Usuário:DAR7/Testes/História de Curitiba/História do Rebouças

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

A procedência da denominação do bairro Rebouças homenageia os engenheiros Antônio Pereira Rebouças e André Rebouças. A abertura da Estrada da Graciosa e da Estrada de Ferro Curitiba-Paranaguá, assim como a criação da Companhia Florestal Paranaense, são alguns exemplos da colaboração dos Rebouças no fim do século XlX, quando vieram e prestaram numerosos serviços ao Paraná. Um significativo marco para a então região do Rebouças foi o erguimento da Estação Ferroviária nos anos 1880, que possibilitou a transportação de cargas, especialmente de mate e madeira. Nas primeiras décadas do século XX, funcionaram as máquinas “maria-fumaça” e em seguida as locomotivas a diesel. Vinham à estação os trens provenientes de Paranaguá e de outras cidades e vilas do interior do Paraná, trazendo à região do Rebouças negociantes e estabelecimentos fabris. No começo da década de 1900 o então Rebouças foi delimitado como região industrial e, localizando-se nas adjacências da ferrovia, propiciava a vinda da matéria-prima e o vazante da produção. O setor fabril que se estabeleceu compreendia empresas de várias áreas de produção.[1]

1693[editar | editar código-fonte]

No dia 29 de março de 1693, como comprova a ata, era criada oficialmente a vila de Nossa Senhora da Luz e Bom Jesus dos Pinhais, atualmente Curitiba. Nesse período, o Rebouças constituía um grande campo por onde atravessava o caminho do Arraial, conectando Curitiba com o litoral.[2]

1883[editar | editar código-fonte]

Em 1883, a região do Rebouças, até então pouco ocupada, dava lugar à estação da Estrada de Ferro Curitiba-Paranaguá. Com ela, o desenvolvimento e a prosperidade do bairro. Atrás da estação férrea, se encontravam determinadas residências e uma grande floresta. Naquela região, em torno da fazenda do Barão de Capanema, desenvolveu-se o Rebouças.[3]

1904[editar | editar código-fonte]

As consequências do desenvolvimento são evidentes. Residências de alvenaria, lampiões de energia elétrica e o enorme fluxo dos trens na estação. Em 1904, a região do Rebouças, perto da estação, constituía uma das mais prósperas da cidade.[4]

1912[editar | editar código-fonte]

Em 1912, a Cervejaria Atlântica, a qual, em 1942, transformar-se-ia em uma filial da Brahma, foi criada por Karl Henn, Freddrich Jens e Hans Wernaer. Tempo em que a cervejaria curitibana, além de satisfazer os paladares mais aguçados, ainda ajudava o Corpo de Bombeiros Voluntários da cidade. Seus barris eram utilizados para transportar a água que extinguia os incêndios em residências e fábricas curitibanas.[5]

1913[editar | editar código-fonte]

As vantagens de transportação que a ferrovia oferecia, a cada dia traziam mais fábricas à região. Em 1913, os operários criaram a Vidraria Paranaense de Solheid & Filhos, onde atualmente se encontra a UTFPR.[6]

1915[editar | editar código-fonte]

Com a estrada de ferro, chegaram as fábricas. Com as indústrias, os trabalhadores e com eles, as residências. Em 1915, a região do Rebouças possuía essa característica. Na esquina da Rua Marechal Floriano com a Silva Jardim, se encontra o grupo escolar Xavier da Silva.[7]

1932[editar | editar código-fonte]

Imprevistos do desenvolvimento. O jornal Diário da Tarde, de 7 de julho de 1932, divulgava a morte de Daniel Albine, derrubado por um bonde na Avenida Marechal Floriano, entre a Silva Jardim e a Iguaçu. O acontecimento aumentou a indignação adversária do “Expresso da época”. Conforme o Diário, Daniel Albine, um dos residentes mais antigos da região, deixou cerca de 65 netos e 32 bisnetos.[8]

1939[editar | editar código-fonte]

Em 1939, a Westphalen, antiga Ractcliff dos conhecidos lupanares de Curitiba, aparentava se encontrar no começo de sua juventude. Na linguagem da época, poderíamos explicá-la como uma rua de árvores altaneiras e frondosas, onde a beleza da caminhada torna menos útil o destino a que nos leva.[9]

1940[editar | editar código-fonte]

Após ter se transferido para o bairro no dia 8 de maio de 1930, a Leão Júnior abria, nos anos 1940, a fachada que até atualmente constitui a face do seu escritório na Avenida Getúlio Vargas (antiga Rua do Ivaí). Nesse período, a região do Rebouças constituía uma das mais industrializadas de Curitiba. Isso obrigou francês Alfred Agache a sugerir que as fábricas da cidade fossem estimuladas a se estabelecer entre a Avenida Marechal Floriano Peixoto e o Rio Belém. O plano era converter o local na zona industrial da cidade.[10]

1949[editar | editar código-fonte]

Em 1949, a Avenida Iguaçu, na esquina com Marechal Floriano e a Engenheiros Rebouças, com João Negrão, se encontravam em obras de calçamento e pavimentação. Em 1950, as obras já se encontravam concluídas.[11]

1960[editar | editar código-fonte]

A área industrial da década de 1940, adquiria nova roupagem. Nos anos 1960, a região já compreendia aspectos de zona residencial e comercial. As antigas chácaras, perto da Água Verde e Parolin, cederam espaço aos loteamentos, e as indústrias, que anteriormente prevaleciam na paisagem, ficavam próximas das casas. No começo da década de 1960, atrás da Cia. Mate Leão, Avenida Getúlio Vargas, se encontrava o espaço solidário do vindouro Albergue São João Batista. Nos fundos, se encontravam vários pequenos edifícios e casas.[12]

Referências

  1. «NOSSO BAIRRO/REBOUÇAS» (PDF). ippuc.org.br. Consultado em 17 de novembro de 2022. Cópia arquivada (PDF) em 3 de fevereiro de 2020 
  2. Fenianos 1995, p. 17.
  3. Fenianos 1995, p. 18.
  4. Fenianos 1995, p. 19.
  5. Fenianos 1995, p. 20.
  6. Fenianos 1995, p. 21.
  7. Fenianos 1995, p. 22.
  8. Fenianos 1995, p. 23.
  9. Fenianos 1995, p. 24.
  10. Fenianos 1995, p. 25.
  11. Fenianos 1995, p. 26.
  12. Fenianos 1995, p. 27.

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Fenianos, Eduardo Emílio (1995). Rebouças: o bairro da harmonia. Curitiba: UniverCidade