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Usuário(a):Edimara Cerqueira/Testes

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Armas químicas utilizadas na Primeira Guerra Mundial[editar | editar código-fonte]

Durante a I Guerra Mundial, as tropas alemãs na cidade de Ypres, na França, descarregaram 180.000 kg de cloro gasoso contidos em 5.730 cilindros na região de Steenstraat no canal de Yser e Poelcappelle. A nuvem de gás deslocou-se com o vento, matando ou causando a fuga das tropas francesas e argelinas nas trincheiras, abrindo uma abertura de 8 a 9 quilômetros na linha aliada. Em 24 de abril de 1915, os alemães realizaram um segundo ataque em Ypres, desta vez contra as tropas canadenses. Com o aparecimento da poderosa indústria química no século 19, foi inevitável que na Primeira Guerra Mundial, de 1914 a 1918, se usasse o gás venenoso como uma arma de combate. Depois de duas experiências sem resultados feitas no front ocidental, ainda em 1915, o exército alemão, seguido dos franceses e ingleses, fez largo uso do gás de cloro e de mostarda a partir de 1916. Assim, os soldados conheceram mais um abominável instrumento de morte. O pavor dos que eram atingidos por essa nuvem mortífera foi enorme, desde então nada era pior para o homem contemporâneo do que vir a morrer inalando o gás venenoso. Depois da grande guerra foi assinado um acordo em Genebra, em 1925, no qual a maioria dos países assumiu o compromisso de não usá-lo. De um modo geral, pode-se dizer que durante a primeira guerra foram utilizados basicamente três tipos de gases venenosos: o gás lacrimogêneo, o gás cloro e o gás mostarda.[editar | editar código-fonte]

Em meio ao impasse criado pelos longos períodos da guerra de trincheiras, a França foi a primeira potência da história a utilizar gases tóxicos como arma bélica, de tal modo, a Alemanha tomou tal conhecimento dessa arma e seus soldados puderam sentir na pele os efeitos agressivos e devastadores para o sistema respiratório e a pele. A princípio, o exército francês e alemão utilizou do gás lacrimogêneo (bromo-m-xileno, brometo de xylyl) como arma no front. O gás lacrimogêneo é um gás extremamente irritante para os olhos e a pele e pode causar cegueira temporária, hipertrofia das glândulas salivares e erupções cutâneas. Ao longo da guerra, o gás lacrimogêneo cedeu lugar ao gás cloro na preferência dos exércitos alemão, francês e inglês. O gás cloro é um agente asfixiante e atua nas vias superiores e inferiores dos pulmões, causando-lhes sérias lesões e dificultando a respiração. O CL2 pode ainda provocar a morte por asfixia. Outros exemplos de gases asfixiantes são o fosfogênio (COC2) e o cloro-picrina (Cl3C-NO2). [editar | editar código-fonte]

Os gases tóxicos provocaram centenas de milhares de mortos durante a primeira guerra mundial, apesar de seu uso ter sido questionado como uma opção vantajosa e determinante. Devido os problemas oriundos da manipulação e controle da carga de gás aplicada, os exércitos investiram em pesquisa e algo precisa ver feito para que a aplicação do gás fosse mais eficiente e certeira, e assim surgiu o gás fosfogênio. A ideia de lançar a carga de gás através da artilharia o fosfogênio se mostrou muito mais potente que o gás cloro, altamente sufocante e ainda mais estável de se manipular do que os outros gases utilizados. [editar | editar código-fonte]

O gás mostarda (C4H8Cl2S) é um produto químico quase inodoro e foi distinguido pelas bolhas graves que produz na pele, tanto internas quanto externas, pode causar a morte por asfixia se inalado em grandes quantidades. Quando puro, é um gás incolor e pode ser utilizado como vapor ou aerossol. Foi uma das mais devastadoras e cruéis armas químicas desenvolvidas durante a primeira guerra mundial. [editar | editar código-fonte]

Houve quase 200 ataques químicos durante a I guerra mundial usando-se gás lançado dos cilindros. No maior destes ataques ocorrido em outubro 1915, os alemães liberaram 550 toneladas do cloro de 25.000 cilindros em Rhiems. O chefe do serviço de guerra química alemã durante a I guerra mundial, o Prof. Fritz Haber, dirigiu pessoalmente o primeiro ataque com gás cloro. Quatro anos mais tarde, em 1918, ganhou o prêmio Nobel em química por sua descoberta de um processo para sintetizar amônia pela combinação de nitrogênio e hidrogênio. Haber é freqüentemente referido como o pai da guerra química.[editar | editar código-fonte]

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Referências