Tabela-verdade: diferenças entre revisões
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'''Tabela verdade''', '''tabela de verdade''' ou '''tabela veritativa''' é um tipo de [[tabela matemática]] usada em [[Lógica]] para determinar se uma [[fórmula]] é válida ou se um sequente é correto. |
'''Tabela verdade''', '''tabela de verdade''' ou '''tabela veritativa''' é um tipo de [[tabela matemática]] usada em [[Lógica]] para determinar se uma [[fórmula]] é válida ou se um sequente é correto. |
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As tabelas verdade derivam do trabalho de [[Gottlob Frege]], [[Charles Peirce]] e outros da [[década de 1880]], e tomaram a forma atual em [[1922]] através dos trabalhos de [[Emil Post]] e [[Ludwig Wittgenstein]]. A publicação do ''[[Tractatus Logico-Philosophicus]]'', de Wittgenstein, utilizava as mesmas para classificar [[função veritativa|funções veritativas]] em uma série. A vasta influência de seu trabalho levou, então, à difusão do uso de tabelas verdade. |
Panico na tv As tabelas verdade derivam do trabalho de [[Gottlob Frege]], [[Charles Peirce]] e outros da [[década de 1880]], e tomaram a forma atual em [[1922]] através dos trabalhos de [[Emil Post]] e [[Ludwig Wittgenstein]]. A publicação do ''[[Tractatus Logico-Philosophicus]]'', de Wittgenstein, utilizava as mesmas para classificar [[função veritativa|funções veritativas]] em uma série. A vasta influência de seu trabalho levou, então, à difusão do uso de tabelas verdade. |
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== Como construir uma tabela verdade == |
== Como construir uma tabela verdade == |
Revisão das 13h46min de 9 de setembro de 2013
Este artigo não cita fontes confiáveis. (Março de 2012) |
Tabela verdade, tabela de verdade ou tabela veritativa é um tipo de tabela matemática usada em Lógica para determinar se uma fórmula é válida ou se um sequente é correto.
Panico na tv As tabelas verdade derivam do trabalho de Gottlob Frege, Charles Peirce e outros da década de 1880, e tomaram a forma atual em 1922 através dos trabalhos de Emil Post e Ludwig Wittgenstein. A publicação do Tractatus Logico-Philosophicus, de Wittgenstein, utilizava as mesmas para classificar funções veritativas em uma série. A vasta influência de seu trabalho levou, então, à difusão do uso de tabelas verdade.
Como construir uma tabela verdade
Uma tabela verdade consiste em:
- uma linha em que estão contidos todas as subfórmulas de uma fórmula. Por exemplo, a fórmula ¬((A∧B)→C) tem o seguinte conjuntos de subfórmulas:
{ ¬((A∧B)→C) , (A∧B)→C , A∧B , A , B , C} - L linhas em que estão todos possíveis valores que os termos podem receber e os valores cujas as fórmulas moleculares tem dados os valores destes termos;
o número destas linhas é L = nt , sendo n o número de valores que o sistema permite (sempre 2 no caso do cálculo proposicional clássico) e t o número de termos que a fórmula contém; assim, se uma fórmula contém 2 termos, o número de linhas que expressam a permutações entre estes será 4: um caso de ambos termos serem verdadeiros (V V), dois casos de apenas um dos termos ser verdadeiro (V F , F V) e um caso no qual ambos termos são falsos (F F). Se a fórmula contiver 3 termos, o número de linhas que expressam a permutações entre estes será 8: um caso de todos termos serem verdadeiros (V V V), três casos de apenas dois termos serem verdadeiros (V V F , V F V , F V V), três casos de apenas um dos termos ser verdadeiro (V F F , F V F , F F V) e um caso no qual todos termos são falsos (F F F).
Para proposições com mais de 3 termos, basta seguir o mesmo raciocínio apresentado nas imagens acima.
Tabelas das principais operações do cálculo proposicional
Negação
A | ~A |
V | F |
F | V |
A negação da proposição "A" é a proposição "~A", de maneira que se "A" é verdade então "~A" é falsa, e vice-versa.
Conjunção (E)
A conjunção é verdadeira se e somente se os operandos são verdadeiros.
A | B | A^B |
V | V | V |
F | V | F |
F | F | F |
V | F | F |
Disjunção (OU)
A disjunção é falsa se, e somente se ambos os operandos forem falsos.
A | B | AvB |
V | V | V |
V | F | V |
F | V | V |
F | F | F |
Condicional (se... então) [implicação]
A conjunção é falsa se, e somente se, o primeiro operando é verdadeiro e o segundo operando é falso.
A | B | A→B |
V | V | V |
V | F | F |
F | V | V |
F | F | V |
Bicondicional (se e somente se) [equivalência]
A conjunção é verdadeira se, e somente se, ambos operandos forem falsos ou ambos verdadeiros.
A | B | A↔B |
V | V | V |
V | F | F |
F | V | F |
F | F | V |
Disjunção exclusiva (OU EXCLUSIVO... ou XOR)
A conjunção é verdadeira se, e somente se, apenas um dos operandos for verdadeiro.
A | B | A∨B |
V | V | F |
V | F | V |
F | V | V |
F | F | F |
Adaga de Quine (NOR)
A conjunção é verdadeira se e somente se os operandos são falsos.
A | B | A∨B | A↓B |
V | V | V | F |
V | F | V | F |
F | V | V | F |
F | F | F | V |
Como usar tabelas para verificar a validade de argumentos
- Verifique se a conclusão nunca é falsa quando as premissas são verdadeiros. Em caso positivo, o argumento é válido. Em caso negativo, é inválido.
Alguns argumentos válidos
- Modus ponens
A | B | A→B |
V | V | V |
V | F | F |
F | V | V |
F | F | V |
- Modus tollens
A | B | ¬A | ¬B | A→B |
V | V | F | F | V |
V | F | F | V | F |
F | V | V | F | V |
F | F | V | V | V |
- Silogismo hipotético
A | B | C | A→B | B→C | A→C |
V | V | V | V | V | V |
V | V | F | V | F | F |
V | F | V | F | V | V |
V | F | F | F | V | F |
F | V | V | V | V | V |
F | V | F | V | F | V |
F | F | V | V | V | V |
F | F | F | V | V | V |
Algumas falácias
- Afirmação do consequente
- Se A, então B. (A→B)
- B.
- Logo, A.
A | B | A→B |
V | V | V |
V | F | F |
F | V | V |
F | F | V |
- Comutação dos condicionais
- A implica B. (A→B)
- Logo, B implica A. (B→A)
A | B | A→B | B→A |
V | V | V | V |
V | F | F | V |
F | V | V | F |
F | F | V | V |
Como usar tabelas para verificar a equivalência de fórmulas
- (A∧B) ≡ ¬(B→¬A) ≡ ¬(¬A∨¬B) ≡ (¬A↓¬B)
A | B | ¬A | ¬B | A∧B | B→¬A | ¬(B→¬A) | (¬A↓¬B) |
V | V | F | F | V | F | V | V |
V | F | F | V | F | V | F | F |
F | V | V | F | F | V | F | F |
F | F | V | V | F | V | F | F |
(A→B) ≡ ¬(¬A∧B) ≡ (¬A∨B) ≡ ¬(¬A↓B)
A | B | ¬A | ¬B | A→B | A∧¬B | ¬(¬A∧B) | ¬A∨B |
V | V | F | F | V | F | V | V |
V | F | F | V | F | V | F | F |
F | V | V | F | V | F | V | V |
F | F | V | V | V | F | V | V |
(A∨B) ≡ ¬(¬A∧¬B) ≡ (¬A→B) ≡ ¬(A↓B)
A | B | ¬A | ¬B | A∨B | ¬A∧¬B | ¬(¬A∧¬B) | ¬A→B |
V | V | F | F | V | F | V | V |
V | F | F | V | V | F | V | V |
F | V | V | F | V | F | V | V |
F | F | V | V | F | V | F | F |