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Avaliação das Habilidades Auditivas e de Linguagem[editar | editar código-fonte]

Introdução[editar | editar código-fonte]

O desenvolvimento das habilidades auditivas e de linguagem ocorrem nos primeiros anos de vida, pois a maturação do sistema auditivo central ocorre neste período, proporcionando o maior período de neuroplasticidade plasticidade da vida humana, assim permitindo o estabelecimento de novas conexões neurais que são de extrema importância para um desenvolvimento típico da audição e da linguagem, por esta razão este período é considerado crítico para a aquisição de habilidades auditivas e de linguagem.[1]

Tendo ciência de que a audição faz parte da linguagem, os desenvolvimentos da fala está relacionado de forma condicional ao surgimento das habilidades auditivas. Por isso, o acompanhamento do processo da audição de crianças em desenvolvimento em idade escolar é necessário, pois o desempenho típico dos processos auditivos periféricos e centrais permitem que as funções de  receber, transmitir, perceber, relembrar os sons e integrar as experiências sonoras, promovam a comunicação e interação social.[1]

A qualidade do desenvolvimento da aprendizagem está diretamente ligada à maturação das habilidades auditivas, pois a forma que entendemos e percebemos as mensagens que estão sendo transmitidas é um fator decisivo para o desenvolvimento da linguagem oral e escrita. Sendo assim necessário que as habilidades de detecção, discriminação, localização, reconhecimento e compreensão dos sons estejam íntegras, assim como a sensação, memória para os sons e atenção, para que ocorra um bom desempenho no desenvolvimento da alfabetização.[1]

Relação das habilidades auditivas com a linguagem[editar | editar código-fonte]

Com o desenvolvimento das habilidades auditivas, ocorre a melhora no processo da linguagem oral bem como da compreensão e ajuda principalmente as crianças, a dar significado ao mundo.[2]

O completo funcionamento das estruturas responsáveis pela audição é de suma importância para aquisição e desenvolvimento da linguagem. A criança apenas estará apta para abranger e reconhecer a fala após compreender, entender, detectar, discriminar, localizar sons, memorizar e integrar as experiências auditivas.[2]

Uma pequena alteração na via auditiva faz com que a criança apresente dificuldades não só para ouvir, mas para compreender e entender os sons aos quais entra em contato , ocasionando grandes prejuízos na aquisição e desenvolvimento da linguagem.[2]

O que é e quais são as habilidades auditivas[editar | editar código-fonte]

As habilidades de processamento auditivo são funções do sistema nervoso auditivo central executadas para compreendermos e utilizarmos os sons que recebemos, de maneira eficiente e efetiva.[3]

As habilidades auditivas são:[2]

Detecção: Habilidade perceber a ausência e presença de som.

Discriminação: Discriminar dois ou mais estímulos sonoros.

Figura Fundo: Habilidade de compreender sons de fala em presença de outros sons competitivos.

Reconhecimento: Identificar o som e a fonte sonora com a capacidade de nomear e/ou classificar o som que ouviu.

Localização: Habilidade de localizar onde está origem sonora.

Fechamento: Habilidade de compreender o todo quando parte da informação sonora está ausente ou distorcida.

Sensação sonora: Habilidade de perceber a intensidade, frequência e duração de um som.

Compreensão: É o ato de estabelecer relações entre o estímulo sonoro produzido de outros ambientes a do seu próprio comportamento.

Memória: Habilidade de armazenar diferentes estímulos auditivos.

Síntese ou integração Binaural: Habilidade para reconhecer estímulos sonoros diferentes, apresentados de forma não simultânea, mas complementares ou em sequência em ambas as orelhas.

Atenção: Acompanha um estímulo mesmo que atenção primária esteja em outro estímulo.

Como avaliar as habilidades auditivas[editar | editar código-fonte]

Inicialmente, por meio de uma triagem escolar e avaliação simplificada do processamento auditivo, procedimentos de fácil aplicabilidade, onde é possível identificar facilmente as dificuldades encontradas na criança. Estas, podem ser encaminhadas para uma avaliação mais detalhada e possível estimulação das habilidades auditivas. [2]

É fundamental salientar a importância de como desenvolver essas habilidades auditivas através de atividades de múltiplas escolhas, iniciando com onomatopeias, vogais, consoantes, palavras, frases, quando estiver numa fase mais avançada, o paciente deve repetir o que ouviu, estimulando assim a compreensão.[2]

Qualquer alteração em uma das habilidades auditivas pode trazer comprometimento e interferir na comunicação do indivíduo. Dessa forma, diante de alguma dificuldade é necessário procurar um profissional capacitado.[2]

Desenvolvimento da linguagem[editar | editar código-fonte]

A partir da intenção comunicativa, surgem diversos métodos de interação social na vida animal, sendo que o mais complexo é encontrado na vida humana: a linguagem. Tendo por critérios para seu surgimento a aquisição de habilidades auditivas, a linguagem também é construída com base em um cérebro pronto para ser modelado. Desta forma, a aquisição da linguagem depende de fatores pré-linguísticos que acontecem desde a vida intrauterina até a maturação da linguagem onde será compreendida em três principais esferas:  forma, conteúdo e uso.[4][5][6][7]

Em uma situação de diálogo, dois interlocutores trocam mensagens através de códigos. Essa cena é possível graças às habilidades auditivas, cognitivas, conhecimento individual entre outras que resultam na escuta, compreensão e emissão de devolutiva que se dá a partir do juízo feito por cada um dos interlocutores. Para a devolutiva, o falante deverá organizar suas palavras adequadamente de acordo com a forma, visto que as diversas línguas existentes possuem características de encadeamento e pronúncias lógicas próprias, conteúdo, condizente ao sentido e significado, e uso, que deve estar de acordo com o contexto.[4][5][6][7]

Habilidades de linguagem[editar | editar código-fonte]

Morfologia: Trata-se da capacidade de manipular e a adequação de palavras, no tocante a forma, baseada no conhecimento prévio de formação de palavras. [5]

Sintaxe: Também referente a forma, a habilidade morfossintática possibilita a construção de frases em uma cadeia de códigos da linguagem (palavras, interjeições, conjunções etc) padronizada pela língua sendo, portanto, aceitável e compreensível. [5][8][9][10]

Semântica: Estando na esfera do conteúdo, trata-se da escolha de palavras a partir do sentido dessas. Quanto maior o vocabulário de uma pessoa, mais riqueza semântica ela tem; possibilitando o uso de diversos sinônimos e das mesmas palavras em seus diferentes sentidos/valores semânticos. [5][8][10]

Pragmática: Referente ao uso, a pragmática se dá pela habilidade de usar palavras que condizem com o sentido de uma determinada situação. [4][5][8]

Fonologia: No campo cognitivo, a fonologia acontece pelo entendimento e encadeamento de sons da fala antes de sua emissão, o que é possível graças à consciência fonológica, a habilidade de quebrar o discurso em partes: palavras, grafemas e fonemas. Está na esfera da forma. [4][5][6][7]

Fonética: Parte da forma, implica na articulação das palavras para a emissão dos sons da fala. [4][5][7]

Prosódia: Usando da modulação vocal, a prosódia confere habilidade de expressão de sentido, emoções e características sociais.[8]

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  1. a b c Camargo, Gabrielle Fernand Garrido et all (2019). «HABILIDADES AUDITIVAS POR MEIO DA AVALIAÇÃO SIMPLIFICADA DO PROCESSAMENTO AUDITIVO EM ESCOLARES». Consultado em 1 de novembro de 2022  line feed character character in |titulo= at position 44 (ajuda)
  2. a b c d e f g «Você sabe quais são as Habilidades Auditivas e Habilidades Linguísticas?». Site DO. Consultado em 1 de novembro de 2022 
  3. «9 Habilidades auditivas realizadas pelo cérebro | eauriz». www.eauriz.com.br. 16 de setembro de 2021. Consultado em 1 de novembro de 2022 
  4. a b c d e Mousinho, Renata; et al. (2008). «Aquisição e Desenvolvimento da Linguagem: Dificuldades que podem surgir neste percurso» (PDF). Consultado em 2 de novembro de 2022 
  5. a b c d e f g h Prates, Letícia Pimenta Costa Spyer; et al. (2011). «Distúrbios da fala e da linguagem na infância» (PDF). Consultado em 2 de novembro de 2022  line feed character character in |titulo= at position 37 (ajuda)
  6. a b c Muszkat, Mauro; Mello; et al. «Neurodesenvolvimento e linguagem» (PDF). Consultado em 2 de novembro de 2022 
  7. a b c d Oliveira, Patrícia Santos; et al. (2015). «DESENVOLVIMENTO DA LINGUAGEM E DEFICIÊNCIA AUDITIVA: REVISÃO DE LITERATURA». Consultado em 2 de novembro de 2022 
  8. a b c d Lopes, Leonardo Wanderley; et al. (2014). «PROSÓDIA E TRANSTORNOS DA LINGUAGEM: LEVANTAMENTO DAS PUBLICAÇÕES EM PERIÓDICOS INDEXADOS ENTRE 1979 E 2009». Consultado em 2 de novembro de 2022  line feed character character in |titulo= at position 37 (ajuda)
  9. DUARTE, Janaína Luciane; BRAZOROTTO; et al. (2009). «ANÁLISE DAS ESTRATÉGIAS UTILIZADAS EM UM GRUPO TERAPÊUTICO PEDAGÓGICO PARA AUXILIAR O DESENVOLVIMENTO DA LINGUAGEM ESCRITA EM CRIANÇAS COM DEFICIÊNCIA AUDITIVA». Consultado em 2 de novembro de 2022  line feed character character in |titulo= at position 59 (ajuda)
  10. a b Santos, Raquel. «A aquisição da linguagem». Consultado em 2 de novembro de 2022