Sítio Arqueológico Lapa do Sol de Jequitaí

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Lapa do Sol de Jequitaí é um sítio arqueológico inserido no Curral de Pedras e localizado no município de Jequitaí no estado de Minas Gerais. Sua composição consiste em uma caverna calcária com dois condutos lineares paralelos que separam a Lapa do Sol I e II, ambos interconectados. Estima-se que existam mais de trezentas pinturas rupestres e seis gravuras picoteadas no local. [1]

Características[editar | editar código-fonte]

A região onde está localizado o sítio arqueológico foi constituída desde o Brasil colonial [2], durante a época eraum ponto de passagem e pouso para viajantes de outras localidades.

Diferente das condições físicas da região, marcada pela escassez de recursos, o sítio arqueológico se encontra em uma posição privilegiada por estar próximo a cursos d’água, o que evidencia ter sido uma área atrativa para as ocupações humanas. O Sítio Lapa do Sol de Jequitaí é localizado em uma região calcária marcada por ser uma área importante para o estudo arqueológico e geomorfológico, possui um considerável piso sedimentar e material lítico lascado nas áreas externas.

Arte Rupestre[editar | editar código-fonte]

Em um sentido geral, a arte rupestre é considerada o vestígio mais visível nos sítios daquela área, o que não seria diferente para o Lapa do Sol de Jequitaí. Pesquisas feitas no local evidenciaram a organização na distribuição dos grafismos, há predominância das cores amarela, vermelha, preta e branca. Nota-se que além dos grafismos antropomorfos e zoomorfos, há também a presença de figuras geométricas.[3]

A distribuição da arte rupestre segue o seguinte padrão: houve a preferência de paredes subverticais e os tetos para os registros, o tamanho das figuras variam de 20 cm e 1 metro . As figuras geométricas contam com figuras astronômicas, apresentando bicromia em sua composição. A presença de figuras pectiformes também é confirmada, sendo distribuídas isoladamente ou em conjuntos. É possível notar que as figuras antropomórficas e zoomórficas se concentram mais nos tetos.

Observa-se que a arte rupestre da Lapa do Sol I é apresentada em maior qualidade e quantidade que a da Lapa do Sol II.[4]

Referências

  1. https://institutopristino.org.br/3d-pristino/3d-arqueo-sitio-arqueologico-lapa-do-sol-de-jequitai/
  2. TOBIAS JR., Rogério. (2010) A arte rupestre de Jequitaí entre práticas gráficas “padronizadas” e suas manifestações locais: Intersecções Estilísticas no Sertão Mineiro. (Dissertação de mestrado). Belo Horizonte: FAFICH/ UFMG, 320 p., 2010.
  3. TOBIAS JR, Rogério. (2013). Arte Rupestre de Jequitaí/MG: Suas Relações Internas em Oposição ao Contexto Arqueológico do Centro Norte Mineiro. In: Revista Espinhaço | UFVJM, V.2, nº2, p. 132-146 ISSN 2317-0611. Disponível em: <http://www.revistaespinhaco.com/index.php/journal/article/view/26>
  4. BASSI, Luis Felipe. (2012). Tecnologia lítica: Análise diacrônica dos níveis mais antigos do sítio arqueológico Bibocas II, Jequitaí – MG. (Dissertação de mestrado). Belo Horizonte: FAFICH/UFMG, 279 p., 2012