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Resumo por Jo Lorib

Muito muito muito mais longo

Teuto-brasileiro (discussãocontribs)

Em finais dos anos 1940 e princípios dos anos 1950, o usuário vivia numa casa à Rua das Gaivotas, então bairro de Indianópolis, São Paulo. A rua das gaivotas naquela época ainda não era pavimentada, tão pouco havia prédios altos. A sua pavimentação só ocorreu por volta de 1952/1953. Considerando uma hipotética numeração actual, com os números que podem variar entre 500 a 1500, a rua então nesse troço tinha um declive bastante acentuado. O leito da via pública era de terra batida, mas bastante firme. A garotada residente então nesse “troço” divertia-se imenso com os seus “carrinhos de rolemãs”. Ninguém dizia “rolimã”, visto que a maioria dos garotos já sabia ler e escrever ou já tinha a escolaridade suficiente, além disso havia muitos garotos de origem estrangeira ou eles próprios eram estrangeiros: alemães, espanhóis, franceses, italianos. Muitos, entre estes, sabiam que “rolemã” era uma forma aportuguesada do termo francês “roulement”, redução da forma francesa “roulement à billes” (rolamento de esferas), caso contrário eles nunca poderiam requisitar algures os tais rolamentos de esferas “usados” para construir os seus próprios carrinhos.

Tendo em conta essa necessidade de conhecimento prévio quanto ao nome do componente, verifica-se que a forma “rolimã é imprópria nesse contexto por se tratar de uma corruptela [http://portuguessemtruques.blogspot.com/2014/05/carrinho-de-rolema-ou-de-rolima.html] do estrangeirismo “rolemã” aportuguesado do francês “roulement” que se reduzia a escrito então em português brasileiro com a forma ortográfica: “rolemã”.

A reforma ortográfica preconizada pelo Acordo Ortográfico de 1990 não se sobrepõe para impor o uso de “corruptelas” do tipo “rolimã” em lugar de uma forma aportuguesada já consagrada pelo uso na linguagem corrente do português brasileiro. A corruptela “rolimã” deve ser eliminada, porque é uma forma errada de se pronunciar e escrever o estrangeirismo “rolemã” e o seu emprego só se faz ao gosto do falante para a sua satisfação pessoal de mera eufonia. Em lugar da corruptela deve entrar o termo “rolamento”, como consta da locução alternativa “carrinho de rolamentos” no respectivo artigo da wikipedia. Acresce ainda que, com tantos materiais e meios construtivos à disposição, a garotada de hoje já não constrói carrinhos tão rudimentares em que se precise utilizar rolamentos “usados”. E além disso, a corruptela “rolimã” nunca foi usada em Portugal e só se usa no Brasil em meios restritos devido à eufonia por gostos pessoais, logo deve ser eliminada.

Ainda há que se ter em conta que o “carrinho de rolamentos”, brinquedo rudimentar construído pela garotada de antigamente, nada tem a ver com os artefactos de corrida actuais que empregam a gravidade para a sua deslocação e são designados: Seifekiste (em alemão); gravity racer/soapbox (em inglês); goitebera (em espanhol, do basco); caísse à savon (em francês); e outros. O artigo da wikipedia “carrinho de rolamentos” erra quando faz essa ligação. Tanto é assim que o gravity racer também existe nos desportos de inverno só que ele se desloca sobre gelo.

A falta de ligação ou similaridade entre o gravity racer/soapbox com o brinquedo chamado “carrinho de rolamentos” que se usava antigamente no Brasil é demonstrada pelo facto de não existir entre os elementos que compõem o nome em inglês “gravity racer/soapbox” ou em outras línguas, qualquer inclusão do estrangeirismo “rolemã”, tirado do francês “roulement” em que se empregue um nome equivalente em tradução, como por exemplo: em alemão, Kugellager (n); em inglês, ball-bearing; em francês, além do conhecido, roulement (m) à billes, também palier (m) à billes; em italiano, cuscinetto (m) a sfere; em espanhol: cojinete (m) de bolas, rodamiento (m) de bolas, e ainda a forma do castelhano latino-americano, rulemán (m).

@Teuto-brasileiro

O revolucionário aliado (discussãocontribs)

Novamente, seus texto afirmativos são longos e complicados. Mesma situação no sanduíche, no hamburguer. Será que não seria melhor ser simples e direto?

Teuto-brasileiro (discussãocontribs)

Em tempo: a corruptela “rolimã” integrada no nome composto “carrinho de rolimã” nem sequer pode ser considerada um “neologismo”, nem mesmo por metonímia, visto que não se pode identificá-la com os artefactos de corrida que utilizam a gravidade para deslocar-se, os quais se encontram nas designações usadas em algumas línguas estrangeiras, por exemplo: Seifekiste (em alemão); gravity racer/soapbox (em inglês); goitebera (em espanhol); caísse à savon (em francês). Acontece que a forma “rolimã” por ser uma corruptela não tem qualquer significado, logo não tem ligação com as formas metonímicas que podem abranger uma tradução literal do inglês: “caixa de sabão” ou outras expressões com as quais se pretenda dizer "corredor de estrados de madeira" ou "corredor de gravidade". Os carros originais do gravity racer/soapbox nos Estados Unidos eram bastante simples: sem motor, feito de uma ou duas caixas de madeira simples, freio e volante simples. Hoje em dia estes tipos de artefactos podem ter custos que ascendem a MILHARES de dólares e são muito sofisticados. Na verdade, eles são brinquedos para crianças, não para adultos.

Queira, s.f.f., conferir as respostas que foram postadas no blogspot acessível pela hiperligação: [http://portuguessemtruques.blogspot.com/2014/05/carrinho-de-rolema-ou-de-rolima.html]

Depreende-se dos comentários publicados nesse blogue que a palavra “rolemã”, aportuguesada do francês “roulement” já há muitas décadas faz parte da locução “carrinho de rolemã”. Acontece que os comentários aí revelam “iliteracia” por parte de quem fez a pergunta: carrinho de rolemã ou rolimã? E depois tenta respondê-la com as afirmações completamente infundadas: Andar de carrinho de rolemã não é possível porque não existe. Você só pode andar de carrinho de rolimã.

O título na wikipedia “carrinho de rolimã” também está eivado do mesmo defeito na sua formação, quando se considera que a reforma ortográfica preconizada pelo Acordo Ortográfico de 1990 não impõe o uso de “corruptelas” do tipo “rolimã” em lugar do estrangeirismo “rolemã”, cujo uso já está consagrado na linguagem corrente do português brasileiro desde há muitas décadas.

O que existe, de facto, na locução “carrinho de rolimã” é uma “imperfeição fonética e ortográfica” presente na forma “rolimã”, dado que esta é uma corruptela do estrangeirismo “rolemã”, ou seja, é uma forma errada de pronunciar e escrever o estrangeirismo “rolemã”, cujo étimo é o vocábulo francês “roulement”. Por causa disso vem ao de cima, que esse uso errado ocorre quando o emprego da corruptela “rolimã” corresponde “somente” ao gosto do falante que quer obter para si próprio uma satisfação pessoal de mera “eufonia”.

Aqui deve ser reiterado que o estrangeirismo “rolemã” é a forma aportuguesada da palavra francesa “roulement”, redução da locução substantiva galo-romana: “roulement à billes” (rolamento de esferas). Além disso, a locução francesa “roulement à billes” possui formas equivalentes em outros idiomas, nomeadamente: em alemão, Kugellager (n); em inglês, ball-bearing; em francês, além do conhecido, roulement (m) à billes, também palier (m) à billes; em italiano, cuscinetto (m) a sfere; em espanhol: cojinete (m) de bolas, rodamiento (m) de bolas, e ainda a forma usada no castelhano da América Latina (Argentina, Paraguai e Uruguai): rulemán (m), e ainda rulimán (m) usado no Equador. O rolamento de esferas quando no estado de usado é sempre designado em português  “rolemã”, denominação que afasta qualquer garantia para que se tenha um funcionamento garantido igual a um mecanismo novo tal como foi inventado e patenteado em 1906 pelo engenheiro [Sven Wingquist| Sven Gustaf Wingqvist],  um sueco que também fundou em 1907 a empresa [SKF] com base nessa mesma invenção.

Considerando as circunstâncias atrás expendidas, já se pode dizer que, quem montou alguma vez na vida um “carrinho de rolemã” sabe que o componente principal para se montar um “carrinho de rolemã” é o mecanismo usado que se designa “rolemã”. O estado desse mecanismo é que determina o tipo de “carrinho” em que se utiliza os tais rolamentos de esferas, os quais serão sempre adquiridos no estado de “usado”, e só muito dificilmente “novo”, na medida em que estes mecanismos são adquiridos quase sempre num ferro-velho, de aí não ser estranho empregar-se também na linguagem corrente do português europeu a variação nominal “rolemã”, cujo étimo provém do mesmo vocábulo francês “roulement”, redução da locução “roulement à billes”. Esta expressão significa igualmente no português europeu um rolamento de esferas sempre “usado”, a qual, até há bem poucos anos, era muito empregada por sucateiros activos no negócio de sucatas em Portugal, entretanto o termo vem caindo em desuso.

O objectivo do usuário @Teuto-brasileiro com a presente explicação é obter uma autorização da comunidade wikipediana para corrigir o actual título errado do artigo “carrinho de rolimã” e pôr em seu lugar a locução “carrinho de rolemã” e fazer a eliminação de todas as referências à corruptela “rolimã”. E mais inserir uma secção “etimologia” onde se faça a explicação gramatical, em moldes de um dicionário enciclopédico, sobre a origem e formação das palavras “carrinho” e “rolemã” com os respectivos significados, e ainda pôr uma advertência sobre o uso impróprio da corruptela “rolimã” ou formas semelhantes.@Teuto-brasileiro

FONTES:

Em 1964, o estrangeirismo “rolemã” foi ligado com o nome “carrinho” para redigir o cabeçalho de um anúncio dizendo: -OBA! E AS RODAS SÃO DE ROLEMÃ! (Era o máximo em carrinho, para menino…). Esteanúncio foi publicado no jornal A Tribuna (SP). Obviamente, quem o escreveu jamais poderia imaginar que o nome “rolemã” no futuro poderia ser transformado numa corruptela com a forma “rolimã” pelas pessoas que não sabem nada. Vide as páginas do jornal onde foi publicado. [].

[]. Note-se que o nome “rolemã” foi utilizado num anúncio de uma casa especializada em “rolamento de esferas”, o que indica que o termo “rolemã” já era muito conhecido em todo o Brasil, muito antes de aparecer a corruptela “rolimã” na internet.

Igualmente a agência de publicidade J. Walter Thompson utilizou em anúncio da própria agência a expressão “carrinho de rolemã”. O “copywriter” daquela agência em 1979 poderia ser considerado hoje analfabeto por não usar a corruptela eufónica “rolimã”. Vide a publicação do anúncio []. Quem escreveu em 1989 e 1990 no Diário do Pará a locução “carrinnho de rolemã” ter usado a corruptela “rolimâ” então desconhicida porque ainda inexistente [] -

[] O redator do Correio Braziliense (DF) em 2002 e 2003 também errou ao escrever o estrangeirismo “rolemã”?

[]

[]

Para comprovar que a corruptela “rolimã” está completamente errada basta ler as palavras do piloto de provas automoblisticas José Carlos Pace na matéria publicada no periódico REALIDADE (SP)/1973:

[]

O estrangeirismo “rolemã” aportuguesado do francês “roulement”, redução de “roulement à billes” (rolamento de esferas) já era usado em 1946, conforme menção “rolemã do pinhão” no texto do “Jornal de Notícias” (SP) publicado no dia 12 de Junho de 1946. Vide página comprovativa do jornal.  

[]. O google, facebook e outros até podiam dar milhões de respostas com a corruptela “rolimã”, só que isto não transforma “rolimã” em forma correcta.

@Teuto-brasileiro

O revolucionário aliado (discussãocontribs)

Se pesquisar, não será difícil achar texto e anúncios com a palavra FHARMACIA em jornais antigos, como citou acima o Jornal de Notícias publicado no dia 12 de Junho de 1946. O problema é que PH não é, e faz muito tempo, a forma aceita de escrever o português formal. A balela sobre ...o google...não transforma isso ou aqui, não cabe. É um mecanismo de busca que indica fontes fiáveis sobre o tema.

O revolucionário aliado (discussãocontribs)
O revolucionário aliado (discussãocontribs)

E estou colocando meus texto na PD do verbete, único local correto para este tipo de discussão. ~~~~

Movendo a réplica que estava no resumo da edição: Réplica ao comentário de resposta dada pel' o revolucionário aliado há 4 dias

Antes de tudo devo informar que eu não aderi à reforma ortográfica preconizada pelo Acordo Ortográfico de 1990, tal e qual como alguns órgãos da comunicação social em Portugal não aderiram, portanto preservo e continuo a usar a ortografia da reforma ortográfica imediatamente anterior ou seja a ortografia do Acordo Ortográfico entrado em vigor em 1945 com as alterações de 1971. Embora eu conheça e utilize pontualmente a ortografia da minha língua materna que é o português “brasileiro”, eu aderi totalmente à ortografia do português europeu faz mais do que 50 anos, por causa de eu residir em carácter permanente todo esse tempo em Portugal. Quando eu aprendi a ortografia no Brasil, a ortografia da palavra “pharmacia” já havia passado à história da “orthographia” antiga, porém quando eu preciso referir-me em língua alemã ao  ensino da ciência da elaboração de medicamentos, obviamente eu escrevo em alemão Pharmazie, cujo étimo vem do latim tardio pharmacia, e esta do grego pharmakeia. O estabelecimento hoje em dia chamado farmácia antes de se chamar pharmacia era designado botica, cujo étimo é a palavra do latim apotheca, e esta mesma palavra apotheca do latim é o étimo da palavra em alemão Apotheke, a qual significava então em português botica e ainda hoje significa farmácia.

Esta minha divagação sobre o étimo das palavras farmácia e botica visa demonstrar por comparação que a forma corrupta “rolimã” não tem a menor hipótese de vir directo do termo francês roulement (formada com o radical do verbo francês rouler [= rolar] + o sufixo francês ment = sufixação mento em português). Quem aportuguesou originalmente o termo francês “roulement” tinha a noção exacta da fonética francesa, por isso criou a terminação -mã (man) em português e logicamente também sabia que o radical roule- correspondia ao verbo rouler (= rolar em português), logo nunca criaria um situação de metafonia do fonema vogal “e” em “i”. Esta metafonia resulta da habilidade de alguém com poucos conhecimentos linguísticos ou quase analfabeto, ao tentar pronunciar a palavra “rolemã” sem nunca a ter visto alguma vez na forma escrita. E as pessoas mais cultas, mas desatentas aderiram à habilidade do ignorante, por causa da sua eufonia, apesar de existir essa aceitação passiva de um modo muito extenso e frequente, a sua forma corrupta continua a ser uma forma de pronúncia errada e igualmente com grafia errada.  

A formação da corruptela “rolimã” não se enquadra  em qualquer processo evolutivo de vocábulos na língua portuguesa, tão pouco é uma forma de gíria e nem neologismo. Em fim, ela nada significa e de aí representar apenas a iliteracia. Eis a razão por que eu  entendo que a forma corrupta “rolimã” deve ser erradicada dos artigos onde ela consta, nomeadamente “carrinho de rolimã” e “rolamento”.

A corruptela “rolimã” deve ser substituída pelo termo “rolemã”, o qual apesar de ser galicismo está foneticamente bem adaptado ao português  e tem o seu uso consagrado na linguagem corrente desde medos dos anos 1940, como se pode confirmar pela sua menção em fontes confiáveis que são os jornais antigos existentes na hemeroteca e acessíveis através de cada hiperligação inserida nesta mesma página.@Teuto-brasileiro