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Já nos seus primeiros dias à frente da SESAB, em janeiro de 2015, lançou as bases da sua gestão: Descentralização, Regionalização e Interiorização da Saúde. Todos os esforços foram voltados para descentralizar e regionalizar a rede de assistência à saúde no estado, ofertando ao cidadão atendimento de qualidade, mais próximo de onde mora. As ações envolveram a construção, ampliação e modernização de hospitais e maternidades e a implantação de um inovador modelo de atenção ambulatorial especializada, através das Policlínicas Regionais de Saúde, geridas pelos Consórcios Interfederativos de Saúde.

Saúde Digital: Durante a sua gestão, a principal meta foi garantir maior eficiência operacional e resolutividade no sistema público de saúde, o que passou pela criação de um ambiente tecnológico moderno. Por meio de diversas ações conduzidas ao longo dos primeiros quatro anos, foi implantado o projeto da Saúde Digital. O marco físico dessa nova fase digital foi a inauguração da Central Integrada de Comando e Controle da Saúde, um moderno prédio ao lado da Sesab, no Centro Administrativo da Bahia e que se tornou o centro de inteligência, planejamento, ação e reação das políticas públicas do setor. Trata-se de uma central com infraestrutura tecnológica avançada, onde ficam a Central de Tecnologia da Informação, a Central de Monitoramento da Rede, a Central Estadual de Regulação e o Centro de Operações de Emergências em Saúde.

Para melhor gerir as informações e resultados na Secretaria da Saúde da Bahia, foi implantando um sistema de Inteligência de Negócios, conhecido como “Business Inteligence” (BI), que permite acessar dados de diversas unidades e setores da Secretaria com informação precisa, segura e em tempo real.

Com a infraestrutura da Central de Regulação transferida para a Central de Comando e Controle, foi possível fazer uma supervisão mais próxima e célere das necessidades, atribuindo resolutividade e celeridade aos processos. Novos sistemas gerenciais foram implantados, permitindo o controle online das vagas próprias e contratualizadas da rede assistencial do Estado, facilitando o processo de regulação de pacientes. Na sua gestão, ainda antes da pandemia, a fila da regulação chegou a ser zerada em alguns momentos, caindo de mais de 4 mil pacientes, para menos de 800 (o sistema gira 500 pacientes/dia).

Um novo software para gestão hospitalar, que incluiu prontuário eletrônico e módulos administrativos, passou a ser implantado progressivamente nas unidades da SESAB. Iniciado com um projeto piloto, evoluiu em cinco anos para a concretização do plano de informatização irrestrita da saúde da Bahia. Somente em infraestrutura de cabeamento de rede e aquisição de computadores, impressoras e conectividade, foram investidos R$ 52 milhões. Com essa iniciativa, tornou-se possível o acesso remoto aos prontuários, a partir de qualquer hospital ou unidade básica de saúde, melhorando também o controle de faturamento e estoque, bem como a gestão dos hospitais.

Novos Hospitais e Maternidades: Ao longo do seu período de gestão, Fábio Vilas-Boas reorganizou toda a rede assistencial hospitalar da Bahia. Foram construídos 21 novos hospitais e maternidades, 8 novas Unidades de Oncologia (UNACON), 8 centros de cardiologia e hemodinâmica e centenas de leitos de UTI, além de ter reformado, modernizado e equipado todas as unidades hospitalares da rede própria estadual. Destaque para as Parcerias Público Privadas implantadas com novos hospitais e a primeira PPP de Diagnóstico por Imagem do país. O impacto do seu trabalho se fez sentir em toda a Bahia, com a redução da necessidade de transferência de pacientes para outras regiões.

Consórcios e Policlínicas Regionais de Saúde: Levar os serviços de saúde para mais perto de onde o cidadão reside foi um dos principais direcionamentos desde o início da gestão. Um vazio assistencial entre a atenção básica e a hospitalar havia sido diagnosticado. Embora com uma alta taxa de cobertura de atenção básica, a Bahia não possuía resolutividade nos postos de saúde. Não havia uma rede de exames, nem de consultas especializadas. Nesse sentido, foram construídas as Policlínicas Regionais de Saúde para atender pacientes por regiões, com múltiplas especialidades médicas, exames de diagnóstico por imagem e pequenos procedimentos, desafogando os hospitais estaduais, que acabavam recebendo muitos casos que poderiam ser resolvidos na Atenção Básica.

Pandemia: Durante os 18 meses mais graves da pandemia de Covid19, através de um planejamento meticuloso, implantou no estado a infraestrutura tecnológica necessária para enfrentar a pandemia. Em tempo recorde, ampliou e modernizou o Laboratório Central do Estado (LACEN), dotando-o de capacidade para realização de até 10 mil exames RT-PCR por dia. Abriu 1.600 leitos de UTI, 1.500 leitos de enfermaria, 25 UPAs Covid, além de ter montado uma das mais eficientes redes de logística de distribuição de vacinas do país. Mesmo acometido pelo vírus e levado para a UTI, seguiu conduzindo a pandemia na Bahia até o fim. Como resultado do trabalho realizado, a Bahia teve a segunda menor taxa de mortalidade de todo o país.