Usuária:Ana Isabel ferreira/Testes
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anA marques nasceu em Lisboa a 19 de Fevereiro de 1953. A partir de 1996 começa por se dedicar à pintura, ingressando nos cursos teóricos e práticos da Sociedade Nacional de Belas Artes de Lisboa. A partir 2000 dedica-se inteiramente a esta actividade começando a fazer exposições de pintura. Em 2004 recebe o convite do Dr António Baptista Pereira para participar nas celebrações do "2005 Ano Bocage" para expor em Setúbal na Casa Bocage trabalhos com a temática poesia de Bocage. Faz-se sócia do Centro de Estudos Bocageanos presidido pelo Dr. Daniel Pires, e inicia uma pesquisa sobre a obra de Manoel Maria Barbosa du Bocage.É depois convidada pelo Escola Superior de Setúbal e pelo Museu de Arqueologia de Setúbal para participar em exposições com a mesma temática: Bocage. Em Junho 2005 é referida no Programa ‘Entre nós ’ - RTP AFRICA; RTP2; RTP-INTERNACIONAL- Exposição Bocage e a Clandestinidade com o trabalho “Armário das Eróticas”. Está representada na Fotobiografia de Camilo Pessanha – Dr. Daniel Pires - Editado em 2005 em Macau com a pintura sobre o poema Interrogação, Livro QuestionArte, Livro International Artbook Próspero. Em 2007 participa no Coloquio sobre Che Guevara com uma apresentação sobre “Che Guevara nas Artes Plásticas”, organizado pelo Centro de Estudos Bocageanos. Em 2009 -Utopia – uma ideia de Vitor Lages com apoio Câmara Municipal da Amadora. Exposição Fórum Romeu Correia –Almada “Las Meninas de Velásquez” no Fórum Romeu Correia –Almada organizada pelo artista plástico Zé Neto; 2010, Projecto “ A bilha de Estremoz” Projecto do Prof. Carlos Godinho; 2011, Ilustra com aguarelas o livro juvenil “Choveu uma Lenda no Natal” da escritora Elisabete Lucas; Participação no 7 FACES – Caderno e Revista de poesia - Brasil; 2012- Outubro – Denkingen, Alemanha - With (he)art against FGM Em Setembro adere ao Movimento “cataSTrOPhie” contra o acordo ortográfico promovido pelo curador Manuel Pessôa Lopes; 2013 Exposição “Imagens e letras” Biblioteca Piteira Santos .
Texto de opinião sobre o trabalho
anA marques, uma pintora multifacetada. Catalogar qualquer expressão artística é uma tarefa sempre redutora já que tende a circunscrever algo que dispensa barreiras, definições, limites. E pretender catalogar a obra de anA Marques é designar um campo imenso, porque a larguesa dos seus trabalhos dificilmente se prende com um cordel de palavras, necessariamente curto para apreender a totalidade da sua arte.
Multifacetada nas temáticas e nas técnicas que agarra, é notório o seu gosto por manusear significados, como quem segura os sentidos na ponta dos dedos e os vai misturando, para preencher uma tela que ganha vida própria. Este desafogo não se reduz às suas obras mais poéticas, onde se denota uma preocupação em destacar a intensidade da mensagem através de um sagaz equilíbrio de composição e cor, estendendo-se sim aos diversos trabalhos que apresenta, uns de tom mais experimentalista, outros mais intimista, outros ainda mais etéreos. Na obra de anA marques junta-se a serenidade, a imperturbabilidade e a veemência, claramente uma conjugação que só se coordena com uma capacidade de olhar múltipla, com um talento para expressar vários ecos, com uma sensibilidade para desconstruir o que é homogéneo apenas na aparência. A sua arte está atravessada de poesia e declama, com uma entoação muito particular, versos de alguns dos mais conhecidos poetas portugueses, como Fernando Pessoa, Camilo Pessanha ou Bocage. Está atravessada de emoções fortes, onde sobressai o prazer e o gozo, mas também a angústia e a contrariedade. Nos trabalhos de anA marques não se defende o politicamente correcto, não se acentua o senso comum, não se repercutem as falas que garantem aplausos. Porque a sua obra, se envolve interpretação, análise, reflexão, dado que não se alheia do mundo mas se cruza com ele, abstém-se de corporizar as tendências dominantes. Materializa gostos e desgostos, emoções e anseios, verdades e ilusões, na medida em que uma parte de si, uma boa parte de si, marca os trabalhos que constrói. Nessa construção, mais do que exaltar um tema, transferindo, com técnicas várias, a sua ideia sobre o mesmo, para um qualquer suporte julgado território à altura, celebra-se a entrega, a partilha, a ausência de preconceito. A autenticidade que perpassa a sua arte, reflecte-se inclusive na familiaridade de muitos suportes que utiliza, negando que a nobreza dos materiais possa influenciar a grandeza do resultado.
E o que é o resultado neste caso? É a multiplicidade, é a certeza de um repasto com sabores variados. A arte de anA marques convida, por isso, ao descobrimento. Não fornece respostas certas, não dá pistas para o que está certo e errado. Essa é uma das razões pelas quais vale a pena descobri-la. 2012, Elisabete Lucas