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Pesquisa em Mídias Interativas[editar | editar código-fonte]

Pesquisa em mídias interativas no âmbito da investigação é parte fundamental no meio científico. Sendo necessário entender a diferença entre busca, coleta e pesquisa para melhor definição.

Introdução[editar | editar código-fonte]

Diariamente o indivíduo recebe muitas informações. O avanço tecnológico, a convergência de diferentes mídias e à massificação da internet, modificou a forma de comunicação, estimulando o compartilhamento e influenciando a quantidade e a qualidade de dados e informações consumidos, criando o processo Criatividade Interativa[1]. Hoje não apenas se consome a informação, também se produz de modo coletivo (colaborativo).[2]

Fortalecendo as mídias interativas; Diferente das mídias analógicas, que funcionam de modo contínuo, as mídias interativas se adequam ao ambiente digital, trabalhando de modo descontínuo sobre o conteúdo, permitindo sua manipulação muito além do que apenas sua configuração.

A figura do usuário é essencial para o entendimento da interatividade com o computador, que utiliza uma interface, chamado de o Terceiro Elemento da interatividade.[3] Existem interativos sistemas e procedimentos em que o usuário sempre pode intervir no andamento das atividades do computador, fornecendo dados e comandos[4], onde a interface é o caminho.

Estes mecanismos e ferramentas de produção de conteúdos nos leva a uma infinidade de conhecimentos. Uma das coisas principais que se deve ter em mente ao pesquisar em mídias interativas é a preocupação com a veracidade das informações, ou seja, deve-se estar atento ao tipo de site em que está pesquisando. No entanto, a maioria das pessoas ao tentar fazer uma pesquisa - talvez por preguiça, falta de tempo ou até falta de conhecimento relacionado às mídias - acaba fazendo apenas uma coleta de dados, sem se importar com a profundidade da informação, ou até mesmo a veracidade, e isso pode prejudicar o resultado final que se pretendia alcançar.

Então, o ponto principal ao utilizar um site de busca, é inicialmente ter em mente que nem todo resultado da busca serve como embasamento teórico para ser utilizado. É importante estar atento à fonte utilizada, se há referencial teórico, se é possível verificá-lo para não cair nas "armadilhas" que existem na internet, que são os sites de conteúdo duvidoso.

Assim, é preciso apuração quando realizar uma pesquisa em mídias interativas. O pesquisador deve compreender, que os dados obtidos a partir destas mídias podem ser verdadeiros ou falsos/corretos ou incorretos. levando à dúvida de como pesquisar nesse tipo de mídia.

A busca por processamentos semânticos é campo recente da pesquisa, sendo uma provável reinvenção do campo da informática, quando processadores ditos biológicos ou mesmo neurológicos buscam este tipo de tratamento baseado na compreensão da informação, e não em sua ordenação lógica, buscando fundamentos contextuais do enunciado, estabelecendo uma lógica semântica das informações. O processamento humano se dá por relações semânticas (do grego semathös, sentido) além do sintático, devido a velocidade de processamento ser maior que o das máquinas, buscando assim um sentido amplo.[5]

Definições[editar | editar código-fonte]

Antes é necessário distinguir três pontos que se confundem nestes meios: pesquisa, busca e coleta, devido a facilidade de localizar informações inerentes às mídias digitais. Sendo a pesquisa uma sequência de processos para obter respostas de um problemas por falta de informação suficiente, ou quando a informação disponível se encontra desorganizada. não podendo satisfazer o problema.[6]

Oslen (2012) vai além, apontando que "pesquisa é muito mais do que apenas reunir informações ou escrever uma descrição como faria um jornalista"[7]. Pesquisar é estudar com mais profundidade determinado assunto, incluindo a obtenção de dados. Porém, o simples processo de coleta de dados em mídias interativas, não corresponde à uma pesquisa e nem a solução do problema científico. Pois dados são apenas informações desencontradas, que são suporte para a obtenção do conhecimento.

O termo buscar, por sua vez, é explicado apenas como o ato de localizar algo. Por exemplo ao abrir um mecanismo de busca de qualquer mídia interativa para buscar por termos, a simples obtenção de resultados não induz a hipóteses ou respostas de pesquisa. De modo geral, toda pesquisa em mídia interativa deve seguir os modelos da Ciência Normal[8], onde uma atividade desorganizada tenta explicar fenômenos ainda em um estágio irracional ou de pré-ciência.[9]

Porém, Santaella diz ser equivocada a imposição de modelos metodológicos de uma ciência sobre outra. Afirmando que as etapas do método científico não são padrões ou receitas que podem ser aplicadas a todos os assuntos e problemas de pesquisas. Onde as pesquisas e metodologias devem ter intimidade com a área na qual se pesquisa, contrariando as definições de Peirce.[10][11]

Referências

  1. Berners-Lee, Tim (3 de dezembro de 1997). «Realising the full potential of the web». W3C. Consultado em 4 de dezembro de 2016 
  2. PRADO, Magaly. Webjornalismo, p. 183. Rio de Janeiro: LTC, 2011
  3. Ver POSTER, HACKOS e REDISH em Pontes, Janelas e Peles - Cultura, Poéticas e Perspectivas das Interfaces Computacionais  p. 20 a 24. apud ROCHA, Cleomar. Goiânia: UFG, 2016
  4. Ver FERREIRA, Miniaurélio: o minidicionário da língua portuguesa. Curitiba: Positivo, 2004. p. 484 e 485
  5. ROCHA, Cleomar. Pontes, Janelas e Peles - Cultura, Poéticas e Perspectivas das Interfaces Computacionais. Goiânia: UFG, 2016.
  6. GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa, p.1. São Paulo: Atlas, 2010.
  7. OSLEN, Wendy. Data Collection: Key Debates and Methods in Social Research. Londres: SAGE Publications, 2012.
  8. "Ciência normal" é uma expressão especial que se refere ao uso de métodos padrão pré-planejados sobre um tópico de estudo rotineiro para obter resultados que, em alguma medida (em linhas gerais), poderiam ter sido previsto desde o início. OSLEN, 2012 p.5
  9. P. Cabral, João Francisco. «A Filosofia da Ciência em Thomas Kuhn». Filosofia Brasil Escola. Portal UOL. Consultado em 6 de dezembro de 2016 
  10. SANTAELLA, Lúcia. Comunicação e pesquisa: projetos para mestrado e doutorado, p.131. São Paulo: Hacker Editores, 2001
  11. Guindani, Joel (2010). «Políticas comunicacionais e a prática radiofônica na sociedade em midiatização» (PDF). Pósgraduação em Ciência da Comunicação. 31 páginas. Consultado em 6 de dezembro de 2016 

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