Universidade da Zâmbia

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Universidade da Zâmbia
University of Zambia (en)
Universidade da Zâmbia
Vista frontal dos edifícios da Escola de Engenharia da Universidade da Zâmbia em dezembro de 2017
Fundação 1 de julho de 1966 (57 anos)
Localização Lusaca,  Zâmbia
Campi Lusaca

A Universidade da Zâmbia (UNZA) é uma universidade pública localizada em Lusaca, Zâmbia. É a maior, mais conceituada e mais antiga instituição de ensino superior da Zâmbia. A universidade foi fundada em 1965 e aberta oficialmente ao público em 12 de julho de 1966. A língua de ensino é o inglês.

História[editar | editar código-fonte]

As discussões para criação da Universidade da Zâmbia remontam a antes da Segunda Guerra Mundial, quando foi concebida a ideia de estabelecer uma instituição chamada "Universidade da Rodésia do Norte".[1] No entanto, os planos foram interrompidos em função do conflito.[1] Com o fim da guerra, o governo colonial britânico instituiu planos para a criação de um Colégio Universitário da África Central devido ao estabelecimento novas de instituições de ensino superior em vários pontos da África.[1]

Foi nomeada uma comissão para investigar os requisitos para criação de um colégio superior e, posteriormente, recomendou a criação de uma faculdade de ensino superior.[1] Uma investigação subsequente sobre a necessidade de ensino superior para os povos da Rodésia do Norte, Rodésia do Sul e Niassalândia foi conduzida por Sir Alexander Carr-Saunders em 1952, com um relatório de acompanhamento apresentado em março de 1953.[1] O Governo da Rodésia do Sul aceitou a criação de um Colégio Universitário multirracial,[1] e a comissão, consequentemente, recomendou que uma instituição fosse estabelecida em Salisbúria.[1][2] No entanto, um relatório minoritário escrito por Alexander Kerr apresentou um contra-argumento sugerindo que o estabelecimento de uma instituição de ensino superior com base na igualdade entre raças não era viável e, portanto, recomendou que uma universidade para não-europeus fosse criada em Lusaca.[1]

O clima político, como resultado da luta pela independência, no final da década de 1950 e início da década de 1960, tornou menos favorável a ideia de um Colégio Universitário da Rodésia.[1][2] Como resultado, foram iniciados planos para solicitar apoio para o estabelecimento de uma instituição de ensino superior em Lusaca.[2] Em março de 1963, o novo governo da Rodésia do Norte nomeou uma comissão, a Comissão Lockwood, liderada por Sir John Lockwood para avaliar a viabilidade de criação de uma universidade para a Rodésia do Norte.[2][1] A comissão colocou muita ênfase na autonomia e, portanto, recomendou o estabelecimento de uma universidade sem vínculos com universidades já estabelecidas na Grã-Bretanha.[2] O relatório também recomendou o estabelecimento da Universidade da Zâmbia como uma universidade de pleno direito desde o início.[2]

Um "Conselho Provisório da Universidade da Zâmbia" foi criado após a promulgação da Lei da Universidade da Zâmbia de 1965.[2] Em julho de 1965, Douglas G. Anglin foi nomeado Vice-Chanceler e, em outubro de 1965, o Presidente Kenneth Kaunda deu parecer favorável à Lei. nº 66 da lei de 1965.[2][1]

A Universidade da Zâmbia foi inaugurada em 13 de julho de 1966, após a nomeação do Presidente Kenneth Kaunda como primeiro Chanceler em 12 de julho de 1966.[2][1]

Após a sua libertação da prisão, o líder revolucionário e político sul-africano anti-apartheid, Nelson Mandela, dirigiu-se aos estudantes da Universidade da Zâmbia em fevereiro de 1990, na sua primeira viagem ao estrangeiro e no primeiro discurso universitário desde a sua libertação.[1]

Referências

  1. a b c d e f g h i j k l m Macmillan, Hugh. (2014). «The University Of Zambia and the Liberation of Southern Africa, 1966–90.». Journal of Southern African Studies. 40 (5): 943–959 
  2. a b c d e f g h i «About UNZA: History of the University». University of Zambia. 2018