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AVALIAÇÃO DAS HABILIDADES AUDITIVAS E DE LINGUAGEM[editar | editar código-fonte]

As habilidades auditivas são divididas em 4, sendo estas detecção, discriminação, reconhecimento e compreensão, e foram descritas pelo Dr. Norman Erber em 1982.

A detecção é a habilidade para responder a presença e a ausência do som, é a primeira a ser conquistada, e para isso a criança precisa ter atenção.

A discriminação é a habilidade para perceber as semelhanças e diferenças entre dois ou mais estímulos auditivos.

O reconhecimento é a habilidade de associar os sons e o que ele representa, sendo subdivido em três: introdutório (criança se programa para ouvir o que está vendo), intermediário ( se programa para responder sobre um assunto que já conhece, e sem pistas visuais) e por fim o aberto ( o assunto tratado não é combinado, e a criança consegue falar sobre qualquer assunto que entenda).

A compreensão é a habilidade de compreender a fala.

Vale ressaltar que para o desenvolvimento de uma habilidade a outra é um pré-requisito. E todas estas habilidades são importantes para o desenvolvimento da atenção e memória.

Para o desenvolvimento das habilidades auditivas a criança deve estar exposta em um contexto rico para o desenvolvimento linguístico-cognitivo, assim a audição, fala e linguagem serão desenvolvidas e também ter a audição binaural, que auxilia na localização do indivíduo no espaço e para a compreensão da fala em ambientes com ruído, por exemplo.

A avaliação das habilidades deve ocorrer de forma contínua, sobre o que a criança fala, ouve e entende. Para realizar a avaliação diagnóstica, é realizado o teste dos 6 sons de Ling.

As habilidades auditivas são muito importantes para o desenvolvimento da linguagem, já que é necessário o modelo auditivo para o aprendizado e produção de fala, além de indicar os turnos de comunicação e seu papel como interlocutor. Por estes motivos a detecção precoce da perda auditiva possibilita a intervenção imediata e o melhor desenvolvimento da linguagem. No período de ouro (o à 3,6 anos) o desenvolvimento é muito importante pois estimula a neuroplasticidade, reabilitando melhor a audição. A partir dos 5 anos para a plasticidade neuronal é o pior período, pois ocorre o período de aperfeiçoamento da linguagem já adquirida.

Referências

ERBER NP. Auditory Training. Washington DC: Alexander Graham Bell Association for the Deaf, 1982. 197p. BEVILACQUA, M. C.; FORMIGONI, G. M. P. Audiologia educacional: uma opção terapêutica para a criança deficiente auditiva. 3 ed. São Paulo: Pró fono, 2000. 86 p.

Material elaborado por John Tracy Clinic. Disponível em: hp://www.jtc.org/ideas-advice/ Tradução e adaptação realizada por: Mariane Perin Comerlao e Natália Barreto Frederigue Lopes. Departamento de Fonoaudiologia, Faculdade de Odontologia de Bauru – USP