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O amor e a sociedade
Autor(es) Clodomir Santos de Morais
Idioma português
País Brasil
Gênero poesia
Editora Primeira Edição
Lançamento 1950

O AMOR E A SOCIEDADE é uma obra de Clodomir Santos de Morais,um poeta misto de revolta e de saudades. Sua vontade é a de viver para ser grande, e acolher em seu seio, os que tombam escravizados pelos conceitos mesquinhos dos homens sem conceito algum “Não há maior ventura do que o amor!" diz ele, num momento de saudade, num momento de calma, num momento de sonho. Assim surge Clodomir Morais, no cenário da literatura brasileira. Não vem alquebrado, nem curvado diante das etiquetas sociais, mas sim de porte altivo, resoluto, como o gladiador que penetra numa arena, certo de sua vitória, publicado em 1950[1] , que lhe rendeu a cadeira de Frei Francisco de Monte Alverne, na Academia de letras de São Paulo.

Obra[editar | editar código-fonte]

O AMOR E A SOCIEDADE é o símbolo de uma grande promessa, que ora se projeta no cenário das Letras Nacionais. Seu conteúdo é de uma substância admirável. Clodomir Morais, não é apenas o acadêmico que libertou seus pensamentos da poesia metrificada, mas acima de tudo, um poeta. Seus versos revestidos de espontaneidade, nos mostram o seu valor como artista, que faz das inspirações o seu compêndio de realidades. O Amor e a Sociedade têm paginas belíssimas, vibrantes e cheias de ternura. Canta o bardo, a nossa sociedade corrompida e andrajosa, "É o cassino das mulheres frias", as Messalinas das poligamias o caminhoneiro fúnebre dos mortos, sem deixar escapar na crítica a essência da arte. Suas poesias de cunho social, brotaram de sua mente, como brota a fonte no seio da terra. No poema "Tragédia", o poeta nos fala das suas ambições de todo ser humano. Comecei a gostar de uma pequena; Depois enamorei-me de outra. A primeira chamava-se Sociedade; A outra chamava-se Glória... Seu espírito traz a chama do patriotismo mais elevado. Por isso é que encontramos contrastando com as poesias ternas, versos revolucionários, repulsando aqueles que, malogradamente nos governam. O Nordestino é uma página de um realismo impressionante, Sem a tutela do infiel governo, é condenado ao sofrimento eterno, contorce, geme, morre o nordestino! Seu coração indomável de poeta, canta através destas páginas aquilo que a vida proporciona, mas que, somente um poeta de seu talento, pode encerrar num livro como” O amor e a sociedade”, uma doutrina, o amor e a saudade." (Waldemar Gonçalves - Jornalista)[2]


O Nordestino [3]

Pega os pertences, deixa a solidão

da caatinga, lúgubre funérea,

o reino dos espinhos, - a deleterea

mais forte que os dizeres de Catão.

E na cidade onde lhe serve o chão

De leito na sarjeta da artéria,

O emigrante nosso na miséria

Do povo afortunado pede o pão.

Ao estranho que emigra doutras terras

Expatriado vítima das guerras,

Dão-lhe conforto, plácido destino.

Sem a tutela do infiel governo,

É condenado ao sofrimento eterno;

Contorse, geme, morre o nordestino.


Contexto[editar | editar código-fonte]

Em meio a diversas contendas sociais da década de 40 a 50 quando nosso ilustríssimo Clodomir dos Santos Morais escrevia sua primeira obra Amor e a Sociedade teve como base diferente e diversos conflitos sociais da época cujo um deles o Brasil, que estava sob o comando de Eurico Gaspar Dutra[4], foi eleito para sediar a Copa de 50[5] nesta época a Seleção comandada por Flávio Costa se preparava para o desafio no campo, como nos versos, Esse caldeamento, definindo Amiga, constitui a nossa raça; Tipos de vinho numa mesma taça, Homens diversos de outras partes vindo. Isso que vejo no seu rosto lindo, Que vence tudo e nos milhões engraça, Não é a glória do imortal da praça, Nem o semblante de uma Vênus rindo; o país passava por movimentos que era o aumento da tarifa dos bondes que chegava a 150% onde a CMTC (Companhia Municipal de Transporte Coletivo) ficou conhecida como “Custa mais trinta centavos", o povo pichou, depredou e queimou bondes (mas também em poucos dias parou). Assim como resumiu Nelson Rodrigues, o brasileiro se enxergava como "Complexo de vira lata".










Notas e referências[editar | editar código-fonte]

  1. 1
  2. 2
  3. 3
  4. 4
  5. 5

1 O amor e a sociedade - Clodomir Morais - Primeira Edição 1950

2 Waldemar Gonçalves - Jornalista

3 O Nordestino - O amor e a Sociedade - Clodomir Morais página 62

4 http://www1.folha.uol.com.br/esporte/folhanacopa/2013/06/1299812-copa-de-1950-tambem-teve-ambiente-de-manifestacoes-sociais.shtml

5 Eleito Presidente do Brasil em 1945