Salvador Gonçalves

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Salvador Gonçalves
Tenente em Bureba e Arreba
Nome completo Salvador Gonçalves
Cônjuge Muniadona
Pai Gonzalo Garcia

Salvador Gonçalves (em castelhano: Salvador González; morto depois de 1080) foi um magnata castelhano, tenente na Bureba e possivelmente, descendente dos condes de Castela. Seus descendentes, os Salvadorez e despois os Manzanedo desempenharam um papel importante na história dos reinos de Castela e Leão.

Antepassados[editar | editar código-fonte]

Tradicionalmente, tem sido considerado que o Salvadores são os descendentes do conde Fernão Gonçalves. De acordo com a medievalista Margarita Torres, Salvador Gonçalves era o filho de Gonçalo Garcia, filho, do conde Garcia Fernandes e a condessa Ava Ribagorza.[1] O historiador Gonzalo Martínez Díez, no entanto, argumenta que com a documentação disponível, é impossível confirmar essa filiação.[2] Justo Pérez de Urbel em sua obra Sancho el Mayor de Navarra diz: "Em Castilla havia descendentes diretos de Fernão Gonçalves por linha masculina (...) e os Salvadores desceu do segundo casamento do grande conde".[3]

Biografia[editar | editar código-fonte]

Uma das galerias do claustro do Mosteiro de São Salvador de Oña onde foram enterrado vários membros da familia Salvadores.

Salvador Gonçalves, o primeiro membro da linhagem Salvadorez documentado,[4] foi tenênte na Bureba após a morte do conde Garcia Sanches, o filho do conde Sancho Garcia. Esta tenência foi posteriormente governada por vários de seus descendentes. Também figura em 1040 como tenente em Arreba perto do Valle de Manzanedo,[5] embora não tenha sido a primeira vez que aparece no documentos medievais já que em 1031, confirmou algumas doações para o rei Sancho Garcês III de Pamplona.[6] Embora não foi conde, figura na documentação com o apelativo "senior" como outros magnatas de sua época.[6]

A 31 de agosto, 1056, com seu filho Gonzalo confirmou uma doação do rei Fernando I de Leão para o mosteiro de São Salvador de Oña e continua aparecendo com freqüência no diplomas reais ou transações familiares pelo menos até março de 1080, provavelmente morrendo poco depois..

Matrimónio e descendência[editar | editar código-fonte]

Casou antes de 1042 com Muniadona, possivelmente irmã do Nuno, Fortun, Rodrigo e Diego Alvares, importantes magnatas que aparecem na documentação chamando-se “os castelanos”.[7][5] Deste casamento nasceram:

  • Gonçalo Salvadores[8][7]ou também (Gonzalo Salvadórez) (morto em Rueda de Jalón, 6 de Janeiro de 1083) conde em Lara, a Bureba, Tedeja, e outras localidades.
  • Alvar Salvadores[9] (morreu antes de julho 1087), esposo de Juliana, filha de Fortunio Alvares, com seu irmão Gonçalo comfirmou a carta de arras que O Cid entregou a sua esposa Jimena Diaz.[10]
  • Martim Salvadores[5]

Referências

  1. Torres Sevilla 1999, p. 395.
  2. Martínez Diez 2005, p. 552.
  3. Sagredo 1975, p. 91.
  4. Sánchez de Mora 2003, p. 45, Tomo I.
  5. a b c Estepa Díez 1998, p. 276, Tomo I.
  6. a b Sagredo 1975, p. 93.
  7. a b Balparda de las Herrerías 1933-34, p. 112-113.
  8. Sánchez de Mora 1998, p. 37.
  9. Sánchez de Mora 1998, p. 38.
  10. Sánchez de Mora 1998, p. 47, Tomo I.

Bibliografia[editar | editar código-fonte]