Usuário(a):Viniciusdesiqueira/Testes

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Memorial Denis Bernardes[editar | editar código-fonte]

Fachada do Memorial Denis Bernardes

O Memorial Denis Bernardes (MDB), é uma instituição memorial localizada na Biblioteca Central do Campus Recife da Universidade Federal de Pernambuco, na cidade do Recife, estado de Pernambuco.

História[editar | editar código-fonte]

Função social[editar | editar código-fonte]

O Memorial Denis Dernardes é um espaço destinado à preservação, conservação e disseminação da informação científica e cultural de natureza histórica produzida UFPE, além de uma série de acervos históricos relacionados a memória institucional da Universidade e importantes para a cultura do Estado de Pernambuco[1].

Inaugurado em 18 de julho de 2013, o Memorial é uma homenagem ao professor Denis Antônio de Mendonça Bernardes, um dos mais importantes pesquisadores da memória da universidade e ex-professor do Departamento de Serviço Social, falecido em 2012[2].

A coleção[editar | editar código-fonte]

Formação do acervo[editar | editar código-fonte]

O acervo do MDB é organizado por fundos documentais, respeitando a proveniência dos documentos, constituindo assim um acervo de gêneros textuais, audiovisual, sonoro, iconográfico, cartográfico, entre outros. Além disso, há peças tridimensionais e acervo bibliográfico. O Memorial é aberto ao público e abriga mais de 100 mil documentos históricos. Seu objetivo é viabilizar a historiadores, pesquisadores e ao público geral, o acesso aos conjuntos documentais indispensáveis à reconstituição da memória institucional e da cultura local, visando otimizar o emprego dos recursos tecnológicos necessários para o acesso ao seu conteúdo informacional.

Os acervos abrigados no Memorial Denis Bernardes passam por diversas formas de tratamento, que vão desde a higienização, organização, digitalização, indexação e disponibilização em meio eletrônico, como o Sistema Integrado de Biblitotecas e o Repositório Institucional da Universidade (RI), criado por meio de uso de software livre[3].

Fundo Documental Methódio Maranhão[editar | editar código-fonte]

Methodio Romano Albuquerque Maranhão (1864-1951) foi um jurista, político, professor catedrático e historiador . Ingressou em 1916 na Faculdade de Direito do Recife obtendo o grau de Bacharel. Teve uma ativa vida intelectual participando de diversos movimentos culturais da cidade do Recife. Dedicou-se também à pesquisa histórica, atividade que desenvolvia no Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico de Pernambuco, onde ingressou como sócio em 1907, chegando a ocupar, em 1942, o cargo de presidente. Exerceu mandato de Prefeito Municipal de Goiana no período de 1907 a 1910[4]. O acervo é composto por parte da biblioteca pessoal do ex-professor com aproximadamente 10 mil títulos.

Fundo Documental Ruy Antunes[editar | editar código-fonte]

Ex-professor da Faculdade de Direito do Recife, o então advogado Ruy da Costa Antunes foi eleito deputado estadual pelo Partido Comunista, porém teve seu mandato cassado em 1948, pouco depois de o partido ter sido declarado ilegal. Depois desse breve período atuando na política, o professor passou a advogar na área penal e a dar aulas na Faculdade de Direito, aproximando-se ainda mais dos livros. Sua biblioteca pessoal foi transferida para o Memorial em 2013 e é composta por cerca de 10 mil títulos.

Fundo Documental Joaquim Cardozo[editar | editar código-fonte]

Joaquim Maria Moreira Cardozo (Recife, 26 agosto 1897 – Olinda, 04 novembro 1978), além de renomado engenheiro, foi também poeta, contista, desenhista e editor de revistas especializadas dos ramos da arte e da arquitetura. Iniciou os estudos em Engenharia em 1915 e, na década de 1940, foi convidado por Oscar Niemeyer para realizar os cálculos estruturais do conjunto Pampulha. Cardozo publicou 11 livros, destacando-se a obra Poemas, que tem prefácio de Carlos Drummond de Andrade. Até o momento, foram identificados aproximadamente 200 títulos de sua biblioteca pessoal no Memorial Denis Bernardes[5].

Fundo Documental Marcos Freire[editar | editar código-fonte]

Nasceu em Recife em 5 de setembro de 1931 e, influenciado pelo pai, ingressou na Faculdade de Direito do Recife no ano de 1950, onde participou ativamente da política estudantil. No decorrer de quase meio século, o ex-senador Marcos de Barros Freire, atuou no meio político nacional, militando contra os detratores da democracia e estimulando uma geração de políticos que findaram por promover a abertura e a consequente redemocratização do país. Exerceu carreira acadêmica na Faculdade de Ciências Econômicas da Universidade, lecionando também na Escola de Administração, Faculdade de Direito do Recife. O acervo custodiado no MDB é composto por recortes de jornais (acervo de clipping) reunidos por Marcos Freire no período de 1952 a 1985. São 204 livros com recortes colados, ordenados cronologicamente, das quais não constam as de número 169 e 179.

Fundo Documental Assessoria de Comunicação da UFPE (ASCOM)[editar | editar código-fonte]

A Assessoria de Comunicação Social da Universidade Federal de Pernambuco (ASCOM), em parceria com o NTI (Núcleo de Tecnologia da Informação), é responsável pelacoordenação da política de comunicação da UFPE isto é, a mediação nos contatos entre a comunidade acadêmica e a imprensa. Cobriu jornalisticamente e documentou fotograficamente toda a vida acadêmica institucional. Este fundo documental é composto por cerca de 15 mil fotografias, que já se encontram digitalizadas pelo Laboratório de Tecnologia do Conhecimento (LIBER).

Núcleo de Rádio e TV Universitária (NRTVU/UFPE)[editar | editar código-fonte]

Estante dos Discos de Vinil da Rádio Universitária

Com a missão de Promover a comunicação pública de maneira democrática e participativa, estimulando a formação crítica e a construção do conhecimento, o Núcleo de Televisão e Rádios Universitárias (NRTVU), nasceu de um processo realizado pelos próprios profissionais da televisão e das rádios com apoio da Universidade Federal de Pernambuco.

Em 2013, foram resgatados cerca de 11 mil discos de vinil da Rádio Universitária com grande quantidade de exemplares da música erudita brasileira contemporânea; música popular de vários países; música erudita e popular de várias épocas, música popular brasileira, rock, rolk, etc. A coleção brange também entrevistas, depoimentos, programas de televisão mas aproximadamente 5 mil fitas U-Matic e Betacam com programações da TV Universitária. Com a obsolescência das mídias, a partir da modernização do equipamento do sistema de rádios da UFPE com a introdução da banda larga e a reestruturação dos estúdios para tecnologias digitais, tais suportes estavam guardados em péssimas condições de armazenamento, mas atualmente se encontram em estantes deslizantes apropriadas no MDB, apesar de não estar ainda em situações ideais de conservação e preservação. Além disso, as mídias carecem de identificação e tratamento informacional.

Fundo Documental Escola de Medicina[editar | editar código-fonte]

Corredor do arquivo da antiga Escola de Medicina do Recife

O Acervo da Antiga Escola de Medicina mantido no MDB reúne os registros das atividades acadêmicas realizadas antes da formação da UFPE, principalmente a atuação política e pedagógica do médico Octávio de Freitas, profissional que idealizou a Escola e ratificou a sua Ata inaugural após 1909. Constituído por parte dos documentos administrativos produzidos ao longo dos anos de sua existência, o acervo apresenta várias tipologias documentais como: atas, relatórios, ofícios, pareceres, documentos de diplomados, dentre outros, que ainda estão sendo identificados no inventário.

Fundo Documental Escola de Belas Artes de Pernambuco[editar | editar código-fonte]

Em 1932, foi idealizada uma Escola de Belas Artes, para o Recife, seguindo os parâmetros da Escola Nacional de Belas Artes. Para que se mantivesse a continuidade no processo de oficialização foi criado um grupo que se chamou de “Comitê Pró-Escola de Belas Artes de Pernambuco”. Ainda no mesmo ano, foi alugada a casa conhecida como “Solar dos Amorim” na Rua Benfica, 150, bairro da Madalena. A Escola de Belas Artes do Recife começou a funcionar, no dia 15 de julho daquele mesmo ano, a partir de boa vontade e doações, incluindo o empréstimo dos bustos de gesso da “Loja Maçônica Conciliação”. Os documentos se referem às transformações ocorridas na escola até a transferência dos cursos para o Centro de Artes e Comunicação, no campus universitário, na década de 1970[6].

Produção Intelectual da Universidade (PIU)[editar | editar código-fonte]

Preparação de disco em vinil para exposição temática

O acervo PIU é composto por publicações escritas por servidores ou ex-servidores da UFPE ou pós-graduados (Mestrado e Doutorado) que são editadas pela Editora Universitária. Além disso, este fundo documental também é constituído pelas teses e dissertações da UFPE. Estão inseridos no Sistema Pergamum da UFPE, tratados sob os Sistemas de Classificação Decimal de Dewey (CDD). Os títulos que ainda estão classificados com a Classificação Decimal Universal (CDU) serão alterados para CDD.

Outros Serviços[editar | editar código-fonte]

O espaço também promove cursos, oficinas e que empenham desenvolvimento de atividades práticas, também atua na realização de exposições além de possibilitar o contato com um acervo formato por documentos em diversos suportes[7].

Referências

  1. «RI UFPE: MDB - Memorial Denis Bernardes». repositorio.ufpe.br. Consultado em 5 de junho de 2018 
  2. «Exposição na UFPE conta a história das botijas» 
  3. «Memorial Denis Bernardes - UFPE». www.ufpe.br. Consultado em 5 de junho de 2018 
  4. Nascimento, Rony Joab do. «Universidade Federal de Pernambuco - Núcleo». www3.ufpe.br. Consultado em 5 de junho de 2018 
  5. «Joaquim Cardozo». Wikipédia, a enciclopédia livre. 7 de março de 2018 
  6. «Escola de Belas Artes de Pernambuco». basilio.fundaj.gov.br. Consultado em 5 de junho de 2018 
  7. «UFPE lança catálogo com obras dos seus mais de 70 anos de acervo artístico | PorAqui». PorAqui. 14 de março de 2018 

Categoria:Museologia do Brasil Categoria:Acervos Institucionais Categoria:Instituições Memoriais