Revolta Moçárabe de Coimbra
A Revolta Moçárabe de Coimbra deu-se em 1111, quando os habitantes moçárabes da cidade se sublevaram contra o conde D. Henrique e os seus oficiais.
História
[editar | editar código-fonte]Coimbra fora definitivamente reconquistada aos mouros em 1064 e, em 1094, integrou os domínios de D. Henrique, conde de Portugal. Na cidade residia uma numerosa comunidade de moçárabes, cristãos arabizados e seguidores do rito visigótico.
Em 1111, os moçárabes sublevaram-se e expulsaram da cidade Múnio Barroso e Ebrardo, talvez governadores de D. Henrique na cidade ou então cobradores de impostos.[1]
O conde D. Henrique encontrava-se ausente mas, ao voltar a Coimbra, os moçárabes resistiram-lhe.[1] A revolta só pôde ser pacificada após a outorga à cidade de um novo foral de privilégios, que substituía o de 1085 e mediante o qual Múnio Barroso e Ebrardo não eram mais admitidos dentros do seus muros.[1] Em troca, os líderes da rebelião eram também exilados e os moçárabes aceitavam não fazer alianças com outros nobres nem nunca mais voltar a pegar em armas contra o conde D. Henrique.[2]