Usuário(a):Alysson Dias/Testes
Safo / Registros históricos e bibliográficos
No inicio do século XX foram descobertos os papiros de Oxirrinco na moderna cidade de el-Bahnasa no Egito[1]. Neles continham diversos poemas de Safo datados do século I, II e III d.C. Dentre esses papiros haviam alguns trechos do Fragmento 1, também conhecido como Ode a Afrodite ou Hino a Afrodite[2], Fragmentos 6-8; 15-30; 43; 60; 88; 99A-B. Assim, os papiros se Oxirrinco são a fonte de transmissão mais antiga que se tem a respeito dos poemas de Safo.
Ode a Afrodite / Poema
Segue o texto completo abaixo:
"De flóreo manto furta-cor, ó imortal Afrodite,
filha de Zeus, tecelã de ardis, suplico-te:
não me domes com angústia e náuseas,
venerada, o coração,
mas para cá vem, se já outrora -
a minha voz ouvindo de longe - me
atendeste, e de teu pai deixando a casa
áurea a carruagem
atrelando vieste. E belos te conduziram
velozes pardais em torno da terra negra -
rápidas asas turbilhonando céu abaixo e
pelo meio do éter.
De pronto chegaram. E tu, ó venturosa,
sorrindo em tua imortal face,
indagaste por que de novo sofro e por que
de novo te invoco,
e o que mais quero que me aconteça em meu
desvairado coração: 'Quem de novo devo persuadir
(?) ao teu amor ? Quem, ó
Safo, te maltrata?
Pois se ela foge, logo perseguirá;
e se presentes não aceita, em troca os dará
e se não ama, logo amará,
mesmo que não queira'.
Vem até mim também agora, e liberta-me dos
duros pesares, e tudo o que cumprir meu
coração deseja, cumpre; e, tu mesma,
sê minha aliada de lutas."[3]
- ↑ Sappho (2014). Sappho : a new translation of the complete works. Diane J. Rayor, A. P. M. H. Lardinois. Cambridge: [s.n.] OCLC 869460595
- ↑ Ragusa, Giuliana (2005). Fragmentos de uma deusa : a representação de Afrodite na lírica de Safo. Campinas: UNICAMP. OCLC 69929277
- ↑ Ragusa, Giuliana (2005). Fragmentos de uma deusa : a representação de Afrodite na lírica de Safo. Campinas: UNICAMP. OCLC 69929277