Usuário(a):BlitzkriegBoop/A Voz Feminina

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

A Voz Feminina foi um periódico português, fundado em Lisboa em 1868 por Francisca de Assis Martins Wood. É tido como o primeiro periódico feminista a ser publicado na Europa.[1]

Francisca Wood contou com o apoio do marido, e de colaboradoras como Guiomar Torresão, Mariana Angélica de Andrade, Emília da Maia, Maria Adelaide Fernandes Prata. Inicialmente tinha periodicidade semanal, e contava unicamente com mulheres como contribuidoras.[2]

Estrutura[editar | editar código-fonte]

O jornal abria com uma secção editorial, á qual se seguiam a secção literária, a de modas, a de correspondência, artigos didácticos, variedades e anúncios.

Temática[editar | editar código-fonte]

Os temas abordados estavam relacionados com os direitos das mulheres e a defesa da sua educação, religião, crítica literária e defesa dos animais.

Encerramento[editar | editar código-fonte]

A Voz Feminina findou a sua publicação depois de 102 números, em 1869, com a sua editora a acusar a Igreja Católica, detentora de grande poder e influência na sociedade de então, de uma guerra secreta no seu último editorial.[2]

Referências

  1. Coelho, Sónia; Fontes, Susana (6 de dezembro de 2021). «Vozes femininas a favor da instrução das mulheres nos jornais oitocentistas: A Assembleia Literária e A Voz Feminina». Revista de História da Sociedade e da Cultura: 241–262. ISSN 2183-8615. doi:10.14195/1645-2259_21_10. Consultado em 3 de abril de 2024 
  2. a b Pazos-Alonso, Cláudia (2 de janeiro de 2017). «SPREADING THE WORD: the "woman question" in the periodicals a voz feminina and o progresso (1868–69)». Angelaki (em inglês) (1): 61–75. ISSN 0969-725X. doi:10.1080/0969725X.2017.1285615. Consultado em 15 de abril de 2024