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Usuário(a):João Paulo M. Mota/Testes

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Wikiconcurso do evento Mais Mulheres[editar | editar código-fonte]

Que tal contribuir para promover a diversidade nos projetos Wikimedia e, ao mesmo tempo, ter a oportunidade de receber uma mochila da Wikipédia e vários outros brindes personalizados? Ao participar do wikiconcurso no evento "Mais Mulheres em Teoria da História na Wiki", você pode alcançar isso e muito mais!

O concurso de edição acontecerá entre 27 de junho e 25 de julho. Serão ao todo 27 premiações para as três pessoas que mais somarem pontos em cada uma das três categorias do concurso - Iniciantes, Iniciados e Experientes - dentro de cada um dos projetos Wikimedia contemplados - Wikipédia, Wikidata e Wikimedia Commons. A divisão em nível de experiência foi pensada para tornar a competição mais equitativa e desafiadora para todas as pessoas participantes.

Para se inscrever, basta acessar este formulário de inscrição. Com o inicio do concurso, você vai precisar acessar as listas para edição na página oficial da atividade para então colocar a mão na massa!

Não deixe de participar!

Em nome do Projeto Mais Teoria da História na Wiki,

Oficinas do evento Mais Mulheres[editar | editar código-fonte]

Alô, wikimedistas de plantão: Tem oficina de capacitação do Projeto Mais+ vindo por aí!

De 22 a 30 de junho serão realizadas as oficinas de edição na Wikipédia, no Wikidata e no Wikimedia Commons do Evento Mais Mulheres em Teoria da História na Wiki, todas gratuitas e com certificado - e agora repaginadas! Essas oficinas têm como objetivo fornecer um ambiente colaborativo e seguro para o aprendizado, e nesta edição terão como foco a diminuição de lacunas e a divulgação de conhecimento.

As atividades foram pensadas para contemplar desde quem está começando a editar até quem já conhece as ferramentas mas quer aperfeiçoar suas habilidades e, por isso, não é necessária experiência prévia para participar! O calendário completo e informações adicionais você encontra na página Programação de Oficinas.

Para participar, faça a sua inscrição no evento através deste formulário! Mais informações sobre essa e outras atividades você também encontra na página oficial do evento.

Até lá!

Em nome do Projeto Mais Teoria da História na Wiki,

Webinar do evento Mais Mulheres[editar | editar código-fonte]

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Vamos falar sobre intelectuais mulheres, Teoria da História e Wikipédia? 📚🌻🌎

No dia 18 de junho, às 18h30min (BRT) estaremos ao vivo em nosso canal do YouTube para o webinar do evento Mais Mulheres em Teoria da História na Wiki.

Neste evento, contaremos com a professora Flavia Fiorucci (Conicet/Centro de História Intelectual, UNQ), para conversar sobre como narrar a história de intelectuais mulheres, e com a wikipedista Mariana Fossatti (Whose Knowledge?), que vai falar sobre a visibilidade dessas intelectuais nos projetos da Wikimedia. Nossa mediadora será a professora Iamara da Silva Viana (UERJ) e haverá ainda intérprete de libras para que ninguém perca esse diálogo super necessário.

Para assistir à conferência, acesse a transmissão ao vivo no Youtube e não se esqueça de ativar a notificação!

Acesse a página oficial do evento Mais Mulheres em Teoria da História na Wiki para conferir a programação de todas as atividades e faça a sua inscrição no webinar por este formulário.

Até lá!

Em nome do Projeto Mais Teoria da História na Wiki,


Editatona do evento Mais Mulheres[editar | editar código-fonte]

Você é de Minas Gerais e região, tem interesse em editar na Wikipédia e em contribuir para ampliar a visibilidade de conhecimentos dissidentes e de mulheres intelectuais? Então participe da maratona de edição presencial do evento Mais Mulheres em Teoria da História na Wiki!

No dia 13 de junho, das 10h às 16h, reúna-se conosco em Belo Horizonte na Faculdade de Direito da UFMG para criar e melhorar artigos na Wikipédia em língua portuguesa, além de refletir sobre a construção de conhecimento colaborativo, representativo e responsável. A atividade será realizada em parceria com a UFMG.

O evento é gratuito e confere certificado. Teremos brunch na parte da manhã e coffee break na parte da tarde, além de recreação infantil. Para se inscrever, acesse este formulário de inscrição e assinale a opção “Sim” na questão “Você gostaria de se inscrever na editatona presencial?”.

A gente se encontra lá!

Em nome do Projeto Mais+, João Paulo Mota (Projeto Mais+)



Resumo BUSSOTI e NHAUELEQUE (2018): [JOÃO]

Bussoti e Nhaueleque defendem que as fontes utilizadas para escrever as narrativas históricas consideradas como afrocentristas foram, na verdade, instrumentalizadas. Ou seja, segundo os autores os historiadores dessa corrente teriam entendido os dados que a documentação histórica poderia fornecer de acordo com princípios filosóficos, ideológicos (BUSSOTI E NHAUELEQUE, 2018, p. 1) e subjetivos (BUSSOTI E NHAUELEQUE, 2018, p. 4) que talvez não correspondessem com que estava na documentação (BUSSOTI E NHAUELEQUE, 2018, p. 1). Desse modo, para Bussoti e Nhaueleque, uma história escrita de modo afrocêntrico teria problemas semelhantes aos de uma história eurocêntrica, generalizando o passado africano para transformá-lo na história de toda a humanidade (BUSSOTI E NHAUELEQUE, 2018, p. 3).


O princípio filosófico e ideológico que sustentaria o afrocentrismo, formulado por Molefi Kete Asante, seria a ideia de que a civilização e tudo o que ela representa teria surgido primeiro no continente africano. Os historiadores afrocentristas, portanto, acreditariam que a África teria uma “[...] primazia [que] abrange os diferentes aspectos do saber: filosofia, ciência, religião, política, arte, comunicação (BUSSOTI E NHAUELEQUE, 2018, p. 2). Essa hipótese teria sido pensada para responder às narrativas históricas eurocêntricas como a feita por Hegel, filósofo e historiador moderno que atuando no século XIX contribuiu muito para que os povos africanos fossem considerados como despossuídos de história própria (BUSSOTI E NHAUELEQUE, 2018, p. 3).


Desse modo, “o Afrocentrismo, pelo menos na intenção do seu fundador e dos seus adeptos, acata a herança de alguns dos ‘clássicos’ do pensamento africano e afro-americano, tais como [William E. B. Du Bois], Marcus Garvey, Booker T. Washington, Malcom X e outros, usa as bases históricas, filosóficas e linguísticas derivantes dos estudos de Anta Diop e [Théophile] Obenga, e constrói um verdadeiro sistema multifacetado, em que ideologia, ciência, pensamento teórico, ideia do futuro, identidade coletiva formam um poderoso conjunto capaz de comunicar as etapas do resgate africano e afro-americano (“Njia”, o caminho) em contraposição ao imperialismo cultural e mental eurocêntrico.” (BUSSOTI E NHAUELEQUE, 2018, p. 7).


Em seus trabalhos de escrita da história africana, Molefi Kete Asante, que primeiro teria formulado os princípios da corrente, partiu principalmente da hipótese de que a filosofia em si teria nascido no Egito e não na Grécia como o pensamento ocidental moderno acreditou (BUSSOTI E NHAUELEQUE, 2018, p. 2). De acordo com Bangura, são os eixos que balizam a escrita da história de Asante são a ideia de uma única história para o povo africano, também uma forma de conhecimento unificada, e um único surgimento possível para as línguas da África (BANGURA, 2012, p. 117), (BUSSOTI E NHAUELEQUE, 2018, p. 7).


Mas, segundo os autores do artigo, Bussoti e Nhaueleque, o mito do Egito como fundamento para a filosofia no mundo teria sido influenciado pelo modo como místicos – maçônicos – atribuíam essa origem a ele. Os pensadores masônicos haviam construído, no século XIX, a imagem de um Egito misterioso e formador de conhecimentos que justificavam as crenças da sua agremiação (BUSSOTI e NHAUELEQUE, 2018, p. 12).


Estabelecer os egípcios como africanos pertencentes à raça negra tornou-se um dos objetivos centrais dos historiadores afrocentristas, visto que a civilização do Egito deveria cumprir a função de ser a origem única para todas as demais instaladas na África (BUSSOTI e NHAUELEQUE, 2018, p. 13). “Os âmbitos em que o Afrocentrismo procura trazer provas da natureza negra da civilização africana são os seguintes: fatores “ideológicos” (a suposta “falsificação da história” ao longo do século XIX), arte, fontes histórico-literárias greco-romanas, elementos culturais gerais, elementos linguísticos, antropologia física” (BUSSOTI e NHAUELEQUE, 2018, p. 13).


Quando a questão da raça dos egípcios passou a preocupar os afrocentristas, como Anta Diop, surgiu a ideia de que uma falsificação histórica para ocultar a grandeza daquela civilização (BUSSOTI e NHAUELEQUE, 2018, p. 14). Mas a eficácia das fontes utilizadas para comprovar essa operação de falsificação é questionada por Bussoti e Nhaueleque (p. 15). Por exemplo, no que diz respeito às fontes de tipo artístico mobilizadas, como relevos e pinturas egípcias, segundo os autores, os afrocentristas teriam visto nas representações de corpos humanos dessa arte características físicas que consideravam correspondentes com as da raça negra. Porém, Bussoti e Nhaueleque argumentam que é possível que os egípcios tenham se representado colorindo a própria pele nas pinturas em tons mais claros que o Núbios, que foram escravizados por eles (BUSSOTI e NHAUELEQUE, p. 15).


E aí por diante: fontes literárias antigas, por serem indiretas, escritas por gregos e romanos, não por egípcios, seriam ambíguas quanto a raça daquele povo (BUSSOTI e NHAUELEQUE, p. 16). Fontes que relacionavam práticas, costumes e estruturas sociais de outros povos africanos a uma origem egípicia, acabariam sendo ainda mais indiretas (BUSSOTI e NHAUELEQUE, p. 17). Quanto às provas linguísticas: “é muito provável que, no seio do continente africano, deva ter ocorrido uma diferenciação linguística, ao longo do tempo, que tem feito com que, na própria África (o continente mais rico do mundo, neste sentido, onde se concentra cerca de 30% do património linguístico atual), seja preciso falar de diferentes famílias linguísticas, rejeitando a ideia de uma unidade monolítica, assim como postulado pelos afrocentristas. (BUSSOTI e NHAUELEQUE, p. 19). E as fontes que, segundo afrocentristas ligariam a civilização egípicia ao restante da África como ponto de origem, na verdade confirmam que “os antigos Egípcios não eram nem ‘negros’ nem ‘brancos’; eles eram Egípcios, uma população de origens na sua maioria indígenas e com um alto nível de continuidade ao longo do tempo” (HOWE, 1998, p. 131).


Resumo FARIAS (2023): [JOÃO]

Ao escrever "History in black", Yaacov Shavit considerava que o afrocentrismo radical tinha semelhanças com movimentos oitocentistas que tentavam construir identidades nacionais a partir de origens tribais ou raciais, como o panturanismo, o pangermanismo e o pan-eslavismo (FARIAS, 2003, p. 319). Mas, a intenção desse autor foi, principalmente, criar comparações entre o afrocentrismo e uma tendência de escrita da história judia, em específico. Segundo Shavit, a ideologia pan-hebraica chamada "canaanita" visava afirmar o passado hebreu como origem de vários povos do Oriente Médio e da Grécia. Isso seria o equivalente do era pretendido pelos historiadores afrocentristas que procuravam estabelecer a civilização egípcia como fonte de todas as demais africanas (FARIAS, 2003, p. 320).

Organizada por Francois-Xavier Fauvelle-Aymar, Jean-Pierre Chrétien e Claude-Hélène Perrot, a coletânea de artigos "Afrocentrismes: l'histoire des Africains entre Égypte et Amérique" trazia uma diversidade de abordagens do tema (FARIAS, 2003, pp. 324-326). O tratamento do afrocenteismo como "historiografia mítica", sua relação com o pensamento pós-colonial, as ideias dos primeiros formuladores de uma história afrocentrista (Anta Diop e Asante), os trabalhos então recentes (de Martin Bernal, por exemplo), a comparação com o eurocentrismo, o que a história das américas e das chegadas de africanos nelas tinham para contribuir ao debate, são assunto daquela coletânea (FARIAS, 2003, p. 325). Também tópicas recorrentes nas origens do pensamento afrocêntrico são retomadas: a procurada de provas linguísticas para a origem única dos idiomas africanos, a África como origem dos humanos no geral, e a possibilidade de comprovação da civilização egípcia como origem dos povos africanos por dados antropológicos e de cultura material (FARIAS, 2003, p. 326).

Interessante: "Christine Douxami estuda as alternativas exploradas pela militância cultural e política negra no Brasil, e examina fenômenos tais como a adoção do Egito dos faraós como tema de celebrações carnavalescas em Salvador, Bahia, em 1987 e 1994" (FARIAS, 2003, pp. 326, 327).

Em "The painful demise of Eurocentrism", Molefi Kete Asante, apresenta argumentação que ora define o afrocentrismo como corrente universalista, "[...] um esforço e projeto combinado, coletivo, da raça humana" (ASANTE, 1999, p. 90), ora relativisa o pensamento afrocêntrico como um modelo moldado pelo lugar social dos historiadores (sua participação em instituições, o alinhamento filosófico desses profissionais, os ambientes em que vivem etc.) (FARIAS, 2003, p. 332).

Já Clarence E. Walker, autor de "We can't go home" é terminantemente contrário à hipótese de que o Egito teria originado civilizações em todo continente africano. Para ele esse pensamento, na verdade, serve mais para concentrar os esforços dos intelectuais em desvendar um passado mítico do que auciliar na resolução de problemas sociais com que as populações negras em diáspora tem se deparado historicamente (FARIAS, 2003, p. 337).


Resumo SAGREDO (2023): [JOÃO]


A participação do Egito antigo no passado do continente africano tem sido tema da história sobre a África desde o século XIX (M'BOKOLO, 2009, p. 53). O conceito de raça, já presente nas pensamento acerca de grupos sociais humanos, começa a ganhar novo vigor no século XIX, devido a integração de estudos de biologia e da história. Nos oitocentos a disciplina histórica estava também sendo consolidada como uma ciência (SAGREDO, 2017, p. 7). O resultado dessa integração, contudo, teria sido uma narrativa que hierarquizava as diferentes raças humanas e que colocava os africanos em posição de inferioridade (SAGREDO, 2017, p. 8).

Sagredo (2017, p. 11) afirma que as ideias de Frederick Douglass, reagindo às teorias de desigualdade racial ainda no século XIX, estaria antecipando Cheikh Anta Diop.

"Vale ressaltar ainda que Douglass culpa e critica cientistas como Morton pela construção da ideia da inferioridade racial, como em seu discurso em 1854 em Western College, e que a prova disso seria o fato de que o Egito era africano e negro" (SAGREDO, 2017, p. 11).

"Quase que concomitantemente a [...] Douglass, em 1898, um egiptólogo publica um interessante artigo no 'Bulletins de la Société d’anthropologie de Paris.' Zaborowski, inspirado nos trabalhos do Dr. Fouquet, passa a defender que os egípcios da pré-história pertenciam a um grupo étnico somente. Este grupo seria africano e toda a sua tese é baseada em dados da Craniometria." (SAGREDO, 2017, p. 11).