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Usuário(a):Armindo Marques/Testes

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Domingos Jayme Filinto Álvares d’Almeida Guimarães, jornalista, escritor e tradutor, nasceu no Porto, na freguesia da Sé em 09/02/1855, e morreu na mesma cidade, na freguesia de Paranhos em 02/09/1922. Era filho de Gustavo Adolfo da Silva Alves e de Maria Augusta da Silva Alves. Agregou ao seu nome o pseudónimo literário de Jayme Filinto e teve de justificar esse acrescento na Administração do Bairro Oriental do Porto em 02/05/1878, Cumpria então o seu segundo ano nas fileiras do exército e era distinguido com três promoções sucessivas a cabo, furriel e 2º sargento. Nessa mesma repartição, tornaria a comparecer mais tarde em 21/11/1896, com duas testemunhas, por discordância dos outros supostos sobrenomes patronímicos, alegando que tinha havido engano da parte de quem lavrou o seu registo de baptismo quanto aos nomes dos pais, que atestava se chamavam Gustavo Adolfo Álvares de Almeida Guimarães e Maria Augusta da Silva Álvares [1] . Colaborou nos jornais “O Primeiro de Janeiro” [2], “A República”, “Folha Nova”, “Norte”, “Correio do Norte”, “ A Voz Pública” e em diversas revistas literárias e científicas como “Na corda bamba” de Guedes de Oliveira, em “O Porto por um canudo” de Sá de Albergaria., Escreveu “Canto dos Finados”, “Marido Chauffer”, “Preciosa Pinga”, “Contos e Narrativas”, o drama “O Filho do Diabo” e coordenou a publicação conjunta de vários artigos sob a epígrafe “A Grande Catástrofe do Teatro Baquet”, escritos em cima do acontecimento do horrível incêndio desse teatro portuense em 1888 a fim de angariar fundos para socorrer as vítimas sobreviventes. Traduziu ainda diversas obras de Charles Dickens (“David Copperfield”), Alphonse Daudet (“O Pequenote”), de Balzac (“Elixir da Longa Vida” e “A Estalagem Vermelha”), de Haeckel “(Os Enigmas do Universo”). Foi sócio da Associação de Jornalistas e Homens de Letras do Porto, tendo pertencido aos seus corpos gerentes. Depois da morte da sua filha única e da esposa, abalado pelo desgosto e por problemas de saúde, abandonou a intensa carreira jornalística e foi integrado no quadro geral dos serviços administrativos da Santa Casa de Misericórdia do Porto onde ascendeu ao cargo de 2º oficial em 26/05/1898, de 1º oficial em 12/09/1908[3] e de chefe de secretaria do Hospital Conde Ferreira a partir da data da sua nomeação em 14/01/1920 e até à sua morte. Deixou sete filhos menores da sua segunda mulher, Laurinda Oliveira Neves. Foi sepultado no Cemitério do Prado do Repouso.

Referências

  1. Arquivo Histórico da Santa Casa da Misericórdia do Porto, Processos Individuais, Ano 1922, fls.242 a 312
  2. Primeiro de Janeiro” de 03/09/1922 ¬ “Jaime Filinto ¬ Falecimento do antigo e distinto jornalista”
  3. Arquivo Nacional da Torre do Tombo PT/TT/RGM/M/311587 e PT/TT/RGM/M/M/309616