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Usuário(a):Francisco Barros Braga/Testes

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OLIVEIRA BRAGA, António. Advogado e político, n. em Braga a 31-VII-1905, falecido nessa cidade em 18-II-1988. Em 1930, obteve licenciatura na Faculdade de Direito de Coimbra, após o que passou a exercer advocacia na sua cidade natal, tendo exercido antes na comarca, e durante cerca de 6 meses, as funções de Delegado do Procurador da República. Ainda estudante liceal foi presidente da Academia de Braga, 1923-1924, e de 1927 a 1930 membro da Direcção do Centro Republicano Académico de Coimbra, de que foi Vice-Presidente. Logo depois de formado, constituiu em Braga, juntamente com o Engº. Agrónomo José Justino de Amorim e outros democratas, o grupo "Ao Serviço da Democracia". Foi também presidente do Orfeão de Braga, presidente da delegação de Braga nos triénios de 1953 a 1959 da Ordem dos Advogados, vice-presidente da Associação Jurídica de Braga e desde 1963 seu presidente até ao seu decesso; foi também membro da Comissão dos Direitos do Homem da Ordem dos Advogados, seu vice-presidente e depois presidente. Foi membro activo do Centro Republicano Académico de Coimbra, de 1925 a 1930, advogado da Comissão Dsitrital de Braga do Movimento da Unidade Democrática (MUD), 1945, membro da comissão distrital de Braga e mandatário das candidaturas dos generais Norton de Matos, 1949, e Humberto Delgado, 1958, e designado como candidato a deputado da Oposição à então Assembleia Nacional pelo círculo eleitoral de Braga em 1957. Nas eleições para a Presidência da República de 1958, foi mandatário distrital (Braga) do General Humberto Delgado e Presidente da Comissão Distrital da Candidatura. Na sequência dessas eleições, foi preso pela PIDE (Porto) em Junho de 1958, tendo permanecido nessa situação cerca de 20 dias. O argumento principal para essa prisão foi que tinha agitado a população de Fafe com um ramo de flores!... Em 1961, formou uma lista de candidatura às eleições para Deputados, a única da Oposição Democrática que apareceu distinta da candidatura apoiada pelo PCP, então na clandestinidade. Nessa altura, houve uma sessão/comício no Teatro Circo de Braga, onde esteve presente o Engº. Cunha Leal. Em 1969, foi também candidato a deputado pela CEUD (Comissão Eleitoral de Unidade Democrática) em Braga (ao arrepio de dois candidatos socialistas do grupo de Mário Soares - verdadeiros trânsfugas e oportunistas da Democracia -, que se uniram para o vetar, no que não foram seguidos pelos demais adeptos e companheiros, de entre eles o Dr. Carlos Magalhães, médico em Vieira do Minho). Aderiu em Maio de 1974 ao MFA e contribuiu activamente para a implantação do então PPD (hoje PSD) no Distrito de Braga, de onde se retirou logo em 1975, aquando do 1º. Congresso, por discordância com a orientação seguida em Braga por adeptos como Eurico de Melo (tido por desordeiro com o grupelho que invadiu sem autorização uma reunião no então Teatro S. Geraldo). Colaborou em República, Diário de Lisboa, A Mocidade (órgão académico de Coimbra, de que foi subdirector), Scientia Ivridica, Vida Mundial, Diário Popular, "Notícias de Guimarães", boletins rotários de Braga e Lisboa, e publicou, entre outros: Crime do Monte de S. Jorge (minuta de recurso), 1940; "Propriedade industrial : imitação e concorrência desleal : alegações", 1980; Idealismo e Realismo nos Homens de Leis (Conferência proferida na sessão promovida pela Associação Jurídica de Braga em colaboração com a Delegação da Ordem dos Advogados de V. Nova de Famalicão, em 26 de Maio de 1955; "A filosofia nos homens de leis", 1984; Nas Quatro 'Liberdades'.. de um Governo Trintenário (1958) - apreendido pela PIDE, por conter um discurso onde equiparava a veneração dos situacionistas por Salazar à dos ismaelitas pelo príncipe Aga-Khan; Rotary, Política e Religião (tese apresentada à Conferência do Distrito Rotário Português, reunido em 1948 na Figueira da Foz); O Medo das Palavras, 1972 (palestra proferida na Sociedade de Língua Portuguesa, a que assistiu, além de outros, o seu am igo Vasco da Gama Fernandes); Documentos Políticos, 1974; Os Direitos do Homem e a Constituição, 1977 (conferência proferida na Ordem dos Advogados em Lisboa, aquando da presidência da CDHomem); Machado Vilela e a Comunidade Lusíada, 1971; A questão das taxas sobre os vinhos verdes : contra-alegação de recurso , 1965; "Uma Questão da Santa Casa da Misericórdia de Braga" (minuta de recurso), 1971; "Poder Judicial", 1972.