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Usuário(a):Fabio pedroso/Testes

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A física nuclear é uma área de pesquisa com grande relevância para a compreensão das leis da natureza. Tem como objetivos estudar a estrutura dos núcleos atômicos, bem como os mecanismos de reações nucleares.

          Os conhecimentos adquiridos em física nuclear resultam em uma grande variedade de aplicações práticas, como em: produção de energia elétrica (em usinas nucleares), esterilização de alimentos ou embalagens (por irradiação), engenharia de materiais (identificando a composição de materiais por irradiação ou modificando suas propriedades por implantação de íons), na indústria de petróleo (onde técnicas nucleares são utilizadas para a caracterização de biodiesel e estudos de estabilidade do fundo oceânico), medicina nuclear (tanto em diagnóstico, através de raios X, ressonância magnética, etc, como em terapias, como tratamento de câncer por irradiação de prótons), etc.

          Além disso, os conhecimentos de física nuclear são utilizados em pesquisas relacionadas a outras áreas, como em: arqueologia (por exemplo, através de datação por radiocarbono), botânica (por exemplo, usando elementos radioativos como marcadores), arte (por exemplo, utilizando radiação para determinar os elementos presentes em uma obra), agricultura (criando novas variedades de plantas melhoradas por processo de mutação), telecomunicações (na investigação de danos de radiação em satélites), etc.

          A importância da física nuclear para o conhecimento básico da natureza e a ampla gama de aplicações práticas, a torna uma área de extrema relevância estratégica para o país. Assim, a formação de recursos humanos na área de física nuclear é de grande importância para que o Brasil continue a dominar a tecnologia. Estudantes trabalhando em laboratórios instalados em universidades, especializam-se através de um conjunto de atividades relacionadas com a física nuclear.

          Cada núcleo atômico contém certos números de prótons e de nêutrons. Chamamos de estrutura nuclear a forma como esses prótons e nêutrons se distribuem no núcleo. No seu estado fundamental, um núcleo atômico pode ser permanentemente deformado (ou seja, tem uma forma fixa, não esférica), ou pode vibrar (sua forma varia no tempo). Além disso, um mesmo núcleo pode existir em diferentes estados (correspondentes aos diferentes níveis de energia). A estrutura nuclear determina as propriedades do núcleo.

          No campo de reações nucleares, procura-se entender o que ocorre numa colisão entre dois núcleos atômicos. Vários processos podem resultar dessas colisões. Um deles é o espalhamento elástico, onde os núcleos que emergem da colisão são os mesmos que inicialmente colidiram, sendo que existe conservação de energia cinética. Outro possível processo é o espalhamento inelástico. Aqui, de novo os núcleos emergentes são os mesmos dos iniciais, mas não há conservação da energia cinética. Isso ocorre porque um (ou os dois) núcleo muda de estado, variando a sua energia interna. Um terceiro processo ocorre através de reações de transferência. Nesse processo, um próton, ou um nêutron, ou mesmo um grupo deles são transferidos de um núcleo para outro. Ocorre, assim, uma transmutação de elementos químicos. Outro importante processo é o da fusão nuclear, quando os dois núcleos que colidem se fundem, tornando-se um único núcleo, que eventualmente pode “evaporar” partículas e raios gama. Além desses, outros processos ainda podem ocorrer, como por exemplo, o processo de quebra, onde um núcleo se parte em dois ou mais pedaços ao colidir com o outro.