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== Ataque ==
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O Stuxnet foi o primeiro worm de computador a incluir um [[rootkit]] de CLP.<ref>[http://www.virusbtn.com/conference/vb2010/abstracts/LastMinute7.xml Last-minute paper: An indepth look into Stuxnet.] Virus Bulletin. 9-2010.</ref> Também é o primeiro worm conhecido a ter como alvo infraestrutura industrial crítica.<ref>[http://www.bbc.co.uk/news/world-middle-east-11414483 Stuxnet worm hits Iran nuclear plant staff computers.] [[BBC]]. 26-9-2010.</ref> Ainda, o alvo provável do worm foi a infraestrutura do [[Irã]] que utiliza o sistema de controle da [[Siemens]].<ref>[http://www.bbc.co.uk/news/technology-11388018 Stuxnet worm 'targeted high-value Iranian assets'.] [[BBC]]. 23-9-2010.</ref><ref>[http://www.telegraph.co.uk/technology/news/8021102/Stuxnet-virus-worm-could-be-aimed-at-high-profile-Iranian-targets.html Stuxnet virus: worm 'could be aimed at high-profile Iranian targets’.] [[The Daily Telegraph]]. 23-9-2010.</ref> De acordo com jornais, a infestação do worm pode ter danificado as instalações nucleares iranianas de Natanz<ref>[http://www.nytimes.com/2010/09/30/world/middleeast/30worm.html In a Computer Worm, a Possible Biblical Clue.] [[New York Times]]. 29-9-2010.</ref> e acabou atrasando o início da produção da usina de Bushehr. A Siemens, inicialmente, declarou que o worm não causou nenhum dano.<ref>[http://www.computerworld.com/s/article/9185419/Siemens_Stuxnet_worm_hit_industrial_systems?taxonomyId=142&pageNumber=1 Siemens: Stuxnet worm hit industrial systems.] ComputerWorld. 14-9-2010.</ref> Além do Irão, também foram afetados pelo worm [[Indonésia]], [[Estados Unidos]], [[Austrália]], [[Inglaterra]], [[Malásia]], e [[Paquistão]].<ref>[http://uk.reuters.com/article/idUKTRE68N3PT20100924 What is Stuxnet?] [[BBC]]. 24-9-2010.</ref> Como a usina não tem computadores conectados à [[Internet]], a infecção deve ter ocorrido quando um dispositivo com o vírus foi conectado aos computadores da usina.
O Stuxnet foi o primeiro worm de computador a incluir um [[rootkit]] de CLP.<ref>[http://www.virusbtn.com/conference/vb2010/abstracts/LastMinute7.xml Last-minute paper: An indepth look into Stuxnet.] Virus Bulletin. 9-2010.</ref> Também é o primeiro worm conhecido a ter como alvo infraestrutura industrial crítica.<ref>[http://www.bbc.co.uk/news/world-middle-east-11414483 Stuxnet worm hits Iran nuclear plant staff computers.] [[BBC]]. 26-9-2010.</ref> Ainda, o alvo provável do worm foi a infraestrutura do [[Irã]] que utiliza o sistema de controle da [[Siemens]].<ref>[http://www.bbc.co.uk/news/technology-11388018 Stuxnet worm 'targeted high-value Iranian assets'.] [[BBC]]. 23-9-2010.</ref><ref>[http://www.telegraph.co.uk/technology/news/8021102/Stuxnet-virus-worm-could-be-aimed-at-high-profile-Iranian-targets.html Stuxnet virus: worm 'could be aimed at high-profile Iranian targets’.] [[The Daily Telegraph]]. 23-9-2010.</ref> De acordo com jornais, a infestação do worm pode ter danificado as instalações nucleares iranianas de Natanz<ref>[http://www.nytimes.com/2010/09/30/world/middleeast/30worm.html In a Computer Worm, a Possible Biblical Clue.] [[New York Times]]. 29-9-2010.</ref> e acabou atrasando o início da produção da usina de Bushehr. A Siemens, inicialmente, declarou que o worm não causou nenhum dano.<ref>[http://www.computerworld.com/s/article/9185419/Siemens_Stuxnet_worm_hit_industrial_systems?taxonomyId=142&pageNumber=1 Siemens: Stuxnet worm hit industrial systems.] ComputerWorld. 14-9-2010.</ref> Além do Irã, também foram afetados pelo worm [[Indonésia]], [[Estados Unidos]], [[Austrália]], [[Inglaterra]], [[Malásia]], e [[Paquistão]].<ref>[http://uk.reuters.com/article/idUKTRE68N3PT20100924 What is Stuxnet?] [[BBC]]. 24-9-2010.</ref> Como a usina não tem computadores conectados à [[Internet]], a infecção deve ter ocorrido quando um dispositivo com o vírus foi conectado aos computadores da usina.


No complexo de Dimona, no deserto de Negev, em Israel, funcionavam centrífugas nucleares virtualmente idênticas às localizadas em Natanz, o que permitiu testar o Stuxnet em condições muito próximas das reais, antes de desfechar o ataque real. O worm tinha duas funções. A primeira delas era fazer com que as centrífugas iranianas começassem a girar 40% mais rapidamente por quinze minutos, o que causava rachaduras nas centrífugas de alumínio. A segunda forma inicialmente gravava dados telemétricos de uma típica operação normal das centrífugas nucleares, sem que o alarme soasse, para depois reproduzir esse registro para os operadores dos equipamentos enquanto as máquinas, na verdade, as centrífugas estavam literalmente se destruindo sob a ação do Stuxnet sem que os funcionários soubessem. <ref>[http://www.nytimes.com/2011/01/16/world/middleeast/16stuxnet.html Israel Tests on Worm Called Crucial in Iran Nuclear Delay] [[New York Times]]. 15-01-2011. </ref>
No complexo de Dimona, no deserto de Negev, em Israel, funcionavam centrífugas nucleares virtualmente idênticas às localizadas em Natanz, o que permitiu testar o Stuxnet em condições muito próximas das reais, antes de desfechar o ataque real. O worm tinha duas funções. A primeira delas era fazer com que as centrífugas iranianas começassem a girar 40% mais rapidamente por quinze minutos, o que causava rachaduras nas centrífugas de alumínio. A segunda forma inicialmente gravava dados telemétricos de uma típica operação normal das centrífugas nucleares, sem que o alarme soasse, para depois reproduzir esse registro para os operadores dos equipamentos enquanto as máquinas, na verdade, as centrífugas estavam literalmente se destruindo sob a ação do Stuxnet sem que os funcionários soubessem. <ref>[http://www.nytimes.com/2011/01/16/world/middleeast/16stuxnet.html Israel Tests on Worm Called Crucial in Iran Nuclear Delay] [[New York Times]]. 15-01-2011. </ref>
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{{quote2|Eles fizeram algo mau. Felizmente, nossos especialistas descobriram e agora eles não poderão mais agir.|[[Mahmoud Ahmadinejad]]}}<ref>http://idgnow.uol.com.br/seguranca/2010/11/30/reator-nuclear-do-ira-foi-atingido-pelo-worm-stuxnet-afirma-reuters/</ref>
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== Investigações sobre o ataque ==
== Investigações sobre o ataque ==

Revisão das 19h09min de 28 de outubro de 2013

Stuxnet é um worm de computador projetado especificamente para atacar o sistema operacional SCADA, desenvolvido pela Siemens para controlar as centrífugas de enriquecimento de urânio iranianas. Foi descoberto em junho de 2010 pela empresa bielorrussa desenvolvedora de antivírus Kaspersky. É o primeiro worm descoberto que espiona e reprograma sistemas industriais.[1] Ele foi especificamente escrito para atacar o sistema de controle industrial SCADA, usado para controlar e monitorar processos industriais.[2] O Stuxnet é capaz de reprogramar CLPs e esconder as mudanças.[3] O vírus pode estar camuflado em mais de 100 mil computadores, porém, para sistemas operacionais domésticos como o Windows e Mac OS X, o worm é inofensivo, só funciona efetivamente nas centrífugas de enriquecimento de urânio iranianas, já que cada usina possui sua própria configuração do sistema SCADA.

Origem do Stuxnet

A origem do worm Stuxnet é desconhecida, sabe-se que provavelmente tenha sido desenvolvido a mando de um país (Estados Unidos ou Israel), teoria defendida por Mikka Hypponen, não sendo possível o seu desenvolvimento por usuários domésticos e necessitando-se de informações detalhadas e de difícil acesso sobre o funcionamento da usina.[4]

Ataque

O Stuxnet foi o primeiro worm de computador a incluir um rootkit de CLP.[5] Também é o primeiro worm conhecido a ter como alvo infraestrutura industrial crítica.[6] Ainda, o alvo provável do worm foi a infraestrutura do Irã que utiliza o sistema de controle da Siemens.[7][8] De acordo com jornais, a infestação do worm pode ter danificado as instalações nucleares iranianas de Natanz[9] e acabou atrasando o início da produção da usina de Bushehr. A Siemens, inicialmente, declarou que o worm não causou nenhum dano.[10] Além do Irã, também foram afetados pelo worm Indonésia, Estados Unidos, Austrália, Inglaterra, Malásia, e Paquistão.[11] Como a usina não tem computadores conectados à Internet, a infecção deve ter ocorrido quando um dispositivo com o vírus foi conectado aos computadores da usina.

No complexo de Dimona, no deserto de Negev, em Israel, funcionavam centrífugas nucleares virtualmente idênticas às localizadas em Natanz, o que permitiu testar o Stuxnet em condições muito próximas das reais, antes de desfechar o ataque real. O worm tinha duas funções. A primeira delas era fazer com que as centrífugas iranianas começassem a girar 40% mais rapidamente por quinze minutos, o que causava rachaduras nas centrífugas de alumínio. A segunda forma inicialmente gravava dados telemétricos de uma típica operação normal das centrífugas nucleares, sem que o alarme soasse, para depois reproduzir esse registro para os operadores dos equipamentos enquanto as máquinas, na verdade, as centrífugas estavam literalmente se destruindo sob a ação do Stuxnet sem que os funcionários soubessem. [12]

A empresa russa desenvolvedora de antivírus Kaspersky Lab lançou um comunicado descrevendo o Stuxnet:[13]

A Kaspersky Lab não se refere a uma corrida armamentista com armas físicas, mas sim com armas virtuais, esses fatos podem ser chamados de ciberguerra.

[14]

Investigações sobre o ataque

Kevin Hogan, diretor sênior do setor de resposta a ataques da Symantec observou que 60% dos computadores infectados no mundo estavam no Irã, mais de 60.000[15],[16] isso pode ser explicado pelo fato da usina não ser conectada à Internet, o ataque foi direcionado para que um funcionário da usina fosse infectado. A Kaspersky Lab concluiu que o worm fora desenvolvido pelo governo de um país.[17][18] O governo iraniano declarou em novembro de 2010 que algumas centrífugas haviam sido danificadas e que o vírus infectou apenas computadores pessoais da usina. Esse ataque, juntamente com outros ataques do mesmo gênero, pode ser considerado o início de uma ciberguerra, que poderia tornar-se uma preocupação para governos de todo o mundo.

Ver também

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Referências