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Usuário(a):Helena Cananéa/Testes

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Pintor Rodrigues Lima[editar | editar código-fonte]

José Iremar Rodrigues Gomes, conhecido artisticamente como Rodrigues Lima, nasceu no ano de 1974 em Itatuba, interior da Paraíba. Tendo sempre o incentivo de seus pais: Adélio Gomes da Silva e Irene Rodrigues Gomes, desde sua infância, o primogênito de seis filhos já encontrava na arte diferentes maneiras de expressar suas ideias.

Desde 1994, o artista Rodrigues Lima reside e trabalha na cidade de João Pessoa, onde se profissionalizou e consolidou sua carreira artística. Rodrigues é Mestre em Ciências da Educação a partir da Universidad Autónoma de Asunción, possui pós-graduação em Designer e Arquitetura de Interiores pela UNIPE; além da Licenciatura plena em Educação Artística na Universidade Federal da Paraíba.

Nas artes plásticas, reconhece-se como um artista autobiográfico, pois sua poética artística é traduzida em cores, está sempre voltada às suas memórias afetivas de infância, vividas no alto da Serra Velha.

Com várias exposições individuais e coletivas realizadas em diversas regiões do país, além de obras adquiridas por importantes colecionadores do Brasil e do exterior, Rodrigues é reconhecido no meio artístico e pela crítica, como um paisagista contemporâneo que traz uma importante contribuição para a preservação da tradição pictórica paraibana, na temática paisagística.

Segundo Madalena Zaccara, Doutora em História da Arte: “Lima registra uma sistematização do olhar de um relato comovente das imagens de um Brasil que poucos conhecem: estranhos aos cartões postais. Paisagens longínquas de mangas e de abacates palpáveis. Na melhor tradição dos irmãos Grimm as paisagens pulam das telas. Foge dos pintores de Nassau. Não são enciclopédicos seus registros, são existenciais”

No dizer de Zaccara: “Na composição da série ‘Do alto da Serra Velha’, a percepção do artista se transporta ao universo plácido de sua infância (vivida na zona rural de Itatuba-PB) e parece querer, ao mesmo tempo, controlar e resgatar o tempo. Pode-se ver trechos de caminhos por onde ele passava diariamente, as sandálias deixadas pelo pequeno menino, suas goiabeiras, as mangueiras, o pé de graviola que existia no terreiro de sua casa, os riachos de água doce, os pés de agaves em que ele fazia cordas para amarrar os animais, além de outros elementos desse espaço mnemônico, sempre buscando associar com a sua realidade atual. O movimento deste olhar inquieto contribuiu para agrupar percepções de uma realidade que nos transcende e a serviço da qual atua, como legítima expressão da mais profunda essência das coisas. E, assim, o artista busca unir o que precisa unir e separar o que precisa ser separado”.

Conforme o crítico Raul Córdula, “Suas paisagens são muitíssimas bem pintadas, nítidas, brilhantes ao sol matutino que deixa as aguadas espelhadas sob o céu. As fretas que sempre se vê no primeiro plano atendem àquela curiosidade científica que se tem ao se ver uma graviola ou um caju, pintados com correção absoluta de cor, desenho e detalhes morfológicos”.

Na percepção do poeta e escritor Alves: “Rodrigues Lima dialoga com o surrealismo e o faz com uma leveza das citações e recriações pós-modernas da arte contemporânea. E o movimento artístico de Dalí, Breton, Magritte, Max Ernst, Remedios Varo Uranga, entre outros, pulsa com sua energia e seu espírito criativo.”

Conforme professor Marcílio Raonix, da UFPE: “Rodrigues Lima, vai debruçar-se na fantástica paisagem telúrica de idos, da antiga Paraíba. É como se fora um desaferrolhar os tempos, rebuscando nos recônditos da História da Paraíba os Monumentos, (quase esquecidos) o resgate de imagens quase passadas. São casarões, arruados, vilas bucólicas, com paisagens simples, da gente simples e humilde, que construíram uma terra de gloriosas tradições. Como diria Gilberto Freyre, se tivesse conhecido esta pintura, ‘Um arruar, gostoso de se ver’”.

Nas palavras do crítico e curador Jorge Anthônio, reconhecido em São Paulo: “Contrariamente ao mero registro, o artista de João Pessoa (PB) não quer apenas revelar retratisticamente o que a paisagem lhe oferece. Busca compor estilisticamente uma natureza idealizada em cores que enfatizam a miríade do verde e operam a luminosidade de forma a potencializar as qualidades de físicas e metafísicas para o homem, do espaço paradisíaco. È como se o anjo houvesse caído há instantes de um Brasil generoso e belo o que brota de seus pincéis, ávidos pelo detalhe nos primeiros planos influenciados pela fotografia, e que vai se completando pelo desenho em perspectiva”.

Nos atuais dias, tão importante e reconhecido artista reside e trabalha em João Pessoa, possuindo o Ateliê Lima, local no qual trabalha e dispõe suas peças, podendo ser facilmente encontrado na Fundação Espaço Cultural da Paraíba, local que há 40 anos é a casa e palco da cultura paraibana.

[1]https://sescpb.com.br/sesc-publica-traz-o-artista-rodrigues-de-lima-na-primeira-edicao-de-2024/

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[8]https://globoplay.globo.com/v/4562256/

[9]https://www.youtube.com/watch?v=5nz1ImPwBK0

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  8. 1. GOMES, J. I. R. Um Olhar Sobre Nossa Filipeia. 2015. (Programa de rádio ou TV/Entrevista).
  9. GOMES, J. I. R. Entrevista com Abelardo Jurema. (Programa de rádio ou TV/Entrevista).