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Usuário(a):FilipeLemos7/Testes

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A evangelização e a soberania de Deus.

PACKER, J. I. A evangelização e a soberania de Deus. Trad. Gabriele Greggersen. 1° ed. São Paulo:

Editora Cultura Cristã, 2002. 112 p.

Este livro foi escrito com a finalidade de falar sobre evangelização e sobre a forma como a

mesma tem sido mal executada ou negligenciada. O autor aponta sobre os dois grandes extremos: A

soberania de Deus e a responsabilidade humana. Dessa maneira, tenta esclarecer a seus leitores, que a

soberania de Deus em nada interfere no nosso dever de evangelizar. A obra é dividida em quatro capitulos

onde serão abordados: A Soberania Divina, Soberania Divina e Responsabilidade humana, a

evangelização e a soberania divina e a evangelização.

A soberania de Deus é o ponto de partida para qualquer cristão. Mesmo aqueles que não

conseguem acreditar nesta verdade. Toda vez que, nós cristãos, oramos a Deus, automaticamente,

estamos concordando que precisamos dEle, e que sem o seu poder não podemos fazer nada. Jamais

passou pela nossa cabeça que o fato de sermos crentes em Cristo Jesus foi algo que nos foi concedido por

nossa força, mas acreditamos que Deus foi quem nos concedeu uma nova vida.

A soberania divina e a responsabilidade humana, ao contrário do que pareça, não são inimigas,

mas andam lado a lado. O grande problema é que estamos acostumados, por acreditar mais em uma,

tentar a tudo custo provar que a outra está errada. Devemos aceitar essa aparente oposição de forma

pacifica, lembrando que Deus é um rei que ordena e controla todas as coisas, mas também é juiz que

responsabiliza o ser humano por todos os seus atos. Dessa maneira, poderão surgir perguntas do tipo: Se

Deus ordenou todas as nossas ações, como é que Ele pode ser razoável ou justo para atuar como nosso

juiz? A verdade é que não devemos nos espantar ao encontrarmos mistérios como este na palavra de

Deus. O nosso criador é incompreensivo em alguns casos: “Por que os meus pensamentos não são os

vossos pensamentos, nem os vossos caminhos, os meus caminhos, diz o SENHOR” (Is 55.8ss).

Não podemos esquecer que, a responsabilidade em levar o evangelho recai sobre os homens,

entretanto, todo o mérito no sucesso da ação evangelística deve ser entendido como prerrogativa de Deus,

e não como a forma empreendedora ou as técnicas que foram aplicadas. Dessa maneira, podemos

perceber que nós pregamos, mas quem convence o homem do seu pecado é Deus.

A evangelização deve ser definida como uma mensagem a ser pregada e não como um efeito a

ser produzido em nossos ouvintes. Esta mensagem, refere-se a apresentar Jesus como o filho divino, o

salvador do mundo que vive e reina, e convidar para se voltarem para Deus. O amor deve ser a ferramenta

primordial para pôr em prática a grande missão que Deus nos concedeu, e nossas ações não devem ter o

carater de menosprezar ou criticar, devemos evitar tudo que faça as pessoas repudiar o evangelho.

Existem diversas formas de evangelização. Evangelização pessoal, encontro nos lares e os grupos

de estudos bíblicos. Não podemos pensar que as únicas formas de evangelismo são essas, pois até mesmo

em um culto normal, quando se é pregado a palavra de forma séria e correta, quase sempre é transmitida

uma mensagem evangelística.

O conteúdo da mensagem evangelística é apresentar Deus. Dizer como Ele é e o que Ele pensa

sobre nós, e como Ele deseja que andemos. Dessa maneira, ensinar que somos completamente dependente

dEle. O evangelho também é uma mensagem sobre o pecado, que é tudo aquilo que nos afasta de Deus. A

convicção do pecado não se trata de um remorso ou mal estar sofrido pelo homem, mas uma verdadeira

compreensão de que ao pecar esta entristecendo a Deus, e que imediatamente precisa do seu perdão. Ao

pregarmos o evangelho não devemos apresentar a pessoa de Jesus sem sua obra salvadora. Devemos

proclamar que Ele era mesmo Deus, que viveu na terra como homem, foi morto para tirar os pecados do

mundo e ressuscitou e foi feito rei para salvar todos aqueles que o aceitar e reconhecer seu senhorio. Por

outro lado, não se pode apresentar a obra salvadora de Cristo sem falar de sua pessoa.

Existem dois principais motivos para evangelizarmos: o primeiro é para glorificar a Deus, pois

quando obedecemos os seus mandamentos e damos nosso testemunho das maravilhas que Ele tem feito

em nossas vidas, o nome do Senhor é glorificado. O segundo é o amor pelas almas que estão perdidas no

mundo. Amor este que deve se preocupar com seu próximo como a alguém que estivesse prestes a

morrer.

A soberania divina não nos exime da nossa necessidade e nosso dever de evangelizar, ela serve

como motivação para este ministério. Dessa forma, quando aparecerem obstáculos ou a rejeição por parte

das pessoas, nada poderá fazer com que o pregador fique desanimado ou triste, pois sua confiança estará

na soberania daquele que o enviou.

O autor conclui que, a confiança na soberania de Deus proporciona-nos um espírito de ousadia e

paciência tão importantes para obra evangelística, e essa mesma confiança deve nos tornar homens e

mulheres de oração. Dessa maneira, devemos orar pelas almas, pois somente o Espírito Santo pode tornar

eficaz as nossas palavras para salvação das pessoas.

O livro apresentado é uma ferramenta enriquecedora para obra evangelística. A obra trata de um

tema bastante polêmico onde existem dois pontos extremos. O autor não assume uma posição de fato, mas

coloca esses dois extremos lado a lado, tornando-os assim complemento um do outro e não ideias

contraditórias onde se devam perder tempo com discussões desnecessárias.

James Innell Packer é um teólogo anglicano e professor de teologia no Regent College, em

Vancouver, Canadá. Seus livros já venderam mais de três milhões de exemplares. Entre os seus livros

publicados em português estão O Conhecimento de Deus, Esperança, Na Dinâmica do Espírito, Entre os

Gigantes de Deus e Os Vocábulos de Deus. Foi editor da revista Christianity Today (Cristianismo Hoje) e

membro do comitê de novas traduções da Bíblia.