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Rosemary Leveson-Gower

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Rosemary Millicent Leveson-Gower (Golspie, 9 de agosto de 1893 – Meopham, 21 de julho de 1930) foi uma aristocrata britânica conhecida por ter sido pretendente do futuro rei Eduardo VIII do Reino Unido.

Lady Rosemary Leveson-Gower em 1914

Morreu no acidente aéreo conhecido como o desastre aéreo de Meopham em 1930.

Primeiros anos

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Lady Rosemary Millicent Leveson-Gower foi a quarta e última filha do Duque de Sutherland e sua esposa Millicent St Clair-Erskine. Nascida na residência da Família, o Castelo Dunrobin, em 8 de agosto de 1893, a jovem lady estampou as colunas sociais desde muito jovem. Foi apresentada para a sociedade em um baile de debutantes em 1911, sendo cortejada por John Manners, Marquês de Granby. No início de 1913 eles ficaram noivos, mas ela rompeu o noivado enquanto se recuperava de uma apendicite no mesmo ano.[1]

Durante a Primeira Guerra Mundial foi enfermeira na França na unidade Voluntary Aid Detachment, VAD (Destacamento de Ajuda Voluntária).[2] Pelos seus enforços foi agaraciada com a Real Cruz Vermelha em 1919.[3]

Romance com o Príncipe de Gales

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O príncipe de Gales (centro) com lady Rosemary (direita) durante a guerra, 1917

Leveson-Gower e o futuro Eduardo VIII se conheciam desde a infância, pois os pais do príncipe, o rei Jorge V e a rainha Maria, eram frequentemente convidados do duque de Sutherland. Eles se reencontraram na França durante a guerra, quando o príncipe visitou o hospital para ver outra amiga, a cunhada de Rosemary, Eileen Sutherland-Leveson-Gower, duquesa de Sutherland. Em julho de 1917, o rei e a rainha acompanhados pelo príncipe visitaram o hospital e o príncipe e Rosemary recomeçaram a amizade. Nas semanas seguintes encontraram-se frequentemente e a relação só foi interrompida pela designação do príncipe para a Frente Italiana. Após seu retorno, ele e Rosemary continuaram a se encontrar. Nessa época, o príncipe pediu Rosemary em casamento e, embora ela inicialmente estivesse relutante em aceitar, ela o fez porque pensava "poderia fazer algo por ele".[4]

Como herdeiro do trono, o Príncipe precisava da permissão do rei para se casar, uma exigência do Royal Marriages Act 1772 (Lei de Casamentos Reais de 1772). Embora o rei e a rainha gostassem de Rosemary, eles vetaram o casamento.[5] A recusa baseou-se em dúvidas sobre a família materna da duquesa, a família St Clair-Erskine, mais especificamente em duas pessoas. A primeira era Daisy Greville, condessa de Warwick, tia-materna de Rosemary e outrota amante do defunto rei Eduardo VII, o pai do então rei Jorge V. Após a morte de seu pai, o rei Jorge teve que tomar medidas legais contra a condessa para impedir a publicação das cartas trocadas entre ela e Eduardo VII.[6] A outra pessoa era o tio de Rosemary, James St Clair-Erskine, conde de Rosslyn. O conde foi casado três vezes e era um jogador compulsivo e falido.[7] A monarquia considerou seus comportamentos falhos, e sua proximidade com Rosemary foi suficiente para que a permissão fosse negada.[8] Assim que Rosemary tomou conhecimento das opiniões do rei e da rainha, declarou que de fato ela nunca quis se casar com o príncipe de Gales.[9]

Posteriormente, lady Rosemary casou-se com William Ward, Visconde Ednam, com quem teve três filhos. Ela e o príncipe de Gales continuaram amigos e o príncipe foi o padrinho de batismo do filho mais velho de Rosemary.[10] Após sua morte em 1930, Thelma Furness, então amante do príncipe, lembrou que ao saber da morte de Rosemary, o príncipe chorou pela única vez que ela viu e que ficou muito chocado e chateado com a notícia.[11]

Em dezembro de 1929, o segundo filho do casal, Jeremy, morreu em um acidente de trânsito em Londres.[12] Após a morte de Jeremy, Rosemary e o marido passaram uma estadia prolongada em uma casa na França. Enquanto estava lá, o visconde contraiu febre tifóide e enquanto ainda se recuperava, a viscondessa precisou retornar a Londres para se encontrar com o arquiteto que projetava um jardim memorial para Jeremy.

Na segunda-feira do dia 21 de julho de 1930, ela reservou um voo de Le Touquet para Croydon. Todavia, um assento foi disponibilizado em um voo anterior e Rosemary aceitou. O vôo partiu com tempo bom, mas por volta das 14h30, com mau tempo sobre Kent, a cauda falhou, fazendo com que a aeronave parasse, o que por sua vez fez com que a asa de bombordo se rompesse e o avião caísse. Todos os passageiros caíram da aeronave pelo buraco criado pela quebra da asa. O corpo de Rosemary foi encontrado em uma campina. Um inquérito foi aberto em 23 de julho, onde Rosemary foi identificada por seu irmão George. Após as identificações formais, o inquérito foi adiado para a realização da investigação técnica do Ministério da Aeronáutica.[13] O inquérito foi retomado em 13 de agosto de 1930 e o júri deu o veredicto "de que as vítimas morreram ao cair de um avião, sendo desconhecida a causa do acidente".[14]

Um serviço memorial para a viscondessa foi realizado na Igreja de Santa Margarida de Westminster, em 25 de julho de 1930.[15] Seu funeral foi realizado em Himley Hall em 25 de julho de 1930 e ela foi enterrada ao lado de Jeremy.

Referências

  1. Trethewey, Rachel. Before Wallis: Edward VIII's other women (Kindle). The History Press, 2018, p. 588–599.
  2. "Tea Table Tale". Lurgan Times. No. 5365. 6 de março de 1915. p. 4 – via British Newspaper Archive.
  3. "No. 31370". The London Gazette. 3 de junho de 1919. p. 6840.
  4. Thornton, Michael. Royal feud : the Queen Mother and the Duchess of Windsor. M. Joseph, 1985, p. 46.
  5. Ziegler, Philip. King Edward VIII. Knopf, 1991, p. 94.
  6. Anand, Sushila. Daisy: the life and loves of the Countess of Warwick. Piatkus Books, 2009, p. 214
  7. Wainwright, Robert. Sheila:. Atlantic Books, 2017, p. 40
  8. Trethewey, Rachel. Before Wallis: Edward VIII's other women (Kindle). The History Press, 2018, p. 817
  9. Trethewey, Rachel. Before Wallis: Edward VIII's other women (Kindle). The History Press, 2018, p. 887
  10. Trethewey, Rachel. Before Wallis: Edward VIII's other women (Kindle). The History Press, 2018, p. 362
  11. Morton, Andrew. Wallis in love: the untold true passion of the Duchess of Windsor. 2018, p. 167
  12. "Lord & Lady Ednam's Son". Evening Sentinel. No. 20322. 10 de dezembro de 1929. p. 6 – via British Newspaper Archive.
  13. "The Kent Air Disaster". The Times. No. 45573. 24 de julho de 1930. p. 9.
  14. "Air Disaster Verdict". Dundee Courier. No. 24085. 14 de agosto de 1930. p. 3 – via British Newspaper Archive.
  15. "The Air Disaster". Edinburgh Evening News. No. 17878. 25 de julho de 1930. p. 11 – via British Newspaper Archive.
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