Taça da Madeira

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Taça da Madeira
Taça da AF Madeira
Dados Gerais
Organização Associação de Futebol da Madeira
Fundação 1943
Edições 73 (incluindo Taça da Madeira de 2021–22)
Outros nomes Taça do Funchal
Local de disputa  Madeira
N.º Clubes Todas
Sistema Eliminatórias a uma mão e Eliminatórias a duas mãos (meias-finais)
Dados Históricos
Atual Campeão Machico (4 títulos)
Maior Campeão Marítimo (25 títulos)
Edição atual
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A Taça da Madeira é uma competição organizada sob a égide da Associação de Futebol da Madeira, disputada em sistema de eliminatórias, e destinada aos clubes filiados nesta associação, que por sua vez, abarca todos os clubes existentes na Região Autónoma da Madeira.

História[editar | editar código-fonte]

Bases[editar | editar código-fonte]

Motivada pelas dificuldades financeiras por que passavam os principais clubes madeirenses na altura, a Taça da Madeira, foi lançada pela Associação de Futebol da Madeira, sob o patrocínio da Junta Geral do Distrito do Funchal. O seu presidente da altura - João Abel de Freitas - preconizou a existência desta competição, atribuíndo desta forma prémios pecuniários aos clubes participantes.[1]

Taça[editar | editar código-fonte]

Destinada aos clubes partipantes na Divisão de Honra do Campeonato da Madeira, ficou estabelecido que o clube que primeiro conseguisse vencer três edições, ficaria com a taça definitivamente para si. Iniciou-se na época de 1943/44 e teve como vencedor nas duas primeiras edições o Clube Desportivo Nacional. Na edição seguinte, em 1945/46, o Clube Futebol União roubou a possibilidade de o Nacional ficar em definitivo com a Taça.[2] O Club Sport Marítimo estreia-se a ganhar na referida competição em 1946/47, repetindo o feito na época seguinte.

Dificuldades e Interregno[editar | editar código-fonte]

Na época de 1947/48 a prova esteve em risco de não se realizar devido à falta de pagamento dos prémios.[3] No entanto esta prossegue e o Marítimo vence, ficando à beira da conquista definitiva do tão ansiado troféu. Na edição seguinte, a prova fica marcada pelo protesto do Nacional em relação ao calendário de jogos. O protesto é enviado à Associação de Futebol da Madeira que o reenvia para a Federação Portuguesa de Futebol. A deliberação desta entidade, provocou a suspensão de todos os jogos feitos até então, tendo um recurso do Club Sport Marítimo junto daquela entidade preconizando como solução o arrastar daquela prova até à época seguinte. Daí não haver vencedor na edição 1948/49.[4]

Afirmação e Democratização da Prova[editar | editar código-fonte]

Na época de 1949/50 o Marítimo torna-se a primeira equipa a ficar com o troféu, em virtude das três vitórias obtidas, conforme tinha sido acordado. De referir que a Associação de Futebol da Madeira se comprometera a repor este troféu, sempre que uma equipa alcançasse tal deisiderato, sendo que a primeira taça havia sido adquirida em conjunto pelos pelos quatro participantes iniciais: Marítimo, União, Nacional e Sporting da Madeira.[5] Numa altura em que os clubes da Madeira estavam impedidos de participar nas provas regulares nacionais de futebol, esta taça assumiu-se como uma importante competição.

Desde sempre vedada a outro clubes não participantes na chamada Liga de Honra do Campeonato da Madeira, a prova democratizou-se e foi gradualmente aberta, permitindo a participação de todos. O primeiro clube a quebrar a hegemonia dos clubes do Funchal nas principais provas da Associação de Futebol da Madeira, foi a Associação Desportiva de Machico com a sua vitória nesta competição na edição de 1972/73.

Redução da importância da prova[editar | editar código-fonte]

Com a progressiva entrada dos clubes madeirenses nas competições nacionais, esta taça perdeu um pouco a sua importância, passando a ser considerada pelos maiores clubes como uma competição menor. Mesmo assim, e depois de algumas épocas de indefinição, em que inclusive não se realizou a dita prova, é de notar a ausência de outros vencedores na prova. Tal desiderato seria alcançado pelo Clube Futebol Andorinha, que estando ainda na I Divisão Regional - nova designação do principal Campeonato da Madeira, ganha em 1985/86 face a adversários que competiam em escalões muito mais altos.

Esta vitória ajudou a democratizar completamente a competição, sendo que a década de 90 e a primeira década deste milénio, se assistiu a uma profusão imensa de vencedores. Paralelamente a prova foi gradualmente decaindo de importância, servindo para os grandes clubes rodarem jogadores, passando a estar completamente despercebida do grande público.

No início deste milénio, a importância sobre esta prova cresce um pouco, mas sempre longe dos seus tempos aúreos.

Vencedores[editar | editar código-fonte]

Palmarés[editar | editar código-fonte]

Clube Títulos
Marítimo
26
União da Madeira
17
Nacional
6
Camacha
5
Câmara de Lobos
3
Portosantense
3
Machico
3
Pontassolense
2
Andorinha
1
Bairro da Argentina
1
Cruzado Canicense
1
Ribeira Brava
1
São Vicente
1
AD Porto da Cruz
1