Sant'Angelo de Miccinellis

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Detalha do mapa de Giovanni Battista Falda (1676), no número 107.

Sant'Angelo de Miccinellis, também chamada Sant'Angelo de Reniczo[1] e San Giuliano in Banchi[2][3], era uma igreja de Roma localizada na Via dei Banchi Nuovi (nº 21), no rione Ponte. Era dedicada a São Miguel Arcanjo. Os epítetos "Miccinellis" e "Reniczo" são referências a famílias nobres que viviam na área[4][5][6].

História[editar | editar código-fonte]

Detalhe do Mapa de Nolli (1748), no número 578[6].

Esta igreja foi provavelmente construída no século XII e sua primeira menção documentada, sob o nome Sant'Angeli a Domo Egidii de Poco, aparece numa bula promulgada em 1186 pelo papa Urbano III. Esta bula lista, as igrejas subsidiárias da igreja paroquial de San Lorenzo in Damaso[1][4]. Em 1218, o papa Honório III Savelli (r. 1216-1227) a atribuiu à paróquia da vizinha igreja de Santi Celso e Giuliano[3], juntamente com San Pantaleo iuxta Flumen e San Salvatore de Inversis[1][7][3]. A igreja aparece também no Catalogo Parigino (c. 1230) como S. Angelus de Tenuco[8], no Catalogo di Torino (c. 1320) como Ecclesia Sancti Angeli[9] e o Catalogo del Signorili (c. 1425) como Sci. Angeli de Rinczo[10].

Em 1472, quando o edifício já estava bastante dilapidado, a estrutura foi entregue ao Collegio dei Cursori, Messi e Corrieri Pontifi. O papa Adriano VI (r. 1522-1523) restaurou a igreja e ela passou depois para a Confraternità di San Giuliano, que havia sido fundada na igreja de Santa Cecilia a Monte Giordano no início do século XVI. Antes do Jubileu de 1525, a confraternidade reformou a fachada da igreja. Entre 1818 e 1822, a igreja foi reconstruída em estilo neoclássico com base em desenhos do arquiteto Giuseppe Valadier[11][3]. Além do altar-mor, a igreja contava com dois altares laterais de cada lado da nave. Entre 1939 e 1940, a igreja foi demolida para permitir o loteamento da região[4][12][3].

Referências

  1. a b c Hülsen 1927 , p. 197
  2. Nibby 1838 , p.
  3. a b c d e «San Giuliano in Banchi» (em italiano). InfoRoma 
  4. a b c Lombardi 1998 , p. 169
  5. Pautrier 2013 , p. 45
  6. a b «Mapa da região (nº 578)» (em inglês). Mapa de Nolli (1748) 
  7. Marti 1997 , p. 22
  8. Hülsen, Christian. Le chiese di Roma nel medio evo. Il catalogo Parigino (circa il 1230) (em italiano). [S.l.: s.n.] 
  9. Hülsen, Christian. Le chiese di Roma nel medio evo. Il catalogo di Torino (circa il 1320) (em italiano). [S.l.: s.n.] 
  10. Hülsen, Christian. Le chiese di Roma nel medio evo. Il catalogo del Signorili (cr. 1425) (em italiano). [S.l.: s.n.] 
  11. Debenedetti 1985 , pp. 48-49
  12. Armellini, Cecchelli & Tacchi Venturi 1942 , p. 1316

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Armellini, Mariano (1891). Le chiese di Roma dal secolo IV al XIX (em italiano). Roma: Tipografia Vaticana. OCLC 9269651 
  • Armellini, Mariano; Cecchelli, Carlo; Tacchi Venturi, Pietro (1942). Le chiese di Roma dal secolo IV al XIX (em italiano). Roma: Edizioni R.O.R.E. di N. Ruffolo. OCLC 2997278 
  • Debenedetti, Elisa (1985). Valadier: segno e architettura: calcografia, 15 novembre 1985/15 gennaio 1986: catalogo (em italiano). Roma: Multigrafica. ISBN 88-7597-007-6 
  • Hülsen, Christian (1927). Le chiese di Roma nel medio evo (em italiano). Firenze: Leo S. Olschki. OCLC 3696954 
  • Lombardi, Ferruccio (1998). Roma: le chiese scomparse: la memoria storica della città (em italiano) 2 ed. Roma: Fratelli Palombi Editori. ISBN 88-7621-069-5. OCLC 41949329 
  • Marti, Licia (dezembro de 1997). «Santi Celso e Giuliano». Roma: Cosmofilm. Roma Sacra: guida alle chiese della città eterna (em italiano) (11): 22–25. ISSN 1126-6546 
  • Nibby, Antonio (1838). Roma nell'anno MDCCCXXXVIII (em italiano). Roma: Tipografia delle Belle Arti. OCLC 4147982 
  • Pautrier, Massimo (2013). I Santi delle Chiese medievali di Roma (IV–XIV secolo) (em italiano). Roma: [s.n.] ISBN 978-1-291-37077-5 
  • Pratesi, Ludovico (1995). Il rione Ponte (em italiano). Roma: Newton Compton editori. ISBN 88-7983-509-2