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A obra de arte na era da sua reprodutibilidade técnica é um ensaio publicado pela primeira vez em 1936 pelo crítico cultural, filósofo e sociólogo Walter Benjamin. Escrito em um momento em que Adolf Hitler já era o chanceler da Alemanha, foi produzido em um esforço para descrever uma teoria de arte que seria "útil para a formulação das exigências revolucionárias na política da arte". Ele argumentou que, na ausência de qualquer valor ritual tradicional, a arte na era da reprodução mecânica seria inerentemente baseada na prática da política.

Tema Benjamin disserta sobre o que denomina aura na obra de arte e sua destruição a partir do processo de reprodução técnica da obra e, por fim, das alterações provocadas na recepção e percepção técnica da obra pelo público consumidor.[5]

Obras O ensaio foi escrito para um pequeno círculo de acadêmicos para posicionar arte na esfera dos meios de comunicação de massa,[2] e publicado pela primeira vez em francês (1936, traduzido por Pierre Klossowski).[3]

Em alemão, foi publicado pela primeira vez em trabalhos coletadas de Benjamin (1955) e, posteriormente, em dois volumes Illuminationen: Ausgewahlte Schriften (Iluminações: Escritos selecionados, 1961.) Em Inglês, foi publicado pela primeira vez na seleção de Hannah Arendt, Iluminações (1968, traduzido por Harry Zohn.).[4]

Influências O ensaio teve uma grande influência sobre a Escola de Frankfurt e sua análise estética e política, particularmente Theodor Adorno, Max Horkheimer e Herbert Marcuse.[6]

John Berger baseou-se em ideias do ensaio para maneiras de ver, sua série de televisão em quatro partes, e livro subsequente, transmitido pela primeira vez em 1972 pela BBC. O ponto de Berger, que fez muito mais explícita do que fez Benjamin, era de que os modernos meios de produção têm destruído a autoridade da arte: "Pela primeira vez, imagens de arte tornaram-se efêmeras, onipresentes, não substanciais, disponíveis e sem valor".[7]

aura

Para Benjamin, o conceito de obra de arte reside em sua singularidade, sua autenticidade e originalidade. Possui valor simbólico único e autêntico, com isso, existe no aqui e agora de forma singular. Com as inovações técnicas nos meios comunicacionais e já com o advento do impresso, alcançou-se uma reprodutibilidade das formas simbólicas, assim, houve uma expansão das informações produzidas em grande escala. Com os desenvolvimentos nos meios de comunicação foi possível atingir uma parcela maior da população, criando uma integração entre os meios e a sociedade. Com o advento da fotografia e do cinema no século XIX, essa reprodutibilidade ganhou uma proporção maior ainda, e ao estimularem a “cópia do real”, foram os principais causadores da perda da “aura” das obras de arte. Esses meios tinham a capacidade de reproduzir imagens e projetá-las ou divulgá-las em grande escala, para uma coletividade de pessoas. Com essa reprodutibilidade serial e em massa, a obra de arte perde a sua “aura”, torna-se corriqueira e não mais algo único, digno de um pedestal.