Rémi Siméon

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Rémi Siméon
Nascimento 1 de outubro de 1827
Lurs
Morte 23 de novembro de 1890 (63 anos)
Paris
Nacionalidade francesa
Ocupação lexicógrafo

Rémi Siméon Lurs, 1 de outubro de 1827 - Paris, 23 de novembro de 1890 foi um linguista e lexicógrafo francês editor do dicionário de náuatle ou mexicano em 1885 a partir do náuatle falado no tempo dos conquistadores, o náuatle clássico, o qual corresponde ao início do século XVI.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Rémi Siméon nasceu em Lurs em 1 de outubro de 1827. Com 12 anos de idade viajou ao México pela primeira vez; onde conheceu Joseph Aubin[1], autor de Memoria sobre la pintura didáctica y escritura figurativa de los antiguos mexicanos.

Aubín era um cientista francês que se dedicou a realizar pesquisas físicas e astronômicas no México[2], fundou o colégio onde Siméon estudou latim e possuía uma grande coleção de manuscritos náuatle.[3]

Tal como fez Napoleão Bonaparte enviando ao Egito um grupo de expedicionários para conhecer as ruínas; Napoleão III mandou uma equipe de cientistas para estudar as antiguidades mexicanas dos tempos do império de Maximiliano. Entre os cientistas estava Siméon, que a partir de então começou a coletar informações necessárias para elaborar seu dicionário.

Obra[editar | editar código-fonte]

Em 1867 publica sua Nota sobre la numeración de los antiguos mexicanos; em 1875, a Gramática de la lengua náhuatl o mexicana de Andrés de Olmos, com notas e explicações próprias. De 1883 a 1889, diversos estudos e traduções dos Anales o crónicas de Chimalpahin.[4] Em 1885 publica o Diccionario. Suas várias publicações posteriores lhe renderam honras como ser nomeado presidente do comitê de arqueologia da Société d´Ethnographie, vice-presidente da Société Américaine de France e delegado ao conselho central da Alianza Científica Universal.

Ganhou o prêmio Volney[5] por Diccionario e um dos prêmios Lobat por sua tradução de Chimalpahin.

Morreu em Paris, em 23 de novembro de 1890, aos 63 anos.[6]

Referências

  1. Abdón Yaranga Valderrama, Jacques Aly (1993). Hommage à Abdón Yaranga Valderrama, l'indien quechua de Paris (em francês). [S.l.]: Université de Paris VIII, Vincennes-Saint Denis. p. 156. 431 páginas 
  2. Frédéric de Waldeck, Manuel Ramos Medina (1997). Viaje pintoresco y arqueológico a la provincia de Yucatán (em espanhol). [S.l.]: Grupo Condumex. 117 páginas 
  3. Miguel León Portilla, Earl Shorris, Sylvia Shorris, Ascensión H. de León-Portilla (2004). Miguel León Portilla, ed. Antigua Y Nueva Palabra/the Old And New Word (em espanhol). [S.l.]: SantIllana USA. p. 886. 929 páginas. ISBN ISBN 9789681912086 Verifique |isbn= (ajuda) 
  4. Beatriz Garza Cuarón, Georges Baudot (1996). Historia de la literatura mexicana: Las literaturas amerindias de México y la literatura en español del siglo XVI (em espanhol). [S.l.]: Siglo XXI. p. 168. 526 páginas. ISBN ISBN 9789682320477 Verifique |isbn= (ajuda) 
  5. Joan Leopold (1999). The Prix Volney:Contributions to Comparative Indo-European, African and Chinese Linguistics : Max Müller and Steinthal (em inglês). [S.l.]: Springer. p. 991. ISBN ISBN 9780792325079 Verifique |isbn= (ajuda) 
  6. Musée de l'Homme, Musée de l'homme (Muséum national d'histoire naturelle), Muséum national d'histoire naturelle (1987). Objets et mondes (em francês). [S.l.]: Musée de l'homme. p. 50 

Bibliografía[editar | editar código-fonte]

  • Siméon, Rémi (2007) Diccionario de la lengua náhuatl o mexicana, Ed. Siglo XXI. 19 edición en español; México, Págs. vi-vii.