Sicião

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Sicião (no norte da região amarela)
Ruínas do antigo teatro de Sicião

Sicião ou Sícion (em grego: Σικυών) é uma antiga cidade da Grécia, localizada no Peloponeso.

Mitologia[editar | editar código-fonte]

Na mitologia grega, vários personagens e mitos estão associados a Sicião. Dentre seus reis pode-se citar Epopeu e Adrasto.

A mitologia começa com Egialeu, seu primeiro habitante, que fundou a cidade de Egialeia.[1] Mais tarde, a cidade foi chamada de Meconê.[2]

Reis de Sicião[editar | editar código-fonte]

A lista dos reis de Sicião é a mais antiga constante nas cronologias de Eusébio de Cesareia[3] e Jerônimo de Estridão. Eusébio diz que existe muita divergência entre os autores da sua época, e baseia sua lista no trabalho (perdido) de Castor de Rodes (Castor, o Analista).[3]

Praticamente a mesma lista é mencionados por Pausânias, mas sobre eles existe pouca informação: os doze reis entre Ápis e Epopeu não fizeram guerras, nem nada de memorável.[4] Newton propôs que esta lista de doze reis, reinando por um total de quinhentos de doze anos (uma média improvavelmente alta de quarenta e três anos por rei) foi uma invenção posterior.[4]

Conforme Jerônimo, com datas calculadas por ele, os reis são:[5]

Neste ponto existe divergência entre Pausânias e Jerônimo. Em Jerônimo, os reis são:

Em Pausânias, Ortópolis é sucedido por seu neto Coronus, pai de Córax e Laomedonte.[9] As duas listas voltam a concordar a partir de Córax.

Neste ponto há divergência entre Jerônimo e Pausânias. Em Jerônimo, os reis são:

Em Pausânias, os reis são:

Segundo Castor de Rodes, a partir de Zeuxipo, Sicião se tornou uma teocracia, sendo governada pelos sacerdotes de Apolo.[6] Segundo Pausânias, o sucessor de Zeuxipo foi Hipólito, filho de Rhopalus, filho de Festo; mas Sicião foi conquistada por Agamemnon e se sujeitou a Micenas.[11] O filho de Hipólito, Lacestades, foi surpreendido à noite pelo ataque de Phalces, filho de Temeno, que, pelo fato de Lacestades ser um heráclida, dividiu o reino com ele; a partir deste ponto Sicião se torna uma cidade dória, e parte do território de Argos.[11]

História[editar | editar código-fonte]

A partir da conquista dória, Sicião foi se tornando uma cidade cada vez mais fraca.[11]

Sicião foi governada na maior parte por tiranos, mas eles eram homens razoáveis.[2]

A cidade fundada por Egialeu na planície foi destruída, em tempos históricos, por Demétrio I da Macedónia, filho de Antígono, que refundou Sicião onde havia a cidadela antiga,[11][2] e fez da antiga cidade o porto.[2]

Um dos personagens mais importantes foi Arato de Sicião, que além de libertar a cidade ainda governou sobre a Liga Aqueia, incorporando a ela sua cidade nativa e várias cidades vizinhas.[2]

Referências

  1. Pausânias (geógrafo), Descrição da Grécia, 2.5.6, "Sycion, Mythical History"
  2. a b c d e Estrabão, Geografia, Livro VIII, Capítulo 6, 25
  3. a b Eusébio de Cesareia, Crônicas, 62
  4. a b Isaac Newton, The Chronology of Ancient Kingdoms, Chapter 1: Of the Chronology of the First Ages of the Greeks, 170
  5. As referências para os reis e as datas do reinado, quando nada estiver indicado, são do Chronicon
  6. a b c Eusébio de Cesareia, Crônicas, 63
  7. Pausânias (geógrafo), Descrição da Grécia, 2.5.7
  8. Pausânias (geógrafo), Descrição da Grécia, 2.5.8
  9. Pausânias (geógrafo), Descrição da Grécia, 2.6.1
  10. a b c Pausânias (geógrafo), Descrição da Grécia, 2.6.6
  11. a b c d e Pausânias (geógrafo), Descrição da Grécia, 2.6.7
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