Usuário(a):Gabriel figueiredo souza/Testes

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Introdução

Ficheiro:Rota Caminho da Luz
Mapa de todos os pontos da rota[1]


O Caminho da Luz é uma rota de peregrinação[2] que se estende por 190 quilômetros entre o Rio de Janeiro[3] e o Espírito Santo[4], passando pelas montanhas de Minas Gerais. É um Patrimônio Cultural do Estado de Minas Gerais[5] de acordo com a Lei N.º 18.086/2009 e por isso é um direito de todos fazer essa caminhada. A trilha convida os caminhantes a uma jornada espiritual, turística e esportiva, explorando cachoeiras, vilarejos e importantes fragmentos da Mata Atlântica[6]. Os caminhantes podem descobrir tesouros naturais e arqueológicos enquanto exploram a região e sua história. O Pico da Bandeira[7], a Montanha Sagrada do Brasil, é o ponto culminante da rota, elevando-se a 2.890 metros acima do nível do mar, na Serra do Caparaó[8]. A jornada começa na Cachoeira de Tombos, a quinta maior em queda d'água do país, localizada a 238 metros de altitude. A cachoeira é alimentada pelas águas que descem das montanhas da região e energiza o Caminhante da Luz. A rota é toda sinalizada com setas e marcas amarelas, além de placas patrocinadas por Sérgio Bukovisk. Para iniciar a peregrinação, é necessário fazer a inscrição em Tombos, adquirir a credencial e carimbá-la ao longo do percurso para receber o certificado de Caminhante da Luz em Alto Caparaó ao final da jornada.

Cuidados e Preparação para Caminhadas em Diferentes Estações do Ano

Durante a caminhada no Caminho da Luz, é importante lembrar que o sol é forte no verão, por isso, é necessário iniciar a caminhada cedo, entre 5 e 6 horas da manhã, e levar água suficiente para evitar a desidratação, que é comum em dias quentes. Se necessário, as pessoas ao longo do Caminho estão dispostas a ajudar com água. No inverno, apesar do frio, a caminhada aquece o corpo, enquanto no outono e primavera, o clima é mais ameno. É importante verificar a previsão do tempo, pois a variação climática tem alterado as estações do ano. Na caminhada individual e em grupos fora da caminhada oficial, o Caminhante paga sua hospedagem e alimentação e deve fazer reservas com antecedência nos locais de pernoite.

Conselhos de velhos peregrinos:

O Caminho da Luz em Minas Gerais é uma jornada única e desafiadora, que requer preparação adequada para garantir uma experiência segura e prazerosa. O cajado é um item essencial para o Caminhante, aliviando o peso das pernas e fornecendo suporte, especialmente nas descidas. Para evitar bolhas, recomenda-se a aplicação de vaselina nos pés e o uso de duas meias, uma fina por baixo e uma grossa por cima. O ritmo da caminhada é fundamental em um Caminho longo como esse, requerendo uma abordagem compassada e contemplativa. Se algo estranho entrar no calçado, o Caminhante deve parar e remover imediatamente, para evitar ferimentos. O uso de protetores locais, como Band-aids ou esparadrapos, é recomendado para evitar danos à pele. É importante evitar calçados novos para evitar bolhas e desconforto, pois os pés ainda não se adaptaram a eles. Ao longo do Caminho, existem marcas indicando a rota certa, como setas, placas e pinturas amarelas. É importante seguir essas marcas para evitar se perder. As pessoas que vivem ao longo do Caminho devem ser tratadas com respeito, e de preferência, cumprimentadas. Elas são geralmente pessoas simples do campo, com muito a ensinar sobre a região e a vida na natureza. Para pernoite, existem hotéis, pensões e pousadas ao longo do Caminho, mas é importante fazer reservas com antecedência. Os Caminhantes são responsáveis por pagar por sua própria hospedagem e alimentação, e devem se preparar para isso. Para se preparar adequadamente, é recomendável incluir uma série de itens essenciais em sua mochila, como capa de chuva ou guarda-chuva, saco de dormir, slip (protetor de solo), lanterna, Cataflan para aplicação muscular, Dorflex, agulha e linha para o caso de aparecimento de bolhas, mercúrio, água oxigenada, vaselina em pasta para aplicação nos pés, cantil, isqueiro, material de higiene pessoal e chapéu ou boné. É importante lembrar que quanto menos peso carregar, melhor será sua experiência. Se planejar subir ao Pico da Bandeira, é recomendável levar roupas leves para a subida e roupas quentes para o topo da montanha. Seguindo essas dicas, o Caminhante da Luz estará bem-preparado para enfrentar o desafio do Caminho da Luz em Minas Gerais e desfrutar de uma experiência enriquecedora na natureza.

A Rota seguida pela caminhada coletiva que ocorre anualmente

O ponto de partida[9] para este itinerário é a Praça de Catuné, situada a 24.700 metros de Tombos. A primeira parada é o Lago, que fica a 24 km da Praça de Catuné. Em seguida, recomenda-se retornar até o Cruzeiro, localizado a 22.800 metros, seguido da Gruta da Pedra Santa, que fica a 22.650 metros, e da Porteira da Gruta, que fica a 22.530 metros. Depois, há vários outros pontos de interesse, como a Árvore/Cruzeiro (22.450 metros), a Porteira/Palmeira (21.930 metros), o Riacho (21.730 metros), a Cerca/Travessia (21.470 metros), o Alto do Morro (21.450 metros), a Árvore/Córrego (20.600 metros), a Entrada do Secular Caminho da Romaria (20.200 metros) e a Grande Árvore/Fazenda do Maurílio Fumian (19.830 metros). Depois desses pontos, há a Estrada para Ciclistas da Luz até Catuné (2.100 metros), seguida de uma Porteira (19.800 metros), outra Porteira (19.250 metros), a Casa/Porteira (18.600 metros), a Entrada da Fazenda (17.200 metros), outra Porteira (16.150 metros), mais uma Porteira (15.400 metros), a Casa (15.100 metros), a Grande Árvore (14.370 metros), outra Porteira (14.300 metros) e a Porteira da Subida (14.050 metros). Depois desses pontos, há a Ponte (13.900 metros) e o Trevo, onde é preciso virar à direita (13.650 metros). Logo depois, há a Escola (13.400 metros) e a Casa da D. Francisca (13.300 metros). A partir daí, começa a mata (12.550 metros), seguida de uma Porteira (11.200 metros) e outra Porteira (11 km). Mais adiante, há a Cerca/Água (9.800 metros) e a entrada da Mata do Banco (8.900 metros), seguida da Fazenda Oliveira (1845) (8.050 metros), o Silo (6.400 metros), a parada de ônibus (5.900 metros), a Entrada para Pedra Dourada (3.850 metros) e o Início da estrada de chão (2.100 metros). Por fim, há a Prefeitura (1.500 metros), a Estação/Museu/Hotéis (1.200 metros), a Igreja (700 metros), o Alto da Cachoeira (500 metros) e, por fim, a Cachoeira.

O Caminho Pedra Dourada/Faria Lemos é uma rota de aproximadamente 69,1 km que pode ser percorrida a pé ou de bicicleta. O percurso começa em Pedra Dourada e termina em Faria Lemos, passando por diversas paisagens e pontos de referência. A partir de Pedra Dourada, a rota segue em direção a Faria Lemos, a uma distância de 25,2 km. A primeira parada é na Fazenda Floresta, onde o percurso começa a subir em direção à Grande árvore, passando por duas Pontes, uma Grande pedra com uma placa e mais duas Pontes, até chegar à Escola. Depois, há uma descida até a Fazenda Real e uma passagem por outra Casa e pela Mangueira, até chegar à Fazenda Boa Vista. A rota segue em direção à Cachoeira Surpresa, onde há uma descida íngreme, seguida de uma subida até a Entrada da cachoeira. Depois, passa-se pelo Lago, pela Porteira, pelo Início da laje de pedra e pela Casa com vista para a corredeira, antes de chegar à Placa Cachoeira do Chicão, localizada a 18,8 km de Pedra Dourada. Os próximos pontos de referência são a Cachoeira, a Árvore centenária e o Lago. Depois, o percurso segue até a Panificadora, localizada a 25 km de Pedra Dourada, passando pelo Trevo, pelo Bicão, pelo Laticínio e pela Ponte, e finalmente, chegando à Praça em Faria Lemos. A partir da Praça, a rota termina a uma distância de 43,9 km de Pedra Dourada. Ainda é possível seguir por uma estrada de chão por mais 2,9 km até a Casa do alto, de onde é possível ter uma vista de Pedra Dourada. A partir daí, são mais 400 metros até o início da rota em Pedra Dourada, totalizando os 69,1 km da rota completa.

A rota Faria Lemos/Carangola tem um percurso de 92 km, passando por diversas fazendas e pontos turísticos. Ao sair da Fazenda Boa Esperança, o viajante encontra a entrada da Ilha a apenas 2 km de distância. Depois de percorrer cerca de 1.7 km, a trilha segue por uma estrada de chão, onde há uma fonte a 600 m de distância. Mais adiante, o caminho cruza uma ponte e passa por uma panificadora a 200 m. O percurso termina em Faria Lemos, onde há a Praça da Matriz e o Banco do Brasil, ambos a cerca de 22.8 km de distância. A rota apresenta diversas fazendas, como a São Pedro e a do Bolão, e pontos turísticos como o Horto Florestal e uma cachoeira, a 5.5 km da Fazenda Córrego do Inhame. Outros pontos importantes são a Faculdade, a 21.9 km, a Campestre, a 21.4 km, e a Praça, a apenas 150 m de distância. Destaque para a Grande Árvore, vista a 18.5 km de Carangola, e a Árvore Centenária, a 7.5 km da cidade. Em suma, o caminho entre Faria Lemos e Carangola é uma experiência única para explorar as belezas naturais e históricas da região.

A rota de Carangola/Espera Feliz tem 27 km de extensão e é repleta de fazendas, sítios e pontos turísticos. Começando na Matriz de Carangola e seguindo pela Faculdade, o viajante pode desfrutar da vista da Grande Árvore e chegar ao Haras, localizado a 5,5 km do ponto de partida. Em seguida, é possível avistar a Escola, o Sítio Amaral, o Sítio São José e o Sítio Pica-Pau Amarelo. A rota também passa por Parada General, onde os viajantes podem visitar a Fazenda Parada General e a Fonte de Santa Clara, que possui uma água de qualidade única. A Casa do Eremita José Maurino e o Túnel de Pedra são pontos obrigatórios na trilha, ambos com importante valor histórico. A Estação de Ernestina, construída em 1885 e restaurada em 1995, é outro marco histórico importante da região. Após passar por Ernestina, o viajante chegará à saída da mata e encontrará a porteira, que marca os 20,75 km da rota. A partir daí, é possível desfrutar da água da raiz da samambaia e do corte de pedra antes de chegar à Serra de Caiana, um dos pontos mais altos da rota, com 6,7 km de altitude. A parada geral e o cruzamento do Divininho são pontos estratégicos para quem deseja descansar e apreciar a vista. Ao passar pela Serra de Caiana, o viajante tem a opção de seguir para Espera Feliz pelo caminho alternativo ou pela estrada de Caiana, onde há diversos pontos de interesse, como a Prefeitura/Sorveteria, a ponte e o início do calçamento. Chegando em Espera Feliz, cidade com uma praça matriz, uma estação antiga e uma praça origem, totalizando 125,3 km de trilha desde o ponto de partida em Carangola. A Cruzamento Seminário e a Árvore/Subida são outros pontos de interesse para quem deseja explorar a cidade.

A rota de Espera Feliz/Alto Caparaó tem cerca de 20.120 km seguindo pela rodovia. Em Caparaó, é possível visitar o Restaurante do Daniel ou o Coreto antes de seguir pela estrada de calçamento por mais 270 metros até chegar a uma ponte. Após atravessar a ponte, a estrada continua por mais 1,8 km até o Córrego da Galiléia, onde começa a subida da serra até o Alto da Serra, a uma altitude de 1.480 metros. No topo da serra, há uma descida até o córrego Limoeiro e mais 2,6 km até uma saída para Caparaó/Ponto de ônibus. A partir daí, é possível seguir por cerca de 1 km até chegar a Alto Caparaó, passando por Quiçé e pela Igreja no caminho. Em Alto Caparaó, há a opção de visitar a Praça, a Pousada do Rui ou a Pousada Querência. Para desfrutar de vistas incríveis, é possível seguir pela Avenida Pico da Bandeira até chegar à Igreja Azul (Apóstolo Paulo). No total, a distância entre Espera Feliz e Alto Caparaó é de 33.950 km. É recomendável fazer várias paradas ao longo do caminho para apreciar as paisagens naturais incríveis.

Para chegar ao Pico da Bandeira a partir de Alto Caparaó, é preciso retornar um pouco até a entrada da Tronqueira, que fica a uma distância de 9.100 metros. Em seguida, você encontrará a Cachoeira Bonita em cerca de 600 metros, e depois seguirá mais 500 metros até o Vale Encantado. Depois disso, você terá mais 4 km até o Vale Verde e mais 3 km até a portaria do Parque Nacional do Caparaó. A partir daí, são mais 2,15 km até a Pousada do Bezerra e 1,9 km até o Caparaó Parque Hotel. Por fim, para chegar ao Pico da Bandeira, ainda é preciso percorrer mais 18,1 km. O caminho de Alto Caparaó até o Pico da Bandeira é de aproximadamente 177,35 km.

História do Caminho da Luz:

No início do século XIX[10], muitos aventureiros se estabeleceram na região, mas foi somente em 1849 que o vilarejo recebeu o nome de Tombos Encantado. Esse nome foi dado devido à beleza e magia da cachoeira local. Em 1852, o vilarejo se transformou em um distrito e, em seguida, em um município. Imigrantes europeus se estabeleceram ali e participaram da criação da cidade.O Padre Antônio Bento Machado, que liderou a comunidade católica tombense de 1856 a 1896, construiu a Igreja Matriz de Tombos, onde foi celebrada a primeira missa do Caminho da Luz. Devido à localização do município de Tombos na divisa do Rio de Janeiro com Minas Gerais, sugeri que ele passasse a ser conhecido como Portal de Minas, sugestão que foi aceita. Tal denominação consta inclusive na placa afixada no monumento comemorativo ao sesquicentenário do município. Em Tombos, o Padre José Paulo, Pastor Eliseu, Vilcimar, Maurício Vaz, Nice Helena Resende, Marisa Resende Linhares, Mateus Pereira Júnior e sua esposa Maria Isabel, Clésio, Cláudio, Emanuel Vieira e Edmo de Souza Moreira, além dos proprietários dos hotéis Serpa e Tombos Colonial, estão sempre de braços abertos para receber os Caminhantes da Luz.

Leis do Caminho da Luz

O Caminho da Luz, situado em Minas Gerais, é um Patrimônio Cultural do Estado, de acordo com a Lei N.º 18.086/2009[11]. Além disso, todo terceiro domingo de julho é considerado o Dia do Caminho da Luz, de acordo com a Lei Estadual N.º 16.656-2006. A ABRALUZ, uma associação sem fins lucrativos, é responsável por monitorar o Caminho da Luz, e é reconhecida como Entidade de Utilidade Pública Municipal (Lei Nº 3.610-2006) e estadual (Lei Nº 16.580 - 2006). A associação trabalha constantemente para melhorar o Caminho e proteger os caminhantes. Além disso, todos os anos, eles organizam uma caminhada coletiva para promover a integração entre os caminhantes e as comunidades locais. O Caminho da Luz é, portanto, uma importante atração turística de Minas Gerais, e é um local que recebe atenção e cuidado constantes para que possa ser apreciado por todos os visitantes.

Referências

[12]

  1. Paredes, Vida sem (6 de setembro de 2015). «Caminho da Luz, MG: conheça a rota de peregrinação no Brasil». vida sem paredes. Consultado em 10 de maio de 2023 
  2. Gomes Eleuterio da Luz, Marcos. «Caminho da Luz – ABRALUZ-Assoc.Bras dos Amigos do Caminho da Luz». Consultado em 10 de maio de 2023 
  3. «Rio de Janeiro». Wikipédia, a enciclopédia livre. 26 de abril de 2023. Consultado em 10 de maio de 2023 
  4. «Espírito Santo (estado)». Wikipédia, a enciclopédia livre. 25 de abril de 2023. Consultado em 10 de maio de 2023 
  5. «Minas Gerais». Wikipédia, a enciclopédia livre. 6 de maio de 2023. Consultado em 10 de maio de 2023 
  6. «Mata Atlântica». Wikipédia, a enciclopédia livre. 17 de abril de 2023. Consultado em 10 de maio de 2023 
  7. «Pico da Bandeira». Wikipédia, a enciclopédia livre. 6 de agosto de 2022. Consultado em 10 de maio de 2023 
  8. «Serra do Caparaó». Wikipédia, a enciclopédia livre. 23 de abril de 2021. Consultado em 10 de maio de 2023 
  9. NEVES, Albino. Caminho da Luz - O Caminho do Brasil. 1ª ed. Carangola/MG: A.S. Editora Ltda, 2003. [S.l.: s.n.] 
  10. NEVES, Albino. Caminho da Luz - O Caminho do Brasil. 1ª ed. Carangola/MG: A.S. Editora Ltda, 2003. [S.l.: s.n.] 
  11. «Lei Ordinária 18086 2009 de Minas Gerais MG». leisestaduais.com.br. Consultado em 10 de maio de 2023 
  12. NEVES, Albino. Caminho da Luz - O Caminho do Brasil. 1ª ed. Carangola/MG: A.S. Editora Ltda, 2003.