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Miguel Pereira dos Santos | |
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Nome completo | Miguel Pereira dos Santos |
Nascimento | 17 de julho de 1943 Pernambuco, Brasil |
Morte | 20 de setembro de 1972 (29 anos) Região do Araguaia, Pará, Brasil |
Nacionalidade | brasileira |
Ocupação | bancário, militante |
Miguel Pereira dos Santos nasceu no dia 13 de julho de 1943, em Recife – PE. Mudou-se para São Paulo com a família no ano do golpe de 1964. No mesmo ano, concluiu o Curso Científico no Colégio de Aplicação da USP, o que equivale ao Ensino Médio atual. Chegou a trabalhar no Banco Intercontinental do Brasil.
Militância[editar | editar código-fonte]
A militância em sua vida se iniciou cedo, filiando-se ao Partido Comunista e em 1965 começou a ser perseguido devido à sua atuação política, mesma época em que passou a viver na clandestinidade. O DOPS chegou a interrogar sua mãe, Helena Pereira dos Santos, mostrando-lhe fotocópias de documentos, enviados pela CIA, dizendo que Miguel esteve na China.
Em 21 de novembro de 1968, o jornal Folha de S.Paulo chegou a publicar a seguinte informação na matéria “China Prepara Brasileiros para Fazerem Guerrilha em Nosso País”:[…] foram vistos quando entravam ou saíam da China Comunista e é provável que a CIA (Serviço de Inteligência dos EUA) tenha colaborado com as autoridades brasileiras para sua identificação. O DOPS tem a fotografia de todos eles […]. Essa foi uma das primeiras evidências das perseguições políticas sofridas por Miguel.
Voltou ao Brasil clandestinamente em 1966, após fazer o treinamento de guerrilha na China. Inicialmente em Praia Chata, Norte de Goiás, às margens do rio Tocantins e, posteriormente, no sul do Pará, na localidade de Pau Preto. Integrou-se ao Destacamento C da Guerrilha do Araguaia, onde ficou conhecido como Cazuza. [1]
Desaparecimento[editar | editar código-fonte]
Miguel participou ativamente da Guerrilha do Araguaia, onde teria desaparecido em 1972. [2] Durante a II Campanha do Exército contra a guerrilha, denominada “Operação Papagaio”, Miguel foi o primeiro guerrilheiro a desaparecer.
Cerca do dia 20 de setembro de 1972, Cazuza e seu companheiro Vitor (José Toledo de Oliveira) iam se encontrar com outros três companheiros e acamparam perto de onde devia acontecer o encontro. À tarde ouviram o barulho de pessoas que passavam perto. Cazuza ouviu os companheiros e quis se encontrar com deles, mas Vitor não permitiu. Na manhã do dia seguinte, Cazuza convenceu Vitor a ir ao local onde teriam ouvido o barulho. Vitor insistiu para não irem ao ponto, mas acabou concordando. Miguel foi morto ao se aproximar do local do barulho. [3]
Miguel morreu no dia 20/09/1972, conforme informação do general Bandeira, responsável pelos interrogatórios no Pelotão de Investigações Criminais da Polícia do Exército, em Brasília. [4] A tropa que matou Miguel, em choque casual no interior da mata, decepou sua mão direita para que os órgãos de segurança pudessem identificar as suas impressões digitais. [5]
A Comissão especial de investigação das ossadas do cemitério de Perus em 24 de julho de 71 encontrou várias fichas e uma gaveta com a identificação ‘falecidos’ nos arquivos do DOPS/PR, que consta o nome de 17 militantes, entre o de Miguel Pereira dos Santos.
Providências posteriores[editar | editar código-fonte]
Seu nome consta da lista de desaparecidos políticos do anexo I, da lei 9.140/95.
Homenagem[editar | editar código-fonte]
São Paulo e Campinas (SP) deram o seu nome a ruas dessas cidades em sua homenagem.
Ver também[editar | editar código-fonte]
Referências
- ↑ Testemunhos na Comissão da Verdade
- ↑ Relatório do Ministério do Exército, encaminhado ao ministro da Justiça em 1993
- ↑ Relatório de Ângelo Arroyo, dirigente do PCdoB, que escapou do cerco militar da região em 1974
- ↑ Regilena Carvalho Leão de Aquino, em depoimento prestado na Câmara dos Vereadores de São Paulo perante a Comissão de Inquérito de Desaparecidos Políticos
- ↑ Regilena Carvalho Leão de Aquino, em depoimento prestado a estudantes de jornalismo em 2002