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Usuário(a):Isa A.Fialho/Testes

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BANALIZAÇÃO DA DEPRESSÃO[editar | editar código-fonte]

Resumo:

Este trabalho aborda a banalização da depressão, com referencial teórico em Philippe Pinel, uma doença muito comum nos dias de hoje. Utilizando de artigos e estudos de psicanalistas, psiquiatras e psicólogos, é apresentada a evolução do conceito da depressão ao longo da história para entender sua trivialização, a depressão enquanto doença e a diferença entre depressão, melancolia e tristeza. Tive o interesse em me aprofundar nesse assunto com base em experiências familiares. Com isso, espera-se que essa pesquisa sirva de base de conhecimento para que pessoas não julguem mais a depressão como sinônimo de sentimentalismo.

Palavras-Chave: Depressão, Contexto Histórico; Preconceito.

Abstract:

This work deals with the banalization of depression, a very common disease nowadays, with theoretical reference in Philippe Pinel. Using articles and studies of psychoanalysts, psychiatrists and psychologists, the evolution of the concept of depression throughout history is presented to understand its trivialization, depression as a disease and the difference between depression, melancholy and sadness. I had this interest in delving deeper into this subject based on family experiences. Thus, it is expectated that this research will serve as a knowledge base so that people no longer judge depression as synonymous with sentimentality.

Keywords: Depression; Historical Context; Preconception.

SUMÁRIO[editar | editar código-fonte]

1 - Introdução........................................................................................................... 07
2 - Primeiro Capítulo................................................................................................ 09
3 - Segundo Capítulo................................................................................................ 19
4 - Anexo.................................................................................................................. 22
5 - Bibliografia......................................................................................................... 28

INTRODUÇÃO[editar | editar código-fonte]

Hoje em dia, no mundo, mais de 300 milhões de pessoas, de todas as idades e condições econômicas, foram diagnosticadas com depressão, mas, até agora, pouco foi feito para diminuir ou eliminar de vez a discriminação com os doentes.

Sendo uma doença psiquiátrica crônica e genética que produz uma alteração no humor, caracterizado por uma tristeza profunda, associada a sentimentos de dor, amargura, desencanto, desesperança, baixo estima e culpa, também acompanhados por distúrbios do apetite e do sono, as pessoas, ainda desinformadas, sem conhecimento, banalizam a mesma, sem mesmo se informarem sobre o assunto.

É muito importante diferenciar tristeza, depressão e melancolia, já que é a maior dificuldade das pessoas hoje em dia. A tristeza pode se classificar em: tristeza patológica e transitória. A transitória é causada por momentos desagradáveis e difíceis como, desencontros amorosos, morte de um ente querido, perda do emprego entre outros, já a tristeza patológica, não apresenta motivos aparentes, é a tristeza enquanto doença. Por isso podemos dizer que a depressão é uma tristeza patológica. A melancolia, por sua vez, é o estado mais grave da depressão.

A depressão não tem cura, atualmente falamos em remissão completa dos sintomas, já que os pacientes podem ter recaídas, sendo assim é necessário, por mais incapacitante que seja, fazer a manutenção dos remédios durante toda a vida.

A depressão é tão incapacitante que, segundo a revista Science, em 2010 as perdas econômicas causadas por transtornos mentais passam de US$ 200 bilhões anuais – o equivalente ao PIB de Israel.

O diagnóstico é dado a partir da história de vida do paciente sentindo pelo menos quatro dos sintomas citados acima em duas semanas. E o tratamento depende do estado da doença de cada pessoa, se for leve é feito psicoterapia, se for grave é utilizado antidepressivo e se o caso for mais sério ainda é utilizado antidepressivos com o acompanhamento de antipsicóticos e ansiolíticos.

Atualmente, mesmo tendo feito várias campanhas contra a banalização da depressão, muitas pessoas, de todo o mundo, ainda são preconceituosas, elas tendem a julgar os depressivos como “frescos”, fracos, que possuem personalidade fraca, etc, e elas confundem muito o sintoma tristeza como sinônimo de depressão.

Outro fator que colabora com o preconceito é a romantização da depressão, por mais contraditório que pareça. Na romantização as pessoas tratam a doença como algo “legal”, muitas delas chegam ao ponto de “querer” ter depressão para possuírem um “estilo”, muito pela influência da maioria de seus personagens, cantores, atores, poetas, escritores favoritos terem depressão e serem “legais”. Entretanto, confundindo e não compreendendo o que é a doença, afundam cada vez mais a depressão no preconceito.

Essa banalização prevalece aproximadamente desde o ano 4 a.C, quando surge relatos onde Hipócrates apresenta os primeiros sinais da depressão, como melancolia, onde ele a entende como desequilíbrio de quatro fluidos (bile, bile negra, fleugma e sangue). As doenças mentais em diferentes épocas já foram consideradas diversas coisas, porém e finalmente em 1793, acompanhando a revolução Francesa, chega à tona a Revolução Psiquiátrica, com Philippe Pinel, onde ele “liberta” os doentes mentais das celas e correntes, dando melhores condições de vida a essas pessoas, e consequentemente “a loucura” antes vista como um tipo de “preguiça”, se tornava uma doença que precisava ser curada.

Então com o tempo, começava a era da psicofarmacologia, dando impulsos ao interesse em descobrir mais sobre a depressão. Porém, até os dias atuais foi descoberto pouco sobre as doenças mentais, e foi pouco investido na área médica de saúde pública, ainda não podendo diferenciar sanidade de insanidade.

Nos dias de hoje os cientistas especializados vem fazendo experimentos e descobertas para entender melhor as doenças mentais, um exemplo disso é o mapeamento do cérebro, que tem revelado quais as áreas envolvidas em cada tipo de transtorno. Males como depressão, ansiedade extrema e transtorno obsessivo compulsivo já foram mapeados – só não se sabe ainda como funcionam e como curá-los. Essa é a promessa para o futuro. Outras pesquisas rastreiam quais circuitos neurais se ativam num dado processo mental: com uso de raios de luz e proteínas, tais circuitos poderiam ser “ligados” e “desligados”. Mas só foram testados em bichos.

Enquanto isso, o dia a dia de pacientes mentais tem melhorado. O movimento antimanicomial deu uma grande ajuda para libertar pessoas antes trancafiadas em hospícios. Grandes manicômios brasileiros, famosos por cenas horrendas, foram substituídos pelos Centros de Apoio Psicossocial, onde pacientes recebem tratamento, mas não residem mais. Mesmo em casos graves de esquizofrenia, eles passam a maior parte do tempo com a família.

Diferentemente de antigamente em que os depressivos, junto de outras pessoas mentalmente saudáveis, ladrões e mendigos, eram colocados em celas, nos antigos manicômios, tratados como animais, e esses lugares eram abertos à visitação para que aquilo servisse de exemplo do que aconteceria se você perdesse a razão.

Muitas campanhas são feitas para impedir o preconceito, um exemplo disso foi a campanha no dia mundial da saúde “Let’s Talk” feita pela OMS, com o incentivo das pessoas conversarem com os pacientes, já que o principal sintoma da depressão é o isolamento.

É fato que transtornos mentais ainda carregam um estigma pesado. Mas as coisas estão mudando.

PRIMEIRO CAPÍTULO[editar | editar código-fonte]

A Depressão é uma doença psiquiátrica crônica que produz alteração do humor, caracterizado por uma tristeza profunda. Neurologicamente, a depressão altera quimicamente o cérebro. Dois neurotransmissores, dopamina e seretonina, que promovem o prazer e a felicidade estão em suas concentrações baixas. Enquanto o cortisol, hormônio relacionado ao estresse crônico, está em quantidades altas, causando o enfraquecimento imunológico e alteração nos processos de novas memórias.

Existem alguns fatores genéticos envolvidos nos casos de depressão, doença causada por uma disfunção bioquímica o cérebro. Porém nem todas as pessoas com predisposição reagem da mesma forma, mas existem alguns fatores que funcionam como gatilho: acontecimentos traumáticos na infância, estresse físico e psicológico, algumas doenças sistêmicas, consumo de drogas ilícitas e lícitas, uso de certos tipos de medicamentos. As mulheres são mais vulneráveis a depressão devido à oscilação hormonal, principalmente no período fértil.

Além do estado depressivo e da anedonia (perda da capacidade de sentir prazer), seus sintomas são: alteração de peso (perda ou ganho não intencional), distúrbio do sono (insônia ou sonolência excessiva), problemas psicomotores (agitação ou apatia psicomotora), fadiga ou perda de energia, culpa excessiva (sentimento de culpa e inutilidade), dificuldade de concentração, ideias suicidas, baixo autoestima e alteração da libido.

O diagnóstico é dado com base nos sintomas descritos e a história de vida do paciente. Para diagnosticar o paciente, ele precisa ter pelo menos quatro a cinco dos sintomas descritos acima e pelo menos duas semanas se sentindo assim.

Existem mais de 70 tipos de depressão, porém existem quatro mais comuns, Transtorno Depressivo Maior (Depressão Unipolar) - se caracteriza pelo humor deprimido, perda de interesse e prazer, energia reduzida, diminuição das atividades, e em casos mais graves, sofrimento, melancolia e incapacidade temporária, principalmente quando não tratada; Depressão Bipolar - é a alternância de momentos depressivos com períodos de extremos, eufóricos ou irritáveis, chamado “mania” ou uma forma menos grave, chamada “hipomania"; Transtorno Distímico - é uma forma de depressão crônica que dura no mínimo dois anos, de intensidade moderada, quando o individuo fica triste, desanimado, pessimista e sem vontade de agir, com pouca energia e concentração, uma pessoa diagnosticada pode ter episódios de depressão maior, junto com períodos de sintomas menos graves; Depressão Psicótica - ocorre quando a pessoa tem depressão grave e sintomas psicóticos, como ter delírios e ouvir ou ver coisas perturbadoras (alucinações), os sintomas normalmente têm um tema depressivo, como delírios de culpa, pobreza ou doença, podendo ter um conteúdo persecutório.

É muito importante diferenciar tristeza, depressão e melancolia, já que é a maior dificuldade das pessoas hoje em dia. A tristeza pode se classificar em: tristeza patológica e transitória. A transitória é causada por momentos desagradáveis e difíceis como, desencontros amorosos, morte de um ente querido, perda do emprego entre outros, já a tristeza patológica, não apresenta motivos aparentes, é a tristeza enquanto doença. Por isso podemos dizer que a depressão é uma tristeza patológica. A melancolia, por sua vez, é o estado mais grave da depressão.

Atualmente, fala-se em remissão completa dos sintomas da depressão, mas mesmo nesses casos não significa que a doença foi curada. Em geral, é necessário permanecer com a manutenção do tratamento em longo prazo.

Porém, os conhecimentos das áreas médicas são muito poucos em relação à depressão. Os médicos das redes básicas não são preparados para identificar e tratar da doença. Só nos Estados Unidos pesquisas afirmam que 50% dos pacientes deprimidos permanecem sem ser diagnosticados e sem receber tratamentos, isso leva a uma carga excessiva de sofrimento, elevada morbidade e mortalidade, e contínuo risco de suicídio. Além disso a doença é incapacitante e interfere no modo de escolha pessoal, profissional e econômica da vida de uma pessoa.

Seu tratamento exige acompanhamento médico sistemático. Quadros leves costumam responder bem ao tratamento psicoterápico, já nos estados mais graves a indicação é o uso de antidepressivos (seus efeitos colaterais são: diminuição da libido e ganho de peso), e dependendo do caso o acompanhamento de ansiolíticos e antipsicóticos. Fazer atividades físicas ajuda no tratamento.

Procurar ajuda de um psicólogo neste momento é essencial para que se tenha a oportunidade de descobrir o que, no dia a dia, está fazendo com que a doença se manifeste da forma como está se manifestando.

A psicoterapia se mostra muito eficaz em pacientes com depressão. Pois ajudará o paciente a compreender melhor seus pensamentos e sentimentos; a melhorar sua autoestima; desenvolver novo repertório comportamental; a compreender ciclos disfuncionais; estabelecer uma nova relação consigo mesmo; promover relações mais funcionais; a controlar seus pensamentos negativos redirecionando os seus pensamentos; desfazer crenças limitantes e enraizadas e a construir novos significados.

Existem três tipos mais comuns de psicoterapias para a depressão.

Terapia interpessoal – se centra na resolução de problemas interpessoais e na recuperação sintomática, segue uma abordagem altamente estruturada, com tempo limitado, e é concluída em 12 a 16 semanas. A terapia está baseada no princípio de que as relações e circunstâncias da vida impactam o humor, e que o inverso também é verdadeiro. Ela foi desenvolvida na década de 1970 por Gerald Klerman e Myrna Weissman para tratar o transtorno depressivo maior.

Terapia Cognitivo Comportamental - entende a forma como o ser humano interpreta os acontecimentos como aquilo que nos afeta, e não os acontecimentos em si, ou seja, é a forma como cada pessoa vê, sente e pensa com relação à uma situação que causa desconforto, dor, incômodo, tristeza ou qualquer outra sensação negativa. Ela foi fundada no início dos anos 60 por Aaron Beck, Neurologista e Psiquiatra norte-americano.

Terapia psicodinâmica breve - tem como objetivo usar a relação terapêutica para investigar e esclarecer conflitos precoces, principalmente os relacionados com problemas de privação, proximidade e intimidade afetiva. Criada por Luborsky, com 16 a 20 sessões. O terapeuta se mostra mais ativo, o foco transferencial é mais limitado e se da ênfase nos processos desaptativos nos relacionamentos interpessoais do paciente.

Também existem tratamentos alternativos para a depressão, como acupuntura, yoga e meditação, porém eles não fazem parte da medicina convencional, baseada em evidências, ou seja, os resultados variam de pessoa para pessoa, não havendo comprovação científica da melhora do paciente após a utilização das técnicas.

Atualmente, segundo a OMS, no Brasil 5,8% da população sofre com depressão, e no mundo 4,4% da população. O Brasil está em oitavo lugar na lista de países com maior número de mortes por suicídio. No mundo, é um suicídio a cada 40 segundos.

A depressão é um dos mais graves problemas de saúde, pois ocorre com qualquer pessoa, independentemente da faixa etária e condição socioeconômica, dando a doença o status de fenômeno global.

Na década de 1990, a síndrome foi estimada como quarta causa de incapacitação no mundo. E as expectativas são de que ela seja a segunda causa em 2020 para os países desenvolvidos e a primeira para países emergentes.

Mesmo com a quantidade de informações, principalmente com o surgimento da internet, quando uma família começa a conviver com a doença, percebe-se a falta de informações e a estigmação.

O indivíduo que teve ou tem o transtorno luta não só contra a angústia provocada pela doença, mas também contra o preconceito.

No geral, eles não são vistos como um doente, mas como um fraco, ou seja, aceitar o transtorno mental é “loucura” ou é “frescura”.

Muitas pessoas dizem que o doente precisa sair da situação, não se entregar ao desanimo e ao pessimismo. Isso acaba agravando o quadro, pois há, nessas frases uma grande carga de incompreensão. O que muitas pessoas não conseguem entender é que o paciente da depressão não consegue ser animado, otimista e cheio de planos.

Muitos deles, quando passam por essas situações, sendo preconceituosos, se consideram mentalmente saudáveis e se recusam a utilizar de remédios e fazer tratamentos, como a psicoterapia e os antidepressivos. Ou seja, o preconceito reduz as buscas pelo tratamento.

Outro fator que colabora com a banalização da depressão é o romantismo. Muitos jovens de hoje em dia, consideram a doença algo “legal”, eles a tratam como se fosse uma piada, moda. Os melhores artistas, escritores, filósofos, personagens de filmes e livros, todos eles tinham depressão, e por serem considerados legais, muitos jovens decidiram se tornar “depressivos”. A mídia contribui bastante para esse romantismo, pois é onde ocorre a popularização do mesmo. Assim como os outros, por falta de conhecimento, a entendem como o sentimento tristeza, aprofundando ainda mais a depressão no preconceito.

Algo que retrata bem os dias de hoje é um comentário feito pela psicanalista Maria Correa. Segundo ela, estamos vivendo em uma era na qual as pessoas estão “fugindo de seus problemas”. Uma “ditadura da felicidade”. Muitas pessoas se dizem deprimidas para tomar remédio, enquanto as de verdade não são admitidas pela sociedade. É paradoxal. Quando recebem diagnóstico que estão com depressão, se sentem aliviadas, porque a dificuldade do mundo atual é admitir que não se “está vivendo as melhores férias do mundo”, que não está fazendo um programa tão legal quanto o dos amigos em rede social. É uma contradição. Ela também explica que, ao mesmo tempo em que existe o preconceito com quem “não tem motivos para ficar triste”, no Brasil há a tendência de apontar todos como deprimidos.

Para entendermos sobre a sua banalização precisamos entender a sua história, desde seus primeiros relatos.

Antiguidade

A voz dos deuses – ou fígado ruim

Na Antiguidade grega, a loucura tinha um caráter mitológico que se misturava à normalidade. Num tempo onde os deuses decidiam tudo, até o tipo de loucura a pessoa teria, o “louco” era uma espécie de ponte com o oculto. Isso até Hipócrates, o pai da medicina, por volta do século 4 a.C.

“Um absurdo”, pensava ele, que finalmente separou doença mental de deuses e mitos. Hipócrates sistematizou então a teoria dos humores. Era a bílis que afetava o comportamento e causava a loucura, fosse melancolia ou mania – ou seja, loucura calma ou agressiva.

Platão, no século 5 a.C. criou a teoria das 3 mentes (a racional, a emotiva e a instintiva) pregava: se uma delas se desequilibrasse, surgia a desordem mental. E o que para eles, causava o desequilíbrio, eram as glândulas e não o cérebro. A coisa muda pouco com os romanos. Galeno (130 D.C.) incrementou a hipótese da bílis: a amarela causaria a mania (alegre, furiosa ou homicida), e a negra, a melancolia.

Idade Média

Vade retro, Satanás

Se tratando de loucura, os principais textos que caracterizavam a época eram de Santo Agostinho e São Tomás de Aquino, os maiores pensadores religiosos da Idade Média. Ambos pregaram a vida perfeita, moralmente sã, tudo correto, perante a Bíblia. Qualquer coisa que se fizesse fora dos padrões era pecado.

Para santo Agostinho, o que separava o homem do animal era o dom da razão. Se o homem a perdesse, logo se reduzia a um animal, a punição divina para a alma pecadora. Bastava um comportamento diferente e o individuo era imediatamente julgado como possuído pelo demônio. A mente era um conceito filosófico, moral. E, nessa época, a moral provinha de Deus.

A depressão de nossos dias era especialmente “má”, digna de entrar na lista de pecados capitais: a “acédia”, um tipo de “preguiça” que distanciava a pessoa do amor e da misericórdia de Deus. Uma indolência sem fim, causada por uma quantidade tão grande de pecados que arrependimento algum serviria para absolvê-los. Afinal, a acédia comprometia a alma a ponto de não sobrarem mais forças para as penitências, muito menos para as obras de Deus.

Como havia práticas inquisitoriais padrão, era comum trancar os loucos em um navio e mandá-los para outra cidade, exilados. Os loucos sumiam e isso era considerado perfeitamente normal

Séculos XVII e XVIII

Perda da razão

O Renascimento veio, as ditas trevas anticientíficas ficaram para trás e, conforme o Iluminismo chegava, os loucos continuaram a “se dar mal” – só que agora de forma mais racional. A loucura sai do mundo das forças naturais ou divinas e se torna a falta da razão. Surge a noção de alienação das faculdades mentais – memória, razão e imaginação - dessa vez com causas internas, e não pela ação da bílis ou de demônios.

Com o fim da lepra, esvaziaram-se os leprosários espalhados por toda a Europa. Renomeados de “hospitais gerais”, lá, eram enviados todos os que não conseguissem seguir as normas estabelecidas pela razão – mendigos, loucos, inválidos – e eram expostos para o publico para mostrar o que acontece com quem se afastasse da razão.

Afinal, a medicina ainda engatinhava em relação aos males da mente, e, enquanto isso, a filosofia virava escrava da razão. A lógica era simples: quem pensa chega à razão, e a razão leva à virtude. Já o “louco”, desprovido de razão, cai no vício. Torna-se a falta de controle, o perigo. Para evitar o “escândalo” de ter um louco em casa, famílias pediam a internação de seus parentes.

Uma vez irracional, o louco era visto e tratado como um animal. A descrição de um manicômio francês pelo filósofo Michel Foucault em A História da Loucura na Idade Clássica dá conta disso. “As loucas acometidas por um acesso de raiva são acorrentadas como cães à porta de suas celas e separadas das guardiãs e dos visitantes por um corredor defendido por uma grade de ferro; através dessa grade é que lhes entregam comida; por meio de ancinhos, retira-se parte das imundícies que as cercam.”

Século XIX

A doença mental

O medo de ser internado chegou ao auge nas vésperas da Revolução Francesa. Bastava sua família zangar-se com você ou seu vizinho decidir aumentar sua propriedade para denunciá-lo como louco. Protestos de internos mentalmente saudáveis inconformados em viver com os insanos também se intensificavam. Mas junto à Revolução Francesa veio a revolução psiquiátrica: em 1793, o médico francês Philippe Pinel transformou a loucura de uma questão de ordem social para uma questão médica. Agora, a ciência a veria como uma doença que deve ser curada.

Influenciado pelas ideias iluministas e pela Revolução Francesa, Philippe Pinel (1745-1826), foi pioneiro no tratamento de doentes mentais e um dos precursores da psiquiatria moderna. Formado em medicina pela Universidade de Tolouse (França), dirigiu os hospitais de Bicêtre e Salpêtrière.

Segundo sua biografia consta que Pinel se interessou por essa área depois que um amigo tomado de loucura, fugiu para uma floresta, e foi devorado por lobos. Da observação dos seus próprios pacientes, em 1801, publicou seu Tratado Médico filosófico sobre Alienação Mental, em que defende as doenças mentais.

Com base nisso, Pinel baniu tratamentos antigos, tais como sangrias, vômitos induzidos, purgações e ventosas, substituindo-as por um tratamento ético, que inclui terapias ocupacionais. Portanto, foi um dos primeiros a libertar os pacientes dos manicômios e das correntes, propiciando-lhes liberdade de momentos por si só terapêutica.

Esses tratamentos também consistiam em dar “choques” ao paciente, para fazer com que eles passassem por uma sensação intensa, que o tirasse de seu estado de alienação. Além dessas práticas existiam os isolamentos em quartos escuros, banhos de água fria e uso de aparelhos que faziam com que o paciente rodopiasse em macas, ás vezes, durante horas até que perdessem a consciência.

Por serem muito avançadas para a época, às teorias de Pinel nunca foram bem aceitas pela sociedade. Mesmo depois de suas pesquisas e estudos, algumas instituições ainda tratavam os “loucos” como criminosos ou endemoniados, sendo assim, não dispensavam os tratamentos físicos ou de choque.

O tratamento de Pinel se baseava em vigiar constantemente o comportamento interno. Qualquer desvio deveria ser imediatamente comunicado – e punido. Era quase pavloviano, como educar um cachorro nos dias de hoje. Depois de um tempo, muitos pacientes de fato mudavam de comportamento.

Assim, Pinel foi pioneiro em separar pacientes dos criminosos e colocá-los sob cuidados médicos. Dessa forma o alienado não estaria integralmente afastado do contato com os demais humanos, persistindo sempre uma margem de contato com o outro. O tratamento moral proposto por Pinel supõe justamente essa possibilidade de interação afetiva com o louco.

Assim, fundava-se o tratamento moral, na crença de que seria possível introduzir mudanças no tratamento dos pacientes por meio de atitudes humanas, mas firme a da equipe técnica. Termos como “repressão”, “intimidação”, “doçura” e “filantropia” passaram a ser mais frequentemente utilizados.

Influenciado pelos pensamentos de Condillac e pelos grandes avanços da ciência, Pinel desenvolve um método clínico sistemático para o estudo da alienação mental. Seu fundamento era a observação demorada dos pacientes. A base de sua abordagem era o empirismo e sensualismo.

A tarefa classificatória era o início da implantação de um processo racional de aproximação do fenômeno estudado.

Sobre seu Tratado Médico Filosófico Mental, no primeiro trecho constitui uma amostra da abordagem clínico-descritiva de Pinel, tomando por referencia a "mania" - uma das formas clássicas da alienação mental, ao lado da melancolia, da demência e da idiotia. Pode-se, ali, ter uma amostra da fineza clínica de suas observações, bem como uma visão geral de suas concepções sobre essa entidade. Diferentemente das acepções contemporâneas, o termo “mania” referia-se, no contexto do Traité, a uma ampla gama de manifestações clinicas que inclui um delírio generalizado, afetando diferentes “funções do entendimento” e “acompanhado de uma viva excitação”.

No extrato final da segunda edição do Traité, encontramos informações sobre as concepções e sobre a prática de Pinel com o tratamento moral, ficando evidenciadas: sua crença nas capacidades mutativas de certas intervenções sobre o paciente, seu rigor com o respeito à dignidade e humanidades do outro e suas concepções sobre o uso clínico-terapêutico da humanidade, do relacionamento caloroso e da ênfase na responsabilização do sujeito por seus atos e suas consequências em seu contato com os outros.

Assim nascia uma ciência ocupada em estudar a cognição e as emoções. Na Alemanha, Wilhelm Wundt fundava o primeiro laboratório de psicologia, enquanto os americanos tomavam a frente na pesquisa da psiquiatria. Mas a próxima grande virada viria em 1886, quando Sigmund Freud pariu a psicanálise e, em 1900, quando publicou a Interpretação dos Sonhos, no qual analisa distúrbios de personalidade com base na sexualidade vivida durante a infância.

Só que tudo isso acabou virando uma bagunça: psiquiatria, psicologia e psicanálise se intercambiavam para tratar transtornos mal definidos e pouco conhecidos. E a maior

vítima continuava sendo o “louco”, que, se por um lado podia ser tratado, passou a ser visto sob o estigma da doença.


Século XX

Faca ou pílula?

No século 20, a ciência deu um enorme salto nos tratamentos médicos de doenças mentais. Seu início foi atípico: comas induzidos, lobotomia, eletrochoques. Isso melhorou um pouco na década seguinte, com o desenvolvimento de sedativos para acalmar pessoas com quadros psicóticos e estimulantes para “levantar” depressivos. Começava a era da psicofarmacologia.

Em 1950, foi sintetizado o primeiro remédio específico: a clorpromazina, que acalma o paciente psicótico sem deixá-lo atordoado. Isso fez com que, em vez da mesa de cirurgia, bastasse ir para a farmácia, evitando muitas lobotomias. Em 1959, veio o antidepressivo e, um ano depois, o ansiolítico benzodiazepínico. A eficácia desses medicamentos transformou a psiquiatria – e a indústria farmacêutica.

“Com os antipsicóticos, os pacientes deixariam de passar 30 anos num manicômio para ficar só 30 dias. Ou seja, eram tratados e devolvidos à sociedade, que teve de aprender a lidar com eles de outras formas”, diz Renato Del Sant, psiquiatra e professor da USP.

O último grande capítulo dos medicamentos viria em 1986: a fluoxetina (Prozac), ainda hoje usada contra transtornos como depressão, transtorno obsessivo compulsivo, síndrome do pânico e bulimia. No cérebro, a substância impede a reabsorção de serotonina, neurotrasmissor associado ao bem-estar. Por ter menos efeitos colaterais que seus concorrentes, o Prozac virou sinônimo de uma geração inteira de pessoas menos “depressivas”, a tal Geração Prozac, que virou até nome de filme.

Mas a psiquiatria passou também por sérias críticas. Primeiro, por se apoiar às vezes apenas em medicamentos. “Por causa da força da indústria farmacêutica, a psiquiatria passou a tratar o cérebro como se fosse um fígado e o ser humano como um grande camundongo, que só tivesse funções bioquímicas, e não um contexto social”, afirma Del Sant. Outra crítica foi escancarada em 1972 num estudo de David Rosenhan, professor da Universidade de Stanford.

Nele, 8 voluntários sadios se consultaram em diferentes hospitais psiquiátricos alegando ouvir vozes – a única mentira que contaram. Mesmo assim, 7 deles foram diagnosticados com esquizofrenia e internados até 52 dias em hospitais incapazes de reconhecer os falsos pacientes. Conclusão: ainda não sabemos distinguir insanidade de sanidade.

Século XXI

Neurociência e genética

Os remédios e o guia DSM revolucionaram o modo como transtornos mentais são tratados, mas estão longe de resolver o problema. Só nos EUA, segundo estudo publicado na revista Science em 2010, as perdas econômicas causadas por transtornos mentais passam de US$ 200 bilhões anuais – o equivalente ao PIB de Israel. A luz no fim do túnel pode estar em duas frentes de pesquisa: o estudo do genoma e o mapeamento dos circuitos neurais.

O mapeamento do cérebro tem revelado quais as áreas envolvidas em cada tipo de transtorno. Males como depressão, ansiedade extrema e transtorno obsessivo compulsivo já foram mapeados – só não se sabe ainda como funcionam e como curá-los. Essa é a promessa para o futuro. Outras pesquisas rastreiam quais circuitos neurais se ativam num dado processo mental: com uso de raios de luz e proteínas, tais circuitos poderiam ser “ligados” e “desligados”. Mas só foram testados em bichos.

Outros estudos também identificam genes que podem causar o mau funcionamento de circuitos neurais. Como cada circuito é determinado por milhares de genes, um problema em alguns genes pode trazer uma batelada de sintomas que caracterizam um transtorno.

Mas a relação entre genes e transtornos não é simples. Diferentes problemas genéticos podem acarretar os mesmos sintomas e, consequentemente, um mesmo diagnóstico. Assim, é possível que haja inúmeras causas genéticas para os mesmos transtornos. Como se vê, faltam ainda enormes passos até se encontrar uma cura por terapia genética. Mas ela seria uma revolução para a neurociência e para a psiquiatria.

Enquanto isso, o dia a dia de pacientes mentais tem melhorado. O movimento antimanicomial deu uma grande ajuda para libertar pessoas antes trancafiadas em hospícios. Grandes manicômios brasileiros, famosos por cenas horrendas, foram substituídos pelos Centros de Apoio Psicossocial, onde pacientes recebem tratamento, mas não residem mais. Mesmo em casos graves de esquizofrenia, eles passam a maior parte do tempo com a família. É fato que transtornos mentais ainda carregam um estigma pesado. Mas as coisas estão mudando.

Tratamento de choque

No começo, era o caos. Assim que se descobriu que as convulsões conseguiam aliviar alguns sintomas psiquiátricos, nos anos 1930, o eletrochoque tornou-se o tratamento com melhores resultados para diminuir a agressividade de pacientes. Só que os aparelhos eram primitivos, e a aplicação, quase intuitiva. Não se sabia qual corrente elétrica usar, onde aplicar, nem por quanto tempo. E não havia anestesia ou relaxantes: era aplicado a seco, muitas vezes como punição a “maus pacientes”. O resultado era pacientes com memória afetada, apáticos, “abilolados”. Mas, sem remédios antipsicóticos, as clínicas psiquiátricas não tinham nenhuma técnica melhor.

Com o tempo, o eletrochoque, hoje chamado de ECT (eletroconvulsoterapia), voltou com tudo, dessa vez humanizada. Primeiro vêm a anestesia e um relaxante muscular. Assim, o paciente não se debate, o que evita as clássicas fraturas e machucados. Batimentos cardíacos, pressão e respiração são monitorados, enquanto duas placas são postas na parte frontal da cabeça do paciente, deitado na maca. Basta uma sessão rápida de 120 volts e ele entra em convulsão, processo acompanhado por eletroencefalograma. O paciente mal se mexe. Meia hora depois, se estiver bem, toma o café no hospital e volta para casa. Em geral, o tratamento é feito com três sessões semanais.

Problemas de memória podem ocorrer no curto prazo, mas somem após seis meses. Metade dos casos melhora. O resultado químico é similar ao dos antidepressivos – os choques ajudam a regular a liberação dos neurotransmissores -, com bons resultados para tratar depressão grave quando remédios não adiantam. E, por incrível que pareça, é o tratamento mais seguro nas depressões em gestantes. Isso porque não interfere na formação do feto, como fazem os medicamentos. Idosos que não querem tomar mais remédios do que já precisam também optam por ele.

Como visto, a depressão se transforma, ao longo do tempo, em diferentes conceitos, assim como as outras doenças mentais, mas ao mesmo tempo em que ela evoluiu, nunca foi levada a sério.

Falar em salas de aulas e em palestras reduz o preconceito. Dessa forma, a falta de informação passa a virar conhecimento, entretanto reduziria o estigma por trás da depressão, os pacientes passariam a não ter tantas dificuldades como buscar o tratamento ou conversar sobre suas dificuldades em relação à doença com as outras pessoas. Foi feita no Dia Mundial da Saúde, pela OMS uma iniciativa para incentivar as pessoas a falar como prevenção da depressão, “Let’s Talk” (em português – Vamos falar), já que um de seus sintomas é o isolamento.

SEGUNDO CAPÍTULO[editar | editar código-fonte]

Para comprovar a minha hipótese foram feitas entrevistas, no Centro de Atenção Psicossocial II Nise da Silveira de Petrópolis (CAPs II), no Hospital Psiquiátrico Santa Mônica de Petrópolis, e no Centro de Atenção Psicossocial de Paraíba do Sul (CAPs I), pelo aplicativo WhatsApp, RJ.

O Centro de Atenção Psicossocial Nise da Silveria (CAPs II) fica na Rua Montecaseros, 576- Centro – Petrópolis – RJ, a entrevista foi dia 04/11/2019  CEP: 25680004, Tel/Fax: (24)2246-9064, e-mail: ssacaps@petropolis.rj.gov.br, o horário de funcionamento é de segunda à sexta-feira das 09:00 às 17:00 horas.


Os Centros de Atenção Psicossocial, são serviços públicos de saúde mental, destinados a atender indivíduos com transtornos mentais relativamente graves. Esse serviço é uma substituição as internações em hospitais psiquiátricos, e tem como maior objetivo tratar a saúde mental de forma adequada, oferecendo atendimento à população, realizando o acompanhamento clínico, e promovendo a reinserção social dos usuários pelo acesso ao trabalho e ao lazer, a fim de fortalecer os laços familiares e comunitários. Para inserção no Caps Nise da Silveira, o usuário pode vir por demanda espontânea, encaminhamento de diversos setores da saúde e assistência do município. Inicialmente é feito uma inscrição e posteriormente uma recepção para avaliação da equipe se o paciente se enquadra no perfil de atendimento dos caps, não sendo para atendimento no caps, estes pacientes serão encaminhados para outros setores da rede de saúde.


É função dos CAPS: Prestar atendimento clínico em regime de atenção diária, evitando as internações em hospitais psiquiátricos; acolher e atender as pessoas com transtornos mentais graves e persistentes, procurando preservar e fortalecer os laços sociais do usuário em seu território; promover a inserção social das pessoas com transtornos mentais por meio de ações intersetoriais; regular a porta de entrada da rede de assistência em saúde mental na sua área de atuação; dar suporte a atenção à saúde mental na rede básica; organizar a rede de atenção às pessoas com transtornos mentais nos municípios; articular estrategicamente a rede e a política de saúde mental num determinado território e promover a reinserção social do indivíduo através do acesso ao trabalho, lazer, exercício dos direitos civis e fortalecimento dos laços familiares e comunitários. O serviço conta com os seguintes profissionais: psiquiatra, psicólogo, assistente social terapeuta ocupacional, auxiliar de enfermagem e oficineiros, segundo dados do governo.


Quem atendeu a entrevista foi o psicólogo Marcelo Passos. Aparentemente, a infraestrutura do local é bem precária, precisando de maior cuidado e preocupação. Durante a entrevista, foi descoberto que não há psiquiatra, nem pedagogo no local, apenas psicólogos, o que é péssimo já que um psiquiatra é extremamente necessário para receitar os medicamentos, e também para compreender o quadro clínico do paciente e o pedagogo para aconselhar e auxiliá-los. Os psicólogos, enquanto essa situação não é resolvida, dão o diagnóstico a partir de hipóteses, ou seja, não é nada preciso. Em relação a proposta da terapia ocupacional não há criticas, já que eles trabalham bem com esse aspecto, trazendo sempre projetos artesanais e interativos, até mesmo campanhas como o outubro rosa e novembro azul para essas pessoas ficarem informadas, lá os pacientes ficam a hora que quiser, podendo ficar até o horário que o CAPs fecha. Um aspecto a ser melhorado deveria ser o fato de que lá eles atendem mais esquizofrênicos, não possuindo um contato amplo e correto sobre depressão e outras doenças mentais. As perguntas direcionadas a depressão eram respondidas com incerteza e falta de pesquisas, já que o contato é pouco. Isso aumenta o preconceito com a depressão, já que os responsáveis da unidade pública (unidade acessível ao público que não consegue pagar por unidades privadas), não fazem ideia de como ajudar essas pessoas, que são as que mais necessitam, já que o Brasil está em oitavo lugar de países com maior índice de depressivos, sendo que essas pessoas estão localizadas nos centros urbanos como o Rio de janeiro e São Paulo.


O Hospital Psiquiátrico Santa Mônica em Petrópolis é credenciado, a entrevista foi no dia 18/11/2019, com a psiquiatra Maria Antônia Martinez fica na Estrada União Indústria, 1193 – Roseiral, CEP: 25720-062 - Petrópolis – RJ, Tel: (24) 2242-6947 / 2242-6426, o e-mail é duducho@compuland.com.br


No Santa Mônica a infraestrutura era melhor, atendendo melhor as expectativas dos pacientes. Lá eles tratam os pacientes em condições mais graves, que já tentaram suicídio ou que pretendiam, eles ficam internados até apresentarem uma condição mais favorável a reinserção no meio social. Assim como no CAPs eles atendem mais esquizofrênicos, porém possuem um conhecimento maior sobre outras doenças em relação ao nível do CAPs. Eles têm psiquiatras, enfermeiros e auxiliares. Um aspecto a ser melhorado seria o fato de estarem em falta com psicólogos, sendo assim eles não praticam a terapia ocupacional, tendo a psiquiatra encarregando o paciente à uma terapia ocupacional. Quem atendeu foi a Psiquiatra Maria Antônia Martinez, na entrevista as respostas eram dadas com certeza e razão. Ela preza por medicamentos mais leves, pois dependendo do medicamento pode causar vício e perda da coordenação motora, já em casos muito graves é necessário uma internação ou eletroconvulsoterapia em último caso.

Também foi feito uma entrevista, no dia 23/11/2019, pelo aplicativo WhatsApp, onde quem atendeu foi a psicóloga Lívia Bandarrinha, do Centro de Atenção Psicossocial (CAPs I) de Paraíba do Sul, RJ. Fica na Avenida Marechal Castelo Branco, 76, no centro, CEP: 25850000, Telefone: (24)22632045.

Sobre o local ela informou que há enfermeiros, médico psiquiatra, assistente social, terapeuta ocupacional, artesãos e pedagogos, e lá o tratamento é mais completo, os paciente tomam os remédios no local, e uma das metas do CAPs é a reintegração social. Nesse CAPs são tratados mais esquizofrênicos com sintomas depressivos, ou seja, assim como o de Petrópolis, o de Paraíba do sul não possui um frequente contato com pacientes depressivos, e o diagnóstico dado pelos psiquiatras não é preciso, é dado através de hipóteses. Quando o paciente chega lá, define junto com a equipe seu projeto terapêutico, onde eles oferecem oficinas de música, teatro, artesanato, oficinas pedagógicas, de convívio social, atividade física orientada, atendimento médico, oferta e dispensa de medicação controlada e psicoterapia que pode ser individual ou em grupo. No local eles não possuem a eletroconvulsoterapia, considerando-a “um método primitivo e arcaico”, causando danos mentais e psicológicos nos pacientes. Segundo ela, ainda existe um tabu por trás da depressão, então esse assunto deve ser mais debatido, entendido e pesquisado.

Conclusão[editar | editar código-fonte]

Concluí no meu trabalho que, em diversas épocas a depressão e doenças mentais em geral eram tratadas como um problema a ser esquecido pela sociedade, e até hoje em dia a população não é preocupada com isso e é extremamente desinformada sobre o assunto, e o governo também não faz questão que essas pessoas saibam de verdade o que são doenças mentais, mesmo sendo um problema constante e comum em nossa sociedade. Também concluí que o tratamento para transtornos psicológicos só é acessível para pessoas que vivem em classes sociais mais altas, fazendo as pessoas de condições sociais mais baixas procurar tratamentos em lugares como o CAPs, que não é um lugar especializado em todas as doenças mentais, mas é o lugar que vai acolher as pessoas necessitadas, fazendo de tudo para tentar ajuda-las de alguma forma. Infelizmente, quando visitei o CAPs, a situação era muito precária, com falta de psicólogos e pedagogos e com a infraestrutura não suportando a quantidade de pessoas atendidas no local, que são 200 por ano, mas a equipe ainda assim faz de tudo para tentar suprir a falta deles.

ANEXO[editar | editar código-fonte]

Entrevista - CAPs II Nise da Silveira – Petrópolis – 04/11/2019

Feito com o Psicólogo Marcelo Passos

Existe uma média de quantos pacientes diagnosticados no local?

“Não possuímos uma média. Pois a depressão às vezes vem como uma comorbidade, então, por exemplo, temos pacientes com esquizofrenia associada a depressão, chamamos de esquizoafetivo. Então não possuímos uma média, até também, por que não possuímos diagnósticos precisos e imediatos, criamos uma hipótese diagnóstica.”

Vocês possuem uma média de idade em que isso normalmente acontece?

“Não existe uma idade específica em que isso possa acontecer para a pessoa desenvolver a depressão, o que vai desencadear essa crise é quando a pessoa entra em contato com alguma coisa que remete a ela a uma emoção muito forte, talvez inconsciente, do passado dela.”

O diagnóstico é preciso?

“O diagnóstico nunca é preciso, então a gente não trabalha com diagnóstico, mas com uma hipótese diagnóstica, a psicologia e medicina também sempre trabalham com a hipótese diagnóstica.”

Como são feitos os tratamentos aqui no CAPs?

“Ele é feito a partir do momento em que a equipe avalia que esse paciente tem um transtorno mental grave, ele passa a ser elegível para ser atendido no CAPs. Então, após isso é feito uma entrevista de anamnese, onde a gente levanta toda a vida dessa pessoa, do passado, do presente, do futuro, as expectativas, o que ele gosta de fazer, então inserimos ele na oficina de acordo com a escolha dele. Nós temos oficina de música, expressiva, oficina que fala sobre sintomas, de artesanato, de cinema, teatro. Nosso objetivo é fazer com que os pacientes tenham lazer.”

Existem casos em que o paciente não aceita o diagnóstico, por achar que não precisa de ajuda?

“Não, só minorias.”

A família se envolve com o tratamento?

“É um pouco difícil essa aproximação, mas fazemos reuniões familiares, para esclarecer o que se passa aqui dentro e o quadro clínico do paciente.”

Vocês fazem campanhas sobre a conscientização de doenças mentais?

“Sim, passamos vários filmes sobre isso, como Nise da Silveira e Uma Mente Brilhante, e também fazemos campanhas clínicas aqui dentro, por exemplo, amanhã (dia 05/11/2019) será abordado a campanha do Novembro Azul e Outubro Rosa.”

Entrevista – Hospital Psiquiátrico Santa Mônica – Petrópolis – 18/11/2019

Feito com a psiquiatra Maria Antônia Martinez

Existe uma média de quantos pacientes diagnosticados no local?

“Não possuo essa informação, mas o que eu posso informar é que no local são tratados os pacientes que já tentaram suicídio.”

Qual gênero tem mais tendência a ter depressão? Porquê?

“Feminino. Por parte hormonal, a mulher é mais sensível as coisas e por que ela possui mais cobranças sobre suas atitudes.”

Em qual idade isso é mais comum de acontecer?

“Isso acontece em qualquer idade, porém está mais propício a acontecer na fase adulta.”

Que tipo de trabalho o Santa Mônica faz para essas pessoas?

“Trabalhamos com um médico, para a parte medicamentosa, e atualmente precisamos de um psicoterapeuta, que está em falta.”

Como são feitos os tratamentos?

“Com medicação, que é o principal, e quando o paciente vai melhorando, um psicólogo. É muito importante também a psicoterapia, com aulas de artesanato...”

Qual é a média de tempo de um tratamento?

“Isso depende muito da resposta do paciente, da necessidade, mas em um caso moderado ou simples é necessário pelo menos 6 meses para o tratamento e depois um acompanhamento mais leve e semanal.”

O diagnóstico é preciso ou ainda existem dificuldades?

“É preciso.”

Os pacientes, devido a morbidade da doença, conseguem manter uma pontualidade com o tratamento?

Sim, porém existem dois tipos de depressão, a exógena e a endógena, a endógena é o tipo de transtorno bipolar, nesse tipo a pontualidade é mais difícil pois o paciente não tem noção de que está com a doença, já a exógena é bem mais simples pois o transtorno possui fatores externos, então o paciente tem a noção e é muito mais fácil aderir a o tratamento.”

Existem casos em que o paciente não aceita o diagnóstico, por achar que não precisa de ajuda?

“Não, só a endógena é a mais difícil.”

Antes do paciente ser diagnosticado, a família reage bem ao fato da pessoa possivelmente ter a doença? E posteriormente?

“Reage sim, um exemplo é quando ficam preocupados quando o paciente aponta ideias suicidas.”

Alguns pacientes já relataram, alguma vez, terem sofrido o preconceito devido a doença?

“Sim, alguns reclamam, principalmente as mulheres casadas e mães.”

Hoje em dia, existe a eletroconvulsoterapia. O CAPs possui o equipamento? Você acha o tratamento eficaz? Isso pode causar danos neurológicos?

“Não. Nem eu sei aplicar, e nem quero, mas em depressões graves tem que ser aplicado.”

Na sua opinião, o avanço tecnológico interfere no fato da depressão ser considerada a doença do século?

“Não, o que eu acho é que, hoje em dia está em alta o bullying, que na minha opnião causa sim, a depressão.Também pode ser causado por fatos tristes e bárbaros, hoje em dia, que passam nas televisões.”

Atualmente, sabemos que existe a romantização da depressão, existem casos em que alguma pessoa insistiu em receber o diagnóstico mesmo não possuindo a doença?

“Não, nunca tivemos esse tipo de casos.”


Entrevista - CAPs I – Paraíba do Sul – 23/11/2019

Feito com a psicóloga Lívia Bandarrinha

Existe uma média de quantos pacientes diagnosticados no local?

”Atuo na saúde mental do município de Paraíba do sul em dois equipamentos: no caps e no ambulatório de saúde mental. O caps é destinado para tratamento de transtornos graves e persistentes, que afetam várias áreas da vida da pessoa. Por isso, o tratamento é psicossocial, realizado por uma equipe multi profissional. Então na unidade contamos com psicólogos, enfermeiros, médico psiquiatria, assistente social, terapeuta ocupacional, artesãos e pedagogos. Os pacientes passam o dia na unidade, fazendo várias atividades, e retornam para as suas casas a noite, no convívio da família. O tratamento lá e mais completo, cuidamos da parte psicológica, da medicação (os pacientes tomam as medicações lá), como também do convívio social, umas de nossas metas no tratamento é a reintegração social, pois muitos transtornos psiquiátricos levam a exclusão social.Já no ambulatório cuidamos de casos mais leves, onde o paciente tem mais autonomia, e não necessita de um tratamento tão intensivo. Nesse outro espaço, também contamos com uma equipe com vários profissionais, mas diferente do caps o paciente não passa o dia no local. Ele vem para consulta, que geralmente acontece 1x por semana.Essa pergunta e um pouco difícil de responder porque a depressão esta associada a vários diagnósticos. O que chamamos de comorbidades. Então por exemplo quem tem um diagnóstico de esquizofrenia pode ter um episódio depressivo, assim como quem tem transtorno bipolar. O que é possível  afirmar é que houve um aumento expressivo no último ano na busca por tratamento de pessoas que sofrem com sintomas depressivo.”

Qual gênero tem mais tendência a ter depressão? Porquê?

“Depressão é um mal extremamente democrático, atinge diferentes classes, raças, pessoas de várias idades e de gêneros distintos. Por isso não podemos falar sobre qual gênero tem uma tendência maior. O que percebemos é uma grande diferença na forma de expressão e na busca por tratamento. Verificamos que as mulheres buscam mais ajuda e aderem melhor ao tratamento por uma questão cultural. Talvez por esse fator exista uma visão de que as mulheres sofrem mais de depressão, porque elas falam mais sobre seus sentimentos do que os homens.”

Em qual idade isso é mais comum de acontecer?

“Todas as idades. O que tem sido alarmante e o grande aumento no número de jovens que cometem suicídio.”

Que tipo de trabalho o CAPs faz para essas pessoas?

“No caps oferecemos atendimento diário com diversas atividades, como oficinas de música, teatro, artesanato, oficinas pedagógicas, de convívio social, atividade física orientada, atendimento médico, oferta e dispensa de medicação controlada e psicoterapia que pode ser individual ou em grupo. No caps atendemos os casos mais graves, principalmente quando há risco ou tentativa de suicídio.”

Como são feitos os tratamentos?

“Quando o paciente chega ao CAPS ele é acolhido pela equipe que definirá junto com o com ele o seu projeto terapêutico, de acordo com a necessidade dele, naquele momento. Nesse projeto será definido os dias e quais atividades ele irá participar. Cada caso é um caso. E respeitamos muito a escolha e a vontade de cada paciente. Em alguns casos há a necessidade do uso de medicação, que e prescrita a partir de um acompanhamento psiquiátrico. Na parte psicoterapia, está pode ser feita individualmente ou em grupo. Aqui no caps temos um grupo de fala, grupo de práticas expressivas e de artes, além da terapia ocupacional.”

Qual é a média de tempo de um tratamento?

“Cada caso é um caso, e não trabalhamos com um tempo fixo e determinado de tratamento. Quando constatamos que o paciente melhorou, reduzimos seu projeto terapêutico, pra prepara-lo para alta. Acontece em muitos casos do paciente continuar precisando de apoio psicoterápico após a alta do caps e ser transferido para o ambulatório de saúde mental, aonde vai apenas para consulta e manutenção do tratamento.”

O diagnóstico é preciso ou ainda existem dificuldades?

“Nunca é preciso e sempre existem dificuldades. Tanto que não trabalhamos com a lógica de um diagnóstico fechado e sempre com uma hipótese diagnóstica.”

Os pacientes, devido a morbidade da doença, conseguem manter uma pontualidade com o tratamento?

“Em muitos casos não, por isso o projeto terapêutico e sempre flexível e se ajusta as possibilidades e limitações de cada paciente.”

Existem casos em que o paciente não aceita o diagnóstico, por achar que não precisa de ajuda?

“Sim, em muitos casos os pacientes não aceitam o tratamento, por isso o papel da família e fundamental, o envolvimento da família e um dos pilares para a efetividade do tratamento no caps. Em muitos casos o tratamento começa com a busca da família por ajuda e orientação. Em alguns casos mais graves, aonde há risco de vida, e necessária a intervenção do SAMU e do hospital geral. Contamos com leitos psiquiátricos aonde o paciente fica internado durante um curto período (no máximo 72horas) para estabilização e depois é encaminhado para o caps, para dar continuidade ao tratamento.”

Antes do paciente ser diagnosticado, a família reage bem ao fato da pessoa possivelmente ter a doença? E posteriormente?

“Em alguns casos a família tem dificuldades em lidar e entender alguns sintomas que o paciente apresenta.”

Alguns pacientes já relataram, alguma vez, terem sofrido o preconceito devido a doença?

”Sim, todos os dias, na grande maioria dos casos. Julgamentos, críticas, falta de compreensão, exclusão social, são situações que os pacientes vivenciam diariamente.”

Hoje em dia, existe a eletroconvulsoterapia. O CAPs possui o equipamento? Você acha o tratamento eficaz? Isso pode causar danos neurológicos?

“Não trabalhamos com eletroconvulsoterapia. Este é um método primitivo e arcaico que traz muitos danos a saúde mental do paciente, principalmente do ponto de vista traumático. A farmacologia evoluiu muito e hoje temos a disposição medicações que fazem esta função quimicamente com efeitos colaterais bem mais amenos.”

Na sua opinião, o avanço tecnológico interfere no fato da depressão ser considerada a doença do século?

“Sim. Existe um estudo muito avançado que fala sobre a relação da depressão e a insuficiência de vitamina d. (Inclusive trabalhamos com reposição desta vitamina como um dos elementos do tratamento para depressão). Bom, a fonte principal desta vitamina e a incidência de luz solar. Com o aumento da tecnologia, uso excessivo de celulares e internet, levam a diminuição de práticas ao ar livre e exposição ao sol. Assim como, as relações mudaram muito a partir do advento das redes sociais.”

Atualmente, sabemos que existe a romantização da depressão, existem casos em que alguma pessoa insistiu em receber o diagnóstico mesmo não possuindo a doença?

“Não. Como trabalho no SUS e num espaço para tratamento de condições graves, costumo lidar com situações aonde há um grande sofrimento.”

Na sua opinião, porquê as pessoas ainda possuem preconceito com a depressão?

“É um grande tabu. Acho que temos dificuldade em lidar com a dor e o sofrimento do outro, é incomodo pensar que alguém pode chegar a inércia, deixar de ser produtiva socialmente e preferir o isolamento. A depressão existe e mata pessoas. E uma grande epidemia, como dizem, o mal do século. Por isso precisamos começar a falar urgentemente sobre esse tema, falar, estudar, tentar entender e buscar alternativas para enfrentar.”


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