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Usuário(a):Adilson Higa Dorval/Testes

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Adilson Higa Dorval começou no judô muito novo, para aprender disciplina e os demais preceitos que a Arte Marcial ensina a quem se propõe ser um discípulo e seguiu no Judô entre dificuldades e paradas até os 22, quando era faixa-marrom. A disciplina ensinada nas Artes Marciais fez ele ser mais focado em outros esportes, conseguindo muito mais destaque e resultados na adolescência em outro esporte, o voleibol, onde atuou como atleta de algumas equipes de ponta na época como a Copagaz, Rádio Clube, Círculo Militar, conseguindo bolsa integral para estudar, treinar e jogar pelo ASE, escola de renome em Campo Grande na década de 80. Nessa época, chegou a ser convocado cinco anos seguidos para a seleção de voleibol de MS, recebendo vários prêmios e medalhas, mas sempre que dava e sobrava um tempo, colocava meu velho e único kimono para treinar o que me ensinou muitas lições.

O esporte foi fundamental na formação educacional, pois proporcionou a Adilson Higa estudar nas melhores escolas e faculdades como atleta bolsista. Formou se em Análise de Sistemas em 1994 e nesse mesmo ano eu foi para o Japão trabalhar como dekassegui em uma fábrica de peças automotivas,e nas poucas horas de folga semanal seu objetivo era treinar Judô na tradicional escola Kodokan fundada por Jigoro Kano para obter a faixa preta de Judô. E como todo judoca, já havia treinado jiu-jitsu, ou como dizia seu sensei, Ju-Jutsu, o que fez toda diferença pois tinha já alguma facilidade na luta de chão.

Esse período que esteve por lá surgiu a oportunidade de lutar um Vale-Tudo (hoje denominado MMA), como só sabia Judô e algumas posições de defesa pessoal do Jiu-Jitsu, foi a dose necessária para ganhar a luta, e isso lhe exigiu mais chão. Foi aí que começou a treinar exclusivamente o Jiu-Jitsu com amigos que moravam em outras cidades nos finais de semana, conseguindo se graduar faixa azul e tendo até alguns alunos. Com isso integrou a equipe Nova União, equipe com jiu-jitsu muito forte e técnico, treinando com o instrutor Ossamu Abe e supervisionado por Dedé Pederneiras, participando de muitos campeonatos e sendo graduado faixa roxa. Nessa época vivia apenas treinando, dando aulas em Isesaki e Ohta província de Gunma e lutando torneios de Vale-Tudo. Tendo um cartel de 36 lutas de vale-tudo, com 33 vitórias e uma derrota, resultados estes todos realizados em eventos amadores japoneses.

Quando veio do Japão para o Brasil, a intenção era somente treinar e pegar a faixa-preta de jiu-jitsu. Fui acolhido na equipe do Professor Emílio Carlos China de quem recebi a faixa Marrom em 2004 e a faixa Preta do Mestre Ricardo De La Riva em 2007.

Desde então havia se dedicado muito pouco ao Jiu-Jitsu por motivos de ordem pessoal e profissional, quando que por uma vontade Higa queria voltar a treinar forte em 2009 para lutar o Panamericano em Salvador, e começou a preparação física e técnica treinando duas vezes por dia durante dois meses, foi quando aconteceu o acidente que mudou a vida de Adilson Higa, dando início a essa história, Higa foi atropelado por um caminhão tendo o braço esquerdo decepado instantaneamente, e ficando em coma algumas semanas até acordar do coma.

Mais uma vez Higa agradece a vida esportiva e a saúde boa por sobreviver a esse trauma que é a amputação, pois o corpo suportou e resistiu a todo tratamento e aos remédios, e também as lições das Artes Marciais que o ensinaram a não desistir, superar limites, respeitar a si e aos outros, saber os limites que conseguiria atingir, controlar a dor, a ansiedade, dominar seus medos e ter a consciência do seu papel como atleta, professor, e formador de opinião.

Com isso o Jiu-Jitsu foi fundamental na sua recuperação, primeiramente como ferramenta de autoconhecimento, de trabalho mental e depois como suporte esportivo como atividade de fortalecimento e desintoxicação e em outras fases, como desafio pessoal e fator de integração social.

Passados alguns meses do acidente Higa resolveu treinar duro para se ocupar, fortalecer seu corpo e mente, pois sentia que poderia novamente se igualar e ter prazer em uma atividade esportiva, sempre com a motivação do desafio pessoal, da superação de limites. Com isso foi reaprendo posições e com a ajuda de amigos professores e alunos adquiriu uma postura diferenciada e uma técnica única, toda ela adaptada para sua necessidade.

Higa Foi se testar sem muitas pretensões em alguns campeonatos e obteve resultados animadores, mas a maior satisfação era pessoal, a de poder se igualar tecnicamente e mostrar que é possível. Desde então planeja o que quer e vai atrás de cada objetivo, e hoje tem títulos em Campeonatos de ponta como Brasileiro, Panamericano Sul Americano Bi Campeonato Estadual, Campeão Submission e de Luta Livre Esportiva.

Com isso o objetivo é mostrar que é possível, basta querer e trabalhar duro e todos os dias que os resultados aparecem.