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Usuário(a):AGOSTINHO MOISES GINGA ZAIS/Testes

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AGOSTINHO MOISES GINGA ZAIS Nasceu a 04 de Maio de 1995, em viana1 Licenciou-se em Medicina em brasil, ABEM-VINDO À FAAN Seja bem-vindo ao portal da Fundação Dr. António Agostinho Neto, nosso objectivo é promover a pesquisa e divulgação da vida e da obra do Dr. António Agostinho Neto; Promover actividades para melhorar o bem-estar e a condição dos angolanos; A promoção da educação, da ciência, da tecnologia e da cultura, para incentivar a criação e a inovação, de todo o tipo e sob todas as formas, e a investigação científica e tecnológica.

A RENÚNCIA IMPOSSÍVEL Negação Não creio em mim Não existo Não quero eu não quero ser Quero destruí-me - Atirar-me de pontes elevadas e deixar-me despedaçar sobre as pedras duras das calçadas Pulverizar o meu ser desaparecer não deixar sequer traço de passagem pelo mundo. Quero matar-me e deixar que o não-eu se aposse de mim. Mais do que um simples suicídio quero que esta minha morte Seja uma verdadeira novidade histórica um desaparecimento total até mesmo nos cérebros daqueles que me odeiam até mesmo no tempo e se processe a História e o mundo continue como se eu nunca tivesse existido como se nenhuma obra tivesse produzido como se nada tivesse influenciado na vida como se em vez de valor negativo eu fosse Zero. Quero ascender, subir elevar-me até atingir o Zero e desaparecer. Deixai-me desaparecer


Mas antes vou gritar com toda a força dos meus pulmões para que o mundo oiça:


- Fui eu quem renunciou à Vida! Podeis a continuar a ocupar o meu lugar vós os que mo roubastes


Aí tendes o mundo todo para vós para mim nada quero nem riqueza nem pobreza nem alegria nem tristeza nem vida nem morte nada.


Não sou. Não existo. Nunca fui. Renuncio-me Atingi o Zero


E agora, Vivei, cantai, chorai casai-vos, matai-vos, embriagai-vos dai sêmolas aos pobres. Nada me pode interessar que eu não sou Atingi o Zero!


Não contem comigo para vos servir às refeições nem para cavar os diamantes que vossas mulheres irão ostentar em salões nem para cuidar das vossas plantações de café e algodão não contem com operários para amamentar os vossos filhos sifilíticos não contem com operários de segunda categoria para fazer o trabalho de que vos orgulhais nem com soldados inconscientes para gritar com o estômago vazio vivas ao nosso trabalho de civilização nem com lacaios para vos tirarem os sapatos de madrugada quando regressardes de orgias nocturnas nem com pretos medrosos para vos oferecer vacas e vender molho a tostão nem com corpos de mulheres para vos alimentar de prazeres nos ócios da vossa abundância imoral.


Não contem comigo Renuncio-me. Eu atingi o Zero

Não existo. Nunca existi. Não quero vida nem morte Nada!

Podeis agora queimar os letreiros medrosos que às portas dos bars, hotéis e recintos públicos gritam o vosso egoísmo nas frases: “SÓ PARA BRANCOS” ou “ONLY TO COLOURED MEN” Negros aqui .Brancos acolá.


Podeis acabar com os miseráveis bairros de negros que vos atrapalham a vaidade Vivei satisfeitos sem “colour lines” sem terdes que dizer aos fregueses negros que os hotéis estão abarrotados que não há mais mesas nos restaurantes. Banhai-vos descansados nas vossas praias e piscinas que nunca houve negros no mundo que sujassem as águas ou os vossos nojentos preconceitos com a sua escura presença.


podeis transformar em toureiros ou em magarefes os membros da Ku-klux-klan para que matem a sua fome sanguinária nas feridas dos touros que descem à arena. Não há negros para linchar!


Porque hesitais agora! Ao menos tendes oportunidade para proclamardes democracias com sinceridade


Podeis inventar uma nova História. Inclusivamente podeis atribuir-vos a criação do mundo. Tudo foi feito por vós Ah! que satisfação eu sinto por ver-vos alegres no vosso orgulho e loucos na vossa mania de superioridade.


Nunca houve negros! A África foi construída só por vós A América foi colonizada só por vós A Europa não conhece civilizações africanas Nunca um negros beijou uma branca nem um negro foi linchado nunca mataram pretos a golpes de cavalomarinho para lhes possuírem as mulheres nunca extorquiram propriedades a pretos não tendes, nunca tivestes filhos com sangue negro ó racistas de desbragada lubricidade Fartai-vos agora dentro da moral.


Que satisfação eu sinto por não terdes que falsear os padrões morais para salvaguardar o prestigio, a superioridade e o estômago dos vossos filhos.


Ah! O meu suicídio é uma novidade histórica é um sádico prazer de ver-vos bem instalados no vosso mundo sem necessidade de jogos falsos.


Eu elevado até o Zero eu transformado no Nada-historico Eu no inicio dos Tempos eu-Nada a confundir-me com vós-Tudo sou o verdadeiro Cristo da Humanidade!


Não há nas ruas de Luanda Negros descalços e sujos a pôr nódoas nas vossas falsidades de colonização em Lourenço Marques em Nova York, em Leopoldville em Cape-Town gritam pelas ruas a foguetear alegria nos ares:


-Não há negros nas ruas! Nunca houve. Não há negros preguiçosos a deixar os campos por cultivar e renitentes à escravização já não há negros para roubar. Toda a riqueza representa agora o suor do rosto e o suor do rosto é a poesia da vida.



Não existe música negra Nunca houve batuques nas florestas do Congo Quem falou em spirituals?

Vá de enchem os salões de Debussy Struss Korsakoff. Já não há selvagens na terra. Viva a civilização dos homens superiores sem manchas negróides a perturbar-lhe a estética!


Nunca houve descobrimentos a África foi criada com o mundo.


O que é a colonização? O que são massacres de negros? O que são os esbulhos de popriedade? Coisas que ninguém conhece.


A história está errada Nunca houve escravatura nunca houve domínio de minorias orgulhosas da sua força


Acabai com as cruzadas religiosas A fé está espalhada por todo mundo sobre a terra só há cristãos vós sois todos cristãos.


Não há infiéis por converter Escusai de imaginar mais infidelidades religiosas para justificar Repugnantes actos de barbarismo.

Não necessitais enviar mais missionários a África nem aos bairros de negros Nunca houve feitiços nem concepções religiosas diferentes nunca houve religiosos a auxiliar a ocupação militar.


Acabai tudo, tudo e vós sois todos irmãos. Podeis continuar com os vossos sistemas socialistas ou capitalista que isso não me interessa. Explorai o proletariado ou dai-lhe de comer isso é convosco.

Continuai com os vossos sistemas políticos ditaduras democracias. Matai-vos uns aos outros lutai pela glória lutai pelo poder criai minorias fortes que protejam os seus comp… apadrinhai os afilhados dos vossos amigos criai mais castas aburguesai as ideias e tudo sem a complicação de verdes intrusos imiscuir-se na vossa querida e defendida civilização dos homens privilegiados.

Homens irmãos dai-vos as mãos gritai a vossa alegria de serdes sós SÓS! únicos habitantes da Terra.


Eu atingi o Zero!


Isto s implica extraordinariamente a vossa ética. Ao menos não percais agora a ocasião de serdes honestos.


Se houver terramotos Calamidades, cheias ou epidemias ou terras a defender da invasão das águas ou motores parados nas lamas a de selvas africanas raios partam! já não tereis de chamar-me para acudir ás vossas desgraças para reparar os vossos desastres ou para carregar com a culpa das vossas incúrias. Ide para o diabo!

Eu não existo Palavra de honra que nunca existi. Atingi o Zero o Nada. Abençoada a Hora do meu super-suicidio para vós homens que construís sistemas morais para enquadrar imoralidades

O sol brilha só para vós a lua reflecte luz só para vós nunca houve esclavagistas nem massacres Nem ocupações da África.

Como até a história se transforma num Tratado Moral sem necessidade de arranjos apressados!


Não existem os pretos dos cais e do caminho de ferro. Nos locais de trabalho nunca se ouviram cantos dolentes só há chiadeira do guindastes. Nunca pisaram os caminhos do mato carregados com quilos às costas são os motores que se queimam sob as cargas

Ó pretos submissos humildes ou tímidos Sem lugar nas cidades ou nos escaninhos da honestidade ou nos recantos da força com a alma poisada no sinal menos, polígamos declarados dançarinos de batuques sensuais sabei que subistes todos de valor Atingistes o Zero sois Nada e salvastes o Homem.

Acabou-se o ódio de raças e o trabalho de civilização e a náusea de ver meninos negros sentados na escola ao lado dos meninos de olhos azuis e as extorsões e compulsões e as palmatoadas e torturas para obrigar inocentes a confessar crimes e os medos de revolta e as complicadas demarches politicas para iludir as almas simples.


Acabaram-se as complicações sociais!


Atingi o zero Cheguei à hora do inicio do mundo E resolvi não existir.

Cheguei ao Zero-Espaço ao nada-tempo ao Eu coincidente com vós-Tudo.


E o que é mais importante Salvei o mundo.


1994

Original dactilografado. Arquivado fls.204 a 209/210ª215



Afirmação

Faça-se luz no meu espírito LUZ!

Calem–se as frases loucas Desta renúncia impossível.

Eu–todos nunca me enganei nunca coincidirei com o nada não me deitarei nunca debaixo dos comboios

Não fui eu quem falou da salvação do mundo à custa da minha existência da transformação do valor negativo em Zero por meio do castigo ao inocente em super – suicídio novidade histórica

Quem falou não fui eu foi a minha loucura.

O meu lugar está marcado no campo da luta para conquista da vida perdida

Eu sou. Existo As minha mãos colocaram pedras nos alicerces do mundo Tenho direito ao meu pedaço de pão Sou um valor positivo da humanidade e não abdico, nunca abdicarei! Seguirei com os homens livres O meu caminho para a liberdade e para a Vida.[[

Biografia


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