angra do Heroísmo]], o [[Distrito da Horta]] e o [[Distrito de Ponta Delgada]].
* Madeira — o [[Distrito do Funchal]].
Após 1976, os Açores e a Madeira passaram a ter o estatuto de [[Região Autónoma]], deixando de se dividirem em distritos, passando a ter um estatuto político-administrativo e órgãos de governo próprios.<ref>Artigo 6.º, parágrafo 2, da ''Constituição da República Portuguesa''.</ref> Actualmente, a divisão administrativa traduz-se na tabela seguinte.

{{Subdivisões de Portugal}}
=== NUTS ===
Portugal também está dividido em três [[Nomenclatura Comum das Unidades Territoriais Estatísticas|NUTS]].<ref>{{citar web|url=http://www.tecnet.pt/portugal/22378.html|titulo=NUTS de Portugal|acessodata=6 de Outubro de 2008}}</ref> Esta divisão foi elaborada para fins estatísticos, estando em vigor em todos os países da União Europeia.

O primeiro ([[NUTS I]]) é composto por três grandes regiões: [[Portugal Continental]], [[Região Autónoma dos Açores]] e [[Região Autónoma da Madeira]].<ref name="nuts">{{citar livro|autor=Rodrigues, Arinda|título=Novas Viagens – A Terra: Estudos e Representações|editora=Texto Editora|edição=1.ª edição|local=[[Lisboa]]|ano=[[2003]]|páginas=53|id=ISBN 972-47-2356-9}}</ref>

Apesar de serem os distritos a divisão administrativa de primeira ordem em Portugal Continental, é outra a divisão técnica de primeira ordem. Trata-se das cinco grandes regiões geridas pelas Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDRs), e que correspondem às subdivisões [[NUTS II]] para Portugal. Os seus limites obedecem aos limites dos [[município]]s, mas não obedecem aos limites dos distritos, que por vezes se espalham por mais do que uma região.<ref>{{citar web|url=http://www.portugal.gov.pt/Portal/PT/Governos/Governos_Constitucionais/GC15/Ministerios/MCOTA/Comunicacao/Outros_Documentos/20030523_MCOTA_Doc_CCDR.htm|titulo=Decreto-Lei n.º 104/2003, de 23 de Maio|acessodata=7 de Outubro de 2008}}</ref>

As regiões de NUTS II subdividem-se em sub-regiões estatísticas sem significado administrativo, denominada [[NUTS III]], cujo único objectivo é o de servirem para agrupar municípios contíguos, com problemas e desafios semelhantes, e obter assim dados de conjunto destinados principalmente ao planeamento económico.<ref name="nuts" />

=== Áreas urbanas ===
Uma outra versão da divisão administrativa portuguesa, que está actualmente em processo de implantação (a diferentes velocidades consoante as várias estruturas), gira em volta de "[[Subdivisões de Portugal#Áreas urbanas|áreas urbanas]]", definidas como unidades territoriais contínuas constituídas por agrupamentos de concelhos.<ref>{{citar web|url=http://www.lusoafrica.net/v2/index.php?option=com_content&view=article&id=121&Itemid=146|titulo=Subdivisões de Portugal|acessodata=7 de Outubro de 2008}}</ref> Existem dois tipos de áreas urbanas:
* [[Grande área metropolitana|Grandes Áreas Metropolitanas]] (GAM) – área urbana composta por nove ou mais concelhos, e com população superior a 350 mil habitantes;<ref>[http://www.igf.min-financas.pt/inflegal/bd_igf/bd_legis_geral/Leg_geral_docs/LEI_010_2003.htm Lei n.º 10/2003 de 13 de Maio]</ref>
* [[Comunidade Intermunicipal|Comunidades Intermunicipais]] (CIM) – área urbana composta por três ou mais concelhos, e com uma população entre 10 a 100 mil habitantes eleitores.<ref>[http://app.parlamento.pt/webutils/docs/doc.pdf?path=6148523063446f764c3246795a5868774d546f334e7a67774c325276593342734c58526c6548524263484a76646938794d4441344c3078664e4456664d6a41774f4335775a47593d&fich=L_45_2008.pdf&Inline=true Lei 45/2008 de 27 de Agosto]</ref>

== Economia ==
{{Ver artigo principal|[[Economia de Portugal]]}}
[[Ficheiro:Pavilhão de Portugal - Parque das Nações.JPG|thumb|right|Torres S. Rafael e S. Gabriel no [[Parque das Nações]] em [[Lisboa]].]]
Desde [[1985]], o país entrou num processo de modernização num ambiente bastante estável (1985 até à actualidade) e juntou-se à [[União Europeia]] em 1986. Os sucessivos governos fizeram várias reformas, privatizaram muitas empresas controladas pelo Estado e liberalizaram áreas-chave da economia, incluindo os sectores das [[telecomunicações]] e financeiros. Portugal desenvolveu uma economia crescentemente baseada em serviços e foi um dos onze membros fundadores da moeda europeia – o [[Euro]] – em 1999. Começou a circular a sua [[Euro|nova moeda]] em [[1 de Janeiro]] de [[2002]] com [[eurozona|11 outros estados membros]] da [[União Europeia]].

O crescimento económico português esteve acima da média da [[União Europeia]] na maior parte da [[década de 1990]]. O [[Produto Interno Bruto|PIB]] per capita ronda os 76% das maiores economias ocidentais europeias. A lista ordenada anual de competitividade de 2005 do '' Fórum Económico Mundial '' (WEF – World Economic Forum), coloca Portugal no 22º lugar, à frente de países como a [[Espanha]], [[Irlanda]], [[França]], [[Bélgica]] e da cidade de [[Hong Kong]]. Esta classificação representa uma subida de dois lugares face à posição de 2004. No contexto tecnológico, Portugal aparece na 34ª posição da lista e na rubrica das instituições públicas, Portugal é 24ª melhor.<ref>{{citar web|url=http://www.portugal.gov.pt/pt/GC17/Governo/Ministerios/PCM/MEAI/Documentos/Pages/20090520_PM_Doc_Competitividade.aspx|titulo=Portugal é o país mais competitivo da Europa do Sul|autor=Governo da República Portuguesa|data=2009|publicado=|acessodata=[[18 de Abril]] de [[2010]]}}</ref>

Em parte, com o recurso a fundos da [[União Europeia]], o país fez nas duas últimas décadas investimentos avultados em várias infraestruturas, dispondo hoje de uma extensa rede de auto-estradas e beneficiando de boas acessibilidades rodoviárias e ferroviárias.

[[Ficheiro:Maiacentro.png|thumb|left|[[Maia]] na [[Grande Porto]], um dos municípios mais industrializados do país.]]

Com um passado predominantemente agrícola, actualmente e devido a todo o desenvolvimento que o país registou, a estrutura da economia baseia-se nos serviços e na indústria, que representam 67,8% e 28,2% do [[VAB]].<ref>Fonte: [[INE]], 2004</ref> A agricultura portuguesa está bem adaptada devido ao clima, relevo e solos favoráveis. Nas últimas décadas, intensificou-se a modernização agrícola, embora ainda cerca de 12% da população activa trabalhe na agricultura. As oliveiras (4000&nbsp;km²), os [[vinha|vinhedos]] (3750&nbsp;km²), o [[trigo]] (3000&nbsp;km²) e o [[milho]] (2680&nbsp;km²) são produzidos em áreas bastante vastas. Os [[vinho]]s (especialmente o [[Vinho do Porto]] e o [[Vinho da Madeira]]) e [[azeite]]s portugueses são bastante apreciados devido à sua qualidade. Também, Portugal é produtor de [[fruta]] de qualidade seleccionada, nomeadamente as [[Laranjeira|laranjas]] algarvias, a [[pêra-rocha]] da região Oeste, a [[cereja]] da Gardunha e a [[banana]] da Madeira. Outras produções são de [[horticultura]] ou [[floricultura]], como a [[beterraba doce]], óleo de [[girassol]] e [[tabaco]].<ref>{{citar livro|autor=Rodrigues, Arinda|título=Novas Viagens – Actividades Económicas|editora=Texto Editora|edição=1.ª edição|local=[[Lisboa]]|ano=[[2004]]|páginas=34|id=ISBN 972-47-2246-5}}</ref>

A importância económica da pesca tem vindo a diminuir, empregando menos de 1% da população activa. A diminuição dos ''stocks'' de recursos piscatórios reflectiu-se na redução da frota pesqueira portuguesa que, embora tenha vindo a modernizar-se, ainda tem dificuldade em competir com outras frotas europeias. Apesar da reduzida extensão da plataforma continental portuguesa, existe alguma diversidade de espécies nas águas da ZEE de Portugal, uma das maiores da Europa. A frota portuguesa efectua captura em águas internacionais e nas ZEE de outros países. No seu todo, as espécies mais capturadas são a [[sardinha]], o [[carapau]], o [[polvo]], o [[peixe-espada|peixe-espada-preto]], a [[cavala]] e o [[atum]]. Os portos com maior desembarque de pescado, em 2001, foram os de [[Matosinhos]], [[Peniche]], [[Olhão]] e [[Sesimbra]].<ref name="ReferenceA"/>

[[Ficheiro:Portugal Exclusive Economic Zone.png|thumb|right|[[Zona Económica Exclusiva de Portugal]].]]

As maiores indústrias transformadoras são os têxteis, calçado, cabedal, mobiliário, mármores, cerâmica (de destacar a [[Vista Alegre (empresa)|Vista Alegre]]) e a cortiça. As indústrias modernas desenvolveram-se significativamente: refinarias de petróleo, petroquímica, produção de cimento, indústrias do automóvel e navais, indústrias eléctricas e electrónicas, maquinaria e indústrias do papel. Portugal tem um dos maiores complexos de indústrias petroquímicas europeus situado em [[Sines]] e dotado de um porto. A indústria automóvel também é relevante em Portugal e localiza-se em [[Palmela]] (a maior infraestrutura é a [[Autoeuropa]]), [[Setúbal]], [[Porto]], [[Aveiro]], [[Braga]], [[Santarém (Portugal)|Santarém]] e [[Azambuja]].

A [[cortiça]] tem uma produção bastante significativa: Portugal produz 54% da cortiça produzida no mundo.<ref>{{citar web |url=http://www.fao.org/docrep/X5326E/x5326e0b.htm#3. cork |titulo= FAO - International trade in non-wood forest products: An overview - VIII. Fibres|acessodata=10 de abril 2010}}</ref> Os recursos minerais mais significativos em Portugal são o [[cobre]], o [[lítio]] (7), o [[volfrâmio]] (6) , o [[estanho]], o [[urânio]], [[feldspato]]s (11), [[sal-gema]], [[talco]] e [[mármore]]<ref>{{citar web|url=http://minerals.usgs.gov/minerals/pubs/country/2006/myb3-2006-po.pdf|titulo=USGS-Minerals Yearbook 2006 – Portugal|acessodata=6 de Outubro de 2008}} (os algarismos entre parênteses indicam posição do país em termos mundiais como produtor).</ref> Alguns dos recursos naturais, tais como os bosques que cobrem cerca de 34% do país, são nomeadamente: [[pinheiro]]s (13 500&nbsp;km²), [[sobreiro]]s (6 800&nbsp;km²), [[azinheira]]s (5 340&nbsp;km²) e [[eucalipto]]s (2 430&nbsp;km²).

A [[balança comercial]] de Portugal é, há muito, deficitária, com o valor das [[exportação|exportações]] a cobrir apenas 65% do valor das [[Importação|importações]] em 2006.<ref>{{citar web|url=http://stats.oecd.org/wbos/viewhtml.aspx?queryname=478&querytype=view&lang=en|titulo=OECD – Country statistical profiles 2008 – Portugal|acessodata=6 de Outubro de 2008}}</ref> As maiores exportações correspondem aos têxteis, vestuário, máquinas, material eléctrico, veículos, equipamentos de transporte, calçado, couro, madeira, cortiça, papel, entre outras.<ref>Fonte: INE, 2002</ref> O país importa principalmente produtos vindos da União Europeia: [[Espanha]], [[Alemanha]], [[França]], [[Itália]] e [[Reino Unido]].

=== Turismo ===
{{Sem-fontes|data=maio de 2010}}
{{artigo principal|[[Turismo em Portugal]]}}
[[Ficheiro:IM000725.JPG|left|thumb|Praia próxima de [[Lagos (Portugal)|Lagos]], [[Algarve]].]]
O [[Algarve]], no Sul de Portugal, é por excelência um pólo turístico internacional, de muitos nacionais e europeus, sobretudo [[Reino Unido|britânicos]]. O clima e a temperatura da água são os principais factores que contribuem para o grande crescimento do turismo nesta região.

Já [[Lisboa]] atrai muitos turistas pela história e pelo recheio de [[monumento]]s (como o [[Aqueduto das Águas Livres]], a [[Sé Catedral de Lisboa|Sé Catedral]], a [[Baixa Pombalina]], a [[Torre de Belém]] e o [[Mosteiro dos Jerónimos]]). Os seus grandes pontos turísticos são os museus nacionais de [[Museu Nacional de Arte Antiga|Arte Antiga]], dos [[Museu dos Coches|Coches]] e do [[Museu Nacional do Azulejo|Azulejo]], a [[Fundação Calouste Gulbenkian]], o [[Centro Cultural de Belém]] e o [[Teatro Nacional de São Carlos]]. De destacar também o [[Oceanário de Lisboa]], a diversão nocturna e toda a área envolvente ao recinto da [[Exposição Mundial de 1998]].

A [[Península de Setúbal]] tem várias características naturais e culturais destacando-se a [[Serra da Arrábida]], as [[praia]]s de [[Almada]] e [[Sesimbra]], a baía natural do [[Seixal]], as [[salina]]s de [[Alcochete]], os [[Moinho de água|moinhos de maré]], as [[Embarcações tradicionais|embarcações típicas]] do [[rio Tejo|Tejo]] e [[rio Sado|Sado]], as antigas vilas piscatórias e toda a fauna e flora ribeirinha.

[[Ficheiro:Rio douro.jpg|thumb|right|[[Região Vinhateira do Alto Douro|Região do Alto Douro Vinhateiro]]]]

No norte, o [[Porto]] é uma cidade que vem conquistando um lugar de relevo no panorama cultural do país e da Europa. Foi [[Capital Europeia da Cultura]] em 2001. A [[Fundação de Serralves]] e a [[Casa da Música]] são de visita obrigatória, bem como a [[Torre dos Clérigos]] (''[[ex-libris]]'' da cidade) e a [[Sé do Porto|Sé]] destacando-se também o [[Teatro Nacional São João]], os [[Jardins do Palácio de Cristal]] e toda a zona do centro histórico.

A [[Madeira]] é também um pólo turístico internacional, todo o ano, tanto pelo seu clima ameno e paisagens exuberantes, como pelo seu ''[[Véspera de Ano-Novo|réveillon]]'' com o maior espectáculo de fogo-de-artifício do mundo, as suas flores, o internacionalmente conhecido [[Vinho da Madeira]] e a sua característica gastronomia.

Na lista do [[Património Mundial]] encontram-se os centros históricos do [[Centro Histórico do Porto|Porto]], [[Centro Histórico de Angra do Heroísmo|Angra do Heroísmo]], [[Centro Histórico de Guimarães|Guimarães]], [[Centro Histórico de Évora|Évora]] e [[Paisagem Cultural de Sintra|Sintra]]. São também Património Mundial o [[Mosteiro dos Jerónimos]], a [[Torre de Belém]], o [[Mosteiro de Alcobaça]], o [[Mosteiro da Batalha]], o [[Convento de Cristo em Tomar]], os [[sítios de arte rupestre do Vale do Côa]], a floresta [[laurissilva]] da [[Ilha da Madeira]], e as [[Paisagem da Cultura da Vinha da Ilha do Pico|paisagens vitivinícolas da Ilha do Pico]] e do [[Região Vinhateira do Alto Douro|Alto Douro Vinhateiro]].

[[Ficheiro:Nt-sintra1.jpg|thumb|left|Vista sobre a [[Sintra|Vila de Sintra]].]]

O [[Algarve]] e a [[Madeira (Portugal)|Madeira]] também são locais de eleição por turistas estrangeiros e nacionais para a prática de [[golfe]], desporto para cuja prática o país apresenta excelentes condições.

Portugal é também um pais onde se pratica, além de muitos outros desportos, [[surf]]. Entre os melhores ''spots'' estão o [[Forte do Guincho|Guincho]], [[Peniche]], [[Ericeira]], [[Carcavelos]], [[São Pedro do Estoril|São Pedro]] e [[São João do Estoril]], [[Costa da Caparica]] e [[Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina|São Torpes]].

Outras atracções importantes turísticas são as cidades de [[Braga]] (Centro Histórico, [[Bom Jesus do Monte|Bom Jesus]] e [[Bracalândia]]), [[Bragança (Portugal)|Bragança]] (Centro Histórico, Castelo e Teatro Municipal), [[Chaves (Portugal)|Chaves]] (centro histórico e termas), [[Coimbra]] ([[Universidade de Coimbra|universidade]], [[judiaria]] e [[Portugal dos Pequenitos]]), [[Vila Real]] ([[Solar de Mateus]] e Teatro Municipal), [[Covilhã]] e região envolvente ([[Serra da Estrela]]), as [[Aldeias Históricas]] da [[Beira Baixa]] e [[Beira Alta]], [[Monsaraz]] e [[Marvão]].

A [[floresta portuguesa]] potencia também a utilização turística, sendo de destacar o único parque nacional português ([[Parque Nacional da Peneda-Gerês]]).<ref>{{citar web|url=http://www.turismodeportugal.pt/|titulo=Turismo de Portugal|acessodata=[[18 de Abril]] de [[2010]]}}</ref>
{{-}}

== Infraestrutura ==
=== Educação ===
{{artigo principal|[[Educação em Portugal]]}}
[[Ficheiro:Coimbra University Tower 2.jpg|thumb|right|[[Universidade de Coimbra]].]]
O Sistema Educativo em Portugal é regulado pelo estado através do [[Ministério da Educação (Portugal)|Ministro da Educação]],<ref>{{citar web|url=http://www.min-edu.pt/|titulo=Ministério da Educação de Portugal|acessodata=6 de Outubro de 2008}}</ref> e do [[Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior]].<ref>{{citar web|url=http://www.mctes.pt/|titulo=Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior de Portugal|acessodata=6 de Outubro de 2008}}</ref> O sistema de educação pública é o mais usado e mais bem implementado, existindo também escolas privadas em todos os níveis de educação.

Em Portugal a educação é iniciada obrigatoriamente para todos os alunos aos 6 anos de idade. A escolaridade obrigatória é de 12 anos. O primeiro nível de ensino, o [[Ensino Básico]], está dividido em ciclos:
* [[Ensino básico|1.º ciclo]] (1.º ao 4.º ano);
* [[Ensino básico|2.º ciclo]] (5.º ao 6.º ano);
* [[Ensino básico|3.º ciclo]] (7.º ao 9.º ano).

No final de cada ciclo, os alunos realizam provas de aferição (1.º e 2.º ciclos) e exames nacionais (3.º ciclo), às disciplinas de [[Língua Portuguesa]] e [[Matemática]]. As provas avaliam os alunos sobre a matéria leccionada durante o ciclo correspondente.<ref>{{citar web|url=http://min-edu.pt/np3content/?newsId=1198&fileName=despacho_2351_2007.pdf|titulo=Despacho n.o 2351/2007, publicado em Diário da República, 2.a série, n.º 32, 14 de Fevereiro de 2007|acessodata=6 de Outubro de 2008}}</ref><ref>{{citar web|url=http://www.min-edu.pt/np3content/?newsId=1798&fileName=1207412098.pdf|titulo=Despacho normativo n.º 19/2008, publicado em Diário da República, 2.ª série, n.º 56, a 19 de Março de 2008|acessodata=6 de Outubro de 2008}}</ref>

[[Ficheiro:IST Lisboa Torre Norte.jpg|thumb|left|Torre Norte do [[Instituto Superior Técnico]]]]

O nível seguinte é designado por [[Ensino Secundário]], abrangendo os 10.º, 11.º e 12.º anos. Tem um sistema de organização próprio, diferente dos restantes ciclos. A mudança de ciclo pode, em vários casos, ser marcada pela mudança de escola, sendo, por exemplo, as escolas que abrangem o 1.º ciclo mais pequenas que as restantes, tendo em média cerca de 200 alunos, enquanto que as do 2.º e 3.º ciclos e as secundárias podem facilmente atingir os 2000 alunos.

Existe ainda a possibilidade de qualquer estudante poder frequentar [[Formação|Cursos de Formação e de Educação]], que dão equivalência ao 9.º ano, e [[Profissional|Cursos Profissionais]], que dão equivalência ao 12.º, ao abrigo da Iniciativa [[Novas Oportunidades]].<ref>{{citar web|url=http://www.novasoportunidades.gov.pt/|titulo=Sítio oficial da Iniciativa Novas Oportunidades|acessodata=20 de Maio de 2009}}</ref> Para além das habilitações literárias, o estudante recebe ainda certificação profissional. Assim, todos os estudantes podem concluir o Ensino Secundário, em regime diurno ou nocturno. Estes cursos estão disponíveis em escolas profissionais ou mesmo em escolas comuns.<ref>{{citar web|url=http://www.min-edu.pt/np3/23|titulo=Novas Oportunidades|acessodata=6 de Outubro de 2008}}</ref>

[[Ficheiro:Feup.JPG|thumb|right|[[Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto]]]]

As [[Universidade|universidades portuguesas]] existem desde 1290, sendo a primeira a [[Universidade de Coimbra]], no entanto, estabeleceu-se primeiramente em [[Lisboa]] antes de se fixar definitivamente em [[Coimbra]]. As universidades são geralmente organizadas em [[faculdade]]s. [[Instituto]]s e [[escola]]s também são comuns às denominações das subdivisões das instituições autónomas do ensino superior, e são sempre utilizadas no sistema politécnico. O seu ingresso é feito através da média final que o aluno obteve no Ensino Secundário, e após a realização dos exames necessários. A [[Declaração de Bolonha]] foi adoptada desde 2006 pelas universidades e institutos politécnicos portugueses. Actualmente a [[Universidade do Porto]] é a maior do país, com cerca de 28000 estudantes, sendo a sua [[FEUP|Faculdade de Engenharia]] a maior da [[Europa]].

Em termos estatísticos, a [[taxa de alfabetização]] nos adultos acima de 15 anos que podem ler e escrever situa-se nos 93,3%, sendo a taxa dos homens 95,5% e das mulheres em 91,3% (estimativas de [[2003]]). As matrículas para a escola primária estão próximas dos 100%. Apenas 20% da população portuguesa em idade de frequentar um curso de ensino superior, frequenta as instituições de ensino superior do país. Para além de ser um dos principais destinos para os estudantes internacionais, Portugal está também entre os principais locais de origem de estudantes internacionais. Todos os estudantes do ensino superior, tanto a estudar no país como no estrangeiro, totalizaram cerca de 380 mil alunos em 2005.

=== Ciência e Tecnologia ===
{{Artigo principal|[[Ciência e tecnologia em Portugal]]}}

[[Ficheiro:Neue Universität Lissabon.jpg|thumb|left|Edifício da Reitoria da [[Universidade Nova de Lisboa]].]]

As actividades de investigação [[Ciência|científica]] e [[Tecnologia|tecnológica]] em Portugal são sobretudo conduzidas no âmbito de uma rede de unidades de [[Investigação e Desenvolvimento|I&D]] pertencentes a universidades públicas e estatais de gestão autónoma de investigação, em instituições como o INEGI - [[Instituto de Engenharia Mecânica e Gestão Industrial]], [[INESC]] - Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores ou INETI – [[Instituto Nacional de Engenharia, Tecnologia e Inovação]].<ref>{{citar web|url=http://www.ineti.pt/|titulo=INETI|acessodata=6 de Outubro de 2008}}</ref> O financiamento deste sistema de investigação é conduzido principalmente sob a autoridade do [[Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior]].<ref>{{citar web|url=http://www.mctes.pt/|titulo=Ministério da Ciência, da Tecnologia e do Ensino Superior|acessodata=6 de Outubro de 2008}}</ref> As maiores unidades de I&D das universidades públicas, em número significativo de publicações, que alcançou o reconhecimento internacional, incluem instituições de investigação de biociências como o [[Instituto de Medicina Molecular]],<ref>{{citar web|url=http://www.imm.ul.pt/|titulo=Instituto de Medicina Molecular|acessodata=6 de Outubro de 2008}}</ref> o [[Centro de Neurociências e Biologia Celular]],<ref>{{citar web|url=https://woc.uc.pt/zoologia/genericpages/showgenericpage.do;jsessionid=8BF83AE74486CB263583F15359FB7744?idgenericpage=49|titulo=Centro de Neurociências e Biologia Celular|acessodata=6 de Outubro de 2008}}</ref> o [[IPATIMUP]], e o [[Instituto de Biologia Molecular e Celular]].<ref>{{citar web|url=http://sigarra.up.pt/reitoria/unidades_geral.visualizar?p_unidade=128|titulo=Instituto de Biologia Molecular e Celular|acessodata=6 de Outubro de 2008}}</ref> Dentre as universidades privadas, centros de investigação notáveis incluem o [[Laboratório de Expressão Facial da Emoção]]. Dos centros de investigação notáveis apoiados pelo Estado, está o [[Laboratório Internacional Ibérico de Nanotecnologia]], um esforço de investigação conjunta entre Portugal e Espanha. Entre as maiores instituições não estatais está o [[Instituto Gulbenkian de Ciência]] e a [[Fundação Champalimaud]],<ref>{{citar web|url=http://www.fchampalimaud.org/home/portuguese-summary/|titulo=Fundação Champalimaud|acessodata=6 de Outubro de 2008}}</ref> que atribui anualmente um dos mais elevados prémios monetários do mundo relacionado com a ciência. Uma série de empresas nacionais e multinacionais de alta tecnologia, são também responsáveis por projectos de investigação e desenvolvimento. Uma das mais antigas academias de Portugal é a [[Academia das Ciências de Lisboa]].

Portugal fez acordos com várias organizações científicas europeias com vista à plena adesão. Estas incluem a [[Agência Espacial Europeia]] (ESA), o [[Organização Europeia para Investigação Nuclear|Laboratório Europeu de Física de Partículas]] (CERN), o [[ITER]], e o [[Observatório Europeu do Sul]] (ESO). Portugal tem entrado em acordos de cooperação com o [[Instituto Tecnológico de Massachusetts|MIT]] (E.U.A.) e outras instituições norte-americanas, a fim de desenvolver e aumentar a eficácia do ensino superior e de investigação em Portugal.

=== Saúde ===
{{Artigo principal|[[Saúde em Portugal]]}}

[[Ficheiro:Hoptial Viseu.jpg|thumb|right|[[Hospital de São Teotónio]], em [[Viseu]].]]

O sistema de [[saúde]] português é caracterizado por três sistemas coexistentes: o [[Serviço Nacional de Saúde]] (SNS), os regimes de seguro social de saúde especiais para determinadas profissões (subsistemas de saúde) e seguros de saúde de voluntariado privados. O SNS oferece uma cobertura universal.<ref>{{citar web|url=http://www.min-saude.pt/portal/conteudos/a+saude+em+portugal/servico+nacional+de+saude/default.htm|titulo=Sobre o Serviço Nacional de Saúde Português|acessodata=6 de Outubro de 2008}}</ref> Além disso, cerca de 25% da população
é coberto por subsistemas de saúde, 10% em seguros privados e outros 7% em fundos mútuos.<ref name="saude">[http://www.euro.who.int/document/chh/por_highlights.pdf Highlights on health in Portugal 2004] {{en}}</ref>

O [[Ministério da Saúde (Portugal)|Ministério da Saúde]] é responsável pelo desenvolvimento da política da saúde, bem como de gerir o SNS. Cinco administrações regionais de saúde são responsáveis pela execução dos objectivos da política nacional de saúde, desenvolvimento de orientações e [[protocolo]]s e supervisionar a prestação de cuidados de saúde. Os esforços para a descentralização têm se destinado a transferir a responsabilidade financeira e de [[gestão]] a nível regional.<ref name="saude"/> Na prática, porém, a autonomia das administrações regionais de saúde sobre definição de orçamento e das despesas foi limitada aos cuidados primários. O SNS é predominantemente financiado através de uma tributação geral. As contribuições dos empregadores (incluindo o [[Estado]]) e dos empregados representam as principais fontes de financiamento dos subsistemas de saúde. Além disso, os pagamentos directos pelo paciente e os prémios de seguros voluntários de saúde representam uma grande percentagem de financiamento.<ref name="saude"/>

Semelhante aos outros países da Europa, em Portugal a maioria da população morre com [[doenças não-transmissíveis]].<ref name="saude"/> A mortalidade devido a [[doenças cardiovasculares]] (DCV) é maior do que na [[Zona Euro]], mas as suas duas principais componentes, a doença cardíaca e a [[doença cerebrovascular]], mostram as tendências em relação inversa com a Europa, com a doença cerebrovascular sendo a maior causa de morte em Portugal (17%).<ref name="saude"/> Doze por cento da população morre de [[cancro (tumor)|cancro]] com menos frequência do que na Europa, mas não é diminui a taxa de mortalidade tão rapidamente como na Europa. O cancro é mais frequente entre as crianças, bem como entre as mulheres mais jovens, com idade inferior a 44 anos. Embora o [[cancro do pulmão]] (lentamente aumentando entre as mulheres) e o [[cancro da mama]] (diminuindo rapidamente) não afectem tanto, o [[cancro do colo do útero]] e da [[cancro da próstata|próstata]] são mais frequentes. Portugal tem a mais alta taxa de mortalidade por [[diabetes]] na Europa, com um aumento acentuado desde os finais da década de [[1980]].<ref name="saude"/>

Em Portugal, a [[taxa de mortalidade infantil]] caiu acentuadamente desde a década de 1980, quando 24 em cada 1000 recém-nascidos morriam no primeiro ano de vida. Agora, é cerca de 3 mortes por cada 1000 recém-nascidos. Esta melhoria deveu-se principalmente à diminuição da mortalidade neonatal, de 15,5 para 3,4 por cada 1000 nascidos vivos.<ref name="saude"/>

As [[pessoa]]s são geralmente bem informadas sobre o seu estado de saúde, os efeitos positivos e negativos dos seus comportamentos em relação à sua saúde e a sua utilização dos serviços de saúde. Mas as percepções sobre a saúde podem diferir do que é administrativo e na análise baseada em dados que mostram os níveis de doença nas
populações.<ref name="saude"/> Assim, os resultados de inquéritos baseados em auto-referência a nível do agregado familiar complementar, outros dados sobre estado de saúde e à utilização dos serviços. Apenas um terço dos adultos classificaram a sua saúde como boa ou muito boa em Portugal.<ref>Kasmel et al., 2004</ref> Isto é menor do que nos países da Europa que elaboraram estes relatórios e reflecte a situação relativamente adversa do país em termos de mortalidade e morbidade.<ref name="saude"/>

De acordo com o último [[Relatório de Desenvolvimento Humano]], a média de [[vida]] em 2006 foi de 77,9 anos.<ref name="saude"/>

=== Energia ===
{{Artigo principal|[[Energia em Portugal]]}}

Portugal é um país altamente deficitário em termos energéticos, importando actualmente a totalidade dos [[Combustível fóssil|combustíveis fósseis]] que consome.<ref>{{citar web|url=http://www.iea.org/Textbase/stats/balancetable.asp?COUNTRY_CODE=PT|titulo=2005 IEA Energy Statistics – Energy Balances for Portugal|acessodata=6 de Outubro de 2008}}</ref> Tal facto implica que em 2005 Portugal importou 87,3 % da energia total que consumiu (em [[Tonelada equivalente de petróleo|teps]]).<ref>{{citar web|url=http://www.iea.org/Textbase/stats/indicators.asp?COUNTRY_CODE=PT|titulo=IEA Energy Statistics – Energy Indicators for Portugal|acessodata=6 de Outubro de 2008}}</ref> Relativamente à produção de electricidade, Portugal produziu em 2005 85 % da electricidade que consumiu (importando os restantes 15 %).<ref name="energy">{{citar web|url=http://www.iea.org/Textbase/stats/electricitydata.asp?COUNTRY_CODE=PT|titulo=IEA Energy Statistics – Electricity/Heat in Portugal in 2005|acessodata=6 de Outubro de 2008}}</ref> A produção doméstica total nesse mesmo ano foi 46 575 GWh repartida do seguinte modo em termos das fontes utilizadas: não renováveis 80,8 % ([[carvão]] 32,7 %, [[gás natural]] 29,2 %, [[petróleo]] 18,9 %); renováveis 19,2 % ([[hidroeléctrica]] 11 %, [[energia eólica|eólica]] 3,8 %, [[biomassa]] 3,0 %, outras 1,4 %).<ref name="energy" />

Contudo, pela primeira vez na sua história, Portugal, nos primeiros 5 meses de 2010, teve uma balança comercial de energia eléctrica positiva, exportando mais energia que a que importou (982 GWh contra 946GWh).<ref>{{citar web|url=http://www.tvi24.iol.pt/geral/portugal-agencia-financeira-ren-energia-electricidade/1168567-5238.html|titulo=Balança comercial de energia eléctrica foi «pela primeira vez positiva» nos primeiros cinco meses do ano|acessodata=21 de Junho de 2010}}</ref>

; Energias renováveis
[[Ficheiro:Parque eolico vila nova condeixa portugal 2.jpg|thumb|right|Parque eólico em [[Vila Nova (Miranda do Corvo)|Vila Nova]], [[Miranda do Corvo]].]]
O governo de Portugal pretende que até 2010, 45 % da electricidade produzida seja obtida a partir de fontes renováveis.<ref>{{citar web|url=http://www.min-economia.pt/document/Energias_Renov_PT.pdf|titulo=Energias Renováveis em Portugal – Ministério da Economia e Inovação – pág. 6|acessodata=6 de Outubro de 2008}}</ref> A [[Barragem do Alqueva]], no Alentejo — servindo a irrigação dos campos e gerando energia hidroeléctrica, que criou o maior lago artificial na região ocidental da [[Europa]] e foi um dos maiores projectos de investimento do país.

Em 2007, foi inaugurada uma das maiores centrais de [[Energia solar|energia solar fotovoltaica]] do mundo (11 MW), em [[Brinches]], concelho de [[Serpa]]<ref>{{citar web|url=http://news.bbc.co.uk/2/hi/europe/6505221.stm|titulo=Portugal opens major solar plant|acessodata=6 de Outubro de 2008}}</ref> e em fase de construção encontra-se aquela que será a maior do mundo no seu tipo (62 MW),<ref>{{citar web|url=http://www.ipsnews.net/news.asp?idnews=38245|titulo=PORTUGAL: Making Up for Lost Time in Renewable Energy|acessodata=6 de Outubro de 2008}}</ref> situada em [[Amareleja]], concelho de [[Moura]], cuja montagem deverá estar totalmente concluída em 2010. Paralelamente a primeira exploração comercial do mundo da [[energia das ondas]] do mar entrou em funcionamento em Setembro de 2008, 5&nbsp;km ao largo de [[Aguçadoura]], concelho de [[Póvoa de Varzim]].<ref>{{citar web|url=http://www.ambienteonline.pt/noticias/detalhes.php?id=7006|titulo=Produção de energia a partir das ondas arranca com projecto da Enersis|acessodata=30 de Novembro de 2008}}</ref> Também a potência instalada em parques eólicos será aumentada para 5100 MW em 2012 (contra os 2000 MW instalados até meados de 2007) enquanto a potência hidroeléctrica instalada deverá atingir os 7000 MW em 2020 (contra os cerca de 5000 MW de 2005).<ref>{{citar web|url=http://www.min-economia.pt/document/Energias_Renov_PT.pdf|titulo=Energias Renováveis em Portugal – Ministério da Economia e Inovação – págs. 8 e 13|acessodata=6 de Outubro de 2008}}</ref> Os investimentos em energias renováveis em Portugal poderão totalizar 12 mil milhões de euros até 2012 e 120 mil milhões de euros até 2020.<ref>{{citar web|url=http://www.guardian.co.uk/environment/2008/jun/06/renewableenergy.alternativeenergy|titulo=The Guardian – World's biggest solar farm at centre of Portugal's ambitious energy plan|acessodata=6 de Outubro de 2008}}</ref>

Portugal é membro-fundador da agência IRENA, aquando da sua formação no ano de 2009, que visa a promoção das energias renováveis.

=== Transportes ===
{{Artigo principal|[[Transportes em Portugal]]}}

[[Ficheiro:Vasco de Gama bridge side.jpg|left|thumb|[[Ponte Vasco da Gama]], sobre o [[Rio Tejo]], a maior da [[Europa]].]]

Os transportes foram encarados como uma prioridade na [[anos 1990|década de 1990]], sobretudo devido ao aumento da utilização de veículos automóveis e à industrialização.

Portugal foi um dos primeiros países do Mundo a ter uma [[auto-estrada]], inaugurada em [[1944]], ligando [[Lisboa]] ao [[Estádio Nacional]], a futura Auto-Estrada [[Lisboa]]-[[Cascais]] (actual [[A5 (auto-estrada)|A5]]). No entanto, apesar de terem sido posteriormente construídos alguns outros troços nas décadas de 1960 e 1970, só no final da década de 1980 foi iniciada a construção de auto-estradas em grande escala. Hoje em dia a rede de auto-estradas portuguesas é bastante desenvolvida e percorre quase todo o território, ligando todo o litoral e as principais cidades do interior, numa extensão total de aproximadamente 3000&nbsp;km.

[[Ficheiro:A28 No da Povoa de Varzim.JPG|thumb|right|Auto-Estrada [[A28]], no [[Norte de Portugal]].]]

Há ainda os [[Itinerário Principal|Itinerários Principais]] (IP's) e os [[Itinerário Complementar|Itinerários Complementares]] (IC's) que podem ser constituídos por auto-estradas, vias rápidas (estrada destinada apenas a tráfego motorizado, com cruzamentos desnivelados e de acesso restrito a nós de ligação) e [[Estrada Nacional|estradas nacionais]]. O país tem 68.732&nbsp;km de rede de estradas, dos quais cerca de 2600&nbsp;km fazem parte de um sistema de auto-estradas. Destes, cerca de 900&nbsp;km não requerem o pagamento de [[portagem|portagens]].<ref>{{citar web|url=http://www.agenciafinanceira.iol.pt/dinheiro/iol/955727-3851.html|titulo=Portugal é dos países com mais portagens|acessodata=[[19 de Abril]] de [[2010]]}}</ref> Até [[2012]], a extensão da rede de auto-estradas deverá aumentar até aos 3187&nbsp;km.

As duas principais áreas metropolitanas têm sistemas de [[metropolitano]]: o [[Metro de Lisboa]] e o [[Metro Sul do Tejo]] na Área Metropolitana de [[Lisboa]]; e no [[Porto]], o [[Metro do Porto]], cada uma com mais de 35&nbsp;km de linhas.

O transporte ferroviário de passageiros e mercadorias é feito utilizando os 2791&nbsp;km de linhas ferroviárias actualmente em serviço, dos quais 1430 encontram-se electrificados e aproximadamente 900 permitem velocidades de circulação superiores aos 120&nbsp;km/h.<ref>{{citar web|url=http://www.refer.pt/pt/exploracao.php?id=538&idold=531|titulo=REFER EP – Rede Gerida|acessodata=6 de Outubro de 2008}}</ref> A rede ferroviária é gerida pela [[REFER]] enquanto que os transportes de passageiros e mercadorias são da responsabilidade da [[Caminhos de Ferro Portugueses]] (CP), ambas empresas públicas. Em 2006 a CP transportou 133 milhões de passageiros e 9,75 milhões de toneladas de mercadorias.<ref>{{citar web|url=http://www.cp.pt/cp/displayPage.do?vgnextoid=6a73df63e25a4010VgnVCM1000007b01a8c0RCRD|titulo=A CP|acessodata=6 de Outubro de 2008}}</ref>

[[Ficheiro:Lisboa-Santa Apolonia Portugal.jpg|left|thumb|[[Estação de Santa Apolónia]], uma das principais estações de Portugal, situada em Lisboa]]

A fase de concurso para a construção e exploração de uma rede ferroviária de alta velocidade, com as ligações Lisboa–Madrid, Lisboa–Porto e Porto–Vigo, terá início em 2008 para a primeira, enquanto que os concursos para as ligações Lisboa–Porto e Porto–Vigo deverão ser lançados em 2009. A exploração deverá começar em 2013 nas ligações Lisboa–Madrid e Porto–Vigo e em 2015 na ligação Lisboa–Porto. O investimento previsto para estas três ligações é de 7790 milhões de euros. Em estudo estão mais duas linhas de alta velocidade: Aveiro–Salamanca e Évora–Faro.<ref>{{citar web|url=http://www.rave.pt/tabid/166/Default.aspx|titulo=RAVE – A Rede de Alta Velocidade em Portugal|acessodata=6 de Outubro de 2008}}</ref>

Lisboa tem uma posição geográfica que a torna num ponto de escala para muitas companhias aéreas estrangeiras nos aeroportos em todo o país. O Governo está actualmente a estudar o projecto para a construção de um novo Aeroporto Internacional em [[Alcochete]], para substituir o actual aeroporto da Portela, em Lisboa. Actualmente, os aeroportos mais importantes são os aeroportos de [[aeroporto de Lisboa|Lisboa]] (''Portela''), [[aeroporto de Faro|Faro]], [[aeroporto do Porto|Porto]] (''Francisco Sá Carneiro''), [[aeroporto da Madeira|Funchal]] (''[[Ilha da Madeira|Madeira]]'') e [[Aeroporto João Paulo II|Ponta Delgada]] (''João Paulo II'' - [[Açores]]).

=== Comunicações ===
{{Artigo principal|[[Comunicações em Portugal]]}}
Portugal tem uma das mais altas taxas de penetração de [[telemóvel|telemóveis]] no mundo, sendo que o número de aparelhos de comunicações móveis já ultrapassou o número da população total (à data de 2007, o número de utilizadores era de 13.413 milhões). Esta rede também oferece conexões sem fio à [[Internet|Internet móvel]], e abrange todo o território. No final do primeiro trimestre de 2008 existiam em Portugal cerca de 1,713 milhões de utilizadores com acesso à ''Internet'' em [[Banda larga|banda larga móvel]] e cerca 1,58 milhões de acessos à [[Internet|Internet fixa]], dos quais aproximadamente 1,52 milhões em [[banda larga]]. Pela primeira vez, o número de utilizadores de banda larga móvel ultrapassou o número de clientes de banda larga fixa.<ref>{{citar web|url=http://www.anacom.pt/render.jsp?contentId=969288|titulo=Relatório da ANACOM sobre o acesso à ''Internet''|acessodata=[[23 de Abril]] de [[2010]]}}</ref>

A maioria dos portugueses assiste à [[Televisão por cabo|televisão através de cabo]]. Tendo em conta os crescimentos em ambas as tecnologias, no final do primeiro trimestre de 2008, os assinantes dos serviços de TV por subscrição suportados em redes de distribuição por cabo ou [[satélite artificial|satélite]] (DTH) representavam cerca de 36,2 por cento dos alojamentos, mais 1 ponto percentual do que no trimestre anterior. A penetração destes serviços continua a ser superior à média nas Regiões Autónomas (que também verificaram crescimentos significativos)..<ref>{{citar web|url=http://www.anacom.pt/render.jsp?contentId=969288|titulo=Relatório da ANACOM sobre serviços de televisão por cabo e satélite|acessodata=[[23 de Abril]] de [[2008]]}}</ref> Em 2006, surgiu um novo serviço de televisão de subscrição baseado na tecnologia [[IPTV]], televisão por internet.

Portugal já tem o serviço de [[Televisão Digital|Televisão Digital Terrestre]] (TDT) disponível apenas em 28 cidades, estando previsto abranger todo o território nacional em [[2010]], dois anos antes do que a União Europeia exigiu, embora o "apagão analógico" apenas virá a acontecer em [[2012]]. A operadora, [[PT Comunicações]] iniciou as simulações de emissões digitais baseadas na tecnologia de transmissão vídeo digital terrestre (DVB-T) em 2008, na área de Lisboa.<ref>{{citar web|url=http://tdt.telecom.pt/|titulo=Sítio oficial da TDT em Portugal|acessodata=[[18 de Abril]] de [[2010]]}}</ref>

Ligações à ''Internet'' estão disponíveis em muitos [[café]]s, assim como em muitas [[Correios, Telégrafos e Telefones|estações de correios]]. Pode-se também navegar na ''Internet'' em [[hotel|hotéis]], [[Centro comercial|centros comerciais]] e centros de conferência, em que zonas especiais estão reservadas para este fim. O livre acesso à ''Internet'' também está disponível aos residentes em Portugal em "[[Espaço Internet|Espaços de ''Internet'']]", espalhados pelo país mas com maior incidência nos principais centros populacionais.

; Rádio
{{Sem-fontes|data=maio de 2010}}
[[Ficheiro:RTPhead.jpg|Sede da Rádio e Televisão de Portugal em [[Lisboa]].|thumb|right]]
A rádio apareceu em Portugal no segundo quartel do século XX. As primeiras emissões, em Onda Média, realizaram-se em [[1932]], pela então [[Emissora Nacional]], fundada oficialmente em 1935, mas existente desde 1930, aquando de um decreto que criou, na dependência dos [[CTT]], a Direcção dos Serviços Radio eléctricos, autorizando, em simultâneo, a aquisição dos primeiros emissores de [[Onda Média]] e [[Onda Curta]] em Portugal. Em 1934, realizaram-se as primeiras emissões em Onda Curta. A Emissora Nacional foi essencialmente definida à imagem de congéneres europeias. Concebida num quadro político interno e externo em que as rádios nacionais desempenhavam sobretudo um papel de veículo dos interesses do Governo, esta característica acentuou-se ainda mais no caso português em função do [[Ditadura|regime totalitário]] que vigorou até 1974. Após a queda do regime, as estações radiofónicas são nacionalizadas e é criada a [[Radiodifusão Portuguesa|RDP]] – Radiodifusão Portuguesa. A sua evolução prosseguiu, com reorganizações internas e reformas, e hoje é denominada de [[RTP]] – Rádio e Televisão de Portugal. Actualmente, a RTP, empresa pública estatal, tem três emissoras: [[Antena 1 (Portugal)|Antena 1]], [[Antena 2 (Portugal)|Antena 2]] e [[Antena 3]]. Para além destas, existem emissoras privadas, sendo as mais conhecidas e antigas, a [[Rádio Renascença]], a [[Rádio Comercial]] e o [[Rádio Clube Português]]. Também existem cerca de uma centena de rádios locais e regionais, sendo a Rádio Voz de Alenquer, a Rádio Seixal e a Rádio Festival as que se destacam pela grande aposta na música portuguesa. Com a evolução tecnológica, é possível ouvir a transmissão radiofónica pela ''Internet'' e por telemóvel.

; Televisão
[[Ficheiro:J852-012.jpg|thumb|left|Centro de Produção da [[RTP]] em [[Chelas]], inaugurado em 2007.]]
A televisão surgiu em Portugal na [[década de 1950]]. Por iniciativa do Governo, a constituição da [[RTP]] – Radiotelevisão Portuguesa, SARL é feita a [[15 de Dezembro]] de [[1955]]. Tratava-se, portanto de uma [[sociedade anónima]], com capital tripartido entre o Estado, emissoras de radiodifusão privadas e particulares. As emissões experimentais da RTP (posteriormente, conhecida como [[RTP1]]) iniciaram-se em [[1956]], a partir da [[Feira popular]], em [[Lisboa]]. No entanto, as emissões regulares, só se iniciariam a partir de [[7 de Março]] de [[1957]]. Devido à necessidade de organizar a programação de forma a satisfazer os telespectadores, criou-se a [[RTP 2]], em [[1968]]. Após o [[25 de Abril]] de [[1974]], o estatuto da empresa concessionária da radiotelevisão foi alterado. Em [[1975]], a RTP foi nacionalizada, transformando-se na empresa pública Radiotelevisão Portuguesa, mais tarde Rádio e Televisão de Portugal.<ref>{{citar web|url=http://www.rtp.pt/|titulo=RTP – Rádio e Televisão de Portugal|acessodata=[[22 de Abril]] de [[2010]]}}</ref> Nos finais do século, o Estado concedeu licença para a criação de duas estações de televisão: [[SIC]]<ref>{{citar web|url=http://sic.sapo.pt/|titulo=SIC – Sociedade Independente de Comunicação|acessodata=[[18 de Abril]] de [[2010]]}}</ref> (1992) e [[TVI]]<ref>{{citar web|url=http://www.tvi.iol.pt/|titulo=TVI – Televisão Independente|acessodata=6 de Outubro de 2008}}</ref> (1993). Actualmente, estes são os únicos quatro canais em sinal aberto existentes em Portugal. Para além dos canais nacionais, existem dois regionais: [[RTP Açores]] (1975) e [[RTP Madeira]] (1972). A RTP e a SIC possuem canais internacionais e por cabo. Em Portugal também é possível assistir a canais por cabo e via satélite. Com a evolução tecnológica, é possível ver televisão pela ''Internet'' e por telemóvel.

; Imprensa
O jornal ''[[Açoriano Oriental]]'' é o jornal mais antigo de Portugal e está entre os dez mais antigos do Mundo. Foi fundado a [[18 de Abril]] de [[1835]], num período que corresponde a um momento áureo do jornalismo a nível nacional e internacional. Quatro meses antes do aparecimento da publicação, tinha sido promulgada a primeira lei de liberdade de Imprensa em Portugal. Desde aí, vários jornais têm surgido ao longo dos anos, sendo de destacar os jornais ''[[O Século]]'', o ''[[Diário de Notícias (Portugal)|Diário de Notícias]]'' e o ''[[Jornal de Notícias]]''.

Em Portugal, existem várias revistas nas bancas sobre os mais variados temas, sendo as que tratam os assuntos da vida social que tem mais leitores. Destas, a ''Nova Gente'', a ''[[Caras]]'', a ''[[Lux]]'', a ''[[VIP]]'' e a ''[[Flash (revista)|Flash]]'' são as mais vendidas.<ref>{{citar web|url=http://www.marktest.pt/produtos_servicos/Bareme_Imprensa/info/conteudos/dados/default.asp|titulo=Evolução Trimestral da Audiência Média de Publicações Especializadas – Revistas de Sociedade, pela Marktest|acessodata=[[19 de Abril]] de [[2010]]}}</ref>

=== Água e saneamento ===
{{Artigo principal|[[Água e saneamento em Portugal]]}}
Portugal também modernizou o seu [[Água|sistema de abastecimento de água]] e [[Saneamento básico|saneamento]] — nomeadamente através do aumento da taxa de [[águas residuais]] tratadas com apoio de subsídios da [[União Europeia|UE]] — para 80%. O país também criou um moderno quadro institucional e jurídico para o sector da água e saneamento, incluindo uma agência reguladora autónoma, denominada [[Águas de Portugal]], e um grande número de multi-serviços públicos municipais. Esta substituiu institucionalmente uma estrutura do sector, ao abrigo do qual os 308 municípios do país — muitos deles com representação populacional ou geográfica comparativamente pequena — tinha competência exclusiva para a água e o saneamento.

== Cultura ==
{{artigo principal|[[Cultura de Portugal]]}}
=== Arquitectura ===
{{artigo principal|[[Arquitectura de Portugal]]}}
[[Ficheiro:Palaciodecristalporto.jpg|right|thumb|[[Pavilhão Rosa Mota]], [[Porto]].]]
A ''Arquitectura Popular Portuguesa'' marcou a arquitectura portuguesa dos anos 1950 que prevaleceu até ao final do [[Salazarismo]].<ref>{{citar livro|autor=Mário Moutinho|título=A Arquitectura Popular Portuguesa|editora=Editorial Estampa|ano=1995|páginas=192|id=ISBN 9789723310542}}</ref> Assiste-se hoje, em Portugal, a um fenómeno complementar e inovador, a arquitectura contemporânea, no âmbito da arquitectura portuguesa que, contrapõe a, conceitos velhos e conservadores de tradições e modos de operar, a uma intenção afirmada, de inovar o espaço e construí-lo com conceitos, materiais e técnicas que permitam viver em pleno a contemporaneidade. A arquitectura contemporânea cruza várias gerações em simultâneo que marcaram e continuam a marcar arquitectura portuguesa, desde meados do século XX até aos nossos dias. [[Fernando Távora]], [[Jorge Ferreira Chaves]], [[Manuel Tainha]], [[Álvaro Siza]], [[Vítor Figueiredo]], [[Gonçalo Byrne]], [[Eduardo Souto Moura]], [[Filipe Oliveira Dias]], [[Tomás Taveira]] e [[Carrilho da Graça]] são os arquitectos que traduzem o que de melhor se produz, de arquitectura, em Portugal. No entanto, estes projectos totalizam uma pequeníssima parte das construções efectuadas no país.

=== Literatura ===
{{artigo principal|[[Literatura de Portugal]]}}
[[Ficheiro:Jose Saramago-Sep2006.jpg|left|thumb|[[José Saramago]] (1922-2010), vencedor do [[Prémio Nobel da Literatura]], é considerado o responsável pelo efectivo reconhecimento internacional da língua portuguesa.<ref>[[Ernani Terra|Terra, Ernani]]. De Nícola, José. ''Português: De olho no mundo do trabalho''. Editora Scipione (1ª Edição, 2006). Literatura, pág.463</ref>]]
Na literatura portuguesa, é eminente a [[poesia]], estando entre os maiores poetas portugueses de todos os tempos [[Luís Vaz de Camões|Luís de Camões]] e [[Fernando Pessoa]], aos quais se pode acrescentar [[Antero de Quental]], [[Eugénio de Andrade]], [[Florbela Espanca]], [[Cesário Verde]], [[António Ramos Rosa]], [[Mário Cesariny]], [[Herberto Helder]], [[Al Berto]], [[Alexandre O'Neill]], [[Ruy Belo]] e [[Manuel Alegre]], entre outros. Na [[prosa]], [[Damião de Góis]], o [[Padre António Vieira]], [[Almeida Garrett]], [[Eça de Queirós]], [[Camilo Castelo Branco]], [[Miguel Torga]], [[Fernando Namora]], [[Nuno Bragança]], [[José Cardoso Pires]], [[António Lobo Antunes]], e [[José Saramago]] ([[Nobel de Literatura]]) são nomes de grande relevo. Dos mais novos escritores destacam-se [[valter hugo mãe]], [[Gonçalo M. Tavares]], [[José Luís Peixoto]] e [[Rui Cardoso Martins]]. No teatro, têm destaque, para além da figura maior de [[Gil Vicente]], [[António José da Silva]] – dito "o Judeu" – e [[Bernardo Santareno]].<ref>{{citar web|url=http://www.portaldaliteratura.com/literatura.php|titulo=Sobre a literatura portuguesa|acessodata=6 de Outubro de 2008}}</ref><ref>{{citar web|url=http://www.instituto-camoes.pt/cvc/conhecer/bases-tematicas/literatura-portuguesa.html|titulo=Literatura Portuguesa – Instituto de Camões|acessodata=6 de Outubro de 2008}}</ref>

=== Música ===
{{artigo principal|[[Música de Portugal]]}}
[[Ficheiro:Mariza 2.jpg|thumb|right|Mariza em concerto no [[Pavilhão Atlântico]].]]
A música tradicional portuguesa é variada e muito rica. Do [[folclore]] fazem parte as danças do vira, do Minho, dos [[Pauliteiros de Miranda]], da zona mirandesa, do [[Corridinho]] do Algarve ou do Bailinho, da Madeira. Instrumentos típicos são o [[cavaquinho]], a [[gaita-de-foles]], o [[acordeão]], o [[violino]], os [[tambor]]es, a [[guitarra portuguesa]] (instrumento característico do [[fado]]) e uma variedade de instrumentos [[instrumento de sopro|de sopro]] e [[percussão]]. Ainda na cultura popular existem as [[bandas filarmónicas]] que representam cada localidade e tocam vários estilos de música, desde a popular à clássica, sendo as bandas portuguesas das que melhor qualidade artística têm.

O mais conhecido estilo de [[música]] português é o [[Fado]], cuja intérprete mais célebre foi [[Amália Rodrigues]]. Outros cantores como [[Alfredo Marceneiro]], [[Vicente da Câmara]], [[Nuno da Câmara Pereira]], [[Frei Hermano da Câmara]], [[António Pinto Basto]] e [[Hermínia Silva]] também se distinguiram como fadistas. No entanto, o Fado tem também nos últimos anos assistido ao aparecimento de jovens cantores que atingem grande êxito, como [[Camané]], [[Mariza]], [[Ana Moura]], [[Mafalda Arnauth]] e [[Mísia (cantora)|Mísia]], entre outros, bem como de jovens guitarristas como [[Bernardo Couto]].

Recentemente, através dos [[Madredeus]] e de cantores como [[Mariza]] ou [[Dulce Pontes]], a música portuguesa tem atingido um patamar de reconhecimento internacional e tem ajudado a divulgar a [[língua portuguesa]] em todo o mundo.<ref>{{citar web|url=http://www.edusurfa.pt/Area.asp?seccao=2&area=6&artigoid=7907|titulo=História do Fado|acessodata=6 de Outubro de 2008}}</ref>

A nível de instrumentistas merece realce a carreira e composições do guitarrista [[Carlos Paredes]], o mais conhecido mestre de [[guitarra portuguesa]].

[[Ficheiro:CasadaMusica.jpg|thumb|left|Vista exterior da ''[[Casa da Música]]'', no [[Porto]].]]

Referências da canção de finais do século XX (principalmente do período pré e pós-revolucionário) são [[Zeca Afonso]], [[Sérgio Godinho]], [[Fausto]], [[Adriano Correia de Oliveira]], [[Vitorino]], [[José Mário Branco]], os [[Trovante]], entre outros. Mesmo sendo ainda o fado o género mais conhecido além fronteiras, a "nova" música portuguesa também tem um papel importante, demonstrando grande originalidade. [[Rui Veloso]], [[The Gift (banda)|The Gift]], [[Mafalda Veiga]], [[Kátia Guerreiro]], [[Cristina Branco]], [[Sara Tavares]], [[Jorge Palma]], [[Clã (banda)|Clã]], [[David Fonseca]], [[GNR (banda)|GNR]], [[Ornatos Violeta]], [[Xutos & Pontapés]], [[Moonspell]], [[Da Weasel]], [[Tiago Bettencourt]], [[Fingertips]], [[Primitive Reason]], [[Deolinda]], [[Mão Morta]], [[Blasted Mechanism]] e [[Mind Da Gap]] são apenas alguns dos nomes mais conhecidos, indo do ''rock'', à ''pop''-electrónica e ao ''[[rap]]'', entre outros estilos.

A [[música erudita]] portuguesa constitui um capítulo importante da música ocidental. Ao longo dos séculos, sobressaíram nomes de compositores e intérpretes como os trovadores [[Martim Codax]] e [[Dinis I de Portugal|D. Dinis]], os polifonistas [[Duarte Lobo]], [[Filipe de Magalhães]], [[Manuel Cardoso (compositor)|Manuel Cardoso]] e [[Pedro de Cristo]], o organista [[Manuel Rodrigues Coelho]] o compositor e cravista [[Carlos Seixas]], a cantora [[Luísa Todi]], o sinfonista e pianista [[João Domingos Bomtempo]] ou o compositor e musicólogo [[Fernando Lopes Graça]]. O período de ouro da música portuguesa coincidiu, discutivelmente, com o apogeu da polifonia clássica no século XVII (Escola de [[Évora]], [[Santa Cruz de Coimbra]]). Entre as grandes referências actuais, pontificam os nomes dos pianistas [[Artur Pizarro]], [[Maria João Pires]], [[Olga Prats]] e [[Sequeira Costa]], da violetista [[Anabela Chaves]], do violinista Carlos Damas, do compositor [[Emmanuel Nunes]], do compositor e maestro [[Álvaro Cassutto]]. As orquestras sinfónicas mais importantes são a Orquestra da [[Fundação Gulbenkian]], a [[Orquestra Nacional do Porto]] e a [[Orquestra Sinfónica Portuguesa]]. No que diz respeito à ópera, o [[Teatro Nacional de São Carlos]] em Lisboa é o mais representativo.

=== Gastronomia ===
{{Artigo principal|[[Gastronomia de Portugal]]}}
[[Ficheiro:Port wine.jpg|thumb|right|Um copo de [[vinho do Porto]].]]
A gastronomia é muito rica em variedade e do agrado de nacionais e estrangeiros em geral. Cada zona do país tem os seus pratos típicos, incluindo os mais diversificados alimentos, passando pelas carnes de [[gado]], [[Ovis aries|carneiro]], [[porco]] e [[carne branca|aves]], pelos variados [[enchido]]s, pelas diversas espécies de [[peixe]] fresco e [[marisco]] (grande variedade de pratos de [[bacalhau]]). Entre os [[queijo]]s sobressaem os da [[Queijo Serra da Estrela|Serra da Estrela]], de [[Queijo de Azeitão|Azeitão]] e de [[Queijo de São Jorge|São Jorge]], entre muitos outros.

Portugal é um país fortemente [[vinícola]], sendo célebres os vinhos do [[Douro]], do [[Alentejo]] e do Dão, os [[Vinho Verde|vinhos verdes]] do [[Minho]], e os licorosos do [[Vinho do Porto|Porto]] e da [[Vinho da Madeira|Madeira]]. Em doçaria, e por entre uma enorme variedade de receitas tradicionais, são muito famosos os chamados [[Pastéis de nata|pastéis de Belém]], mantendo-se o segredo da sua confecção bem guardado, assim como os [[ovos moles]] de Aveiro, o [[pastel de Tentúgal]], a sericaia ou o [[pão-de-ló]] de Ovar, a par de muitos outros.

De entre os pratos típicos, são de destacar o [[cozido à portuguesa]], o [[bacalhau à Brás]], [[Bacalhau à Gomes de Sá|à Gomes de Sá]] ou em [[Pastel (culinária)|pastéis]], as espetadas da Madeira, o cozido vulcânico dos Açores ([[Ilha de São Miguel|São Miguel]]), o [[leitão assado à moda da Bairrada]] os [[rojões]] de [[Aveiro]] e do [[Minho]], a [[chanfana]] da Beira, a carne de porco à alentejana, os peixes grelhados (em todo o país), as [[Tripas à moda do Porto|tripas]] (da região do Porto), as [[Pataniscas de bacalhau|pataniscas]] (da região de [[Lisboa]]) ou o [[gaspacho]] (do Alentejo e Algarve). A cozinha portuguesa influenciou também outras gastronomias, tais como a [[Japão|japonesa]], com a introdução da [[tempura]].<ref>{{citar web|url=http://www.gastronomias.com/portugal/|titulo=Gastronomia de Portugal|acessodata=6 de Outubro de 2008}}</ref>

=== Desporto ===
{{Sem-fontes|data=maio de 2010}}
{{Artigo principal|[[Desporto de Portugal]]}}
[[Ficheiro:Euro2004OpeningCeremony.jpg|left|thumb|Cerimónia de abertura do [[Campeonato Europeu de Futebol de 2004]].]]
O [[futebol]] é o mais conhecido, amado e praticado desporto em Portugal. O lendário [[Eusébio da Silva Ferreira|Eusébio]] é ainda um grande símbolo da história do [[futebol em Portugal|futebol português]] e os mais recentes fenómenos de popularidade [[Luís Figo]], [[Vítor Baía]], [[Rui Manuel César Costa|Rui Costa]], [[João Vieira Pinto]] e [[Cristiano Ronaldo]], estão entre os numerosos exemplos de outros futebolistas de renome mundial nascidos em Portugal. Os três principais clubes de Portugal são o [[Sport Lisboa e Benfica]], o [[Sporting Clube de Portugal]], o [[Futebol Clube do Porto]] e, recentemente, o [[Sporting de Braga]]. Ainda, no escalão principal, existem clubes históricos como o [[Vitória Sport Clube|Vitória de Guimarães]] e a [[AAC-OAF| Académica de Coimbra]].

As modalidades desportivas em que o país mais se destaca a nível internacional são, além do futebol, a [[Vela (desporto)|vela]], [[equitação]], o [[judo]], o [[ciclismo]], a [[esgrima]], o [[hóquei em patins]], o [[atletismo]] e o [[tiro]]. Portugal participou em todos os [[Jogos Olímpicos de Verão]] desde os [[Jogos Olímpicos de Verão de 1912|Jogos de 1912]], tendo tido 4 medalhas de ouro em atletismo ([[Carlos Lopes]] nos [[Jogos Olímpicos de Verão de 1984|Jogos de 1984]], [[Rosa Mota]] nos [[Jogos Olímpicos de Verão de 1988|Jogos de 1988]], [[Fernanda Ribeiro]] nos [[Jogos Olímpicos de Verão de 1996|Jogos de 1996]] e [[Nelson Évora]] nos [[Jogos Olímpicos de Verão de 2008|Jogos de 2008]]) e numerosas medalhas de prata e bronze nos restantes desportos.

{{-}}

=== Feriados ===
{{artigo principal|[[Feriados em Portugal]]}}
{| {{prettytable}}
|- style="background:#efefef;"
! Data !! Nome !! Observações
|-
| [[1 de Janeiro]] || [[Ano Novo]] || [[Passagem de ano]], início do ano novo. Este feriado celebra a [[Maria, mãe de Jesus|Solenidade de Santa Maria, mãe de Jesus]], sendo a primeira grande festa dos cristãos.
|-
| Terça-feira, [[festa móvel]] || [[Carnaval]] || Feriado facultativo, sendo rara a sua não utilização na prática. A data tem origem na tradição de antes de se iniciar a Quaresma, haver uma época de maior exagero e menos temperança. É também conhecido por Entrudo.
|-
| Sexta-feira, [[festa móvel]] || [[Sexta-Feira Santa]] || Celebra a Paixão e Morte de [[Jesus Cristo]] em [[Jerusalém]].
|-
| Domingo, [[festa móvel]] || [[Domingo de Páscoa|Páscoa]] || Sendo celebrado a um Domingo, não é classificado como feriado oficial. As tradições gastronómicas da Páscoa variam muito entre as diversas regiões do país desde o pão-de-ló ao [[folar]]. Em algumas regiões, a tracção do ''Compasso'' ainda se mantém mesmo nas grandes cidades quando um pequeno grupo visita cada casa com um crucifixo e onde é feita uma pequena cerimónia de bênção da casa. Também é altura da segunda visita tradicional dos afilhados solteiros aos respectivos padrinhos para receberem a prenda de Páscoa, tradicionalmente, o [[Folar]].
|-
| [[25 de Abril]] || [[Dia da Liberdade]] || Celebração da [[Revolução dos Cravos]] que marcou o fim do regime ditatorial em 1974.
|-
| [[1 de Maio]] || [[Dia do Trabalhador]] || Este feriado celebra todos os trabalhadores.
|-
| Quinta-feira, [[festa móvel]] || [[Corpo de Deus]] || Segunda quinta-feira a seguir à Festa de Pentecostes (Espírito Santo). Celebra o culto à Eucaristia, e está arraigado desde a Idade Média.
|-
| [[10 de Junho]] || [[Dia de Portugal]] || Oficialmente ''Dia de Portugal, de Camões, e das Comunidades Portuguesas''. A data do falecimento de [[Luís Vaz de Camões]] em 1580 é utilizada para relembrar os feitos passados e condecorar heróis.
|-
| [[15 de Agosto]] || [[Assunção de Maria|Assunção de Nossa Senhora]] || Este feriado celebra a Assunção da Virgem Maria ao Céu. É uma das festas mais antigas da Cristandade, e na Península Ibérica era chamada a Senhora de Agosto.
|-
| [[5 de Outubro]] || [[Proclamação da República Portuguesa|Implantação da República]] || Este feriado celebra a [[Proclamação da República Portuguesa]]
|-
| [[1 de Novembro]] || [[Dia de Todos-os-Santos|Todos os Santos]] || Tradicionalmente utilizado para recordar entes falecidos, celebra, no entanto, todos os santos cristãos, já que os defuntos se celebram no dia a seguir, [[2 de Novembro]].
|-
| [[1 de Dezembro]] || [[Restauração da Independência]] || Celebra a restauração da soberania, em 1640.
|-
| [[8 de Dezembro]] || [[Imaculada Conceição]] || Padroeira de Portugal desde 1646. É uma das maiores festas cristãs, e a festa mais querida dos portugueses, já que, até há alguns anos, era também o chamado Dia da Mãe.
|-
| [[25 de Dezembro]] || [[Natal]] || Celebra o nascimento de Jesus Cristo, em Belém. A noite de 24 para 25, vulgarmente chamada de ''Consoada'', é marcada pela [[Missa do Galo]]. É também marcada pela gastronomia típica desta época, pelos jantares em família e pela troca de presentes, que pode efectuar-se logo após o jantar, após a meia-noite ou na manhã do dia 25.
|}

{{referências|col=2|Notas e referências}}

== {{Ver também}} ==
{{Correlatos
| commons = Portugal
| wikisource = Categoria:Portugal
| wikiquote = Portugal
| wikilivros =
| wikinoticias = Portugal
| wikcionario = Portugal
| wikispecies =
}}
{{Portal-Portugal}}
* [[Administração pública em Portugal]]
* [[Anexo:Lista de presidentes da República Portuguesa|Lista de presidentes de Portugal]]
* [[Anexo:Lista de primeiros-ministros de Portugal|Lista de primeiros-ministros de Portugal]]
* [[Anexo:Lista das regiões de turismo de Portugal|Lista de regiões de turismo de Portugal]]
* [[Anexo:Missões diplomáticas de Portugal|Missões diplomáticas de Portugal]]
* [[Português europeu|Português de Portugal]]
* [[Independência de Portugal]]
* [[Reino de Portugal]] e [[Reino dos Algarves]]

== {{Ligações externas}} ==
* {{Link|pt|2=http://www.portugal.gov.pt/|3=Portal da República Portuguesa}}
* {{Link|pt|2=http://www.arqnet.pt/dicionario/|3=Edição fac-similada do Dicionário Histórico de Portugal}}
* {{Link|pt|2=http://bnd.bn.pt|3=Biblioteca Nacional Digital}}
* [[Wikitravel:pt:Portugal|Portugal no Wikitravel]]

{{Tópicos relativos a Portugal}}
{{Bloco de navegação
|Portugal
|História de Portugal 2
|Portugal/NUTS
|Concelhos Portugueses com mais de 100 mil habitantes
|UE
|EFTA
|Europa
|OTAN
|OCDE
|Países desenvolvidos
|CPLP
|União Latina
|Conferência Ibero-Americana
|Império Português
|Comitê de Ajuda ao Desenvolvimento
}}
{{Bom interwiki|is}}

[[Categoria:Portugal| ]]

{{Link FA|de}}
{{Link FA|mwl}}

[[ace:Portugéh]]
[[af:Portugal]]
[[als:Portugal]]
[[am:ፖርቱጋል]]
[[an:Portugal]]
[[ar:البرتغال]]
[[arc:ܦܘܪܛܘܓܠ]]
[[arz:البرتغال]]
[[ast:Portugal]]
[[ay:Purtuwal]]
[[az:Portuqaliya]]
[[bar:Portugal]]
[[bat-smg:Puortogalėjė]]
[[bcl:Portugal]]
[[be:Партугалія]]
[[be-x-old:Партугалія]]
[[bg:Португалия]]
[[bi:Portugal]]
[[bn:পর্তুগাল]]
[[bo:པོ་ཅུ་གྷལ།]]
[[bpy:পর্তুগাল]]
[[br:Portugal]]
[[bs:Portugal]]
[[ca:Portugal]]
[[cbk-zam:Portugal]]
[[ce:Португали]]
[[ceb:Portugal]]
[[co:Portugallu]]
[[crh:Portugaliya]]
[[cs:Portugalsko]]
[[csb:Pòrtugalskô]]
[[cu:Портогалі́ꙗ]]
[[cv:Португали]]
[[cy:Portiwgal]]
[[da:Portugal]]
[[de:Portugal]]
[[diq:Portekiz]]
[[dsb:Portugalska]]
[[dv:ޕޯޗުގަލް]]
[[dz:པོར་ཅུ་གལ་]]
[[ee:Portugal]]
[[el:Πορτογαλία]]
[[en:Portugal]]
[[eo:Portugalio]]
[[es:Portugal]]
[[et:Portugal]]
[[eu:Portugal]]
[[ext:Portugal]]
[[fa:پرتغال]]
[[fi:Portugali]]
[[fiu-vro:Portugal]]
[[fo:Portugal]]
[[fr:Portugal]]
[[frp:Portugal]]
[[frr:Portugal]]
[[fur:Portugal]]
[[fy:Portegal]]
[[ga:An Phortaingéil]]
[[gd:A' Phortagail]]
[[gl:Portugal]]
[[gn:Poytuga]]
[[got:𐍀𐌰𐌿𐍂𐍄𐌿𐌲𐌰𐌻𐌾𐌰]]
[[gu:પોર્ટુગલ]]
[[gv:Yn Phortiugal]]
[[hak:Phù-thò-â]]
[[haw:Potugala]]
[[he:פורטוגל]]
[[hi:पुर्तगाल]]
[[hif:Portugal]]
[[hr:Portugal]]
[[hsb:Portugalska]]
[[ht:Pòtigal]]
[[hu:Portugália]]
[[hy:Պորտուգալիա]]
[[ia:Portugal]]
[[id:Portugal]]
[[ie:Portugal]]
[[ilo:Portugal]]
[[io:Portugal]]
[[is:Portúgal]]
[[it:Portogallo]]
[[ja:ポルトガル]]
[[jbo:potygu'e]]
[[jv:Portugal]]
[[ka:პორტუგალია]]
[[kaa:Portugaliya]]
[[kab:Portugal]]
[[kg:Portugal]]
[[kk:Португалия]]
[[kl:Portugal]]
[[km:ប្រទេស ព័រទុយហ្គាល់]]
[[kn:ಪೋರ್ಚುಗಲ್]]
[[ko:포르투갈]]
[[krc:Португалия]]
[[ks:पुर्तगाल]]
[[ku:Portûgal]]
[[kv:Португалия]]
[[kw:Portyngal]]
[[ky:Португалия]]
[[la:Lusitania]]
[[lad:Portugal]]
[[lb:Portugal]]
[[li:Portugal]]
[[lij:Pòrtogallo]]
[[lmo:Portugàl (Stat)]]
[[ln:Pulutugal]]
[[lt:Portugalija]]
[[lv:Portugāle]]
[[mg:Pôrtogaly]]
[[mhr:Португалий]]
[[mi:Potukara]]
[[mk:Португалија]]
[[ml:പോർച്ചുഗൽ]]
[[mn:Португал]]
[[mr:पोर्तुगाल]]
[[ms:Portugal]]
[[mt:Portugall]]
[[mwl:Pertual]]
[[mzn:پورتەخال]]
[[nah:Portugal]]
[[nap:Purtuallo]]
[[nds:Portugal]]
[[nds-nl:Portugal]]
[[ne:पोर्चुगल]]
[[nl:Portugal]]
[[nn:Portugal]]
[[no:Portugal]]
[[nov:Portugal]]
[[nrm:Portûnga]]
[[oc:Portugal]]
[[os:Португали]]
[[pam:Portugal]]
[[pap:Portugal]]
[[pih:Porchugal]]
[[pl:Portugalia]]
[[pms:Portugal]]
[[pnb:پرتگال]]
[[pnt:Πορτογαλία]]
[[ps:پرتګال]]
[[qu:Purtugal]]
[[rm:Portugal]]
[[rmy:Portugaliya]]
[[ro:Portugalia]]
[[roa-rup:Portogallia]]
[[roa-tara:Purtugalle]]
[[ru:Португалия]]
[[sa:पुर्तगाल]]
[[sah:Португалия]]
[[sc:Portugallu]]
[[scn:Portugallu]]
[[sco:Portugal]]
[[se:Portugal]]
[[sh:Portugal]]
[[simple:Portugal]]
[[sk:Portugalsko]]
[[sl:Portugalska]]
[[sm:Portugal]]
[[so:Boortuqaal]]
[[sq:Portugalia]]
[[sr:Португал]]
[[ss:IPhuthukezi]]
[[st:Portugal]]
[[stq:Portugal]]
[[sv:Portugal]]
[[sw:Ureno]]
[[szl:Portugalijo]]
[[ta:போர்த்துகல்]]
[[te:పోర్చుగల్]]
[[tet:Portugál]]
[[tg:Португалия]]
[[th:ประเทศโปรตุเกส]]
[[tk:Portugaliýa]]
[[tl:Portugal]]
[[tpi:Posugol]]
[[tr:Portekiz]]
[[tt:Португалия]]
[[ty:Pōtītī]]
[[udm:Португалия]]
[[ug:Portugaliye]]
[[uk:Португалія]]
[[ur:پرتگال]]
[[uz:Portugaliya]]
[[vec:Portogało]]
[[vi:Bồ Đào Nha]]
[[vo:Portugän]]
[[wa:Portugal]]
[[war:Portugal]]
[[wo:Portugaal]]
[[wuu:葡萄牙]]
[[xal:Португишин Орн]]
[[yi:פארטוגאל]]
[[yo:Pọ́rtúgàl]]
[[zh:葡萄牙]]
[[zh-classical:葡萄牙]]
[[zh-min-nan:Phû-tô-gâ]]
[[zh-yue:葡萄牙]]
[[zu:IPhothugali]]

Revisão das 15h04min de 12 de outubro de 2010

gHQEAWTYAHAA