Usuário(a):Cláudia Borges de Miranda/Testes

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Harpaterapia[editar | editar código-fonte]

Categoria: Musicoterapia

Definição[editar | editar código-fonte]

Harpaterapia (Harp Therapy) é o uso da música da harpa combinada ou não com outros instrumentos com objetivos terapêuticos. Usa a comunicação verbal e não verbal, bem como técnicas de psicoterapia, visando o equilíbrio do corpo, mente e espírito como um todo. Uma especificidade da harpaterapia, e da musicoterapia em geral, é a de que atua sobre as emoções, podendo ser usada em fases pré- e extra-verbais em todas as faixas etárias, por exemplo durante a gestação, com bebês. É uma atividade legalmente instituída nos hospitais e clínicas dos Estados Unidos, Europa, Japão, Austrália.Trata-se de um serviço de harmonização que pode ser usado desde o acompanhamento de nascimentos, até os estados terminais de transição da vida, incluindo perdas, traumas, choques, cirurgias, estados depressivos e demenciais, sendo muito adequada como coadjuvante nos cuidados paliativos.

Pode ser individual ou em grupo e é feita sob medida se adequando às necessidades de cada um, sua experiência de vida e faixa etária. No processo terapêutico, a harpaterapia pode ser receptiva, isto é, a pessoa recebe a música da harpa, ou ativa, quando ela mesma tem vontade de tocar e experimentar o instrumento e sua sonoridade.

A harpaterapia é uma arte e uma ciência de orientação transpessoal que usa a harpa com atenção ao paciente em seu constante fluxo, momento a momento. O praticante de harpaterapia usa conhecimentos sobre as relações entre os estados de ânimo e tendências observadas no paciente para propor sons musicais afins, tentando entrar em ressonância com ele e reproduzir sonoramente seu caráter. Procura acompanhar as mudanças que vão acontecendo e traça um caminho sonoro para levar o paciente a um estado de humor, de ânimo e de sentimentos mais homeostático do que apresentou no primeiro momento.

História[editar | editar código-fonte]

Pelas suas propriedades harmonizadoras e calmantes, era usada pelos povos egípcios, sumérios, hebreus, celtas, gregos, em rituais que os religava consigo mesmos e com estados transcendentes.

As bases da harpaterapia remontam aos estudos feitos por Pitágoras, Platão e Aristóteles sobre o efeito dos modos musicais no caráter moral das pessoas e na atualização desses estudos feita por Marsilio Ficino durante a Renascença.

Pioneiros do séc. XX[editar | editar código-fonte]

A partir dos anos 1970/80, harpistas como Chris Caswell, Sylvia Woods, Georgia Kelly, Joel Andrews passaram a usar a harpa folclórica (pequena) em hospitais resgatando seu papel terapêutico. Ron Price é co-fundador da Healing Harps, começou trabalhando com meninos sensíveis, que ao estudarem harpa tornaram-se mais concentrados.

Therese Schroeder-Sheker, harpista e cantora fundou o Chalice of Repouse, grupo de música tanatológica ou de cuidados paliativos. O trabalho de música para cuidados paliativos é inspirado no monastério beneditino Cluny, na França, onde eram hospedados peregrinos com doença grave, que vinham ser tratados antes de morrerem.

Sarajane Williams, psicóloga e harpista, fundou a VAH – Vibro Acoustic Harp Therapy, para pacientes com dor crônica, usando a música tocada ao vivo na harpa associada a um processo de transmissão do som para uma almofada, cadeira ou cama, fazendo-os vibrar e agir como massagem física no paciente. Ela também fundou o Harp Therapy Journal.

Christina Tourin e Laurie Riley começaram a usar a harpa terapeuticamente. Em 1984, Christina criou o Programa de Harp Therapy, enquanto Laurie Riley criou o Programa para Certificated Therapeutic Musicians (que trabalham em geral ao lado do leito e são diferentes de Music Therapists – musicoterapeutas que fizeram um bacharelado em uma universidade).

O National Standards Board for Therapeutic Musicians é um conselho que confere certificados para várias práticas terapêuticas musicais. Foi fundado por Stella Benson, Lynelle Edelson, Melinda Gardiner, Cynthia Price Glynn, Dee Sweeney, Laurie Riley, Mona Pack, Christina Tourin, Betty Truitt e Sarajane Williams.

Em 2002, Christina percebeu que deveria expandir seu programa internacionalmente. Então ela criou o IHTP – International Harp Therapy Program com a meta de até 2020 possibilitar que todos os hospices dos EUA tivessem um praticante de harpaterapia.

Evidências Científicas[editar | editar código-fonte]

Pesquisas científicas provam que a música pode aliviar sintomas de sofrimento e ajudar na ativação de novas conexões do cérebro, na recuperação da memória, na melhora dos estados emocionais, na saúde e no bem-estar. Também são comprovadas as seguintes respostas humanas à música: distração, imaginação, emoção, catarse e relaxamento. A música terapêutica executada ao vivo ao lado do leito pode ter um efeito curativo imediato e é não intrusiva. Seu objetivo não é o desempenho, mas a assistência.

Efeitos terapêuticos[editar | editar código-fonte]

A harpa proporciona um berço sonoro que acolhe o cliente nas suas emoções atuais, entrando em ressonância com ele, e o conduz por um caminho sonoro que o leva a um estado de ânimo mais equilibrado, com mais recursos, podendo ser acompanhado de sugestões de imaginação ativa, metáforas ou histórias que facilitam o acesso à sua mente inconsciente, enquanto sua mente consciente fica absorvida, onde o cliente pode acessar todos os recursos internos de que precisa.

O som da harpa tocado com a intenção curativa tem efeito direto no paciente e promove mudanças profundas, atuando sobre corpo, emoções, mente, espírito, propiciando bem-estar, plenitude e reconexão com apropria essência e o universo.

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

Em inglês:[editar | editar código-fonte]

TOURIN, Christina, Harp Therapy Manual. Cradle of Sound, Canada, Art Bookbindery, 2006.

TOURIN, Christina, Healing Music for Harp or Piano, California, Emerald Harp Productions, 2003.

WILLIAMS, Sarajane, Harp Beat Affects Heartbeat. The Harp Therapy Journal, 2006. Disponível em: <http://www.vibroacousticharp.com/research.html>

WILLIAMS, Sarajane, Therapeutic Harp. Part I: Ancient Legacy, DVD, Macungie, PA, EUA. 2009.

Em alemão:[editar | editar código-fonte]

DECKER-VOIGT, H., T. TIMMERMANN. Lehrbuch Musiktherapie, München, Ernst Reinhardt, GmbH &Co KG Verlag, 2008.

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

Harp Therapy Journal / http://www.harptherapyjournal.com/

International Harp Therapy Program / Christina Tourin – http://harptherapycampus.com/

Emerald Harp / Christina Tourin – http://www.emeraldharp.com/

Healing Musician / Stella Benson– http://www.healingmusician.com/styled-9/aboutstella.html

Therapeutic Music / Laurie Riley – https://laurierileymusic.wordpress.com/therapeutic-music

Musical Reflections / Tami Briggs– http://www.musicalreflections.com/home

Therapy Harps /Ron Price – http://www.therapyharps.com/wp/tag/dr-ronald-price/

Music for smooth the beast / Susan Raimond– http://petpause2000.com/

Chalice of Repose / Terese Scroeder-Sheker – http://chaliceofrepose.org/ed-overview/

Anamcara (Soul friend) / Tradição celta para o acompanhamento na morte – http://anamcara.today/

Harmonian / Cláudia Miranda - http://www.harmonian.com.br/