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O contador Geiger-Müller (usualmente chamado de contador Geiger ou contador G-M) é um dos tipos de detectores de radiação mais antigo que existe. Este instrumento de medida, cujo princípio foi imaginado por volta de 1913 por Hans Geiger, foi desenvolvido por Geiger e Walther Müller em 1928. Devido à sua simplicidade, baixo custo e facilidade de operação, esse detector continua a ser usado atualmente.[1]

O contador G-M é constituído de um tubo Geiger-Müller e de um sistema de amplificação e de registro do sinal. O tubo é constituído por uma câmara metálica cilíndrica com um fino fio metálico em seu eixo, entre os quais é aplicada uma diferença de potencial. A câmara é preenchida por um gás a baixa pressão. Dessa forma, quando a radiação ionizante penetra no tudo, o gás é ionizado e os elétrons liberados vão em direção ao fio metálico devido ao campo aplicado. Esse sinal elétrico é amplificado, registrado e traduzido em uma indicação visual (agulha, lâmpada) ou sonora (clique).[2]

História[editar | editar código-fonte]

Hans Geiger estudou física na Universidade de Munique e serviu uma temporada no exército alemão antes de prosseguir estudos de pós-graduação em Erlangen, obtendo seu doutorado em 1906. Em 1907, ele se mudou para a Inglaterra para se tornar assistente de laboratório de Rutherford na Universidade de Manchester. Hans Geiger e Ernest Marsden em 1909, ao realizarem o experimento da folha de ouro sob a supervisão de Rutherford, dispararam um feixe de partículas alfa (núcleos de hélio) contra camadas de folhas de ouro com apenas alguns átomos de espessura, o que posteriormente levou ao modelo atômico de Rutherford. Porém, não havia um método eficiente para medir as cintilações, e em 1911 ele inventou um dispositivo para contar partículas alfa radioativas. É utilizado um tubo de Crooke como sendo um elétrodo, e um fio fino através do meio do tubo, como um segundo elétrodo. Quando foi aplicada uma tensão, qualquer radiação alfa que passasse pelo gás ionizado daria origem a uma avalanche de elétrons que poderia ser quantizada. Em 1914, Geiger retornou à Alemanha, onde teve que servir durante a guerra. Após essa passagem, Geiger e um de seus alunos de doutorado, Walther Muller, melhoraram o dispositivo contador Geiger original, tornando-o mais eficiente, ágil, durável e portátil. Ao contrário da versão anterior que podia detectar apenas partículas alfa. O novo e melhorado contador Geiger -Müller poderia detectar vários tipos de radiação ionizante. 

  1. Glenn F. Knoll, ''Radiation Detection and Measurement'', Third edition
  2. "O contador Geiger-Müller", http://tecinmed.com/artigos/radiologia/contador-g-m.pdf, página visitada em 04/05/2014