Saltar para o conteúdo

Transquei

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
República de Transquei
Republic of Transkei (inglês)
iRiphabliki yeTranskei (xhosa)
Bandeira de Transkei
Bandeira
Brasão de armas de Transkei[1]
Brasão
Lema: Imbumba yamaNyama (xhosa: A União faz a Força)
Hino: Nkosi sikelel' iAfrika (xhosa: Deus Abençoe a África)
Localização República de Transquei República de Transkei
CapitalUmtata (atual Mthatha)
31°00'S 29°00'N
Maior cidadeUmtata
Língua oficialXhosa (oficial), tsuana, inglês, sesoto e africâner (usado nos poderes Executivo e Judiciário)
GovernoDemocracia parlamentar
• Chefe
Kaiser Matanzima (1976–1986)
Bantu Holomisa (1987–1994)
Apartheid
• Autonomia
30 de maio de 1963
• Independência nominal
26 de outubro de 1976
• Rompimento de laços diplomáticos
1978
• Dissolução
27 de abril de 1994
Área
 • Total43 798 km² km²
População
 • Estimativa para 1980[2]2 323 650 hab.
MoedaRand sul-africano

Transquei [3][4] ou Transkei [5][6][7] (significando '[área] para além do [rio] Kei'), oficialmente República de Transkei (em xhosa: iRiphabliki yeTranskei), foi, entre 1976 e 1994, um estado não reconhecido localizado na região sudeste da África do Sul, na antiga província do Cabo. Era, juntamente com Ciskei, um bantustão para o povo Xossa.[8] Funcionava como uma democracia parlamentar nominalmente independente. A sua capital era Umtata (renomeada Mthatha, em 2004).[9]

Transkei representou um precedente significativo e um ponto de inflexão histórico na política sul-africana de apartheid e "desenvolvimento separado". Foi o primeiro de quatro territórios declarados independentes na África do Sul. Durante toda a sua existência, permaneceu como um estado de partido único de facto, não reconhecido internacionalmente, diplomaticamente isolado e politicamente instável, que a certa altura rompeu relações com a África do Sul, o único país que o reconhecia como entidade jurídica. Em 1994, foi reintegrado ao seu "vizinho" maior e tornou-se parte da província do Cabo Oriental.

Esse bantustão tornou-se famoso, não só por ser a região de origem de Nelson Mandela, mas também por o seu líder, Kaizer Matanzima, que era sobrinho daquele que foi o primeiro presidente negro da África do Sul, defender uma teoria segundo a qual a independência teria que passar pelos bantustões, em vez de uma África do Sul para todos, pela qual Mandela e o Congresso Nacional Africano lutavam.

Referências

Bibliografia

[editar | editar código]


Ícone de esboço Este artigo sobre a África do Sul é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.