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Usuário(a):Andresgois/Testes

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O Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Ceará[1] ou CREA-CE é a entidade que exerce, por delegação do poder público, a verificação do exercício profissional na área de Engenharia, Arquitetura, Agronomia, Geografia, Geologia e Meteorologia, atividades afins e correlatas. É presidida atualmente por Emanuel Maia Mota.


Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Ceará
Andresgois/Testes
Edifício do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Ceará, em Fortaleza.
Fundação 17 de janeiro de 1936 (88 anos)
Sede Fortaleza,  Ceará
Línguas oficiais Português
Presidente Emanuel Maia Mota
Sítio oficial www.creace.org.br


História[editar | editar código-fonte]

CREA é instalado no Ceará[editar | editar código-fonte]

Em 1936, o Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia expandia sua atuação por todo o País com a criação dos Conselhos Regionais. Esse foi o ano da instalação do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Ceará. E o CREA-CE nasceu num cenário muito importante para o Estado que passava, assim como toda a região nordeste do Brasil, por um momento de instabilidade com a estiagem que avançava pelo sertão e as serras. Essa situação, na verdade, provocada por consecutivos períodos de seca fez o Governo Federal despertar para esse grave problema.

O Sistema CONFEA/CREA começa a ganhar corpo em todo o Brasil. Os Conselhos Regionais, aos poucos, se disseminavam sob orientação da cúpula nacional do Conselho. Era necessário correr contra o tempo perdido. De Norte a Sul, com a regulamentação, as categorias se organizavam para implementar suas ações em defesa da legitimação de suas profissões. As discussões também avançavam no Ceará até que um encontro de engenheiros realizado no Clube de Engenharia deste Estado consolidou aquilo que já era uma questão de tempo: o nascimento do CREA no Ceará.

Os Primeiros Funcionários do CREA[editar | editar código-fonte]

As poucas economias eram guardadas para saldar as despesas com pessoal. Apesar das dificuldades, o Conselho buscava alternativas para dar total condição de trabalho aos seus conselheiros. O CREA consegue aprovar um quadro de funcionários e isso seria um passo importante para o crescimento da estrutura administrativa do Conselho no Estado. Os conselheiros aprovaram o seguinte quadro de pessoal: José Jorge de Oliveira Cordeiro - Superintendente; Maria Aleide de Castro Joca – Diretora de Secretaria; Dagoberto Tamiarana de Sá Barreto – Auxiliar de Escritório; Geraldo Fernando de Oliveira – Servente.


Solicitações de ART Avançam entre Profissionais de Outras Categorias da Área Tecnológica[editar | editar código-fonte]

No dia 04 de fevereiro de 1965 surge nos livros de registros do CREA-CE, a primeira declaração de responsabilidade técnica assinada por um arquiteto. O registro da solicitação CAPÍTULO 5 103 n.o 111/65 refere-se ao contrato celebrado entre o arquiteto Kepler Pompeu, carteira 449-D e a empresa ROMAC – Roupas Masculinas Confecções S/A. O prédio da referida loja foi construído na Rua Paraíba s/n. O arquiteto Kepler Pompeu era um profissional credenciado pelo Instituto de Previdência do Estado do Ceará – IPEC – pertencendo, portanto, aos seus quadros de assistência técnica. Como arquiteto, ele assinou várias solicitações de construção de casas em lotes na denominada “Cidade do Funcionário”. Lotes que pertenciam aos segurados do IPEC.

A partir de março de 1965, portanto, é possível observar que, além dos engenheiros civis, outros profissionais começam a registrar suas solicitações de responsabilidade técnica sobre obras que se espalhavam por Fortaleza. Obras de grande, médio e pequeno porte, mas todas elas com a presença de profissionais da área tecnológica graças ao importante trabalho de fiscalização e orientação desenvolvido pelo Conselho.

Sede Própria[editar | editar código-fonte]

O debate em torno da compra da sede própria do CREA da 9 a Região voltou a ser destaque numa sessão extraordinária realizada no dia 16 de maio de 1972 especificamente para tratar sobre o assunto. O presidente do CREA abriu a sessão solicitando a apresentação do trabalho realizado pela comissão que foi formada para encontrar um imóvel compatível com as necessidades do Conselho no Estado. Na ocasião, várias casas foram vistoriadas pela comissão. O conselheiro Afrânio Gonzaga Sales fez um relato dessas vistorias e CAPÍTULO 6 115 apresentou ao final a possibilidade de aquisição sobre os estudos realizados sobre três residências.

À época, o desejo da compra de um imóvel para ser a sede própria virou anúncio de jornais. O comunicado, com as devidas especificações, foi publicado no Correio do Ceará, Unitário e Jornal O Povo durante três dias seguidos. Ao final desse processo a comissão elegeu como candidatas à sede do CREA uma residência localizada na Avenida do Imperador, 396; uma residência na Rua Pedro I, 874; e uma residência na Rua Antônio Pompeu, 999. O presidente colocou a discussão para o plenário. Depois de uma criteriosa análise dos conselheiros presentes, venceu a proposta da compra da casa situada na Avenida do Imperador, 396.

A primeira sessão ordinária realizada na sede própria do CREA da 9a Região, na Avenida do Imperador, 396, aconteceu no dia 8 de setembro de 1972 sob a presidência do Engenheiro Civil e eletrotécnico Jaime Câmara Vieira. Além do conselheiro presidente estiveram presentes na abertura dos trabalhos na sede própria os conselheiros: José Almar Almeida Franco, Cláudio Régis de Lima Quixadá, Afrânio Gonzaga Sales, José da Rocha Furtado Filho, João Cela Militão Menescal, Guido Fontgalland, José Maria de Ales Andrade Neto, Francival Pinto Diógenes, Antônio Bezerra Peixoto e Eloísio Maramaldo Gouveia. O conselheiro Mauro Barros Gondim teve sua ausência justificada por estar representando a Escola de Agronomia em Brasília (Atas do Plenário 1969/74, 1972).

Infraestrutura de Serviços[editar | editar código-fonte]

Nesta década que vai de 1966 a 1976 que antecede o surgimento da ART – Anotação de Responsabilidade Técnica - o Estado do Ceará também viu crescer a infraestrutura em projetos de expansão da rede elétrica, água, esgotamento sanitário e telecomunicações. Foi uma década de grandes investimentos de empresas públicas como Companhia Energética do Ceará – COELCE, Companhia de Água e Esgoto do Ceará - CAGECE, Telecomunicações do Ceará – TELECEARÁ e Empresa Brasileira de Telecomunicações - EMBRATEL.

Mudança de sede[editar | editar código-fonte]

O ano de 1978 estava no fim. Depois de muitas discussões, estudos e debates no Plenário do CREA, a instituição muda mais uma vez de sede. Agora o CREA-CE tinha endereço firmado na Rua Paula Rodrigues, no 304, no Bairro de Fátima, em Fortaleza.

Uma sede própria, mas ainda não seria a sede definitiva. A primeira reunião ordinária realizada no novo endereço aconteceu no dia 20 de dezembro. A 295a Sessão Ordinária do Conselho, no entanto, não seria marcada apenas por essa novidade.

Infraestrutura Recebe Prioridade e Impulsiona a Engenharia no Ceará[editar | editar código-fonte]

Em junho de 2000, o CREA-CE trouxe ao seu plenário a abordagem de um assunto de relevante interesse, especialmente para engenheiros civis, mecânicos, eletricistas e industriais. Uma palestra sobre o tema Construção de Edificações Metálicas para População de Baixa Renda”, que foi proferida pelo Engenheiro Civil Francisco Régis Carneiro de Andrade. O conselheiro focou em um estudo feito pela Usiminas do Brasil - USIMINAS,empresa de fornecimento de aço para usinas, que estava trabalhando em projetos de construção metálica para a população de baixa renda, principalmente, em dois aspectos: casa popular com 36 metros quadrados e um prédio com construção semi-industrializada com área de 747 metros quadrados. O engenheiro salientou, na oportunidade, que o Brasil ocupava o 7o lugar como produtor e o 3o lugar como exportador de aço com relação a produção mundial.

O Brasil estava em posição de destaque no ranking mundial da produção de aço ao lado de produtores como, Japão, Estados Unidos, Rússia, Alemanha, Coreia e França. Com relação ao sistema de edificação a informação era que de agosto de 1994 a dezembro de 1998, o custo da mão de obra havia aumentado muito, enquanto que a parte de materiais havia evoluído numa proporção muito menor, em torno de 38%. O uso de novas tecnologias, estava estabelecendo também novas tendências. Uma tendência de se melhorar a mão de obra, principalmente, na parte de racionalização de obra, inclusive canteiro.

Ver também[editar | editar código-fonte]

Conselho Federal de Engenharia e Agronomia

Referências[editar | editar código-fonte]

  1. Cabral, Sandra Maria Dantas, Mota, Francisco Ricardo Cavalcante; (18 de janeiro de 2016), Português: UMA CONSTRUÇÃO DE 80 ANOS (PDF), consultado em 2 de março de 2020