Tengrela

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Tengrela

Tengréla • Tingréla

  Cidade  
Dibi, um tipo de chaminé usado em Tingrela em 1892.
Dibi, um tipo de chaminé usado em Tingrela em 1892.
Dibi, um tipo de chaminé usado em Tingrela em 1892.
Localização
Tengrela está localizado em: Costa do Marfim
Tengrela
Localização de Tengrela
Coordenadas 10° 29' N 6° 24' O
País Costa do Marfim
Região Savanas
Distrito Bagué
Departamento Tengrela
Características geográficas
População total (1998) [1] 53 720 hab.
Fuso horário EET (UTC+0)

Tengrela, Tingrela ou Tangrera é uma cidade ao norte da Costa do Marfim. É uma subprefeitura e comuna do departamento de Tengrela, no distrito de Bagué, na região das Savanas.[2] Segundo censo de 1998, havia 53 720 residentes.[1]

História[editar | editar código-fonte]

O explorador francês René Caillié parou em Tengrela em janeiro de 1828 em sua jornada para Tombuctu. Ele estava viajando com uma caravana que transportava nozes de cola para Jené. Em seu livro Viagens através da Ásia Central para Tombuctu publicado em 1830, escreveu o nome da vila omo Tangrera.[3][4]

Em 1889, o fama Tiebá (r. 1866–1893) de Quenedugu enfrentou as forças de Samori Turé de Uassulu em Sabadiassa, perto de Tengrela, e tomou 28 fuzis e os sofás Coquissi, Farabalaia e Sebemamuru.[5] Sob Babemba (r. 1893–1898), o limite sul do rei ficava em Bodiadugu, no cantão de Tengrela.[6] Em 1896, Isaac foi enviado no comando de um exército contra Tengrela, recém capturada por Samori e designada a Bilali. A expedição fracassou e Babemba acusou a vila por não resistir aos invasores.[7]

Para se vingar, ordenou que o sofá Fancunu Coné marchasse com 100 cavaleiros contra ela. Babemba participou da expedição e ao se aproximar da vila ordena que os cavaleiros entrassem atirando suas armas. Isso causou pânico na população que foge, mas são perseguidos. Homens, mulheres e crianças foram massacrados. O chefe Tiefolo e os poucos habitantes que fugiram foram capturados e decapitados e as tropas permanecem quatro dias para saquear a aldeia.[7]

De Tengrela, Babemba continuou ao sul para Popo, que acabou de se submeter a Samori e destruiu-a. Ele retorna por Tengrela e foi às aldeias de Goncoro e Sala, localizadas à beira da circunscrição de Buguni, às quais não perdoou a submissão a Samori em fevereiro de 1897.[8]

Referências

  1. a b Estatística 1998.
  2. Decreto n° 2005-314 de 6 de outubro de 2005 criando quinhentos e vinte (520) comunas.
  3. Viguier 2008, p. 27.
  4. Caillié 1830, p. 379-388.
  5. Colheaux 1924, p. 145, nota 1.
  6. Caillié 1830, p. 101.
  7. a b Colheaux 1924, p. 155.
  8. Colheaux 1924, p. 155-156.

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Caillié, René (1830). «Travels through Central Africa to Timbuctoo; and across the Great Desert, to Morocco, performed in the years 1824-1828 (Volume 1)». Londres: Colburn & Bentley 
  • Colheaux, Par A. (1924). «Contribution a L'Étude de L'Histoire de L'Ancien Royaum de Kénédougou (1825-1898)». Comitê de Estudos históricos e científicos da África Ocidental Francesa. Boletim do Comitê de Estudos históricos e científicos da África Ocidental Francesa. 1–4 
  • Viguier, Pierre (2008). «Sur les Traces de René Caillié: Le Mali de 1828 Revisité». Versalhes, França: Quae. ISBN 978-2-7592-0271-3