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Santana das Palmeiras: diferenças entre revisões

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'''Santana das Palmeiras''' foi uma próspera [[freguesia]] do [[século XIX]] que se localizava na serra do [[Tinguá]]. Atualmente as suas ruínas encontram-se dentro da [[Reserva Biológica Federal do Tinguá]] em local de acesso proibido para visitantes. O local é conhecido como a "''[[Machu Picchu]]''" do Iguaçu<ref name="menezes"> [http://paroquianossasenhoradaconceicaotingua.blogspot.com/2008/04/freguesia-de-santanna-das-palmeiras.html MENEZES, Antônio Lacerda. Blog da Paróquia de Nossa Senhora da Conceição do Tinguá] citando Jornal Caminhando - Informativo da Diocese de [[Nova Iguaçu]], ano XVIII, n<sup>o</sup> 142, julho/2002, pg. 14.</ref>.
'''Santana das Palmeiras''' foi uma próspera [[freguesia]] do [[século XIX]] que se localizava na serra do [[Tinguá]]. Atualmente as suas ruínas encontram-se dentro da [[Reserva Biológica Federal do Tinguá]] em local de acesso proibido para visitantes. O local é conhecido como a "''[[Machu Picchu]]''" do Iguaçu<ref name="menezes"> [http://paroquianossasenhoradaconceicaotingua.blogspot.com/2008/04/freguesia-de-santanna-das-palmeiras.html MENEZES, Antônio Lacerda. Blog da Paróquia de Nossa Senhora da Conceição do Tinguá] citando Jornal Caminhando - Informativo da Diocese de [[Nova Iguaçu]], ano XVIII, n<sup>o</sup> 142, julho/2002, pg. 14.</ref>.


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A Real Junta Imperial sugeriu em [[1811]] a abertura de um caminho através da mata que melhorasse o o trajeto das tropas de mulas entre o [[Rio de Janeiro (cidade)|porto do Rio de Janeiro]] com as [[Minas Gerais]] e, também, com [[Goiás]] que na época produzia muito ouro. Assim foi aberto o "Caminho do Comércio" que saia da vila de Nossa Senhora da Piedade do Iguaçu (hoje em [[Nova Iguaçu]]), cortava a atual [[Reserva Biológica Federal do Tinguá]] subindo as serras, passava pelo arraiais da Estiva (hoje município de [[Miguel Pereira]], Arcádia e Vera Cruz<ref name="souza2">CORREIO DA LAVOURA. ''Reserva Biológica do Tinguá – o maior tesouro de Nova Iguaçu''. Rio de Janeiro: Correio da Lavoura, 2001. parte 09. ''apud'' [http://www.ence.ibge.gov.br/pos_graduacao/mestrado/dissertacoes/pdf/2003/joelma_cavalcante_de_souza_TC.pdf SOUZA, ''Joelma Cavalcante. Reserva Biológica do Tinguá, RJ - Discutindo o processo de co-gestão a partir de uma iniciativa local'', p. 83. Teste de Mestrado em Estudos Sociais e Pesquisas Populacionais, Produção e Análise de Informação Geográfica. IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística; ENCE - Escola Nacional de Ciências Estatísticas. 2003]</ref> e chegava em Ubá (atual Andrade Pinto, distrito de [[Vassouras]]) e Comércio (atual Salvador Lacerda, distrito de [[Vassouras]]).
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Nas margens do "Caminho do Comércio", surgiu o arraial de Palmeiras que, em 06 de outubro de [[1855]]<ref group=nota>Chamado erroneamente colocado como 1885 em [http://www.ence.ibge.gov.br/pos_graduacao/mestrado/dissertacoes/pdf/2003/joelma_cavalcante_de_souza_TC.pdf SOUZA, ''Joelma Cavalcante. Reserva Biológica do Tinguá, RJ - Discutindo o processo de co-gestão a partir de uma iniciativa local'', p. 83. Teste de Mestrado em Estudos Sociais e Pesquisas Populacionais, Produção e Análise de Informação Geográfica. IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística; ENCE - Escola Nacional de Ciências Estatísticas. 2003]</ref>, foi elevado a freguesia de Santana das Palmeiras como parte da vila de [[Nova Iguaçu|Nossa Senhora da Piedade do Iguaçu]]<ref name="souza">SARACURA, Valéria Fernanda. ''Reserva Biológica do Tinguá''. Brasília [[IBAMA]]-DIREC, 1995; p. 32. ''apud'' [http://www.ence.ibge.gov.br/pos_graduacao/mestrado/dissertacoes/pdf/2003/joelma_cavalcante_de_souza_TC.pdf SOUZA, ''Joelma Cavalcante. Reserva Biológica do Tinguá, RJ - Discutindo o processo de co-gestão a partir de uma iniciativa local''. Teste de Mestrado em Estudos Sociais e Pesquisas Populacionais, Produção e Análise de Informação Geográfica. IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística; ENCE - Escola Nacional de Ciências Estatísticas. 2003. p. 83]</ref>.
Nas margens do "Caminho do Comércio", surgiu o arraial de Palmeiras que, em 06 de outubro de [[1855]]<ref group=nota>Erroneamente citado como 1885 em [http://www.ence.ibge.gov.br/pos_graduacao/mestrado/dissertacoes/pdf/2003/joelma_cavalcante_de_souza_TC.pdf SOUZA, ''Joelma Cavalcante. Reserva Biológica do Tinguá, RJ - Discutindo o processo de co-gestão a partir de uma iniciativa local'', p.86.]</ref>, foi elevado a freguesia de Santana das Palmeiras como parte da vila de [[Nova Iguaçu|Nossa Senhora da Piedade do Iguaçu]]<ref name="souza">SARACURA, Valéria Fernanda. ''Reserva Biológica do Tinguá''. Brasília [[IBAMA]]-DIREC, 1995; p. 32. ''apud'' [http://www.ence.ibge.gov.br/pos_graduacao/mestrado/dissertacoes/pdf/2003/joelma_cavalcante_de_souza_TC.pdf idem SOUZA, ''Joelma Cavalcante''. p. 86]</ref>.


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O Caminho do Comércio foi reconstruído em [[1842]] pelo coronel do Imperial Corpo de Engenheiros Conrado Jacob de Niemeyer<ref group=nota>Chamado erroneamente de Jacob Koeler em [http://www.ence.ibge.gov.br/pos_graduacao/mestrado/dissertacoes/pdf/2003/joelma_cavalcante_de_souza_TC.pdf SOUZA, ''Joelma Cavalcante. Reserva Biológica do Tinguá, RJ - Discutindo o processo de co-gestão a partir de uma iniciativa local'', p.84]</ref> com a colocação de calçamento de pedras, retificação de trechos, construção de pontilhões e extensos muros de arrimo para contenção de encostas<ref name="souza2"/>. A freguesia de Santana de Palmeiras prosperou com o aumento de tráfego comercial.


A decadência da freguesia ocorreu com a degradação ecológica da região que causou o assoreamento de rios e a formação de pãntanos infestados de mosquitos que propagavam doenças. O despovoamento final veio com a construção das ferrovias Barão de Mauá e D Pedro II que mudaram as rotas de comércio com o interior<ref name="souza"/>.
A decadência da freguesia ocorreu com a degradação ecológica da região que causou o assoreamento de rios e a formação de pãntanos infestados de mosquitos que propagavam doenças. O despovoamento final veio com a construção das ferrovias Barão de Mauá e D Pedro II que mudaram as rotas de comércio com o interior<ref name="souza"/>.

Revisão das 15h46min de 9 de novembro de 2008

Santana das Palmeiras foi uma próspera freguesia do século XIX que se localizava na serra do Tinguá. Atualmente as suas ruínas encontram-se dentro da Reserva Biológica Federal do Tinguá em local de acesso proibido para visitantes. O local é conhecido como a "Machu Picchu" do Iguaçu[1].

Ficheiro:Santana das Palmeiras - ruínas 3.jpg
Ruínas da freguesia de Santana das Palmeiras dentro da Reserva Biológica Federal do Tinguá
Ficheiro:Santana das Palmeiras - ruínas 1.jpg
Ruínas da freguesia de Santana das Palmeiras dentro da Reserva Biológica Federal do Tinguá
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A Real Junta Imperial sugeriu em 1811 a abertura de um caminho através da mata que melhorasse o o trajeto das tropas de mulas entre o porto do Rio de Janeiro com as Minas Gerais e, também, com Goiás que na época produzia muito ouro. Assim foi aberto o "Caminho do Comércio" que saia da vila de Nossa Senhora da Piedade do Iguaçu (hoje em Nova Iguaçu), cortava a atual Reserva Biológica Federal do Tinguá subindo as serras, passava pelo arraiais da Estiva (hoje município de Miguel Pereira, Arcádia e Vera Cruz[2] e chegava em Ubá (atual Andrade Pinto, distrito de Vassouras) e Comércio (atual Salvador Lacerda, distrito de Vassouras).

Nas margens do "Caminho do Comércio", surgiu o arraial de Palmeiras que, em 06 de outubro de 1855[nota 1], foi elevado a freguesia de Santana das Palmeiras como parte da vila de Nossa Senhora da Piedade do Iguaçu[3].

O Caminho do Comércio foi reconstruído em 1842 pelo coronel do Imperial Corpo de Engenheiros Conrado Jacob de Niemeyer[nota 2] com a colocação de calçamento de pedras, retificação de trechos, construção de pontilhões e extensos muros de arrimo para contenção de encostas[2]. A freguesia de Santana de Palmeiras prosperou com o aumento de tráfego comercial.

A decadência da freguesia ocorreu com a degradação ecológica da região que causou o assoreamento de rios e a formação de pãntanos infestados de mosquitos que propagavam doenças. O despovoamento final veio com a construção das ferrovias Barão de Mauá e D Pedro II que mudaram as rotas de comércio com o interior[3].

No local existem as ruínas de construções do século XIX como a antiga catedral e os cemitérios dos homens brancos e dos escravos[3].

O local é conhecido como a "Machu Picchu" do Iguaçu[1]

Notas

Referências

  1. a b MENEZES, Antônio Lacerda. Blog da Paróquia de Nossa Senhora da Conceição do Tinguá citando Jornal Caminhando - Informativo da Diocese de Nova Iguaçu, ano XVIII, no 142, julho/2002, pg. 14.
  2. a b CORREIO DA LAVOURA. Reserva Biológica do Tinguá – o maior tesouro de Nova Iguaçu. Rio de Janeiro: Correio da Lavoura, 2001. parte 09. apud SOUZA, Joelma Cavalcante. Reserva Biológica do Tinguá, RJ - Discutindo o processo de co-gestão a partir de uma iniciativa local, p. 84. Teste de Mestrado em Estudos Sociais e Pesquisas Populacionais, Produção e Análise de Informação Geográfica. IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística; ENCE - Escola Nacional de Ciências Estatísticas. 2003
  3. a b c SARACURA, Valéria Fernanda. Reserva Biológica do Tinguá. Brasília IBAMA-DIREC, 1995; p. 32. apud idem SOUZA, Joelma Cavalcante. p. 86

Ver também