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A Casa da Arquitectura, criada em 2007 é uma entidade cultural sem fins lucrativos que tem vindo a afirmar-se no universo da criação e programação de conteúdos para a divulgação e afirmação nacional e internacional da arquitetura junto da sociedade. A sua ação envolve não só arquitetos, mas pessoas e entidades de várias áreas culturais e sociais que incentivam e patrocinam a missão em que acreditam no interesse público da arquitetura.[1]

Ficheiro:Casa da Arquitectura
Casa da Arquitectura

Missão[editar | editar código-fonte]

No âmbito da sua missão, a Casa da Arquitectura propõe-se:

- Tratar, arquivar e dar a conhecer, através de diversos instrumentos, os acervos e espólios de arquitetura doados, depositados ou entregues ao seu cuidado; - Criar uma coleção de obras iconográficas e emblemáticas da cultura arquitetónica nacional e internacional; - Incrementar e apoiar a investigação e divulgação do conhecimento no domínio da arquitetura; - Realizar conferências, colóquios, conversas, workshops e outras atividades relacionadas com o debate, a reflexão e a promoção da arquitetura; - Administrar, gerir e divulgar os espaços e os imóveis a seu cuidado; - Fomentar atividades de caráter lúdico, turístico, cultural e social destinadas a diversos públicos que contribuam para o melhor e maior conhecimento da arquitetura nacional e internacional. [2] [3]


História da Casa[editar | editar código-fonte]

Fundada em 2007, a Casa da Arquitectura – Centro Português de Arquitectura começou por ocupar, até novembro de 2017, a casa que pertenceu à família do arquiteto Álvaro Siza, na Rua Roberto Ivens, 582, em Matosinhos. O edifício foi adquirido em 2007 pela Câmara Municipal de Matosinhos com o objetivo de receber o CDAS – Centro de Documentação Álvaro Siza. Por protocolo entre a Câmara de Matosinhos e a Casa da Arquitectura, o CDAS é integrado na Casa iniciando-se um trabalho de colaboração mútua e partilha de instalações. As obras, a cargo da Casa da Arquitectura, decorreram de janeiro a junho de 2009.

Tratou-se da reestruturação de uma casa construída em meados do século XIX e remodelada em 1961 pelo arquiteto Álvaro Siza a pedido dos seus pais. Pretendeu-se que a reestruturação da casa fosse, sempre que possível, fiel ao projeto de 1961. Respeitando a intenção estética do autor e sempre sob a sua orientação, procedeu-se a ligeiras alterações com o objetivo de tornar o espaço capaz de receber as suas novas funções. A inauguração oficial da Casa decorreu no dia 25 de junho 2009. Em 2017, a Casa da Arquitectura transferiu-se para o Quarteirão da Real Vinícola, em Matosinhos, onde desenvolve as suas atividades. Edificado entre 1897 e 1901 pela sociedade Meneres & Cª, o edifício da Real Companhia Vinícola é um grande complexo industrial, tendo sido o primeiro edifício desta tipologia a ser construído na zona então designada Areal do Prado. [4] Aqui, a Casa ocupa o quarteirão limitado pela Avenida Menéres, Rua Mouzinho de Albuquerque, Rua Sousa Aroso e Rua D. João I. A sua importância é comprovada pelo nome da R. que lhe dá acesso: Menéres. Actualmente esta unidade fabril é das únicas que ainda mantem uma implantação aproximada à da malha estabelecida pelo Plano de Urbanização original. [5] As construções recuperadas e adaptadas para a Casa da Arquitectura (que albergam igualmente a Orquestra de Jazz de Matosinhos e algumas lojas) integravam a antiga instalação fabril edificada entre 1897 e 1901 pela sociedade Menéres & Companhia, destinada à Real Companhia Vinícola.


Projeto[editar | editar código-fonte]

O antigo Quarteirão da Real Vinícola de Matosinhos foi totalmente reabilitado para acolher acervos de arquitectos mais ou menos conhecidos, conferências e exposições. [6] A Casa da Arquitetura ocupa 5 mil metros e 800 são usados na nave que receberá as exposições, pagas. [7] O quarteirão da Real Vinícola foi recuperado pela Câmara Municipal de Matosinhos com projeto do arquiteto Guilherme Machado Vaz e ocupa uma área de 4.700 m2. As áreas públicas destinadas a exposições e apresentações, com auditório, biblioteca e loja representam 36% do espaço, as de conservação e manutenção 38% e as de gestão e produção interna 10%. Os usos comuns correspondem a 16% da sua superfície. O investimento feito no projeto de recuperação do espaço rondou os 10 milhões de euros.


Arquivo[editar | editar código-fonte]

A zona de tratamento de arquivos tem quatro salas especificamente dedicadas a fotografias e filmes, a documentação em papel, a desenhos e painéis, a maquetas, além de uma sala de “pequena hospitalização”. [8] A atividade regular do arquivo é dedicada ao tratamento arquivístico dos documentos, nomeadamente limpeza mecânica, remoção de materiais prejudiciais à conservação dos documentos, planificação, consolidação de rasgões e estabilização do suporte, digitalização ou registo fotográfico no caso das maquetes, inventariação, catalogação, acondicionamento e divulgação através das ferramentas digitais. Uma boa parte da Casa é dedicada a guardar e a preservar o acervo de vários arquitetos. [9] Sendo a divulgação uma forma de promoção do conhecimento e valorização dos acervos, o arquivo disponibiliza o serviço de consulta e apoio à investigação, empréstimos para exposições externas e visitas guiadas ao arquivo, visando uma aproximação do público em geral ao arquivo e alertar para a necessidade da salvaguarda dos documentos, como repositórios de memória.

Ficheiro:Arquivo da Casa
Arquivo da Casa

Programação[editar | editar código-fonte]

A Casa organiza e produz anualmente um vasto programa de atividades transversais no seu tema e perfil, pensado para alcançar o seu maior objetivo: promover, divulgar e levar a arquitetura a todos os públicos.

Exposições

Ficheiro:Nave Expositiva
Nave Expositiva da Casa

As exposições representam de forma mais visível a atividade da Casa e são desenhadas com o objetivo de transmitir de forma fácil a arquitetura aos não arquitetos, ou seja, comunicarem com o grande público. A Casa da Arquitectura promove visitas guiadas gratuitas aos domingos [10], tendo acesso pago nos restantes dias.

Programa Paralelo

Os Programas Paralelos permitem aprofundar e reinventar os temas tratados nas exposições cruzando-os com outras áreas disciplinares em permanente diálogo com a arquitetura.

Ficheiro:Open House Porto 2021 Piscina das Marés
Open House Porto 2021. Piscina das Marés

Open House Porto

O Open House é um evento internacional de promoção da arquitectura e património edificado com mais de 20 anos que, actualmente, se estende por mais de 45 cidades em todo o mundo. [11] Open House foi lançado no Porto em 2015, pela Casa da Arquitectura e Trienal de Arquitectura de Lisboa, em parceria com as Câmaras Municipais de Matosinhos, Porto e Gaia. Portugal é um dos poucos países com a participação simultânea de 2 cidades: Porto e Lisboa. Em 2017, o evento passou a ser organizado e produzido em exclusivo pela Casa da Arquitectura, mantendo-se as parcerias com as três Câmaras Municipais. O roteiro é ainda acompanhado pelo Programa Caleidoscópio que propõe um conjunto de atividades abertas e destinadas a todos os públicos. [12]

Serviço Educativo

O Serviço Educativo (SE) é uma das áreas de trabalho da Casa que assume por inteiro a missão de serviço público de inclusão e sensibilização para a arquitetura que cabe à instituição promover. Intervindo no campo educativo e cultural, o Serviço Educativo da Casa da Arquitectura defende que é essencial abrir canais cada vez mais íntimos de comunicação com as escolas e instituições através de interações próximas e dinâmicas, ajustadas ao contexto social, cultural, tecnológico e histórico do presente, em toda a sua complexidade e exigências. Apresentando propostas ajustadas para cada faixa etária e adaptadas às especificidades de cada grupo, a equipa do Serviço Educativo promove uma relação de confiança, partilha, cooperação, cumplicidade e diálogo com educadores e estudantes, contribuindo para o desenvolvimento pessoal e formação cultural de cada um. O programa tem propostas culturais e lúdicas para crianças, jovens e adultos, destacando-se o "itinerário Siza" com visitas orientadas a espaços desenhados pelo arquiteto português, em Matosinhos, no distrito do Porto. [13] As atividades do SE abrangem públicos de todas as idades e com os mais variados interesses, intenções e características, desde curiosos a profissionais da arquitetura e especialistas, passando por escolas de todos os níveis de ensino, associações culturais, sociais, instituições, turistas, etc.

Referências[editar | editar código-fonte]