Serafina Dávalos
| Serafina Dávalos | |
|---|---|
| Nome completo | Serafina Dávalos Alfonze |
| Conhecido(a) por | Ser a primeira mulher advogada de seu país |
| Nascimento | 9 setembro 1883 Ajos (atualmente Coronel Oviedo), Paraguai |
| Morte | 27 de setembro de 1957 (74 anos) Paraguai |
Serafina Dávalos Alfonze (9 de setembro de 1883 – 27 de setembro de 1957) foi a primeira mulher advogada no Paraguai, e a primeira feminista proeminente do país.[1][2]
Início de vida[editar | editar código-fonte]
Dávalos nasceu na cidade paraguaia de Ajo, atualmente parte de Coronel Oviedo.[1] Seus pais eram Gaspar Dávalos e Teresa Alfonze.[3]
Carreira[editar | editar código-fonte]
Dávalos graduou-se em Direito pela Universidade Nacional de Assunção (tornando-se a primeira graduada mulher da instituição) em 1907. Ela apresentou a controversa tese "Humanismo e Feminismo", em que questionou a submissão das mulheres, defendeu a educação das mulheres e a melhoria de sua situação no casamento.[1][4] Também fundou com Virgínia Corvalán e outras pessoas o Movimento Feminista por Assunção (em 1919), o Centro Feminista Paraguaio, a União Feminina do Paraguai, e a Liga Paraguaia para os Direitos das Mulheres. Em 1904, fundou, juntamente com outras vinte mulheres, o Comitê de Mulheres para a Paz.[1]
Em 1904, Dávalos começou a trabalhar como professora no Colégio Nacional da Capital; ela fundou (possivelmente com outras pessoas) a Escola Mercantil para Meninas (uma escola de negócios), em 1905.[5][1] No primeiro Congresso da Internacional Feminista em 1910, na Argentina, Dávalos foi a delegada oficial do Paraguai, sendo nomeada como membro do Comitê Executivo da organização Federação Pan-Americana de Mulheres.[5] Mais tarde, foi selecionada como Presidente de honra do Conselho Nacional de Mulheres do Paraguai.[5]
Em 1936, Dávalos foi a cônsul para a União Feminina do Paraguai (UFP). Em 1952, participou da Liga Paraguaia para os Direitos das Mulheres.[1]
Vida pessoal[editar | editar código-fonte]
Embora não tenha se casado, Dávalos viveu com sua companheira Honoria Ballirán.[6]
Legado[editar | editar código-fonte]
Em 1998, muito tempo depois de sua morte, Dávalos tornou-se a primeira mulher a aparecer em um carimbo postal do Paraguai. Na época, a agência de correios do país emitiu selos que referiam-se a ela como "A Primeira mulher Advogada e Feminista do Paraguai (1883-1957)."[1] Há também uma rua com seu nome, no centro administrativo de Coronel Oviedo, a cidade onde ela nasceu.[1]
Referências
- ↑ a b c d e f g h Burgui Jurio, Teresa. «Serafina Dávalos». 1325 Mujeres Tejiendo La Paz. Consultado em 29 de outubro de 2013
- ↑ «Famous Paraguayans». World Atlas. Consultado em 29 de outubro de 2013
- ↑ «Biografías » Serafina Dávalos» (em espanhol). Ministry of Education and Science of Paraguay. Consultado em 30 de maio de 2017
- ↑ Clough-Riquelme, Jane (2007). Gender, Citizenship, and Local Democracy in Paraguay. New York: ProQuest. Consultado em 29 de outubro de 2013
- ↑ a b c Parker, William Belmont, ed. (1921). Paraguayans of To-day. [S.l.]: Hispanic Society of America. Consultado em 29 de outubro de 2013
- ↑ Posa Guinea, Rosa M. (22 de julho de 2010). «Same-Sex Marriage in Argentina – A Reflection on the Institution of Marriage». OutRight Action International. Consultado em 11 de fevereiro de 2017
